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By Cel3zte

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A vida de uma adolescente muda completamente depois que seu amigo morre, ela descobre que é a reencarnação do... More

Um pouco sobre o livro.
Introdução
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
capítulo 7
capítulo 8
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
capítulo 20

Capítulo 9

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By Cel3zte

As vezes a realidade pode ser pior que um pesadelo, e o pesadelo pode ser mas relaxado que a propria realidade.

Volto a terra, a actualidade só para mais um caos, Heitor esta morto. 

Corro até ele, esquecendo completamente de Mário, minha respiração falha, minhas mãos tremem face a realidade, não quero acreditar que seja possivel o que meus olhos confirmam, passo minhas mãos por seu corpo, e nada, ele não reage, nãoresponde a nenhum estímulo, seu corpo está gelando, e assustadoramente pálido, como se tivesse morrido há muito tempo, mas tenho certeza que não faz nem meia hora. Seus olhos estão abertos e vermelhos, mirando para o teto, o sangue deve ter sacado enquanto escoia.

— Hora hora. — Mário diz há minha trás. — Parece que você não se controla mesmo não é?

— Cala a boca.

— Porquê? Não consegue ouvir que acabou de matar seu amigo, aliás, namorado?

— Eu disse cala a boca.— Suspiro enquanto uma lágrima solidária escore de meus olhos até ao chão. — eu não matei ele.
— Minha voz ainda é falha.

— Ah, não? Você é uma eplrhue  o que achou que acontecia depois de ter desejar que ele morresse daquele jeito, depois te der usado um pouco da sua força para o afastar, espírito novatos como ele não tem chances contra alguém como você.

— Eplrhue?

— Você não sabia?

Ele parece satisfeito em mim contar que eu mesma causei essa dor, aposto o quão bom está a ser receber minha energia negativa, tento manter a calma, mas não consigo. — Você é uma eplrhue , criaturas que podem ver e falar com espíritos, estando eles ou não em um corpo humano, e podem matar certos espíritos apenas com o pensamento e fé, como você fez agora, com seu lindo coração de fé e cheio de bondade. — Ele cospe às palavras satisfeito.

Sinto que falta mais, mas não quero ouvir, estou nó chão, o mesmo cenário de Mário com aquela mulher se repete entre eu e Heitor, minhas mãos tremem quando passo elas em seu rosto, fecho seus olhos, não consigo olhar para eles, eu matei meu melhor amigo, eu desejei sua morte, e agora ele está morto, mas...eu não fiz de propósito, estava com raiva de tudo, deixei ela me consumir, quero voltar ao tempo, mas não posso, sei que é impossível, é raiva, a culpa me consomem, mas meu corpo está fraco de mais para sequer reagir, fico no chão com seu corpo em meu como, enquanto mil pensamento e me passam pela cabeça  e ao mesmo tempo é como se não estivesse pensando em nada.

Não sei quanto tempo fiquei junta ao seu corpo, mas sinto ele começar a apodrecer, o cheio é tao forte que preciso me afastar, tenho que tirar ele dali, levar a uma lugar, oferecer um enterro digno, mas não sei como fazer, o único jeito seria pedir ajuda à Mário, mas depois que voltei a entrar em sua mente, seu ódio por mim deve ter triplicado, e meu chegou a níveis extremos depois de tudo que vi e soube hoje, — Ele matou a Gabi.

Levanto e carrego Heitor comigo, seu corpo parece menos pesado, deve ser por estar morto, consigo carregar até a sala, mas quando tento abrir a outra porta, que é para o lado de fora porta, descubro que está trancada.

— Abra essa merda. — Grito. Mário está sentado assistindo um programa de TV, parece satisfeito com o que vê, e não me responde. — EU DISSE PARA ABRIR ESSA MERDA.

Mas ele não responde, esse homem não me conhece mesmo, vou até ele, fico de pé em sua frente. — Você não me ouviu?

— Ouvi. — Ele diz calmo e relaxado enquanto estica seu braço para me afastar da frente.

— Cadê às chaves.

Ele ergue sua mão. — Aqui. — Mas quando tento pegar ele desce a mão e coloca em seu bolso.

— Por favor.

Ele não responde, seco minhas lágrimas e caminho até o corpo de Heitor, vou tentar sair por alguma janela, mas eu vou dar um funeral a ele, ah vou, sei que vou, mas ao chegar perto, seu corpo fica em chamas e dou um pulo para trás com olhos arregalados enquanto assisto a cena toda sem entender nada.

— Prontos, problema resolvido. — Mário diz,—  não precisa mais dar um enterro digno a ele, a Não ser que consiga coletar as cinzas dele pelo vento.

Meus olhos se arregalam ainda mais, o corpo virando cinza e desaparecendo com o vento, cinco minutos e tudo se foi, acabou o fogo, sem sinal de Heitor na sala, sinto um vazio em mim, como se boa parte tivesse sido tirada de mim, eu queria ter o corpo dele para enterrar, oferecer um lugar, o ultimo lugar para seu eterno repouso, onde eu pudesse chamar de sua casa, e visitar de quando em vez, mais lagrimas escorem e não me foi ao trabalho e limpar, quero desaparecer, meus joelhos cedem em frente a porta, coloco minhas mãos nó rosto, não ligo em me manter forte, estou tão quebrada que não ligo se isso alimenta Aquele estúpido do Mário ou não, choro em silêncio, encosto minha testa na porta, mas depois viro e encosto minhas costas na porta,  carrego meus joelhos até meu rosto e o afundo neles, o frio me abraça, não é um frio sobrenatural, é o frio da dor e da solidão, o tipo de frio causado pela perda de alguem que aquencia o meu ser, nó mesmo dia, perdi minha irmãzinha e meu melhor amigo, não sou capaz de viver daqui em diante, não me sinto capaz de fazer isso, não sem eles, não quero fechar os olhos, pois a imagem de Heitor vai estar lá, naquela escuridão, quando pisco a vejo, mas não quero meus olhos abertos, não consigo nem ao menos respirar, tem muitas coisas que eu queria ter dito a ele, tantas palavras, tudo ficou nó espaço, eu não posso fazer isso, tantas perguntas, tudo nó espaço, dói tanto, eu mataria para ter eles de volta,... suspiro e durmo nó processo, mas não sonho com nada.

Acordo e me deparo com Mário de pé, ele me puxa pelos cabelos me obrigando a ficar em pé também, não reajo e ele parece surpreso, quero essa dor física, vou me concentrar nela e ignorar a psicológica, isso ajuda a amenizar.

Ele abre a porta e me carrega pelo ombro até seu carro e me coloca nó banco de trás com uma suavidade de assustar, eu esperava que ele simplesmente me atirasse no banco e meu corpo fosse bater contra alguma coisa, mas não ligo, nem pergunto para onde estamos indo, quero morrer, espero que tenha decidido me matar e acabar com tudo isso de uma vez por todas, seu carro acelera, olho para paisagem, eu costumava amar olhar pela janela quando estava em um carro, me fazia imaginar que estava em um filme, indo atrás de um sonho, mas a realidade é tão deprimente, não se parece em nada com um filme, não vai ter um final feliz.

O carro para e Mário me tira do carro, o frio me acompanha, me encolho enquanto caminhamos em uma mata até uma casa antiga, parece uma capela abandonada, tenho quase certeza que é.

De repente Mário para a minha frente, ele fita meus olhos por um longo tempo, e faço o mesmo, sei que eles imploram para que me mate, mas mesmo assim, uso às palavras.
— Faça isso, me mate, por favor, acabe com meu sofrimento, sei que me odeia, sei que sentira prazer com minha morte. — Suspiro enquanto lágrimas rolam de novo em meu rosto. — Só faça isso.

Ele não responde, seu corpo está tão perto que consigo escutar seu coração bater, rezo para que esse coração tenha o bom senso de ter misericórdia.

— Olha, você quer reencontrar sua namorada, eu sei, é agora você pode Mário.

Sinto uma energia esquisita e boa me alcançar, surgir de dentro de mim, quero ela, está tirando minha dor, uma paz me alcança, amor infinito, me pergunto se estou morrendo, se é assim que pessoas se sentem ao morrer e alcançar a paz, alguém abraça minha alma, e ameniza a dor, esse alguém toma controle de meu corpo, meus lábios se abrem, mas não é minha voz que sai, e algo me diz que não sou eu quem está no controle de meu corpo.

— Mário! — Ela/ eu digo e um sorriso sincero e enorme aparece em meus lábios, coloca meus braços a volta dos ombros de Mário e o abraça tão forte, que seu perfume fica preso em minha roupa. — Ah, meu amor, esperei tanto por isso.

Pela primeira vez, Mário parece desarmando ao som dessa voz que emana de mim. — Kataleia? — Sua voz quase falha, ele aperta tanto minhas mãos, que sinto que vão quebrar.
Meu ou o sorriso dela aumenta tanto que meu maxilar chega a doer, ela faz meu corpo dar pulos de felicidade enquanto o abraça novamente. — Eu disse que encontraria um jeito de voltar para você, eu encontrei, meu amor.

— Como?

— Ela é como eu, uma Eplrhue, é a fundadora, pensei que tivesse desaparecido depois da ultima batalha,mas... — ela suspira depois de falar sem parar. — depois de um tempo encontrei alguém para ligar minha alma, meu amor, podemos usá-la, podemos finalmente ficar juntos de novo.

Mário fica imóvel, esperança cresce em seus olhos, sinto que está disposto a fazer tudo e qualquer coisa para ficar com sua Kataleia.— Do que você precisa?

— Das minhas cinzas, você guardou?

Mário parece constrangido. — Não. — Ele admite. — Depois que você morreu, não consegui olhar para trás, eu... — Ele suspira de cabeça baixa, parece que perde todos valores quando Kataleia está por perto. É no mínimo nojento, não sei... é diferente.

— Meu amor, meu doce, não fique assim, podemos usar o corpo dela, podemos fazer isso. — Ela segura o rosto dele e sela seus lábios nos dele começando um beijo quente e muito apaixonado, seus lábios são suaves, mas não são para mim, é esquisito beijar alguém e não beijar ao mesmo tempo.

— O que quer dizer com usá-la?

— Vamos matar-lha, tirar sua alma, para que a minha possa habitar aqui.

Mário parece confuso. — Matar? Isso não é contra Eplrhues?

— Muita coisa aconteceu Mário, não sou completamente uma Eplrhue, e se a marcarmos meu poder vai  aumentar, juntos seremos insensíveis. — Através dos olhos de Mário vejo os olhos de Kataleia Brilharem intensamente, de repente sinto uma energia negativa em mim, está vindo de Kataleia, mas é omitida pelo amor que sente por Mário.

— No que você se transformou? — Ele Parece decepcionado.

— Isso não importa, eu te amo e você também me ama, podemos ficar juntos, e quando eu terminar a transformação, seremos invencíveis.

— Terminar a transformação?

O chão volta a se abrir, o anão surge, mas está acompanhado, a sua volta o homem e a mulher das lembranças de Mário aparecem como se fossem seus cães de caça, sinto que isso vai ficar quente bem rápido, é uma merda não estar nó controle de seu corpo para poder correr.

— Saudações! - Diz o outro homem.

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