A Terceira

By Namihamster

250 48 41

Após momentos dolorosos e claustrofóbicos, que não sabe se foi sonho ou não, ela se vê perdida em um ambiente... More

Prólogo
Capítulo 1 - Perdida
Capítulo 2 - Revanche
Capítulo 3 - O Titã Vermelho
Capítulo 4 - O Asteriano
Capítulo 5 - Cheiro de Sangue
Capítulo 6 - Exposta
Capítulo 7 - Suspeita
Capítulo 8 - Dinamite
Capítulo 9 - Tetê
Capítulo 10 - A Mansão do Senhorio
Capítulo 12 - A Partida
Capítulo 13 - Gosto de areia
Capítulo 14 - No Subconsciente
Capítulo 15 - Galhada de Sangue

Capítulo 11 - Tensão no Grupo

5 3 0
By Namihamster



Não houve tempo para raciocinar, pois batidas na porta chamaram minha atenção. Com alívio, escutei Chelon chamar meu nome e, sorrindo, eu abri a porta da sala. Notei que sua capa estava aberta, era a primeira vez que eu via suas roupas e forma. O corpo diferia de seu rosto esquelético e animalesco, eu via ombros largos por baixo das ombreiras de sua túnica de gola alta de tecido elegante, preto com arabescos bordados em linha cor de vinho. Seu tronco quadrado, envolvido por um cinto de couro, indicava um físico atlético e pernas longas cobertas por uma calça de tecido enfiada em botas de couro.

— Vejo que recebeu as folhas da criada. — ele olhou para mim.

— Sim, só preciso descartar a outra... — eu falei tímida, segurando o pacote firme atrás de mim.

— Deixe comigo, eu descarto para você. — ele esticou o braço e eu dei um passo para trás.

— Se tiver um lixo, pode deixar que eu mesma jogo. — falei já olhando ao redor.

— O que está procurando? — ele soou confuso.

— Uma... lixeira....? — eu sussurrei a palavra final, quase interrompendo a frase.

Será que não existem lixeiras aqui? Por que ele parece confuso? O que eles fazem com o lixo?!

Parei por um momento, sem saber o que dizer, com medo de tornar a situação ainda mais confusa. Chelon se manteve estático, me olhando, talvez esperando uma resposta. A quietude daquele instante fez minhas mãos tremerem. Eu precisava falar algo, quebrar aquele silêncio, evitar que Chelon fizesse perguntas que eu não pudesse responder.

— M-melhor você descartar para mim então... — eu estendi o pedaço de trapo que escondia.

Chelon segurou o embrulho nas mãos por um instante e depois o enfiou numa bolsa que ele trazia.

— V-vai jogar isso fora, né? — eu perguntei.

— Não se preocupe com isso, eu darei um jeito. Ninguém vai saber. — ele falou e eu lembrei da falta de reação de Romi.

— Por acaso aquela criada que veio me atender estava ciente? Disse algo para ela? — eu perguntei. Chelon colocou as mãos sobre os meus ombros.

— Não. Eu não revelei nada a ninguém, não faria isso sem o seu consentimento.

Eu o encarei ainda confusa.

— Mas... eu tive que ficar nua. Ela não disse nada. Não se assustou, não gritou, não disse nada. Por que ela ficou quieta? Eu não entendo. — Cocei a cabeça confusa.

E se ela sabia e manteve-se calada para não me alarmar? Ela foi avisar o senhorio? Eu vou para o Cristal dos Mortos?!

Chelon me segurou com firmeza, como se quisesse me trazer para a realidade. Suas mãos subiram para a lateral do meu rosto e forçaram a encará-lo mais uma vez. Eu segurei seus pulsos, ainda tentando entender o que acontecia.

— Calma. — ele falou. — A criada não reparou. Acredite em mim.

— Mas... como? — eu falei chorosa. As mãos dele relaxaram e desceram para meus ombros num suspiro.

— As Asterianas possuem características muito distintas que você não possui, Shino.

— Co-como assim? — eu me afastei me sentindo ligeiramente ofendida.

— Asterianos recebem influência direta dos astros. Em nosso céu temos o Astro quente e o Astro frio. As Asterianas recebem influência direta do astro quente trazendo consigo o poder da fertilidade e todas herdam a cor de seus raios, por isso possuem cabelos dourados, vermelhos ou platina, dependendo do horário que vem ao mundo. Seus cabelos são negros e frios, como os Asterianos. Por esse motivo, você é especial, é diferente de qualquer Asteriano que andou neste domínio.

— Mas eu tenho... seios...

— Você possui seios muito pequenos e facilmente confundidos com músculos. Você mesmo deve ter reparado, não é? Seu corpo atlético pode ser erroneamente identificado.

Meus olhos se encheram de lágrimas e a memória do que eu sofri por ser muito magra e ter uma forma pouco feminina retornou para meu peito, açoitando tudo.

— Entendi. — Eu esfreguei o líquido quente que meus olhos derramaram e engoli o choro.

— Entenda que não vou contar a ninguém pois sua presença como Asteriana de cabelos negros como o anoitecer, é uma anomalia que precisa ser investigada. E sua falta de memória dificulta as coisas. Por ser algo muito incomum e passível de preconceitos, temos que ser cautelosos. Mas eu prometo que irei ajudá-la.

Eu concordei. Respirei fundo tentando manter a postura, tínhamos que retornar aos nossos companheiros e coletar a recompensa. Eu me dirigi para fora da sala mas Chelon me segurou pelo braço e falou baixinho:

— Mas suas pernas roliças e sua forma acinturada são extremamente femininas, Shino.

Eu me assustei com essa afirmação e senti um calor tomar conta de minhas bochechas. Meu coração bateu forte, um pouco feliz, um pouco acanhado.

— Devo usar roupas mais largas...? — perguntei.

— Vamos providenciar isso mais para frente, venha. — Ele respondeu e me guiou para fora.

Nós saímos da saleta e procuramos nossos companheiros para conversar com o barbudo. Nos aproximamos do balcão e, logo que nos viu, o Anão suspirou, descartou o restinho do charuto no cinzeiro, retirou um par de óculos do bolso e pegou um papel cheio de anotações. Eu não conseguia ler nada do que estava escrito, eram as mesmas letras estranhas que vi na lápide quando apareci na floresta. O barbudo tirou de uma gaveta um instrumento similar a um soroban (ábaco), feito de madeira e pedras, mexeu aqui e ali, fazendo algum cálculo que eu não entendia.

— Nível de periculosidade da múnus, recompensa pelo peso dos materiais — ele murmurava para si. — Total da múnus seis mil rúpias para um contrato de três entes. — finalmente disse e me encarou por um instante. Em seguida retirou outro charuto de trás da bancada e o acendeu e continuou a me examinar.

— Metade em rúpias, metade em mintias. — Chelon falou, quebrando o desconforto daquela situação.

— Você é um Asteriano? — ele apontou o charuto para mim.

— Sim, ele está em treinamento comigo. — Chelon falou depressa, antes que eu pudesse abrir a boca. O anão deu uma tragada, soltando a fumaça no meu rosto.

— Mil e quinhentas rúpias para cada, então? — ele disse numa baforada.

— De jeito algum, eu vou receber duas mil rúpias! Esse moleque só nos deu trabalho e se reclamar eu faço você me pagar extra pela dor de cabeça! — Bramba disse enfurecido. Hiz ficou quieto.

— Está bem. — Chelon concordou, sua voz estava fria.

— Captura do procurado Lander que vem causando problemas ao senhorio há dois ciclos, recompensa de quatro mil rúpias. — O anão continuou com seu cálculo.

— Desta vez serão mil rúpias para cada. — Chelon falou.

Bramba deu um soco na bancada que por pouco não espalhou as cinzas pelo ar. O anão fez uma careta e bufou.

— Eu capturei o Naasku! — ele rugiu.

— Não capturou sozinho. — Chelon falou calmamente.

— É verdade! Nós eliminamos o resto da equipe enquanto você capturava ele! — Hiz retrucou.

— Por que eu tenho que dividir a recompensa com esse moleque? Ele não fez nada! — O bárbaro gritou apontando o dedo para mim. Decidi ficar quieta, só observando.

— Se não fosse por ele, aquele projétil teria atingido Chelon! O que você fazia enquanto eles preparavam a arma?! — Hiz começou a berrar cada vez mais agudo. Bramba o encarou com os olhos em chamas, mas isso não intimidou o jovem arqueiro. Então o bárbaro voltou-se para mim, encheu os pulmões para soltar um urro, talvez gritar desaforos, porém Chelon entrou na frente.

— A questão é, se você estivesse sozinho conseguiria derrotar os ladinos armados com espadas envenenadas, restringir Lander, destruir a balestra de chão e carregar os ossos de fuma-fuma até aqui? — Chelon perguntou cruzando os braços. A expressão arrogante do guerreiro foi murchando conforme ele se dava conta, até que seus punhos caíram.

— Fúrias são imunes a qualquer veneno — Bramba murmurou, desviando o olhar.

— Agora que você entendeu que foi um trabalho em equipe, cuja participação de Shino foi essencial, vamos dividir o prêmio em partes iguais.

— E todo o trabalho que ele nos deu? O desvio na floresta, os Diamus? — ele insistiu.

— Shino carregou boa parte dos ossos e nos ajudou a recuperá-los da visfiore carnívora, creio que esses serviços já bastam como pagamento pelos inconvenientes. Sem falar que ele o ajudou a sair daquele buraco onde a árvore estava, não ajudou?

— Tá bom, me dá logo a recompensa! — ele resmungou derrotado.

Assim que os ânimos da equipe se acalmaram, o anão imediatamente abriu a gaveta da bancada fazendo um barulho metálico estridente. Ele retirou objetos prateados que pareciam moedas metálicas em formato de folha, com alguns símbolos entalhados, contou e os colocou em um prato sobre a mesa. Depois abriu outra gaveta que fez um som seco, retirou objetos octaédricos muito bonitos, translúcidos, pareciam cristais mas com um item dourado por dentro. Novamente fez uma conta e os colocou sobre outro prato. Separou tudo em pequenos sacos e os ofereceu para nós.

— Dois pacotes de três mil rúpias, um pacote de cento e vinte mintias, um pacote de quarenta mintias. — ele disse. Bramba arrancou sua recompensa da mesa e foi se jogar em um monte de feno.

— Que complicação... — Hiz grunhiu ranzinza para si enquanto contava o que havia recebido.

Chelon pegou os dois pacotes restantes e colocou um na minha mão.

— Tome, foi uma recompensa merecida. — ele me disse e eu não pude deixar de sorrir satisfeita. Estranhei o som seco que saiu do pacote e imediatamente o abri. Vi lindas gemas octaédricas, translúcidas e com uma pepita rósea no centro.

— Por que eu recebi a recompensa em mintias? — eu sussurrei para o mago.

— Ei garoto! — o Anão me chamou de repente fazendo sinal para que eu desse meia volta, ele exibia uma expressão carrancuda que me preocupou. Chelon me acompanhou. O barbudo soltou outra baforada no meu rosto quando me aproximei e apontou o dedo para meu nariz — Por que você deixa esses camponeses falarem desse jeito com você? Não te ensinaram a valorizar sua posição na academia?

— E-eu nã-não...

— Ele está em fase de treinamento comigo. Sou seu mestre e guardião. — Chelon explicou mas o Anão não pareceu satisfeito. Ele soltou outra baforada.

— Desde quando o treinamento de Asterianos é feito dessa forma?

— Estamos implantando esse sistema novo aos poucos. Apenas alguns foram escolhidos para fazerem parte de uma guarda personalizada. É um treinamento mais íntimo e pessoal. — Chelon falou com um tom esnobe, sofisticado, usando palavras mais elaboradas e isso agradou o barbudo que soltou uma gargalhada.

— Realmente esse garoto foi escolhido a dedo, se não fosse a palavra do Necromante, eu o teria confundido com um Insani. Certamente é o menor Asteriano que vi até hoje. — Ele continuou a rir e depois se inclinou sobre a bancada estendendo a mão peluda para cima da minha cabeça e desalinhou meus cabelos com agressividade. — Não se preocupe garoto, se alimente bem que irá crescer.

Chelon me puxou para trás me livrando da mão do barbudo.

— Precisamos voltar para nossos companheiros. O senhorio irá nos servir uma refeição quente. — o mago disse e foi me guiando para a baía que ficava mais próxima à porta de saída.

— Eu sou da classe vassala? É por isso que recebi o pagamento em mintias?

— Sim. Mas pode optar por usar rúpias também. Especialmente se fizer compras em Gigastad, pois lá não se usam mintias.

— Bramba e Hiz estão abaixo de mim...? — eu falei baixinho.

Chelon fez uma pausa.

— Teoricamente, sim... — ele hesitou.

Chelon sabia, Hiz sabia, Bramba sabia. Todos sabiam e mesmo assim Hiz e Bramba não me tratavam com cortesia exigida. O desrespeito que eu havia percebido era maior do que eu imaginava. Esse raciocínio me frustrou e um sentimento feio nasceu dentro de mim.

Após passarmos pela porta da última baia, avistamos o fogareiro e nos sentamos nos bancos. Chamamos por Hiz e Bramba, avisando que logo uma criada traria o jantar. Em pouco tempo Lorena apareceu trazendo uma bandeja com comida, um jarro, cumbucas e talheres. Ela se aproximou de nós e cumprimentou Chelon, ignorando o resto do grupo. Usando uma ferramenta que lembrava uma pederneira, acendeu o fogo e adicionou pedaços de carne de algum animal, eram vermelhas e cheias de gorduras. Havia também uns tubérculos esverdeados, ervas diversas e vegetais amarelos e vermelhos que eu nunca tinha visto na vida. Enquanto a carne cozinhava, Lorena jogou as ervas e deixou por um tempo e se ocupou em fatiar os vegetais e tubérculos. Eu a observava atentamente conforme cozinhava nossa refeição. Seu nariz arrebitado e pequeno se agitava hora ou outra conforme os vapores do cozimento subiam. Eu podia ver suas longas orelhas eretas remexendo de um lado a outro, pareciam captar os sons da fritura na panela. Ela me olhava de soslaio percebendo que eu a observava. Depois que selou a carne, jogou a água que trazia no jarro e os vegetais fatiados e tampou a panela.

— O que foi? — Lorena virou-se para mim incomodada. — Nunca viu uma Nagual antes?

— Não. — eu respondi com ingenuidade — Hoje é a primeira vez que vejo criatur.. Entes! Entes como você.

— O que quer dizer com isso? — ela guinchou indignada e se inclinou em minha direção. Seu nariz róseo se movia rapidamente, acompanhando a respiração acelerada da criada. Chelon colocou a mão delicadamente no ombro de Lorena e disse:

— Peço desculpas pela falta de tato de meu companheiro. Pode deixar que eu termino o cozido. Volte para a casa principal.

Lorena empinou a bunda ofendida e saiu andando.

— Desculpe. — eu abaixei a cabeça. — Não esperava que ela fosse se ofender com aquele comentário.

— Naguals são seres sensíveis. Tem que tomar cuidado com o que diz a eles. — Hiz achou graça. — Aliás, o que o senhorio disse a respeito de Shino?

Eu estremeci. Hiz não deixava nada escapar. O senhorio sequer havia olhado para meu rosto! Como ele poderia afirmar ou negar minha posição como fugitivo?

— Shino não está na lista de procurados. Exatamente como eu havia previsto. — Chelon respondeu.

— Mesmo assim, acho muito estranho um Asteriano perdido naquela floresta. — Hiz disse cismado.

— Deixe esse assunto de lado, tenho algo importante para discutir. Hiz, Bramba, a múnus de vocês acaba aqui, depois dessa refeição. Se ainda estiverem à procura de trabalho, o senhorio tem outros contratos para lhes oferecer.

— Ficarei mais um pouco. Preciso juntar uma quantidade mínima de rúpias, e graças a esse moleque, não consegui. — Bramba resmungou. Ele estava jogado sobre um monte de feno e esperava comodamente a comida ficar pronta.

Hiz demorou a responder, ele parecia pensativo, esperando uma reação minha.

— Vou pensar um pouco. — O arqueiro finalmente disse.

Chelon olhou para mim e tocou em meu ombro.

— Eu pretendo ir até Svarstad, partirei amanhã pela manhã. Pode me acompanhar se quiser. É possível que descubra algo por lá.

Hiz se levantou de repente.

— Svardstad fica a muitas noites daqui. Você teria que passar primeiro por Ciéntal e por Gigastad. Eu preciso voltar para minha terra. Vou com vocês. — ele falou.

Decidi acompanhar Chelon. Eu sabia que não encontraria nenhum conhecido por lá, mas eu vim para este mundo como Asteriana por algum motivo e poderia encontrar respostas ali.

Bramba soltou um riso.

— É muita coragem de vocês partirem apenas com um Asteriano no grupo, ainda mais um incapaz de lidar com um goblin! Eu vou ficar por aqui. Se vocês sobreviverem até Gigastad, depois do Vale das Sombras, pode ser que cruzemos nossos caminhos mais uma vez. Tenho planos de passar pela cidade dos Insani.

— Não me subestime! — Hiz sibilou ofendido. — posso viajar sozinho se eu quiser!

— Não invente nenhuma maluquice. Um bom guerreiro reconhece os próprios pontos fracos e não cai nas armadilhas da provocação dos outros. — Chelon falou claramente irritado enquanto virava-se para Bramba. O bárbaro apenas bufou e sustentou seu olhar.

— É bom vocês tomarem cuidado, podem acabar muito mal se continuarem a confiar nesse moleque. — Bramba falou cínico.

O pote de comida começou a transbordar na fervura, fazendo o fogo chiar e rapidamente peguei uma colher de pau e misturei o cozido.

— A comida parece que ficou pronta — eu falei tentando contornar a situação. Parecia bom e tinha um aroma agradável. Peguei umas cumbucas de barro que estavam empilhadas ao meu lado e fui servindo porções rapidamente. Hiz logo pegou seu prato e começou a comer. Bramba e Chelon também se serviram. Terminamos a refeição em silêncio e nos acomodamos nos montes de feno para passar a noite.

O anão saiu e fechou o portão da frente, avisando que abriria a porta pela manhã cedinho. Apagamos o fogareiro e largamos as cumbucas em uma tina de água. Bramba se jogou num monte de feno à minha frente, cruzou os braços atrás da cabeça e fechou os olhos. Eu fechei os olhos também, deitada de costas, mas não pude dormir de imediato. Estava preocupada com a conversa que tive com Chelon, a revelação de que eu era uma anomalia e, potencialmente uma aberração, mexeu comigo. Se Chelon havia reparado, será que mais alguém reparou? Bom, eu não pertencia a este mundo, essa deveria ser a única explicação. Mas não muda o fato de que meu corpo parecia diferente de algum modo.

Eu abri os olhos e encontrei os de Bramba. Ele me encarava sério, ameaçador e um frio subiu pela minha espinha. O que ele estava pensando?

Continue Reading

You'll Also Like

125K 1.9K 6
"Imaginação um tanto quanto fértil, querida." Qualquer imagine contido nesta história é de minha autoria, não aceito adaptações ou até mesmo "inspira...
115K 8.2K 43
Reimaginando o universo de House of the Dragon (A Casa do Dragão) se a história acontecesse de outra forma, e se apenas mais um personagem fosse acre...
51.2K 4.5K 48
E se a dança dos dragões não tivesse acontecido? E se tudo tivesse sido diferente? É o que vamos ver nessa história em que a personagem Visenya vai s...
197K 14.6K 22
𝐀𝐥𝐦𝐚𝐬 𝐠𝐞𝐦𝐞𝐚 - 𝑒 𝑢𝑚𝑎 𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎 𝑎 𝑞𝑢𝑎𝑙 𝑛𝑜𝑠 𝑔𝑒𝑟𝑎 𝑢𝑚 𝑠𝑒𝑛𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑢𝑟𝑎 𝑒/𝑜𝑢 𝑛𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎𝑙 𝑎𝑓𝑖𝑛𝑖�...