What you did in the Dark

By slytcruz

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"Aquele com o poder de vencer o Lorde das Trevas se aproxima... nascido dos que o desafiaram três vezes, nasc... More

Informações da história
Chapter One: When all starts.
Chapter Two: Don't go, Harry!
Chapter Three: Healing
Chapter Four: Let's find out
Chapter Five: The game starts.
Chapter Six: Gringotts with revelations.
Chapter Seven: Platform, godbye and train.
Chapter Eight: Hogwarts!
Chapter Nine: Selection.
Chapter Ten: The Gringotts theft.
Chapter Eleven: Flying Leassons.
Chapter Twelve: Halloween.
Chapter Thirteen: Quidditch.
Chapter Fourteen: Erised mirror.
Chapter Fifteen: Yule.
Chapter Sixteen: Planting Seeds.
Chapter Seventeen: Abused.
Chapter Eighteen: Drowning
Chapter Nineteen: Forbidden Forest
Chapter Twenty: Two-faced
Chapter Twenty-One: Summer of Planning
Chapter Twenty-Two: New Generation.
Chapter Twenty-Three: Deja Vu
Chapter Twenty-Four: Voices
Chapter Twenty-Five: Court
Chapter Twenty-Six: Dobby, the house elf
Chapter Twenty-Seven: Snakes, Ghosts and Puffs
Chapter Twenty-Eight: T. M. Riddle
Chapter Twenty-Nine: Spiders
Chapter Thirty: The Chamber
Chapter Thirty-One: My Blood
Chapter Thirty-Two: Safe
Chapter Thirty-Three: Sirius Black
Chapter Thirty-Four: Dementor
Chapter Thirty-Five: Hippogriff and Boggart
Chapter Thirty-Six: Marauders Map
Chapter Thirty-Seven: Truth or Dare
Chapter Thirty-Eight: Final
Chapter Thirty-Nine: Reunited
Chapter Forty: Expecto Patronum!
Prólogo Pt.2
2.1: The beginning
2.2: Princess
2.3: Imperius
2.5: Goblet of Fire
2.6: Rage
2.7: Wands
2.8: Pierre
2.9: Dragon
2.10: Ball
2.11: Second Task
2.12: Alliance
2.13: Third Task
2.14: And so it starts
2.15: Remember
2.16: Mourning
2.17: Breakdown
2.18: Unwanted connection
2.19: Preview
2.20: Wizengamot
2.21: Tortured Loved Ones Department
2.22: Routine
2.23: Dates and Winks
2.24: Army
2.25: Daggers and teddys

2.4: Long time no see

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By slytcruz

"O coração é como uma flecha: ele precisa de mira para atingir o alvo"

Outubro de 1994

Uma sombra escura sobrevoou a Floresta Proibida ao som dos palpites dos alunos. As luzes que brilhavam das janelas do castelo a iluminaram, mostrando uma enorme carruagem azul-clara do tamanho de um casarão, que voava para eles, puxada por doze cavalos alados, todos baios, cada um parecendo um elefante de tão grande.

As primeiras fileiras de alunos recuaram quando a carruagem foi puxando para pousar a uma velocidade fantástica, os cascos dos cavalos, maiores que pratos, castigando a grama ao baterem no chão, a carruagem um segundo depois.

Harry só teve um vislumbre de brasão na porta da carruagem antes dela ser aberta com força.

Um garoto em vestes azul-claras saltou de lá, se curvando e soltando uma escadinha dourada da base da carruagem. Em seguida, recuou respeitosamente, ao passo que um sapato preto e lustroso saia de dentro -- um sapato enorme -- acompanhado pela maior mulher que Harry já vira. Algumas pessoas exclamaram.

Ela era de tamanho de Hagrid, provavelmente uma meio gigante como ele, porém infinitamente mais bonita. Tinha um belo rosto, pele morena, grandes olhos negros que pareciam líquidos e um nariz bicudo. Seus cabelos, puxados para trás num coque na nuca. Vestia-se dos pés a cabeça em cetim negro, adornada por joias de opala.

Dumbledore começou a aplaudir, os alunos logo o imitando ao saírem de seu choque. O rosto da mulher se contraiu num sorriso gracioso e ela se dirigiu ao diretor estendendo a mãozona, forçando-o a se curvar para poder beija-la.

Harry ignorou enquanto eles conversavam, embora percebesse o forte sotaque da mulher, Madame Maxime, em "Dumbly-dorr", observando o entorno em busca de Durmstrang.

Não vendo nada que chamasse a atenção, ele se virou para a carruagem, vendo uns doze meninos e meninas descendo dela e se prostrando atrás da grande mulher, todos encolhidos de frio, olhando para o castelo com apreensão.

Madame Maxime perguntou sobre Karrkarroff, que devia ser o diretor de Durmstrang, e Dumbledore negou. Harry voltou a ignora-los quando eles começaram a falar sobre os cavalos.

Sua atenção se voltou ao corpo encolhido ao seu lado. Draco estava tremendo de frio.

- Tudo bem? - o moreno perguntou, envolvendo um braço ao redor do loiro e o trazendo para o seu calor.

- Sim. Esqueci o meu casaco - Draco respondeu, dando de ombros, mas logo tomado por uma crise de espirros. - Droga.

- Aqui, pegue o meu cachecol - Harry retirou-o do seu pescoço, colocando ao redor do garoto encolhido contra si, vendo-o suspirar com a sensação reconfortante, e sorrindo internamente com isso.

Foi quando houve um barulho alto e estranho através da escuridão; um ronco abafado mesclado a um ruido de sucção, como se um imenso aspirador de pó se deslocasse pelo leito do rio...

- O lago! - gritou Lino Jordan, o comentarista de quadribol. - Olhem para o lago!

Da posição onde estava, do alto do gramado, Harry e seus amigos tinham uma visão desimpedida da superfície escura e lisa da água -- exceto que ela repentinamente deixara de ser lisa. Ocorria alguma perturbação no fundo do lago, criando um vórtice cheio de bolhas, ondas quebrando contra a margem de terra.

Algo que parecia um pau comprido e preto começou a emergir lentamente do rodamoinho, o velame logo em seguida.

- É um navio! - Hermione disse, admirada.

De fato, alguns segundos depois, um belo navio emergiu das águas. Tinha uma estranha aparência esquelética, como se tivesse ressuscitado de um naufrágio, embora não perdesse a sua beleza excêntrica por isso. As luzes fracas e enevoadas que brilhavam nas escotilhas lembravam olhos fantasmagóricos, lembrando os brinquedos trouxas que Harry visitara uma vez com Moony e Dora. Logo, o imponente navio estava todo emergido, indo em direção à margem, uma ancora lançada assim que estava perto o suficiente para os passageiros descerem pelo pranchão.

Havia gente desembarcando, os garotos somente silhuetas com as luzes da escotilha. Eles pareciam muito compostos e robustos, mas ao se aproximarem, Harry percebeu ser devido às suas grossas capas de pele de fios longos e despenteados que estavam usando. Bem, pelo menos alguém não sentiria frio.

Num contraste, porém, o homem que os guiava usava peles de um outro tipo; sedosas e prateadas, como os seus cabelos.

- Dumbledore! - cumprimentou ele, cordialmente, ainda subindo a encosta. - Como vai, meu caro?

- Otimamente, obrigado, Prof. Karrkarroff.

Harry reconhecera o nome, é claro. Pesquisara a muito tempo pessoas que poderiam ser um risco para si e para sua família, o nome de vários Comensais da Morte libertos ou sob a desculpa de Imperius na lista. Karrkarroff era um delator, que tinha vendido diversos nomes, inclusive o do filho de Bartô Crouch, Barty Crouch Junior, para escapar de Azkaban. Ele era um rato, como Pettigrew.

Ele falou algo sobre Hogwarts, sorrindo um sorriso que não se estendia aos olhos, que eram frios e calculistas. Harry sabia que ele frequentara a escola, um sonserino provavelmente -- típico. Então, chamou um aluno, Viktor, para o calor, dizendo que ele estava resfriado. Fez sinais para que abrissem espaço, e o aluno passou, as luzes do castelo iluminando o seu rosto anguloso.

- É Viktor Krum! - exclamou Blaise, admirado.

- Nós temos olhos, Sherlock - Ginny revirou os olhos logo na frente deles, na ponta dos pés. - Não sabia que ele ainda estudava.

- Deve ter repetido algum ano - Terry deu de ombros. - Não é possível que alguém maneje a carreira e os estudos de maneira perfeita.

Eles concordaram, logo voltando as atenções para o que ocorria, na esperança que fossem logo para o Salão Principal -- estavam com frio e fome, afinal.

Felizmente, dez minutos depois, cada um estava sentado nas suas mesas. Beauxbatons tinha escolhido seus lugares na mesa da Corvinal, e Durmstrang tinha se espalhado pela Sonserina. Krum tomou seu lugar ao lado da Corte, o que significa que Harry, Draco, Pansy, Blaise, Daphne e Theo teriam a chance de falar com ele, provavelmente.

Os alunos de Durmstrang despiam-se de suas capas e olhavam o teto enfeitiçado com interesse. Um ou outro segurava as taças de ouro, analisando-as, impressionados.

Harry começou a analisar ao seu redor -- um habito incorrigível. Viu Filch colocando dois pares de cadeiras aos lados da de Dumbledore -- provavelmente para os organizadores do torneio. Os professores vieram entrando logo em seguida, sentando-se nos seus lugares. Os três diretores vieram por último. Quando Madame Maxime apareceu, os alunos de Beauxbatons se levantaram imediatamente, não tornando a se sentar até que ela estivesse sentada, embora alguns alunos de Hogwarts rissem. Karrkarroff também se sentara, enquanto Dumbledore permanecera de pé. Todos ficaram em silencio quando ele levantou as mãos.

- Boa-noite, senhoras e senhores, fantasmas e, muito especialmente, hospedes - disse ele, sorrindo para os alunos estrangeiros. - Tenho o prazer de dar as boas-vindas a todos. Espero e confio que a sua estada aqui seja confortável e prazerosa.

"O torneio vai ser oficialmente aberto ao fim do banquete. Agora, convido todos a comer, beber e se fazer em casa!"

Ele se sentou, e as travessas se encheram de comida muito mais variada do que o usual.

- O que é isso? - Harry perguntou, apontando para o que parecia um ensopado de frutos do mar.

- Chama-se Bouillabaisse - explicou Pansy. - Comi uma vez quando viajei com mamãe. É bem gostoso.

Eles se serviram e comeram calmamente, conversando cordialmente com os convidados.

- Vocês todos vão se inscrever? - Blaise perguntou a um aluno magro alemão chamado Aaron que havia se sentado ao seu lado.

- Sim. Estamos todos no último ano, e Karrkarroff nos escolheu a dedo parra virr - seu sotaque era forte, mas o inglês era melhor do que muitos pela mesa, inclusive o de Krum, que parecia perdido nas palavras na maior parte do tempo. - Não acho que todos tenham chance. Hagarr é muito habilidoso, porr exemplo, mas não é muito de se exibirr. Gerralmente levam essas coisas em considerração.

- Você acha que pode ser escolhido? - Astória perguntou, se inclinando, curiosa.

- Duvido muito. Somos todos ótimos, mas Viktorr é excepcional. No dia que vocês o virrem duelarr, entenderrão o que eu digo.

- Não prrecisa me bajular, Aarron - Krum disse no seu inglês difícil, revirando os olhos para o colega.

- Ah, mas você gosta - a fala de Aaron os fez rir levemente, introduzindo Viktor, como ele preferia ser chamado, nas conversas que aconteciam entre o grupo.

Eles estavam no meio de uma discussão leve sobre as matérias escolares de Hogwarts e Durmstrang quando alguns dos rapazes pararam de falar, seus olhos esbugalhados e presos em alguém que andava até a mesa da Grifinória. Harry, confuso por estar de costas, se virou, vendo somente uma garota de Beauxbatons de longos cabelos loiros e lisos curvada na direção da mesa vermelha e dourada, e um Ronald muito vermelho.

- Por que todos estão olhando para ela? - ele perguntou, vendo meninos e algumas meninas das outras mesas encarando a moça descaradamente.

- Linda - murmurou Blaise, quase babando.

- Puta merda - sussurrou Draco, seu olhos se arregalando. - Ela é...

Mas ele não precisou completar, porque Harry entendeu ao vê-la por completo. Ela era magnifica, com grandes olhos azul-profundo e dentes muito brancos e iguais. O mais impactante, porém, era a aura que havia ao redor dela, atrativa e viciante, quase como se pudesse hipnotiza-los.

- Puta merda - o moreno sussurrou em concordância.

Quando ela se sentou, saindo da linha de visão deles, seus amigos relaxaram. Harry até viu Pansy limpando o canto da boca discretamente, embora resolvesse não comentar sobre.

- Ela é uma veela - contou Viktor com uma leve risada. - Seu pai imporrtante na Frrança. Conhece meu pai.

- É poderosa? - Daphne perguntou.

- Bastante, pelo que soube. Trreina desde pequena. Veelas prrecisam saberr se defenderr.

- Eu não perrguntei antes, mas vocês se inscrreveriam se não houvesse o limite de idade? - indagou Aaron.

Dentre os seus amigos, ninguém disse que sim. O alemão perguntou o porquê.

- Já vivemos muitas aventuras em poucos anos escolares - riu Harry, acompanhado pelos outros. - Todos queremos um ano tranquilo.

- Comprreensível, emborra eu queirra saberr que aventurras são essas.

Eles assentiram, prometendo contar em algum momento.

- Ei, aqueles são Ludo Bagman e o Senhor Crouch? - perguntou Pansy, olhando para a Mesa Principal. Eles se viraram para olhar, vendo os dois homens ocupando os lugares extras.

- Devem ser os organizadores do Torneio - Theo disse, dando de ombros. - Acho que podemos esperar muita frufruzisse com Bagman aqui.

Os sonserinos riram, enquanto os estrangeiros estavam confusos. Suavemente, eles explicaram a fama do homem.

Foi naquele momento que Dumbledore se levantara, quando o prato da maioria já estava limpo. Uma agradável tensão pareceu percorrer o salão enquanto todos se calavam.

- Chegou o momento - dissera ele, sorrindo com real contentamento. - O Torneio Tribruxo vai começar. Eu gostaria de dizer algumas palavras de explicação antes de mandar trazer o escrínio, apenas para esclarecer as regras que vigorarão esse ano. Mas, primeiramente, gostaria de apresentar...

Harry os ignorou apresentando os dois homens que ajudaram na organização do torneio.

- ... se juntarão a mim, ao Prof. Karrkarroff e à Madame Máxime na banca que julgará aos esforços dos campeões.

Todos pareceram mais animados com a menção aos campeões, trazendo um sorriso ainda maior ao rosto de Dumbledore.

- O escrínio, então, por favor, Sr. Filch.

Filch se aproximou de Dumbledore trazendo uma arca de madeira, incrustada de pedras preciosas. Tinha uma aparência muito antiga. Vários alunos se levantaram ou subiram nas cadeiras para verem melhor.

- As instruções para as tarefas dos campeões já foram examinadas pelos Srs. Crouch e Bagman - disse Dumbledore enquanto Filch posicionava a arca cuidadosamente na sua frente -, e eles tomaram previdências necessárias para cada desafio. Haverá três tarefas, espaçadas durante o ano letivo, que servirão para testar os campeões de diferentes maneiras... sua pericia em magia, sua coragem, seus poderes de dedução e, naturalmente, sua capacidade de enfrentar o perigo.

O salão mergulhou num silencio profundo com as suas ultimas palavras.

- Como todos sabem, três campeões competem no torneio, um de cada escola. Eles receberão notas por seu desempenho em cada uma das tarefas do torneio e aquele que obtiver o maior resultado no final da terceira tarefa ganhará a Taça Tribruxo. Os campeões serão escolhidos por um juiz imparcial... o Cálice de Fogo.

Dumbledore puxou, então, a sua varinha e deu três pancadas leves na tampa do escrínio. Ele se abriu lentamente com um rangido, e Dumbledore enfiou a sua mão nele, retirando um grande cálice de madeira toscamente talhado. Teria sido considerado totalmente comum se não estivesse cheio até a borda com chamas branco-azuladas, que davam a impressão de dançar. Colocou-o bem a vista de todos.

- Quem quiser se candidatar a campeão deve escrever o seu nome e escola claramente em um pedaço de pergaminho e depositá-lo no cálice - disse Dumbledore. - Os candidatos terão vinte e quatro horas para apresentar os seus nomes. Amanhã à noite, Festa de Halloween, o cálice devolverá o nome dos três que ele julgou mais dignos de representar as escolas. O cálice será colocado no saguão de entrada hoje à noite, onde estará perfeitamente acessível a todos que queiram competir.

"Para garantir que nenhum aluno menos de idade ceda à tentação", continuou ele, "traçarei uma linha etária em volta do Cálice de Fogo depois que ele for colocado no saguão. Ninguém com menos de dezessete anos conseguirá atravessar a linha."

"E, finalmente, gostaria de incutir nos que querem competir que ninguém deve se inscrever nesse torneio levianamente. Uma vez escolhido pelo Cálice de Fogo, o campeão ficará obrigado a prosseguir até o final do torneio. Colocar o nome no torneio é um ato contratual mágico. Não pode haver mudança de ideia, uma vez que a pessoa se torne campeã. Portanto, procurem se certificar de que estão preparados de corpo e alma para competir, antes de depositarem o seu nome no cálice. Agora, acho que já está na hora de irmos nos deitar. Boa noite a todos."

- Esse carra fala demais - resmungou Aaron, recebendo concordâncias dos sonserinos.

- Com certeza - Daphne disse, se levantando. - Vocês vão se hospedar aonde?

Quando Viktor ia responder, Karrkarroff se aproximou, rapidamente.

- Vamos ao navio, então - foi ele dizendo. - Viktor, como está se sentindo? Comeu o suficiente? Devo mandar buscar um pouco de quentão na cozinha?

Viktor negou, mas Aaron se animou:

- Eu gostaria de quentão, professor.

- Eu não falei com você, Poliakoff - retrucou o diretor, seu caloroso ar desaparecendo.

- Pensando bem, adorrarria quentão, prrofessorr - disse Viktor, dando uma piscadela discreta para o amigo assim que Karrkarroff se virou, puxando-o para o navio.

- Bom, temos que irr - Aaron disse, olhando para os sonserinos. - Tenho que tomarr o meu quentão ainda quente. Nos vemos amanhã?

- Gostamos de ficar a tarde nos jardins - Pansy respondeu como um convite.

- Passarremos lá, então - ele piscou, seguindo os seus colegas porta afora.

- Eles são legais - Daphne disse, seguindo a casa verde e prata no seu caminho para as masmorras.

- Muito diferente do que se esperava de Viktor Krum - concordou Theo.

- Já sabem se alguém da nossa casa vai se inscrever?

- Derrick disse que se inscreveria - Harry disse -, e acho que Hawking também.

- Eles não estão muito empolgados - Daphne contou. - A maioria dos sétimos anos está muito preocupada com os NIEMs esse ano, e como nem um campeão tem folga, estão realmente relutantes.

- Faz sentido - Blaise concordou. - Então é mais provável que hajam grifinórios ou sextanistas que já fizeram aniversário.

- Exatamente. Warrington quer por o nome, e eu sei que Angelina Johnson também.

- Acho que eu morro se tiver que esperar até amanhã - dramatizou Pansy, se jogando no sofá da comunal.

- Querem jogar uma rodada de snap explosivo? - perguntou Theo, e a maioria assentiu, exceto por Harry e Draco.

- Quero deitar logo - o loiro dissera, logo correndo para os quarto, seguido pelo Potter.

Harry queria muito jogar, mas a pancada que levara no pé indicava que Draco queria conversar, então trancou a porta do quarto e colocou vários feitiços protetores ao seu redor.

- Fodeu, Harry! Ela vai vir falar comigo, com certeza - chorou Draco, bagunçando os cabelos perfeitamente arrumados.

- A veela?

- Não, a minha vó. É claro que é a veela!

- Ai, mas qual é o problema?

- Veelas não são borboletinhas sociais, Harry! Elas preferem família, pessoas em quem confiam, e desconfiam de estranhos. Por que acham que vocês são os meus únicos amigos e não falo com muito mais gente?

- Ainda não vejo o problema.

- Além disso, eles só falam com outros veelas sem desconfiança. Ela virá falar comigo porque saberá que eu sou um veela!

- Ahh.

- Ahh - ele debochou de mim, se jogando na minha cama. Hipócrita. - O que é isso?

Draco puxou uma carta debaixo dos seus cabelos, amassada. Ele leu o remetente.

- É de Sirius. Está escrito urgente.

Harry se adiantou rapidamente, pegando a carta.

Nas suas comunicações anteriores, Padfoot dissera que estava seguindo uma trilha que Tom deixara, esperançosamente chegando ao homem. Talvez...

- Isso! - ele exclamou ao ler o conteúdo.

- O que diz? - Draco perguntou.

- "Harry, eu encontrei Ele. Assim que ler essa carta, vá para a Casa dos Gritos. Beijos, Pads."

- Você não está me deixando no meio de uma crise - o loiro brigou, então se levantou. - Vamos.

- O que?

- Estou indo com você. Sem discussões.

Harry revirou os olhos, mas não brigou. Tente discutir com um Draco Malfoy no meio de um surto e você sai com um olho roxo.

- Vou pegar a minha vassoura e a Capa. Vamos ter que tomar mais cuidado por causa das delegações - o moreno disse, remexendo o seu malão.

Abrindo a janela, ele montou sua vassoura, Draco logo atrás, e os cobriu com a Capa da Invisibilidade. Ele pulou para a noite, voando, o ar gelado ondulando a capa ao seu redor. Em velocidade diminuída, eles passaram pela carruagem de Beauxbatons, e logo paralisavam o Salgueiro Lutador.

- Finalmente! - exclamou Sirius ao vê-los entrando na sala meio arrumada.

- Ele tem estado insuportável - reclamou Remus, revirando os olhos. - O que faz aqui, Draco?

- Estou surtando - o loiro deu de ombros, sem nem se importar.

- Não pude deixa-lo - Harry contou. - Por que estou aqui, afinal? Você não o encontrou?

- Sim, mas... ele quer falar com você.

- É ele mesmo?

- Sua mente, sim - explicou Remus. - Seu corpo...

- É uma coisinha pequena e feia - o Potter concluiu, arrancando uma risada latida de Sirius.

- Se chama homúnculo, mas basicamente é isso mesmo.

- E por que vocês dois estão aqui?

- Enquanto Sirius te leva lá, eu tenho que fazer algo aqui, e impedir uma tragedia - disse Remus, piscando um olho. - Uma missão, por assim dizer.

- Ah, pare de ser tão exibido, seu lobo velho. Vá logo - brigou Sirius, empurrando o amigo na direção da porta junto da Capa da Invisibilidade. - Cuidado!

- Sempre, e boa sorte.

Remus saiu, e logo Padfoot ofereceu seus braços aos garotos.

- Vamos lá?

Sentindo-se ansioso, Harry agarrou o braço do seu padrinho, imitado por Draco. A sensação da aparatação se seguiu ao fechar dos seus olhos, e ele se sentiu sendo espremido, o puxão incomodo no seu umbigo quase empurrando o seu jantar pelo caminho de entrada. Então o chão se fez sólido novamente.

- Tudo bem? - Sirius perguntou aos dois, que assentiram, ainda meio tontos. - Ótimo! Bem vindos a Casa dos Riddle.

Era uma mansão fina que dava visão ao vilarejo logo abaixo. Podia ter sido bela um dia, mas estava faltando muitos azulejos e as janelas estavam fechadas com tábuas. A grama estava alta, e começava a invadir o casarão.

Sirius apontou para a porta de entrada, indo na frente. Draco segurou firmemente o pulso de Harry, como se temesse perde-lo de vista. Por dentro, era ainda mais decrepito no sentido de triste, embora estivesse razoavelmente limpo. A poeira não era a de uma casa abandonada a anos, então alguém deve ter limpado recentemente. Entrando um pouco mais, eles chegaram em uma sala onde havia uma lareira, um grande tapete e uma única poltrona. A coisinha feia estava sentada nela.

- Tom, estou aqui com Harry - Padfoot disse, se aproximando do homúnculo.

As pálpebras fechadas se abriram para revelar as assustadoras íris vermelhas reptilianas. Diferente do que ambos os garotos esperavam, ele não continha ódio mortal nelas. Na verdade, parecia muito afetuoso.

- Harry - a voz cansada sussurrou.

- Tom? - o moreno perguntou, como se para confirmar.

- Olá, criança. Quanto tempo.

Oie! Tudo bem?

Ah, consegui escrever num tempo razoável esse capítulo. Acho que estou me divertindo mais com essa parte.

Ahhhh já tá começando a parte que todos os autores amam: a desgraça. Não sei se no final desse ano vocês me amam ou me odeiam, mas recomendo que comecem as apostas.

Quem vai ser o morto do pedaço?

Sorryyyyy

Compartilhem muuuuuito porque estamos perto de 50k de visualizações e já passamos de 5k de curtidas. Vocês são demais, juro!

Curtam, comentem, me sigam e compartilhem!

Até o próximo,

~Bia+

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