Devem estar me perguntando, quando, como e porque eu entrei nessa fria... mas nem ao menos eu sei responder.
No ano passado quando a família Barber chegou ao condado e ocupou a casa ao lado da minha, tudo parecia normal. Um casal com filho único de Dezessete anos, empregos muito bons e muito educados com toda vizinhança.
Logo de cara eu já fiz amizade com Jacob, ele era esquisito, engraçado e meio... burro, o ajudava com atividades do colégio por ser sempre a melhor aluna da classe, logo nossa amizade foi se tornando profunda, mas logo depois... bum, lá estava eu beijando o pai dele na festa de Natal em Chicago.
Eu tentei fugir, tentei dar um basta a esse desejo de o ter mas em julho quando as aulas voltaram, Andrew barber era o novo diretor da escola liberty e lá estava ele por todos os cantos. Na escola, na casa do meu melhor amigo, e na minha própria casa sendo um ótimo amigo de churrasco para o meu pai.
Tudo era sempre ele, a cidade pequena fazia isso.
— Você vai vir ou não? — Jacob fala me puxando e eu saio dos meus devaneios rapidamente.
— Onde? — Franzo o cenho.
— Minha casa, estou falando a meia hora que minha mãe vai fazer lazanha. — ele fala e atira uma almofada em mim — Vamos logo, Sra. Barber fica irritada quando termina o jantar e não estamos na mesa.
Ele fala com ar de deboche e me puxa pelas pernas me fazendo sair da cama. Caminho ao lado dele e o mesmo me pega pela mão a levando para o seu braço para descermos à escada, minha mãe aparece arrumando a camisa de botões no corpo e sorri para mim.
— Onde vão?
— Ela vai jantar conosco, espero que não se importe Dra. Leicam. — Jacob pergunta formalmente e a mesma assente.
— Tudo bem, mas não Volte de madrugada. — ela coloca os brincos — mesmo sendo aqui ao lado tenho medo de você aqui sozinha trancando a casa de madrugada.
— Vou me cuidar, mãe. — Beijo a mesma e ela sorri — Bom trabalho, e não mate ninguém, Dra. Leicam.
— Tentarei.
Saimos da minha casa e eu arrumo meu vestido para baixo, ele subia ao passo que eu andava por conta das minhas coxas. Sigo Jacob casa a dentro e logo o cheiro de lasanha encontra meu nariz, sorrio satisfeita e Jacob chama Dodger, o cachorro que ele carrega para cima para baixo, mas como ele não sai na chuva, hoje ele não o levou até a minha casa por conta da chuva que caiu pela tarde.
— Vicky, querida. — Laurie acena para mim da cozinha e eu a aceno de volta.
Ela é sempre tão amigável — Quando não bebe — o que me faz me sentir ainda pior pelo que faço, mas como eu disse, não sei como sair disso.
— Vamos subir. — Jacob avisa antes que ela começasse a falar sozinha.
O mesmo me puxa pela mão e eu corro escada à cima com ele, dobramos a esquerda e entramos na segunda porta de cor branca. Jacob se joga na cama e procura por algo embaixo dela, franzo o cenho e me sento na cadeira de jogo dele esperando pelo misterioso.
— Preciso de ajuda nisso. — Ele me mostra o livro verde que rapidamente eu reconheço.
— A outra? — Franzo o cenho.
— Ótimo, você já leu. — Ele suspira aliviado — Preciso que me diga o que acontece nele, com urgência.
— Urgência? — arqueio a sobrancelha e ele coça o cabelo.
— É... tipo, amanhã.
— Meu deus, Jacob. — Grito e o mesmo ri.
— Qual é, Vicky você é boa no que faz, por favor, faça isso por mim. — ele resmuga e em seguida faz beicinho como se eu fosse me comover.
Me levanto e o mesmo sorri na minha direção, sorrio para o mesmo e pego o livro de sua mão e ficando entre as pernas dele que estava agora sentado na cama. Fito o livro e mordo o lábio olhando para os olhos verdes, o mesmo engolhe em seco e eu abro o livro o folhando antes de o bater causando um pequeno barulho sonoro.
— Nem pensar. — me afasto e o mesmo pega meu braço o segurando com as duas mãos.
— Por favor, Vicky, sabe que eu preciso disso, não posso reprovar em filosofia. — ele implora e eu bufo.
— Não, já fiz seus últimos dois trabalhos e você só me faz passar raiva. Não merece minha ajuda.
— A qual é Vicky? Podemos resolver isso, não podemos? — ele meneia a cabeça fazendo charminho enquanto brinca com o laço do meu vestido — O que você quiser.
— Não sou as garotas do time, Jacob, não me vendo por um beijo seu. Seus músculos e olhos claros não me impressionam. — Falo puxando meu braço das mãos dele o mesmo me puxa me jogando na cama.
— A é mesmo? — ele fica sobre mim e eu tento me defender — e isso você aguenta?
Ele começa a fazer cócegas em meu corpo e eu começo a rir estericamente em meio a gritos. O mesmo bufa contra a pele em meu pescoço causando cócegas e eu tento o empurrar, mas assim como o pai, ele parece um armário pesado e cheio de músculos.
— O jantar está pronto! — A voz grossa ecoa pelo quarto e Jacob afasta a boca de meu pescoço.
Nos afastamos rindo e Andy me lança um olhar mortal, o mesmo cerra o maxilar e eu engulo em seco me levantando e baixando o vestido. Jacob se levanta arrumando o uniforme do time de basket da escola e nós seguimos para fora do quarto em silêncio.
Assim que chegamos ao andar de baixo, nos sentamos a mesa posta. Andy sentou- se à ponta da mesa, ao lado direito Laurie se sentou sozinha e eu fiquei ao lado esquerdo com Jacob como de costume.
— Bom, espero que gostem. — Laurie anuncia nos servindo e nós assentimos.
— Achei que o senhor fosse para Boston hoje. — Jacob fala levando a comida até a boca enquanto olha para o pai.
— Acho que minha lasanha fez ele ficar. — Laurie pisca para o mesmo.
Olho para Andy que bebe o vinho engolindo a comida com um pouco de força e logo limpa a boca com o guardanapo.
— Bem, a reunião foi adiada. — ele anuncia e bebe o restante do vinho.
— Então vai estar para o próximo jogo, porra gostei. — Jacob anuncia e a mãe dele o repreende com um olhar.
— Olha a boca na mesa de jantar!
— Desculpa, mãe. — ele revira os olhos.
Volto a comer sentindo os olhos de Andy em mim vez ou outra e logo minha atenção é chamada quando jacob aperta meu braço por baixo da mesa, o olho confusa e Laurie repete a pergunta.
— Como anda o resumo?
— Resumo? — Franzo o cenho — Oh, o resumo...
— Vicky está apenas me assistindo ler. — Jacob anuncia e eu o encaro — Ela já leu o livro como sempre.
— É um ótimo livro, mostra muita condutas importantes da sociedade. — Laurie bebe a taça de vinho de forma calma, o que era raro.
— Bem, é um assunto diferente... — Indago.
— Diferente? — Andy pergunta — Diferenre ruim ou diferente bom?
— Querido não estamos no colégio. — Laurie toca o braço dele eu eu acompanho com os olhos.
— É um romance através dos olhos da amante de uma mansão... tire suas próprias conclusões. — Indago e o mesmo sorri levemente.
— Você não gostou do livro? — Laurie me pergunta confusa.
— Longe disso, apenas acho que a muita pontas soltas em meio à tudo...
— Por exemplo?!
— Se Nathaniel realmente a amava como dizia, ele poderia ter matado Alia em precisar se casar e tornar Madison sua amante.
— Madison não largou sua clínica do prazer. — Laurie indaga rapidamente discordando de mim.
— Você largaria se fosse rebaixada a segunda opção? — pergunto e a mesmo sorri.
— Você tem razão.
Volto a comer e olho para Andy que se mantém concentrado em mim como se eu fosse uma grande incógnita.
O jantar continuou, e assim que terminamos de comer. Laurie pediu para subir já visivelmente sonsa pela bebida. Ajudo Jacob a arrumar os pratos e assim que término, vou até o banheiro e respiro sufocada. Estar nessa casa é como se houvesse uma seta encima da minha cabeça sinalizando "culpada".
Antes que eu possa sair do banheiro, a porta se abre e Andy adentra o ambiente trancando a porta atrás de sí. O mesmo me olha com o cenho frio de Sempre e eu congelo.
— O que você está fazendo?
— "Meu deus, Jacob."; " Qual é, Vicky você é boa no que faz, por favor, faça isso por mim." — ele repete as frazes de mais cedo e eu franzo o cenho — Que porra eu disse sobre não subir para o quarto com Jacob?
— Estavamos lendo...
— A claro, e o livro em questão é a porra de um porno. — ele aponta o dedo batendo contra meus cabelos — acha que sou idiota, porra?
— Eu não tenho nada com o jacob, ele fica com minhas amigas, não comigo. — falo irritada — Se você não acredita ai o problema é seu e não meu.
— Não me provoque Bunny, você sabe muito bem do que eu sou capaz.
Engulo em seco e o mesmo me prende na bancada da pia. Sinto a barba dele roçar meu pescoço e eu fecho os olhos sentindo a sensação gostosa contra minha pele.
— Eu não quero seu filho... — Sussuro — Eu quero você, Andy...
Gemo assim que ele aperta meus seios livres de sutiã e sinto sua ereção crescer enquanto ele esfrega seu corpo contra o meu.
— Você me quer?
— Sim, apenas você. — Respondo roçando meus lábios contra os dele.
A batida na porta ecoa e eu empurro ele para longe assim que ouço a voz de Jacob.
— Pai, vou levar Vicky até em casa. — Ele grita e eu mordo o lábio.
— Certo, não demore. — Andy o responde rapidamente me puxando de volta para um beijo.
O mordo e ele suga meu lábio com força antes que eu corra para fora do banheiro. Desço a escada correndo e encontro Jacob sentado no sofá me esperando.
— O que houve com o seu cabelo?
— frizz, vamos logo. — caminho porta a fora e o mesmo me segue com Dodger do seu lado.