Wrong Choice - Vinnie Hacker

By wathevermah

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[ SEGUNDA PARTE DE "I'M NOT THE ONLY ONE". ] Nada mudou. Cassie continua em uma busca constante por qualque... More

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By wathevermah


        POV Cassie

  Eu não estava me aguentando de dor de cabeça, sinceramente, estava quase mandando Powell tomar no cu.

  Sei que eu disse que iria parar com toda a parada dos entorpecentes e tentar ser uma pessoa melhor para Chris, meu pai, Oliver e blá blá blá; mas não liguei pra isso durante todo o fim de semana, na verdade eu havia até mesmo exagerado na dose.

  -- Por que eu estou aqui mesmo? - perguntei interrompendo o moreno a continuar falando sem parar.

  -- Porque você precisa me ver jogar, oras! - Powell exclamou com as sobrancelhas arqueadas. - Eu estou falando sozinho há meia hora?! - perguntou apoiando suas mãos na cintura.

  Suspirei pesadamente e voltei a caminhar, aquela falação toda estava contribuindo para minha dor de cabeça, também sentia um enjôo insuportável e um gosto horrível em minha boca, definitivamente não deveria ter levantado de minha cama. Pra piorar tudo, estava sentindo um frio horrível e tudo que eu mais odiava era ter que usar tantas blusas e meias.

  -- Ah é. - balancei a cabeça lentamente e enfiei minhas mãos dentro de meus bolsos.

  -- Você não deveria ter exagerado ontem. - falou me encarando. - Nem no sábado, e muito menos na sexta. - suspirou bagunçando seus cabelos. - Na verdade nem mesmo deveria ter usado aquelas porcarias, não disse que iria parar? - perguntou juntando as sobrancelhas.

  -- Esse papo agora não Powell, por favor. - pedi começando a ficar irritada, não estava nem um pouco afim de ouvir sermão.

  -- Agora não? E quando vai ser? Você prometeu que não ia mais usar essas merdas e aí está, não consegue nem ficar sem os óculos de sol e está tremendo de frio, olha o que está fazendo consigo mesma. - terminou com uma expressão de desapontamento que era capaz de me derrubar.

  -- Você sabe que não é bem assim que funciona... - falei com a voz baixa começando a me sentir culpada.

  -- Ah eu sei bem como está funcionando, voltando a ser a antiga Cassie e se enchendo dessas merdas sem ligar para o amanhã, o que aconteceu? Estava tão focada, você não me conta mais nada, me deixa te ajudar. - pediu com a voz suave.

  Suas grandes mãos tocaram meus ombros e seu olhar se tornou compreensivo, podia ver que ele estava preocupado, eu realmente havia parado de o contar as coisas e preferia guardar para eu mesma, estava lentamente me afastando dele e Milles para o próprio bem dos dois, havia caído em uma estranha onda de depressão a qual me impedia de querer ver qualquer um dos meus amigos perto de mim.

  No momento me senti a pior pessoa do mundo, parecia que eu era uma drogada sem futuro e que Powell queria ajudar para cobrir sua cota de bondade, não sei o que deu em mim, só sei que uma raiva súbita tomou conta de mim e acabei estourando, odiava quando isso acontecia, odiava tratar os outros mal.

  -- Eu não quero e nem preciso da sua ajuda! O que acha que eu sou? Não preciso que você ou qualquer pessoa venha me dar lição de moral, principalmente você. - dei ênfase na palavra final e dei as costas na esperança de não olhar mais para seus olhos brilhantes que transbordavam mágoa e preocupação.

  Apressei meus passos segurando lágrimas de estresse e me tranquei em uma das cabines do banheiro, deixei que algumas lágrimas grossas rolassem por meu rosto e me apressei a seca-las antes que eu mesma sentisse vergonha daquela cena, tirei os óculos escuros deixando de qualquer jeito em cima da lixeira e respirei fundo, o dia estava pela metade e já conseguia ser o pior da semana, estava de ressaca e enjoada, pra completar uma fome desgraçada me atacou e uma vontade absurda de ascender um baseado tomou conta de todos os meus sentidos.

  Ouvi a porta do banheiro ser aberta e alguém que conversava ao celular, me inclinei para frente apoiando meus cotovelos em meu joelho e meu rosto em minhas mãos, estava cansada e louca para ir para a casa e me afundar em minhas cobertas, eu não merecia estar passando aquele perrengue todo às 08 da manhã.

  -- Aí, será que dá pra apressar aí dentro? Eu esqueci uma coisa e preciso pegar. - a porta de minha cabine vibrou um pouco e avistei sapatos de couro pelo vão aberto.

  -- Que saco. - sussurrei apertando meus olhos e me recusando a sair.

  -- É sério, é algo muito importante. - pediu ficando mais séria. - Tá me ouvindo? Alôô? - bateu mais uma vez na porta.

  -- Não consegue esperar o caralho do banheiro ser liberado? - perguntei já completamente estressada.

  -- E você não consegue ir mais rápido? Se estava com dor de barriga era mais fácil ter ficado em casa. - respondeu com um tom impaciente.

  Apertei a raiz de meu cabelo e bufei me segurando para não descer a mão na pessoa do outro lado da porta, não podia ter um segundo sequer de paz que o universo já vinha com sua implicância comigo.

  Me levantei da privada que estava de tampa fechada e rapidamente pûs meus óculos escuros, em seguida abri a porta com toda a força que eu tinha, logo vendo uma garota baixa demais com longos cabelos loiros impecavelmente lisos que me direcionava uma cara feia demais, suas mãos finas com unhas grandes e roxas foram até seu nariz fino e tocou com euforia.

  -- Está louca? Quase quebrou o meu nariz! Essa cirurgia foi cara demais e se você tivesse o estragado... Levaria bons chutes. - ergueu seu nariz e entrou dentro da cabine, logo a trancando.

  Ela tinha um forte e irritante sotaque britânico, também usava muitas palavras e gírias antigas que não pareciam se assimilar à sua aparência "da moda", ela usava uma saia curta preta e colada, uma blusa também curta e colada azul claro e um grande casaco de veludo preto, nos pés um salto clássico e para completar havia uma faixa branca em sua cabeça, uma verdadeira patricinha de filmes antigos.

  Me apoiei na grande pia de mármore branco e lavei minhas mãos, aquilo sempre me ajudava naqueles momentos estranhos em que eu até mesmo conseguia sentir o cheiro da erva só por pensar muito nela, talvez eu queimasse um mais tarde, porém naquele momento não podia fazer isso, eu gostava de pensar que enquanto pudesse me controlar, estaria tudo bem.

  Respirei fundo assim que minha visão ficou um pouco turva e foi difícil enxergar o reflexo em minha frente, aquelas espécies de "apagão" já não era mais algo tão assustador e raro para mim, havia passado o fim de semana inteiro sentindo aquilo então já estava meio que acostumada.

  A garota que antes me enchia o saco saiu da cabine com um bolinho enrolado de papel higiênico e o largou de qualquer jeito em cima da pia próximo de mim, o papel saiu um pouco me dando a visão de um teste de gravidez, grudei os olhos naquilo como se dependesse da minha vida manter a atenção ali.

  -- Isso não é meu. - falou a garota enquanto lavava as mãos com certa força, talvez por ter fuçado o lixo.

  -- Eu não disse nada. - respondi no mesmo tom neutro que ela.

  -- Mas está aí encarando igual uma louca. - respondeu seco.

  Suspirei e peguei um papel para secar minhas mãos, de relance pude notar que a loira tinha seu olhar sobre mim e parecia lembrar de algo já que seu olhar ficou desfocado.

  -- Precisa de alguma coisa? - perguntei soando um pouco ignorante.

  -- Ugh, você e aquele lesado se merecem. - fez uma careta de nojo e começou a secar suas mãos também.

  -- Como é? - perguntei pensando ter ouvido coisas, aquela balinha provavelmente estava estragada.

  -- Esqueça. - virou o rosto já pronta para ir embora, mas não sem antes dar um olhar gordo para minhas botas de frio. - Não é qualquer gentinha dessa escola que tem uma Bottega, pelo menos algum bom gosto você tinha que ter. - me deu um último olhar de cima a baixo e saiu pela porta logo depois de pegar o rolinho em cima da pia.

  Eu absolutamente não sabia do que ela estava falando, aquela bota foi presente de meu pai e eu não entendia nada de marcas, mas pela cara que ela fez, certamente não era algo comum de se ver.

  Apenas ignorei aquilo e segui em direção à minha sala, não dava pra ficar trancada naquele banheiro o dia todo.

  Ainda estava vazia então decidi que iria dormir durante o dia todo, ainda teria que aguentar aqueles gritos na quadra mais tarde então precisava descansar, eu odiava brigar com Powell ou com qualquer amigo meu, aquilo conseguia fazer meu dia piorar em cem vezes e eu sempre ficava remoendo aquele momento.

  A sala começou a ficar mais cheia a medida em que as pessoas entravam e faziam tudo ficar uma bagunça mais uma vez, era a segunda aula do dia e eu já queria meter o pé, esperava muito que nenhum professor pegasse no meu pé naquele dia ou eu seria obrigada a mandar ele ir tomar no cu.

  De repente comecei a focar no que as pessoas à minha volta diziam e percebi que estavam apresentando um trabalho, fechei os olhos com força me lembrando finalmente o porque de eu estar sentindo um pressentimento ruim logo pela manhã, me esqueci totalmente que teria de apresentar aquela merda.

  -- Cassie? - aquela maldita voz rouca pronunciou meu nome de um jeito tão glorioso que não evitei em levantar a cabeça apertando o olhar. - Podemos ser os próximos? - perguntou com um olhar sugestivo.

  Só então pude o apreciar por curtos minutos, não havia o visto então foi uma surpresa quando encontrei um Vinnie de bandana e olheiras roxas.

  Ele estava lindo, alguns fios loiros de seus cabelos ondulados escapavam por baixo do tecido estampado branco, usava uma blusa também branca com uma estampa estranha vermelha e uma calça jeans azul bem clara, estava incrivelmente fofo com sua expressão de sono e seus olhos que brilhavam sempre que ele falava comigo.

  Apenas balancei a cabeça assentindo, mas ele não parecia gostar daquela resposta simples já que continuou me encarando com certa expectativa, olhei para suas mãos e vi que ele segurava o trabalho escrito, estendi a mão para que ele me entregasse e o mesmo ficou encarando minha mão por longos segundos até que acordasse do transe estranho e me entregasse.

  Eu já sabia exatamente tudo sobre o trabalho pelo tema ser relativamente fácil, mas algo me forçava a ter qualquer interação com Vinnie, eu não conseguia exatamente trocar uma frase inteira com ele mas sabia que tinha que fazer algo.

  A apresentação foi tranquila, fora a parte que aquela professora desgraçada insistiu para que eu tirasse os óculos escuros e tive que apresentar quase de olhos fechados pela luz do sol estar entrando com tudo dentro da sala, sei que ela propositalmente não abaixou as persianas já que ela me deu um sorrisinho cínico quando reclamei da claridade.

  O que me preocupou mesmo foi o momento em que terminamos a apresentação e todos aplaudiram, eu e Vinnie fomos de volta para nossas respectivas mesas e antes que eu pudesse me sentar ele se aproximou até demais e olhou no fundo dos meus olhos, em seguida pronunciou: "Por que estão tão dilatados?".

  Com todo o nervosismo que me consumiu eu apenas desviei o olhar e coloquei meus óculos novamente, me sentei e esperei ansiosamente para que a aula acabasse logo, quando isso aconteceu eu fui a primeira a sair e corri para a cantina, logo logo seria o jogo e todos estavam empolgados pois o time rival seria o do colégio do outro lado da cidade, o qual eu estudava e não estava muito animada para ver meus antigos colegas, era uma fase antiga que eu gostaria muito de esquecer.

  -- Cassie. - meu nome foi chamado mas nem me dei o trabalho de me virar para ver quem era.

  Não tinha condições de eu conversar com Milles descentemente, eu não conseguia enxergar um palmo em minha frente e sentia que minha voz estava meio arrastada, fora os óculos escuros que certamente me denunciariam.

  -- Ei, não me ignore. - falou com uma voz manhosa que ele fazia só quando estávamos sozinhos.

  Sua mão fria tocou meu ombro e em seguida senti o calor de seu corpo contra minhas costas, abaixei minha cabeça me sentindo culpada por estar fazendo isso mesmo depois de ter prometido que não aconteceria de novo, minhas bochechas arderam de vergonha e senti um nó forte em minha garganta, assim como aconteceu quando Powell disse aquelas coisas.

  -- Desculpa, nem te ouvi. - forcei uma risadinha e toquei seus pulsos acariciando de leve.

  -- Powell está insuportável, não para de falar sobre estratégias de jogo e o quanto está animado, eu tô surtando. - falou com humor na voz e deitou sua cabeça sobre meu ombro.

  -- É, ele está bastante animado. - respondi com a voz estranha.

  -- Ei, o que foi? Qual é a do óculos escuro? -
Perguntou juntando as sobrancelhas.

  Engoli em seco pensando rápido.

  -- O dia está muito claro hoje, está me dando dor de cabeça. - dei de ombros sorrindo de lado.

  -- Hm... - apertou o olhar completamente desconfiado, ele certamente tentaria saber se era verdade ou não e provavelmente conversaria com Powell, eu estava fodida.

  -- Vamos? Você ainda vai comprar lanches não é? - perguntei tentando fugir do assunto, parecia ter funcionado já que ele abriu um grande e brilhante sorriso.

  Começamos a caminhar no meio daquele monte de gente e mesmo que Milles continuasse falando várias coisas ao mesmo tempo, eu só conseguia ficar no mundo da lua lembrando de como Vinnie parecia confiante enquanto apresentava o trabalho, ele falava do assunto com tamanha maestria e dava pra notar que ele havia adquirido uma confiança absurda, ele nem sempre foi assim e confesso que senti algo muito forte vendo ele daquele jeito.

  De relance eu conseguia ver que ele às vezes me observava enquanto eu falava minha parte do trabalho, nem mesmo tínhamos estipulado quem leria o que mas parecia que já sabíamos exatamente o que fazer, fomos muito bem e me senti aliviada quando terminou, ao mesmo tempo que me senti vazia por não ter mais nada que nos ligasse.

  -- Vem, Tyler guardou lugares ótimos para nós. - a voz de Milles ficou mais grave e só então acordei do transe.

  Quando foi que saímos para o lado de fora? E quando compramos aquelas batatas fritas?

  Milles me puxou para passarmos pelas pessoas da arquibancada e nos sentamos nos dois lugares vazios no meio de tantos cheios, Tyler estava sentado ao lado de nossos acentos e balançou a mão em um aceno enquanto sorria animadamente, retribuímos e nos sentamos, os jogadores estavam se preparando para entrar e a torcida de ambos os lados vibrava.

  -- O jogo já está praticamente ganho. - um cara em minha frente falou empolgado e Milles concordou.

  O moreno ao meu lado nem mesmo gostava de futebol ou agitações como aquela, mas conseguia ser muito companheiro quando queria, estava ali inteiramente por seu amigo e torceria até o fim por ele, era o que eu deveria estar fazendo ao invés de brigar com um de meus melhores amigos.

  -- Vou lá embaixo rapidinho. - avisei para Milles que apenas fez um sinal com a mão, sequer prestou a atenção no que eu disse, ele e o garoto desconhecido estavam conversando sobre como o time rival era ruim, Milles nem conhecia eles.

  Me levantei e desci as escadas correndo sentindo a culpa me corroer, Powell parecia ser durão e seco mas não era nada disso, já o vi ficar cabisbaixo por uma semana depois de Milles se recusar a fazer uma noite do pijama conosco pois precisava estudar, ele ficou realmente chateado por algo pequeno assim, nem imagino o que ele estava achando depois de eu praticamente gritar com ele.

  Passei no meio das pessoas que esperavam fora da arquibancada e tentei entrar no vestiário, sem sucesso pois o treinador estava conversando com eles então seria totalmente inconveniente da minha parte, por isso esperei do lado de fora assim como algumas outras pessoas que queriam falar com os jogadores para desejar boa sorte.

  Observei em volta como se algo me chamasse a atenção para que eu erguesse o olhar, vasculhei o campo e as pessoas e avistei alguns conhecidos do outro lado do campo que me cumprimentaram com sorrisos largos e acenos, correspondi mas ainda sentia que tinha algo errado, continuei varrendo o local com os olhos e até pisquei forte quando avistei Vinnie um pouco mais afastado de onde eu estava, era um lugar sem muita gente em que normalmente os jogadores ficavam para discutir com o juíz.

  Mas o que chamou minha atenção era que ele não estava sozinho, tinha uma garota de costas para mim com cabelos castanhos em tamanho médio e um pouco baixa, eu reconhecia aquelas roupas estranhas a distância mas não tinha certeza de quem era.

  Minhas dúvidas foram caladas assim que ela se virou de lado e reconheci ser Olivia, cheguei até mesmo a prender a respiração quando ela abriu seus braços e praticamente pulou em cima do loiro que ficou a encarando com as sobrancelhas juntas, ficou um tempo sem reação mas depois de alguns segundos passou os braços pela cintura da garota e abaixou o olhar.

  Um suspiro de decepção escapou por meus lábios e me senti desanimada novamente, não sei o que se passou pela minha cabeça quando pensei que ele se esforçaria de verdade, eu nem mesmo queria que ele tentasse algo... Eu acho.

  Para Cassie! Passado é passado.

   -- Cass... - ouvi a voz baixa e rouca de Powell e finalmente desviei o olhar dos dois que se abraçavam.

  Engoli em seco pela vigésima vez no dia e me virei sentindo meu coração palpitar, odiava muito ser grossa com um amigo que só queria meu bem, ele apenas se preocupava e queria me proteger, eu o amava e gostava de sua proteção mas no momento acabei perdendo a cabeça e explodi por causa daquela merda que usei na noite passada.

  -- Me desculpa. - pedi com a voz fraca, mais uma consequência do pó era a melancolia no dia seguinte, era horrível.

  -- Tudo bem. - forçou um sorrisinho de lado e rapidamente passei meus braços por sua cintura o abraçando o mais apertado que eu conseguia.

  -- Eu não queria falar daquele jeito com você, sei que estou errada e você só quer me proteger, mesmo assim fui uma cuzona. - murmurei perto de seu ouvido já que as vozes altas das pessoas estavam abafando a minha.

-- Tá tudo bem Cass, eu fiquei chateado mas entendi seu lado, não é tão fácil assim e eu compreendo totalmente, só não quero que se afunde nisso de novo, por favor. - pediu com um certo peso na voz.

  -- Não vou, prometo que não, eu tenho total controle agora e prometo que se eu ver que está dando merda eu paro na hora. - respondi embrenhando meus dedos em seus cabelos da nuca para o acalmar.

  -- Cassie... Não quero esperar até que dê merda mais uma vez, por favor... - pediu baixinho me apertando mais contra si.

  Por pura sorte no mesmo minuto o treinador chamou todos para começarem e nos separamos do abraço, me aproximei novamente deixando um beijinho em sua testa e sorri abertamente me sentindo um pouco pior.

  -- Vai lá e acaba com eles, você é o melhor jogador daqui, eu te amo. - dei um último abraço nele e o dei as costas.

  -- Essa conversa ainda não acabou, okay? - perguntou inseguro e eu apenas balancei a cabeça segurando a vontade de chorar.

  Nem mesmo sei em que momento exatamente eu voltei a consumir aquelas coisas, apenas encontrei com Isak em uma balada e deu nisso.

  Queria nunca ter saído de casa naquele dia.

      ×××××× ×××××××××× ××××××

  Dentro do prazo, aeeeeeee.

  Gente vocês perceberam que esse capítulo foi um pouco mais direto ao ponto? Sem tantos detalhes em alguns momentos, vocês preferem assim ou bem detalhados sempre? Perguntinha bem importante <3

   Ily💙

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