De Volta Ao Passado - Snarry...

By JuliaOliveira567

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Harry Potter, logo após derrotar o Lorde das Trevas e ser dominado pela dor de perder a maioria daqueles que... More

A Morte
Amigos?
O novo professor
Mudanças significativas
A classificação
Coletando informações
A primeira aula de DECAT
Bullying é errado
As férias
Objetivos
O dia estava melhorando... Ou não...
A carta
Os três peões
Pensamentos e presente
O jantar
Os melhores amigos
A lua cheia - parte 2
Proteção e confiança

A lua cheia - Parte 1

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By JuliaOliveira567

Já estava no meio do semestre, as provas estavam chegando e os alunos estavam desesperados para estudar, ao menos a maioria deles.

— Esses doidos da Grifinoria... Estão desesperados para ganhar tanta nota assim? Não saem do campo... Ficam atirando feitiços o tempo todo e se não erram a mira, erram o feitiço... Ridículo... - dizia Snape enquanto caminhava pelo corredor ao lado de Black.

Ambos olhavam para os campos de Quadribol, onde não havia treino de times, mas um bando de crianças treinando para duelos.

— Ah Severus, você sabe que a maioria dos alunos não consegue acompanhar as aulas do professor Romanov. Lembra da primeira prova que ele deu? Desde que ele entrou, a matéria de Defesa contra as Artes das Trevas tem dois dias de prova! Um teórico e outro prático, com nota mínima nós dois dias para poder passar... - respondeu Black - Realmente, não sei como consigo nota suficiente na matéria dele... Eu estudo, mas as provas são muito difíceis, sou obrigado a admitir...

Snape rolou os olhos, aquilo era ridículo. O professor apenas cobrava o básico das aulas dadas, nada demais. Mas com a fala do Black, Snape era obrigado a admitir que seu ego foi afagado. Ele era um dos melhores alunos em defesa, uma matéria que Hogwarts considerava difícil. Sim... Ele se sentia muito competente com essa notícia.

— Por quê você fica nervoso Regulus? Nós treinamos todos os dias... Você é o melhor aluno do 4° ano! - respondeu Snape.

Black deu de ombros.

— Não sei... Meus pais sempre cobravam muito de mim, acho que não perdi o hábito de me cobrar também...

— É por isso que tem tido as crises? - perguntou Snape.

O sonserino mais velho percebia o amigo tendo picos de ansiedade em quase todo o tempo, ele melhorava somente quando os dois estavam relaxando no lago ou conversando com Malfoy. Ele estava com receio de relatar isso para o professor Romanov e o sonserino mais novo ficar chateado por ele estar se intrometendo, pois se Regulus quisesse conversar com o professor, ele poderia ir por si mesmo e seria muito bem recebido.

— É... Depois que Sirius começou a dar tanto problema, meus pais se concentraram mais nele do que em mim... Sabe... Cobrando e infernizando mais a ele do que a mim... Mas eu me acostumei com as cobranças... Não sei... - Black suspirou, a convivência em casa estava cada vez mais difícil apesar dos pais não se lembrarem mais dele com tanta frequência. - Meu irmão e seus amigos vem causando muitos problemas lá em casa...

Snape compreendia seu amigo, mas de uma forma diferente... Com ele, havia a constante necessidade de se provar. No primeiro ano, era para provar que o pai estava errado e que ele poderia ser sim alguma coisa útil. A partir do segundo ano, era para provar para a mãe que ele poderia crescer e ajudá-la a se livrar daquele crápula imundo que ela chama marido.

Mas essa vontade de se provar, de continuar a lutar contra todas as probabilidades de fracasso passaram no final das férias do ano passado. Nessa época, foi quando Snape descobriu as inúmeras denúncias do vizinhos sobre os abusos e agressões que ele e a mãe sofriam. O menino confrontou a mãe e ela simplesmente defendeu o marido! Ela apanhava todos os dias, o marido abusava dela todos os dias, o pai espancava o filho em toda oportunidade que conseguia e mesmo assim, a mãe dizia que era um fase, que o filho estava exagerando. A mãe de Snape até ameaçou aceitar a opinião do marido e tirar o filho de Hogwarts se ele continuasse com aquelas opiniões. Quando a própria mãe falou isso para Severus, algo se quebrou dentro dele, de uma forma que ele não conseguia descrever ou sentir alguma coisa... Nem mesmo aquele pesadelo constante que tinha desde o primeiro ano o estava assustando mais...

— Severus!!! - Snape saltou com o grito do amigo - Você está bem? Você está divagando novamente!

Snape suspirou cansado.

— Peço desculpas Regulus... É só que... Eu estou cansado... Eu não tenho um conselho ou uma palavra positiva para você... Eu só... - mais outro suspiro - Eu não estou diminuindo seus sentimentos, de forma alguma, mas eu não consigo entender o porquê de nós sermos obrigados a lidar com tantos problemas e com tanta pouca idade... Eu observo os Evans nas férias, parecem ser uma família tão feliz, tratam a Lily com tanto amor... E nós vivemos nesse caos...

Black fez uma cara de desgosto com a menção de Evans... Aquela ruiva falsa... A escola, provavelmente o mundo, a adorava e ela era realmente legal com todo mundo, mas desprezava Severus em toda oportunidade que tinha. E o amigo ainda fazia questão de dar atenção a ela sempre que podia.

Ao longe se ouviu uma explosão.

Os amigos e o restante dos alunos que passava pelo corredor pararam para olhar o campo. Lá se podia ver um aluno, que Regulus reconheceu como Pettegruw, estirado no meio do campo e seu irmão e Potter correndo para ajudá-lo.

— Não sei Severus, mas eu só sei que mesmo com tantos problemas, conseguimos ser mais maduros que esses idiotas...

Snape deu de ombros, mas podia se observar uma sombra de um sorriso.

— É... Vamos! Estou com fome! - continuou Black ao arrastar o amigo para o Salão principal.

— Quando você não está com fome Regulus? - os amigos riram e seguiram seu caminho.

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(Mais tarde no mesmo dia)

— E então Ranhoso! Como vão seus estudos em defesa? Já conseguiu a cópia da prova do professor Romanov? - disse Black.

Snape havia sido encurralado no corredor e preso na parede com um aperto em seu pescoço. O pobre garoto já estava ficando sem ar e assim mesmo Black não diminuiu a força.

— Eu... Eu já disse... Não pego prova nenhuma...!... Eu só... Estudo... - disse Snape, com aparente dificuldade.

— Bom... Já que você só estuda... Você poderia ajudar a mim e aos meus amigos a passar de ano, não é? - Black deu a Snape um sorriso maroto - Ou você gostaria de que eu contasse ao professor que o queridinho e melhor aluno da classe roubou a prova dele? - com isso Black soltou Snape, que caiu no chão sem fôlego.

Ao longe, o Black mais novo vinha chegando, ele e Snape tinham combinado de estudar juntos para as provas de Defesa e trato de criaturas mágicas que seriam na semana seguinte. Ao chegar perto de onde o irmão e Snape estavam conversando, Black se escondeu atrás de um pilastra. É claro que se Snape estivesse em perigo, ele o ajudaria, mas... Enfrentar o irmão cara a cara seria muito pior... Ele não confiava que conseguiria lembrar de todos os feitiços de defesa suficientes para lutar contra o irmão e proteger Severus.

— Como assim? Do que você está falando agora Black? Agora, além de idiota, você ficou senil também? - respondeu Snape, já recuperando um pouco do fôlego.

Black sorriu maroto novamente e levantou a mão, mostrando um pergaminho com o mesmo padrão de escrita que as provas teóricas de defesa possuíam... Snape ficou chocado... O professor Romanov teria sido tão descuidado para perder uma prova e pior, perde-la para um Maroto!

— Eu roubei do escritório do professor Romanov... Como pode ver é a prova que será dada na próxima semana... Então... Vai me ajudar ou não? - disse Black.

Regulus franziu a testa. Por que diabos o irmão queria a ajuda de Snape se já tinha a prova em mãos? Ok... Poderia ser para a prova prática, mas mesmo assim, eles poderiam treinar entre si, como ele e Severus.

Mas enquanto o amigo, que estava escondido, já tentava entender a jogada do Black, Severus só conseguiu imaginar a cena do professor recebendo a notícia (obviamente que era mentira) de que Severus havia roubado o professor e tinha sido pego por Black. Um medo horrível se espalhou pelo sonserino, a decepção no rosto do professor seria demais para Snape aguentar... O professor Romanov tinha sido o único adulto que tinha confiado nele, o apoiado e tentado proteger ele, mesmo antes do menino conhecê-lo.

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Pov. Imaginação do Snape.

— Estou desapontado Severus... Como pôde fazer uma coisa dessas! Roubar a prova do meu escritório enquanto eu estava no ministério... - o professor o olhava com tanto desgosto, que Snape começou a sentir o choro na garganta - Você é inteligente! Por quê fez uma coisa dessas?!

Snape balançou a cabeça em negação e apontou para Black.

— Não professor! Por favor!! Acredita em mim, eu não roubei nada! Foi Black! Ele não gosta de mim, ele quer me incriminar, por favor! - Snape respondeu.

— Francamente Sr. Snape, quer mesmo trazer uma richa de crianças para um assunto tão sério como roubo?! Que ridículo! - disse Dumbledore.

— Devo concordar com o diretor Sr. Snape, essa acusação foi ridícula até para o senhor! - concordou o professor Romanov - Isso me decepciona ainda mais!

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— Ranhoso! EI!!!!! - gritou Black - Garoto estranho... Francamente!

Snape foi arremessado na realidade novamente. Com muito horror estampado no rosto, ele olhou de volta para Black.

— Que?...

— Você vai me ajudar ou não? - disse Black, com um olhar raivoso.

— Mas hoje é noite de lua cheia... Dizem que há um monstro na floresta... E não devemos sair dos dormitórios a noite... - respondeu Snape, ainda tentando se recuperar do horror que era o desgosto no rosto do professor.

A menção de um monstro fez Black borbulhar de raiva. Certamente não era um monstro que estava na floresta nessa época do mês.

— Que nada! Agora vai acreditar em história de criança também?! Você é um covarde mesmo - isso irritou profundamente Severus, ele não era nenhum covarde! - Além disso, de qualquer maneira vamos estar bem seguros na casa dos gritos, onde nenhum monstro ou professor pode nos encontrar. E então? - o sorriso maroto estava de volta, muito bem esculpido no rosto de Black.

Snape refletiu... Não importa que aquela cena horrível foi fruto da cabeça dele, era a mais pura verdade que se fosse a palavra dele contra a de Black, todos na escola iriam acreditar no grifinório e Snape seria expulso da escola e iria ser condenado a viver com o pai para o resto de sua miserável vida, já que seus amigos também não iriam acreditar nele ou olhar para ele, que dirá ajudá-lo nessa situação...

— Ok... E eu não sou um covarde!

Black sorriu vitorioso.

— Ótimo, já que você não é um covarde, te encontro daqui duas horas, ou seja, às 20:00, aqui no corredor mesmo. - disse Black ao se virar para ir embora - Ah... E se você ousar em não me encontrar nesse horário hoje... Não vou hesitar em entregar a prova para o professor Romanov amanhã e acabar com a sua vida.

E assim, Snape foi deixado sozinho no corredor, já que o Black mais novo correu para encontrar o professor Romanov. Não iria adiantar tentar abordar Snape, Regulus o conhecia bem o suficiente para saber que na parte em que o irmão chamou seu amigo de covarde, o irmão já tinha ganhado a discussão. Não... Quem iria abordar os dois sem juízo seria o professor Romanov!

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