Um Retorno Inesperado | ✓

By abewrite

45.6K 3.3K 1.4K

Lauren Anderson tinha quinze anos quando teve que se mudar de sua cidade natal para morar em Londres e assim... More

Acervo
Capítulo 1
Capítulo 2
capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capitulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Epílogo
Agradecimentos
SUR-PRE-SA!

Capítulo 27

732 60 6
By abewrite

Entramos no aniversário novamente e a Katie apareceu em cima de um tabloide de vidro com um vestido diferente do que estava no começo da festa. Dois garçons trouxeram um bolo de cinco andares coberto de glitter e enfeites e mais três pessoas, provavelmente a família, juntaram-se a ela.

Katie agradeceu a presença de todos e cantamos o parabéns. Explosões de confetes coloridos voaram para todos os lados, ao final e a garota soprou as grandes velas acesas que indicavam seus dezoito anos.

- Agora, quero que todos fiquem no centro. - Uma mulher de meia-idade falou. - Aquele balão vermelho está cheio dos mais variados doces. No três, ele vai estourar e vocês vão estar livres para pegar os doces que quiserem.

Nesse momento, todo ser vivo daquele salão correu o mais rápido que pode para debaixo do balão, como uma manada de antílopes fugindo de hienas. Tentei não ser levada junto com eles, mas um imbecil completamente desesperado empurrou o amigo que chocou suas costas com a frente do meu corpo e eu perdi o equilíbrio dos saltos que usava.

Era tarde demais para não cair que nem uma fruta podre no chão, então apenas fechei os olhos e esperei a queda. Mas, por pouco, não aconteceu.

Senti dois braços envolverem meu corpo, me impedindo de passar vergonha. Abri meus olhos devagar para ver quem era o salvador da pátria e me surpreendi.

- Qual é a sua relação com o chão? - Daniel perguntou com um sorriso zombeteiro.

Soltei o ar de meus pulmões que nem se quer sabia que estava prendendo. Revirei os olhos e sorri de alívio.

- Idiota. - Murmurei.

Ele me levantou devagar, sem tirar seus olhos dos meus e um frio passou pela minha barriga.

- É assim que agradece? - Arqueou as sobrancelhas.

- Obrigada... - Sorri sem graça e senti minha bochecha queimar sem motivo aparente.

- Ei, vocês não pegaram doce? - Jack apareceu ao nosso lado com a camisa vermelha servindo de bolsa para os doces que tinha pegado.

- Não deu tempo. - Me afastei um pouco do Daniel, percebendo que estávamos mais perto do que de costume.

- Mas, vocês podem dividir, não é? - Daniel falou estendeu a mão para o Bryan que tinha chegado com duas barras de chocolate na boca.

Balbuciou alguma coisa e balançou a cabeça negativamente.

- Olha o que pegamos! - Mel e Julie vieram animadas com duas maçãs do amor caramelizadas  na mão. - Vocês ficaram sem? - Mel perguntou.

- Vocês, minhas queridas amigas, podem dividir comigo. - Sorri abraçando as duas.

Elas fizeram careta.

Melissa me deu uma maçã do amor e Julie dois pacotes de alcaçuz.

- Agora, só falta vocês. - Daniel estendeu a mão para Bryan e Jack. Eles se entreolharam, relutantes, mas deram duas barras de chocolate e uma caixa de chiclete.

- Vamos aproveitar e pegar um pedaço de bolo. - Mel me puxou para longe e Julie veio atrás.

Depois do bolo ser servido e todos comerem, a festa começou a esvaziar rapidamente. Melissa já tinha ido embora e logo Jack e Julie também foram. Então, procurei por Bryan que falava com uma loira de batom vermelho. Ele anotava alguma coisa em seu celular enquanto ela falava e deduzi que era seu número. Bryan sendo Bryan.

A loira despediu-se e eu me aproximei.

- Ei, vamos embora como?

- Eu ia te procurar agora para perguntar a mesma coisa. - Ele disse passando seu braço pelo meu pescoço.

- Você não veio de carro? - Perguntei confusa e ele negou.

- Talvez, o Daniel tenha. Vamos perguntar a ele. - Ele disse me guiando até o outro lado do salão onde estava Daniel e Jonathan conversando.

Consegui ouvir um pouco da conversa enquanto nos aproximávamos.

- Obrigada, cara. Você não precisava ter feito isso, poderia continuar tentando. - Daniel passou a mão no cabelo. Parecia sem graça.

- Vocês dois são meus amigos. - Jonathan colocou a mão em seu ombro. - Se há algo entre vocês, não quero atrapalh... - Bryan o interrompeu com um "E aí!".

Do que será que eles falavam? Sei que não era da minha conta, mas fiquei curiosa.

Os dois olharam para Bryan e depois para mim e rapidamente sorriram torto.

- Bom, eu já vou indo, pessoal. Até segunda! - Jonathan disse apertando a mão do Daniel, do Bryan e depois beijou a minha.

Sorri e me despedi.

- Então, como vamos para casa? - Bryan perguntou para Daniel.

- Eu posso levar vocês. - Revirou os olhos rindo. - Deixa só eu falar com a Katie. - Ele distanciou-se e foi até ela.

Por incrível que pareça, ela não sorriu. Emburrou a cara como se estivesse brava e ele passou a mão no cabelo como fazia sempre que estava constrangido. Ele falou alguma coisa com ela e sua expressão suavizou-se. Ela suspirou, o abraçou e ele retribuiu, depois, caminhou até nós.

Ela olhou em nossa direção, sorriu e acenou. Retribui o aceno, ainda sem entender o que tinha acontecido.

- Achei que ela não gostasse de mim. - Falei para Bryan, confusa.

- É complexo... - Bryan passou a mão na nuca.

Acompanhamos Daniel até o carro e fomos conversando até deixarmos Bryan. Ele parou em frente a minha casa logo depois e me despedi. 

- Ei... - Me chamou antes que eu abrisse a porta.

Voltei-me para ele e esperei que falasse.

- Jonathan me falou que vocês acharam melhor continuar como amigos, é verdade? - Me olhou curioso.

- Por que a pergunta? Está interessado nele? - Sorri zombeteira.

Revirou os olhos.

- Engraçadinha. - Fez careta e eu ri.

- Na verdade, ele disse que gostaria que fosse assim, então concordei. - Dei de ombros.

Queria que o Carter tivesse tido a mesma sinceridade que Jonathan teve comigo. Assim, evitaria corações partidos.

Ele assentiu, mas não disse nada. Me despedi dele e saí do carro, mas ele me acompanhou.

- O que foi? - Perguntei quando ele pôs-se ao meu lado.

- Vou te levar até a porta. - Deu de ombros e eu franzi a testa, desconfiada.

Que garoto estranho.

- Ah sim, esqueci que agora você é um cavalheiro. - Zombei. - Ao invés de colocar o pé na frente das pessoas para elas caírem.

Ele gargalhou jogando a cabeça para trás.

Não sabia o por quê, mas eu gostava quando ele fazia isso.

- Idiota... - Murmurou sorrindo.

Coloquei a chave na porta e quando abri todas as luzes apagaram. Não só da casa, mas de todo o bairro. Olhei para a rua escura, confusa. Não era comum que isso acontecesse.

- O que será que houve? - Perguntei preocupada.

Eu odiava ficar no escuro, me dava uma sensação ruim.

- Não sei. Pode ter sido um acidente. - Ele deu de ombros.

Só conseguia vê-lo graças a luz da lua.

- Logo agora? - Suspirei incomodada.

- Ainda tem medo de escuro? - Ele riu e eu cruzei os braços.

- Claro que não. - Menti descaradamente.

- Então tá, já vou indo. - Ele vira-se para ir embora e eu arregalo os olhos.

Não acredito que ele vai me deixar sozinha aqui. Olhei para a casa escura atrás de mim e senti um medo crescer em meu peito.

- Daniel! - O chamei desesperada.

Corri até ele e segurei seu braço.

- Tá... eu confesso. - Suspirei derrotada. - Eu ainda tenho medo e eu não quero ficar naquela casa sozinha. - Disse apontando para trás.

- Eu ja sabia, só queria que você admitisse. - Deu de ombros com um largo sorriso.

Bufei me arrependendo de ter admitido logo para ele. Agora, ele zombaria de mim pela eternidade.

- Vem, vamos entrar. - Passou por mim.

Me surpreendi quando pegou em minha mão e puxou-me para dentro da casa. Uma carga de eletricidade percorreu o meu corpo de um jeito estranho e prendi a respiração por alguns segundos. Torci que fosse apenas o medo de entrar naquela completa escuridão e não pelo fato de nossas mãos estarem dadas.

Seria patético, afinal, certo?

Ele ligou a lanterna do celular e apontou adiante.

- Podemos colocar uma lanterna em cima da capa do abajur para iluminar a sala. Você tem? - Perguntou me olhando.

Demorei para responder porque sua mão, macia e quente, tirava toda a minha concentração.

- Tem, no sótão, no andar de cima. - Limpei a garganta recobrando a consciência.

- Fique aqui e eu vou lá pegar. - Ele distanciou-se, soltando sua mão e em um empulso agarrei-a novamente.

- Você não vai me deixar aqui sozinha. - Disse indignada. Meu coração quase saltava pela boca.

Ele gargalhou.

- Vem logo, medrosa. - Me puxou e eu suspirei aliviada.

Subimos a escada enquanto ele colocava a lanterna apontada na direção que íamos. Tentei não olhar para baixo e esquecer d nossa situação, mas foi impossível.

Nos filmes de terror, o escuro significava algo ruim, muito ruim.

- Ali. - Apontei com a sua lanterna para o teto do corredor ao lado onde tinha uma pequena porta quadrada de madeira.

Ele puxou a corda e ela abriu, revelando uma escada. Nós subimos no cômodo empueirado e cheio de caixas de mudança, além de outras coisas entulhadas.

- Lembra de quando eu tranquei você no porão do Bryan na festa de doze anos dele? - Ele riu abrindo uma caixa de ferramentas.

-Eu fiquei com muita raiva de você naquele dia. - Abri uma caixa qualquer sem nome.

- Quando eu abri a porta, você estava chorando com os olhos fechados. Parecia tão desesperada que me arrependi de ter feito aquela brincadeira boba. - Sorriu sem graça.

- Mas você não pediu desculpa, mesmo assim. - Balancei a cabeça em reprovação.

- Ei, pedi sim. - Me empurrou de leve e eu ri.

- Só depois que sua mãe te ameaçou. - Revirei os olhos. - Aí não vale. - Disse óbvia.

- Mas eu pedi... - Deu de ombros pegando outra caixa. - e mesmo assim você ficou sem falar comigo por uma semana. Rancorosa. - Zombou.

- Claro, você mereceu... - Sorri convencida.

- Mas, eu prometi te comprar um sorvete de casquinha com três bolas: baunilha, morango e blueberry, se você voltasse a falar comigo. - Sorriu de lado. - Eu sabia que você não recusaria.

Revirei os olhos.

- Tem razão, tudo vale a pena quando se trata de sorvete de baunilha, morango e blueberry. - Sorri lembrando do gosto dos meus sabores favoritos.

Ele riu balançando a cabeça.

- Nós comemos olhando o pôr do sol, em silêncio. - Ele sorriu abrindo mais uma caixa.

- Foi o nosso recorde de tempo sem brigar, na época. - Ri e ele me acompanhou.

Abri a próxima caixa perto de mim cheio dos meus cadernos do fundamental e me perguntei porque meus pais guardavam aquelas coisas. Olhei embaixo deles encontrando um álbum de fotos de capa vermelha e letras douradas. Estava todo empueirado, mas peguei para ver o que tinha dentro.

- Olha o que eu achei. - Disse me aproximando do Daniel.

Oi, oi!

Consegui finalizar o capítulo agora que meu pulso parou de doer por conta da tendinite. Eu pareço uma velha cheia de dores kkkkkkkkkk

Mas então, o que acharam desse capítulo? Comentem e não se esqueçam de votar!

Continue Reading

You'll Also Like

3.6K 321 53
Quando Nathalia Hall vai pra LA e descobre que seu irmão é um mafioso e acaba se apaixonando pelo amigo dele 1 temporada Começo: 25/09/2022 Fim:04/11...
215K 14.5K 45
EM R E V I S Ã O! Lua, uma criança abandonada, encontra abrigo nos braços acolhedores de Lúcia, a dona da fazenda "Dos Castro Alves". Mesmo contra...
3.4K 133 42
Amber Lewis com seus 19 anos volta a sua cidade natal Nova york para fazer faculdade de Administração em Harvard lá ela irá conhecer Logan Cooper de...
243K 11.9K 78
Tudo ia bem na vida de Sienna Campbell, até um intercambista Canadense chegar e fuder com tudo, deixando-a confusa e trazendo sentimentos diferentes...