The Missing Year - All Our Me...

By _llondongirl

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O que realmente aconteceu no ano perdido? Até onde uma maldição pode ir? E até onde o amor pode impedir que e... More

Piloto
Feitiços e Passados
O Mundo Real
O Quadro e a Macieira
Lembranças do Presente
Descobrindo Algo Por Uma Segunda Primeira Vez
Tal Mãe Tais Filhos
Uma Dança
Acordando
Um Laço de Sangue
Um Nome Antigo
Código Moral
A Quebra
Magia de Sangue
Pelos Seus Olhos

Memórias e Sentimentos

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By _llondongirl

Floresta Encantada

Regina não acreditou no que estava vendo a princípio. Um escudo com magia alheia, a impedindo de entrar no próprio castelo.

- O que é isso? - Questionou a princesa.

- Alguém tomou nosso castelo. - Falou a rainha com ódio.

- Não pode desfazer esse escudo? - David perguntou.

- Não daqui. Está vendo a torre de luz saindo do Palácio? É a fonte de poder do escudo. Só é possível removê-lo de lá.

- Então o que faremos? - perguntou Zangado. - Ordens, príncipe?

- Não podemos ficar todos aqui, estamos expostos. Vamos procurar um lugar seguro para acampar até termos uma solução para esse problema. - David falou.

No caminho, Regina procurava bolar um plano para desarmar o escudo. Ela não sabia quem estava no comando de seu castelo, mas iria recupera-lo. Se alguém achava que tomaria o que era dela estava muito enganado.

- Pensando em Henry? - Escutou a voz de Snow perguntar.

- Estou sempre pensando em Henry. - Respondeu. - Mas também estou pensando que existem túneis subterrâneos que levam ao castelo. E se estou certa, eles não devem ter sido atingidos pelo feitiço.

- Podemos mandar um exército por esses túneis. - Sugeriu David.

- Um exército seria detectado. Mas eu poderia usar os tuneis para entrar no castelo, e remover o escudo. E então você manda seu exército.

- Me parece um ótimo plano. - Concordou a princesa.

De repente eles escutaram um barulho estranho, que Snow e Regina reconheceram ser do mesmo animal que às havia atacado.

- Fera alada! Protejam-se! - Zangado gritou para a multidão.

Regina olhou para o animal que estava se aproximando. Ela tinha planos de se abaixar até ver que havia uma criança no caminho da fera, e que seria atingida se ninguém a salvasse. Ela correu o mais rápido que pode em direção ao menininho.

- Papai! - O ouviu gritar.

- Roland! - Ela escutou uma voz na multidão, que provavelmente devia ser do pai do garoto, mas nem se quer olhou para o lado.

E então, segundos antes do animal passar voando, agarrou o menino e o tirou dali, salvando-o. Se virou a tempo de ver a fera alada retornar.

- Não tão rápido. - Fez um gesto com as mãos para o lado do animal, e ele caiu no chão, aos seus pés, como um bicho de pelúcia.

Regina pegou o brinquedo no chão e se virou para o garoto. E então percebeu que o menininho estava no colo de Robin Hood, o ladrão, que o segurava como se fosse a coisa mais preciosa do mundo. E então ela percebeu que aquele era o filho dele.

- Viu, não é mais tão assustador. E agora você tem um novo brinquedo. - Ela entregou o animal de pelúcia ao garotinho e sorriu para ele.

Robin que havia acabado de sair de um momento de completo desespero, só conseguia sentir alívio por ter o filho em seus braços, a salvo, e uma imensa gratidão à rainha, que o salvou.

E agora ele estava surpreso. Toda aquela pose gélida, e as respostas grossas, todos os muros, pareceram sumir pelo pequeno espaço de tempo em que ela se dirigiu a seu filho. E ele assistiu a tudo de perto. Aquele sorriso que ela ofereceu a Roland era bonito e sincero. Na verdade, Robin achou encantador.

- Obrigado. - Ele falou com uma sinceridade vinda do coração. Ela apenas acenou para ele.

Fez isso porque no segundo em que voltou a olhar nos olhos do ladrão, a rainha sentiu novamente aquela sensação estranha que ele causava. Da primeira vez, no lago, ela havia visto preocupação, e agora via gratidão e afeição, e todas as vezes sentia sinceridade.

Isso deveria parecer algo bom para qualquer pessoa. Mas para ela era estranho.

- O que é isso? - Zangado gritou no meio da multidão chamando a atenção de todos. - Não sei o que são essas coisas, mas eu não me lembro de ver isso por aqui antigamente.

- Macacos voadores. Só existe um reino que possui criaturas como essas. - Falou Bella. - Oz.

- Oz? - Perguntou Snow um pouco incrédula. - Então eles também são reais?

- Infelizmente sim, a bibliotecária está certa. E se esse é o caso, sei exatamente quem está na presidência do nosso castelo. - Falou Regina. - A Bruxa Malvada.

A multidão começou a murmurar enquanto Zangado discutia sobre as diferentes formas de se matar as bruxas malvadas do reino de Oz.

- Okay, Regina, essa mulher... o que ela tem contra nós? O que você fez pra ela querer nos atingir? - Perguntou David.

- Dessa vez nada. Nunca vi essa mulher em toda a minha vida. - Respondeu a rainha.

- Não é pessoal? Chocante. - Disse o príncipe surpreso. - Bom, então acredito que teremos que descobrir como detê-la.

- Isso ficará pra outra hora, por hora nós sabemos como tomar nosso castelo de volta e eu estou indo por a primeira parte do plano em ação.

- Eu vou com você. - Snow começou a arrumar seu arco.

- Não, eu vou sozinha.

- Regina, você não pode ir até lá sozinha. - Disse Snow. - Ela tem macacos voadores.

- Eu não me importo se ela tem toda a gangue do pirulito, eu vou tomar aquele de volta.

- Mas Regina...

- A princesa está certa, ir sozinha é arriscado. - Zangado falou e algumas outras pessoas perto concordaram.

Regina revirou os olhos impaciente.

- Olha, todos vocês, me escutem por favor. - A rainha elevou a voz e de repente as pessoas pararam para ouvi-la. - Eu nunca fui uma boa rainha, e eu tenho consciência disso. Na verdade, provavelmente fui a pior rainha que já existiu nessa terra. A maioria de vocês provavelmente não me queria aqui e eu sei que muitos esperam que eu morra naquele castelo. Bom, eu não me importo com isso. - Regina suspirou. - A única coisa que estou tentando fazer de verdade, é facilitar o acesso de vocês ao castelo, pra que possam ficar seguros lá e terem uma chance de refazerem as vidas que eu tomei de vocês a vinte e oito anos atrás. Sou a melhor chance que vocês tem contra o feitiço que tranca o acesso ao castelo. Não estou pedindo que gostem de mim ou que me suportem, apenas que não fiquem no meu caminho e me deixem, pela primeira vez, fazer meu papel de rainha e proteger vocês.

Ninguém na multidão disse nada. Todos pareciam surpresos demais com as palavras de Regina. Ela parecia realmente disposta a devolver o castelo a Snow e David. Aquela não era a Rainha Má que todos conheceram, e a princesa, que entre todos era a que mais a conhecia, sabia que havia algo de errado.

Era como se desde que tivessem voltado, apesar de toda a dor, Regina estivesse sido liberada de algum tipo de fardo que talvez até ela mesma desconhecesse, e a princesa estava curiosa para descobrir o que era.

- Ora não fiquem sentimentais. - A rainha reclamou com seu típico mau humor. - Já disse o que tinha de dizer e com certeza não vou ficar aqui esperando a aprovação de vocês. David, quando o escudo cair, você manda o seu exército. - Mandou. - E eu vou entrar naquele castelo, encontrar quem está nos atacando e fazer o que sei fazer de melhor, matar.

*

Já fazia mais ou menos meia hora que Regina havia partido. Robin se recusava a aceitar que ela entraria sozinha naquele palácio.

- Eu vou atrás dela. - Afirmou ele para a princesa.

- Eu ficaria grata se você fosse. - Snow respondeu, para a surpresa dele. - Não gosto da ideia de Regina ir até lá sozinha.

- Pode cuidar de Roland por mim enquanto estiver lá?

- Claro, será um prazer. - Ela sorriu. - E Robin...

- Sim.

- Tome cuidado.

- Serão precisos mais do que macacos voadores para me assustar princesa.

- Não estava falando sobre os macacos. - Snow tinha um sorriso curioso no rosto que quase, quase assustou Robin.

*

Já era noite e a lua brilhava no céu quando Regina chegou até a entrada dos túneis secretos. Ela usava calças de couro pretas que combinavam com a sua blusa e também uma grande capa que cobria todo o seu corpo do frio. Os cabelos estavam, como sempre, presos em um coque bem feito.

Ela queria solta-los. Gostava muito mais de ter os cabelos compridos escorrendo pelos ombros, ou até mesmo as tranças que costumava usar para montaria. Realmente sentia falta delas. Mas uma das coisas que sua mãe havia insistido em por em sua mente era que aqueles penteados elaborados demonstravam poder, enquanto simples tranças passavam uma imagem de leveza. Regina pensou que no fundo sentia falta dessa leveza em sua vida.

Levantou a mão e com um único gesto fez a pedra se mover, desbloqueando a entrada do túnel. Quando ia caminhar em direção ao local, escutou um barulho de passos atrás de si.

Ela precisou de apenas um olhar para saber quem era.

- Não.

- Não o que, majestade? - A voz de Robin soou divertida como sempre.

Ele já a tinha encontrado a alguns minutos, mas desistiu de aborda-la ao ver a expressão pensativa que estava em seu rosto. Ela parecia estar usando o tempo sozinha para refletir sobre algo e ele não queria atrapalhar. Sendo sincero, estava curioso para saber quais eram seus pensamentos.

Mas quando a viu remover a pedra, e diga-se de passagem, ver ela movendo uma pedra daquele tamanho apenas mexendo as mãos foi algo realmente surpreendente, e caminhar para a entrada do túnel, ele sabia que deveria finalmente falar com ela.

- Não é você quem está aqui. - Ela respondeu.

- Sinto muito desaponta-la, mas sou eu mesmo em carne e osso.

- Eu deixei claro que não queria ninguém comigo.

- E eu não acho certo que uma dama saia desacompanhada a essa hora da noite para lutar com bruxas do mal e macacos voadores.

- E o que vai fazer? Atirar neles com seu arco?

- Se for preciso, sim. - Ele falou. Regina entendeu pela confiança em sua voz que ele não ia desistir da ideia.

- Por que está fazendo isso? - Questionou a mulher, sem ironias ou pegadinhas, ela realmente queria saber.

- O garoto que você salvou essa tarde é meu filho.

- Sei disso.

- Então deve entender que salvou a razão pela qual eu vivo todos os dias.

- Eu imagino que pense que me deve algo por isso, mas não deve.

- Não acho que devo, eu sei. Te devo a vida pela qual eu existo. - Ele disse. Regina sabia o que era amar alguém incondicionalmente, ela conseguia entender o que ele estava sentindo. Robin parecia ser um pai muito dedicado. - Mas essa não é a única razão para eu estar aqui.

Ela continuou o olhando, e apenas acenou, esperando ele completar.

- Não estava brincando quando disse que não acho certo que caminhe sozinha por aqui a essas horas. É perigoso... - ela ia protestar mas ele continuou. - E eu sei quem você é, acabei de ver com meus próprios olhos o que sua magia pode fazer. Mas ser poderosa não significa que precisa fazer tudo sozinha.

Ele a desarmou. Regina não tinha o que falar. Robin provavelmente não sabia mas tudo o que Regina havia aprendido desde sempre era que para ter poder, ela precisava ser sozinha. Durante anos ela desejou que alguém dissesse que ela estava errada. E ele havia acabado de fazer isso.

Ela piscou algumas vezes para evitar que uma lágrima decesse por seus olhos e respirou fundo, para disfarçar.

- Apenas não fique no meu caminho. - Falou, sabendo que ele não mudaria de ideia.

- Eu nem sonharia com isso. - Ele fez um gesto indicando para ela ir na frente.

***********

Storybrooke

Depois do teatro encenado no auditório, Regina e Emma ficaram trabalhando por bastante tempo em uma poção da memória.

Pra ser sincera, Regina não gostava muito da ideia de interpretar a rainha má de novo, mas aquele parecia um bom plano. E as pessoas que realmente importavam faziam parte da atuação então ela não precisava se importar em ser considerada uma ameaça de novo.

Ela poderia não ter suas memórias, mas tinha seus sentimentos, e de alguma forma ela sabia que algo havia acontecido naquele ano, algo que a tornou diferente.

Por isso ela havia ficado tão grata quando Emma afirmou que acreditava nela. E era sobre isso que elas estavam conversando.

- Eu não me lembro de nada, e mesmo assim, continuo tendo essa sensação de que algo mudou nesse tempo, e mudou muito. Algo que faz com que eu não me sinta bem em ser temida de novo.

- O simples fato de você estar dizendo isso significa que algo realmente aconteceu nesse ano perdido. - Emma falou. - Vamos descobrir o que aconteceu.

- E eu espero que não demore tanto. - Suspirou. - Emma, eu posso perguntar algo?

- Claro.

- Como ele estava em Nova York? - Regina não precisaria especificar, Emma sabia muito bem de quem ela falava.

- Ele estava bem. Indo a escola, tinha novos amigos, ele estava se saindo bem.

- Fico feliz em saber disso. - Ela sorriu. Seus olhos tinham lágrimas que ela não se importava mais em esconder.

- Ele sentia sua falta. - Emma falou. A morena sorriu.

- Emma, isso...

- Eu sei, parece impossível porque você nos deu outras memórias de uma outra vida. - A loira falou. - Mas ele sentia sua falta, eu sei disso. - Insistiu e Regina ficou confusa. - O Henry estava sempre pensando muito. Uma noite, ele foi até o meu quarto e se deitou do meu lado. E então me perguntou se em algum momento eu já tinha pensado na possibilidade de nossas vidas não serem como imaginamos. Ele me disse que as vezes sentia saudades de algo, mas que ele não fazia ideia do que era, e isso era estranho porque as vezes eu sentia assim também. - Ela sorriu. - Na época eu pensei que eram apenas sentimentos confusos de adolescentes, mas agora eu sei, ele sentia saudades de casa, da família, de você.

A prefeita limpou mais algumas lágrimas que escorriam em seu rosto. Saber que Henry sentia a falta dela mesmo sem saber de sua existência foi uma coisa inexplicável. Saber que ele a amava tanto que mesmo após o feitiço os sentimentos dele permaneceram ali.

- Regina, talvez seja isso! - Emma falou de repente.

- O que? - perguntou sem entender.

- Você e Henry possuem um laço muito forte, de amor. Isso permitiu que ele sentisse sua falta mesmo depois do feitiço. - Ela começou a explicar. - Talvez seja a mesma explicação para o que você sente sobre o ano perdido, talvez você tenha desenvolvido com alguém a mesma conexão que você tem com o Henry.

- Isso não parece provável pra mim Emma. - Regina riu.

- Nem um pouco? Vamos Regina, faz todo o sentido.

- Okay, talvez faça algum sentido, mas ainda assim é improvável.

- E por que?

- Henry é meu filho Emma. O que sinto por ele é amor... - Ela engasgou antes de terminar a própria frase. Aquilo havia acabado de se tornar ainda mais impossível.

- Amor verdadeiro! - Emma completou arregalando os olhos. - Minha nossa, Regina...

- Não! - ela alertou. - Não termine essa frase.

- Mas Regina...

- Emma, eu disse não! - Ela se levantou de onde estava e começou a caminhar de um lado para o outro na sala.

- Você não precisa ficar tão nervosa por isso. É uma ótima notícia, descobrimos que algo realmente bom aconteceu com você nesse ano. Você se apaixonou por alguém. - A loira disse empolgada e querendo rir ao mesmo tempo.

- Eu te disse pra não usar essas palavras! - Regina a fuzilou com os olhos. - E isso pode ser apenas uma teoria da sua mente.

- Admita Regina, tem grandes chances de ser verdade. Com certeza minha mãe concordaria.

- Sua mãe provavelmente foi quem inventou o amor verdadeiro, é claro que ela acreditaria nisso. - Revirou os olhos.

- Mas existem chances de ser verdade.

- Tudo bem! Tudo bem, tudo bem, você está certa, existem chances de ser verdade.

- Por que está tão incomodada com isso?

- Porque...! - Ela passou as mãos pelo rosto. - Emma, existem tantos jeitos de isso dar errado.

- Como?

- Pense, por um momento. Se você estiver certa e eu realmente tiver me... - ela engoliu em seco e suspirou fundo se forçando a falar. - Me apaixonado... E se eu tiver feito algo ruim de novo? E se realmente fui eu quem lancei essa nova maldição? E se eu tiver escolhido Henry em detrimento desse novo amor...

- Regina se acalme okay. - Emma pediu fazendo ela parar. - Isso não aconteceu. Você não lançou essa maldição, eu já disse isso. Confie no meu super poder, okay?

- Okay, tudo bem. - A prefeita respirou novamente, se acalmando.

- Nós vamos descobrir o que realmente aconteceu nesse ano. - Emma prometeu.

E ela nunca quis tanto que seu "super poder" estivesse certo.

************

Floresta Encantada

- Cuidado! - A rainha exclamou. - Armadilhas.

- Quem exatamente pretendia pegar nessas armadilhas? - Perguntou Robin enquanto seguia os passos dela.

- Pessoas como você.

- Como eu?

- Ladrões.

- Ah. - Ele disse entendendo. - Vocês acham que somos todos iguais, não acham?

- E não são? Essa história de roubar dos ricos e dar aos pobres me parece coisa de criança.

- Mas não era pra nós. É o que realmente fazíamos.

- Faziam? Não fazem mais?

- Ficamos 28 anos congelados e quando acordamos quase todo mundo tinha sumido. O nosso sistema caiu, digamos assim. - Ele disse rindo.

- Me desculpe por isso, a propósito. - Ela falou. - Eu não sabia que quem ficasse para trás seria congelado no tempo.

- A grande rainha má pedindo desculpas, eu não esperava por isso.

- Eu estou tentando reverter algumas coisas. - Ela falou. - Mas isso não significa que eu não vá guardar seu coração em uma caixa se tentar me roubar. - Avisou com seriedade.

- Anotado.

- Então... a mãe de Roland. - Ela começou tentando puxar assunto.

- Não está viva. - Ele falou.

- Sinto muito.

- Não foi sua culpa.

Regina pensou que considerando seu passado, poderia sim ser.

- Como aconteceu? - Ela questinou, querendo se livrar da dúvida.

- Durante o trabalho, depois que Roland nasceu. Eu me descuidei um pouco e isso aconteceu. Alguns velhos inimigos nossos decidiram se vingar. Foi minha culpa. Eu assumo meus erros.

Regina não disse mais nada até que avistaram a porta.

- Vamos, a porta é ali... espere. Isso está errado, essa porta não deveria estar aberta.

- Por que não? - Ele questionou. Os dois subiram os degraus até chegar em uma sala.

- Foi selada com magia de sangue, ninguém deveria conseguir abrir além de mim.

- Talvez seu feitiço tenha dado errado. - Sugeriu.

- Acredite, não foi isso que aconteceu.

Robin percebeu que estavam em uma espécie de cripta, mas era um local claro, e havia um grande caixão no meio. Ele viu a mulher olhar para ele com tristeza.

- Foi construido para alguém especial?

- Para alguém que costumava ser especial. Hoje não mais. Não me sobraram muitas pessoas.

- Sinto muito.

- Não preciso da sua pena. - E la estavam elas, as barreiras, novamente.

- Não estou te oferecendo minha pena, estou te oferecendo meus sentimentos. - Ele disse, disposto a não deixar que as barreiras vencessem. Ele estava curioso para conhecer a mulher por trás delas. - Pelo menos alguém deve ser especial o suficiente em sua vida.

- Existe uma pessoa, mas infelizmente ela não está aqui.

- Um filho, eu suponho.

- Como sabe disso?

Regina se perguntou se por acaso Snow já havia aberto a boca para contar a ele sobre Henry. Mas antes de dizer algo ele respondeu.

- O jeito como segurou Roland hoje, você claramente tem o toque de uma mãe.

Robin devia ser o homem mais observador que ela já conheceu, e ela só o conhecia a alguns dias.

- Está certo, eu tenho um filho, Henry.

- Ele...

- Não está morto, se é o que está pensando. - Falou antes que ele sugerisse aquela ideia horrenda. - Ele só está inalcançável pra mim.

- Nada está realmente inalcançável se você decidir lutar por isso. - Ele falou.

Robin não sabia o que havia acontecido, como Regina havia sido separada do filho, e nem em que condições isso havia acontecido. Mas era visível que aquele era o motivo do sofrimento dela. Ele próprio havia visto seu mundo ruir nos poucos segundos em que pensou que Roland fosse ser pego pela fera. Não conseguia imaginar como era estar separado a um portal de distância da pessoa que mais amava no mundo. E ele não suportava mais ver aquela tristeza no rosto da rainha.

- Precisamos ir. - Ela falou engolindo o nó na garganta. - Antes que nossa presença seja detectada.

Robin apenas acenou e eles saíram.

Regina achou o quarto que antes costumava ser seu. Ela precisava passar lá antes de ir enfrentar a bruxa maluca que tomou seu castelo. Tinha algo lá de que precisava.

Enquanto vasculhava o castelo para esperar Regina, Robin estranhou o fato de ela estar demorando. Ele decidiu entrar no quarto e então viu ela mexendo em alguns frascos. Imediatamente apontou para ela seu arco.

- Não posso acreditar que está me ameaçando dentro de minha própria casa.

- Não precisa acreditar, pois não estou te ameaçando.

- O que pensa que está fazendo apontando essa flecha pra mim então?

- Não é para você, é para isso que você tem na mão. - Apontou para o frasco que ela segurava. Claramente havia magia dentro dele.

- Disgosta tanto assim de magia?

- Apenas quando não sei para o que serve. Para quem é isso?

- Para ninguém de quem vão sentir falta, eu garanto. - Ela falou voltando a mexer no frasco.

Robin estava duvidando do que havia acabado de ouvir. Ela não poderia estar falando sério. Mas por outro lado, cada letra havia sido dita com sinceridade. "Para ninguém de quem vão sentir falta". Seja o que for que estivesse naquele frasco, Regina estava pensando em usar em si mesma.

- Majestade, por favor não... - Ele tentou se aproximar mas ela prendeu os pés dele ao chão. - Majestade.

- Não se preocupe, não é veneno. - Ela falou. - É a maldição do sono. E eu vou cumprir minha promessa e desarmar o escudo antes de dormir. Estava falando sério quando disse que espero que consigam as vidas de vocês de volta.

- Por favor não faça isso. Regina... - Ele chamou-a pelo nome na esperança de fazer ela o ouvir. - Eu sei que pensa que a dor é muito grande pra suportar, mas não é, eu acredito em você.

- E o que você pensa que sabe sobre mim? - Ela perguntou com grosseria.

- Muitas coisas.

- Sabe que fui a Rainha Má por anos seguidos, que causei mais morte e destruição do que poderia imaginar, que todas as pessoas fora desse castelo me odeiam e tem motivos para isso. Isso é o que sabe sobre mim.

- Não! - Ele protestou. - O que eu sei sobre você é que é uma mulher diferente daquela que me foi descrita a tantos anos atrás. É a mulher que salvou a vida do meu filho, e que veio enfrentar uma bruxa maluca apenas para devolver o lar de uma princesa de quem você insiste em fingir que não gosta, mas eu não tenho tanta certeza disso. Sei que você tem motivos pra continuar aqui.

- Isso não é um fim, é apenas um meio eterno. - Ela falou, mexida pelas palavras dela. - Eu posso acordar com o beijo de amor verdadeiro, por Henry, o único motivo pelo qual eu desejaria acordar. - Havia um sorriso doloroso em seus lábios.

- Regina eu estou implorando, não faça isso, eu te garanto que existem motivos pelos quais ficar acordada. - Robin estava desesperado, não podia deixar que ela fizesse aquilo. E a verdade mais escondida em seu coração, não queria correr o risco de perde-la, mesmo que isso não fizesse sentido.

- Até mais, Robin Hood.

E antes de virar as costas, ela sorriu para ele. Sem sarcasmos ou ironias. Era só um sorriso. Era a forma dela de, mesmo em meio àquele caos, dizer obrigada.

E ele teve ainda mais certeza de que não queria perde-la de nenhuma forma. Mas estava atado ao chão por uma magia que não era capaz de quebrar, então só restava a ele pedir a uma força superior que a fizesse mudar de ideia.

Ele imaginou que havia sido atendido quando mais ou menos meia hora depois ela voltou caminhando a passos fortes com um sorriso diferente no rosto.

- Você mudou de ideia! - Disse feliz.

- Você tinha razão, eu só precisava encontrar algo pelo qual viver. E eu encontrei.

- E o que é?

- Algo que eu não tinha a muito tempo. - Quando ela finalmente olhou para ele, Robin teve sérias dúvidas se queria mesmo ouvir a próxima parte. - Alguém para destruir.

**

- Então deixe-me ver se eu entendi, a bruxa malvada do Oeste é sua irmã? - Snow questionou assustada.

- Você pode por favor falar baixo? - Suspirou forte. - Eu deveria costurar a sua boca.

- Regina! - ela protestou.

- Mas sim, é exatamente isso. - A rainha afirmou.

Ela e Snow haviam caminhado pela aldeia orientando o povo que estava se reestabelecendo nos arredores do castelo. Agora estavam na sala de reunião de guerra discutindo meios de deter Zelena.

- E porque exatamente ela quer te destruir?

- Por que, por algum motivo, ela acha que minha vida foi um conto de fadas maravilhoso.

- Por que ela acha isso?

- Não faço a menor ideia. - Cruzou os braços mirando a lareira que queimava na sala. - Sinceramente, se aquela bruxa soubesse uma pequena parte do pesadelo que foi a minha vida, agradeceria por Cora ter a mandado pra longe. Nada do que Zelena acha que eu tive de bom vale a pena se no fundo você não tiver vontade de continuar vivendo aquilo, e eu tive que me forçar a ter essa vontade muitas vezes.

- Regina...

Apenas quando ouviu a voz de Snow é que Regina percebeu o que havia falado. Aquilo não era bom, ela nunca havia confessado seus sentimentos mais sombrios a ninguém. Ela precisava remediar isso.

- E então, onde estão os merry man, ou seja lá do que eles se chamam? - Questionou mudando de assunto.

- Como? - Snow perguntou sem entender.

- O grupo de homens da floresta que Robin lidera, onde eles estão?

- Montaram acampamento ao lado da vila.

- Isso parece absurdo, há lugares na cidade e no castelo para todos eles.

- São "homens da floresta" como você mesma disse Regina. Gostam da floresta. - Snow falou como se fosse óbvio. - E porque se importa com isso? - Questionou erguendo as sombracelhas. - Está preocupada com Robin?

- Não diga...

- Isso são sentimentos Regina? - Perguntou insinuadora.

- Ora, tenha dó.

- Não é crime sabia.

- Eu sei disso. Mas não é nada do que você está pensando, na verdade eu estou preocupada sim, mas é com o menino.

- Que menino?

- O filho de Robin.

- Roland?

- Sim. A floresta pode ser perigosa para um garotinho daquele tamanho, principalmente quando ela é desconhecida e habitada por bruxas verdes malucas e macacos voadores.

- An.

- An o que? - A rainha perguntou sem paciência.

- Nada. Eu só disse an, é só uma expressão. - Snow se defendeu. - Mas devia falar isso com ele.

- Com quem?

- Com Robin. Devia falar pra ele suas preocupações e oferecer que fiquemno castelo. Você pode fingir que não tem coração, mas você tem, e suas preocupações tem fundamentos.

- Bom... - Ela suspirou. - Eu esperava que você pudesse sugerir isso por mim.

- Eu poderia, mas vinte e oito anos ou não, você ainda é a rainha, e esse ainda é seu castelo. - A princesa falou fazendo Regina revirar os olhos. - Você não pode ter medo de mostrar às pessoas o seu lado bom Regina.

- Que lado bom? Eu ainda sou a Rainha Má, ao menos para todos fora desses muros.

- E eles não vão mudar de ideia se não começar a drixar eles verem quem você está se tornando Regina.

- E quem exatamente eu estou me tornando? Você diz essas coisas como se tivesse simplesmente apagado todo o passado que tivemos e...

- Por que é exatamente isso o que eu quero fazer. - Snow respondeu fazendo Regina ficar sem ter o que falar por alguns instantes. - Regina, nós tivemos muitos desentendimentos na vida, e esses desentendimentos afetaram a vida de inúmeras pessoas, tanto da minha parte quanto da sua. Mas esse era o único mundo que nós conhecíamos. Então nós fomos pra Storybrooke e Emma nos achou, e de repente todos nós compartilhavamos um amor em comum, que era Henry.

A rainha sorriu ao ouvir o nome do filho.

- É, realmente tinhamos isso em comum.

- Eu tentei mudar você durante anos Regina, e não fui capaz disso. Mas vi Henry conseguir isso em muito menos tempo, porque ele te ama e acredita em você. E se tem uma coisa que todos nós sabemos, é que quando Henry acredita em algo, ele tem o poder de conseguir.

Regina sorriu concordando com Snow.

- Eu acredito em você também Regina, mas eu posso fazer isso, porque eu conheço você além da escuridão. Se quer que as outras pessoas acreditem, deixe elas te verem também.

- Como eu faço isso? - A pergunta saiu quase em um sussurro.

- O seu discurso antes de vir ao Castelo foi um começo. Agora continue o que você começou, seja a rainha, a verdadeira rainha.

As duas escutaram batidas na porta e viram um guarda entrar. Ele havia trago um recado de David, pedindo para que as duas descessem.

Antes de passarem pela porta, Regina segurou a mão de Snow fazendo a princesa olhar para ela.

- Obrigada. - A palavra saiu de sua boca com sinceridade.

Snow sorriu para ela e segurou sua mão de volta.

*

Já era tarde e a lua brilhava no céu quando Regina caminhava em direção ao acampamento de Robin. Ela teria ido antes, mas todos estariam ali. E agora de noite ela sabia que estariam todos reunidos na festa nos pátios do Castelo. Snow e David acharam que um pouco de música e dança animaria os espíritos, e ela até concordava, mas não era muito de participar.

Quando perguntou por Robin a Snow, ela foi informada de que ele havia voltado ao acampamento para fazer Roland dormir. Então ela decidiu que seria uma boa hora para ir lá.

Ela viu uma pequena fogueira acesa e ouviu algumas risadas. Então viu Robin e Roland brincando com palitos pegando fogo.

Ela observou a cena por alguns instantes, mas foi pega em flagrante pelo garoto, que para sua surpresa, no instante em que a viu saiu correndo em sua direção.

- Papai, papai, é a rainha! - Ele gritou enquanto ia correndo.

- Roland... - Robin chamou mas não adiantou, o garotinho já havia se jogado sobre a mulher.

- Oi. - Ele olhou para cima enquanto estava agarrado às pernas dela e sorriu. Regina sentiu que seu coração poderia derreter.

Robin não sabia como agir. Ele sabia que ela era uma mãe, e que havia salvado Roland, mas também sabia que ela havia perdido o filho recentemente e não fazia ideia de como reagiria aquele contato de Roland. Ele não temia que ela fizesse nada com ele, é claro. Mas temia que talvez ela ficasse ferida.

Regina se abaixou no mesmo instante para ficar da altura de Roland e sorriu para ele.

- Oi.

- Você é a rainha.

- Sim, eu sou.

- Você é muito bonita.

- Obrigada. - Ela riu da espontaneidade dele. - Você é um menino muito bonito, e muito educado também. - Ela tocou a pontinha do nariz dele.

- Papai diz que um homem sempre deve ser educado com uma mulher.

E então ela se lembrou do motivo pelo qual estava ali. Ergueu os olhos e viu Robin olhando para eles com um brilho diferente.

Ele sentia admiração pela forma como ela agia quando estava com Roland. Ele queria conhecê-la de verdade, pois sentia que aquilo era só uma parte da mulher impressionante que ela escondia dentro de si.

- Majestade. - Robin fez uma curta reverência.

Quando Regina ia se lavantar Roland estendeu os braços a segurando e ela entendeu que ele queria que ela o pegasse, então ela fez isso.

- Robin Locksley. - Ela se aproximou dele com Roland no colo.

- A que devo o prazer de sua visita a esse acampamento?

- Eu estava precisando conversar com você, e Snow me disse que havia voltado pra cá com Roland. Sinto muito se os atrapalhei.

- Não atrapalhou, muito pelo contrário, meu filho parece ter adorado sua visita. - Falou olhando para o garoto que brincava com os longos cabelos da rainha. - Junte-se a nós na fogueira.

Ele pegou um banco para ela e a rainha se sentou ainda com o garotinho em seu colo. Robin se sentou ao lado.

- A rainha não deveria estar na festa do vilarejo? - Ele perguntou.

- Talvez, mas eu não estava com muita vontade de ficar lá.

- Entendo.

- E vocês, porque preferiram vir fazer sua própria fogueira?

- Papai sempre fazia isso. - Foi o garotinho que respondeu. - Pra nós dois, é o tempo da família.

Robin riu.

- Eu não tenho tido muito tempo apenas pra ele, então decidi usar a festa de hoje para termos um momento nosso. - O homem explicou.

- Eu sinto muito. - Ela disse constrangida. - Não queria interromper um momento familiar.

- Não interrompeu nada, majestade. - Robin disse.

- Por favor fica. - Roland pediu, com a voz que denunciava que ele estava começando a ter sono. - Não vai embora.

- Não vai negar o pedido de um garotinho, vai? - Robin usou aquilo a seu favor.

- Tudo bem, se você está pedindo. - Ela falou para Roland.

- Obrigada, majestade. - Ele falou pra ela de um jeito lindo.

- Você pode me chamar só de Regina. - Ela sussurrou para ele.

- Ta bom. - Ele sussurrou para ela.

Robin ouviu tudo, claro, pois estava do lado, mas estava encantado demais para dizer algo.

- Bom, foi divertido, mas eu acho que está na hora de alguém dormir. Diga boa noite a rainha Roland.

- Mas ela acabou de chegar. - Ele protestou.

- Obedeça seu pai pequeno, você pode me ver outro dia.

- Posso mesmo?

- Claro, quando quiser, é só pedir. - Ela garantiu.

- Então tá. - Disse feliz. - Regina, você sabe contar histórias de dormir?

- Sei sim.

- Pode contar uma pra mim?

- Roland... - Robin ia protestar mas ela respondeu.

- Claro. - Ela concordou.

- É que eu já ouvi todas as histórias do papai. - Roland disse fazendo os dois adultos rirem.

- Bom, deixe eu pensar no que vou contar pra você. Ja sei... Era uma vez...

Então ela começou a contar a ele um conto sobre dois ursos que eram irmãos e viviam na floresta. Robin nunca havia escutado aquela história infantil, mas na voz dela, até mesmo ele parou para ouvir. Não demorou muito até que a história tivesse acabado e um Roland adormecido estivesse sobre os braços de Regina.

- Parece que sua história funcionou. - Disse ele se levantando para pegar o filho.

Robin pediu licença e entrou com o garoto na cabana rapidamente para colocá-lo na cama. Depois voltou a fogueira.

- Sinto muito interromper o momento de vocês. - Ela disse novamente.

- Não interrompeu majestade. Roland pediu que ficasse, e eu também.

- Ele é um menino adorável.

- Ele está fascinado por você. Passa o dia me perguntando sobre a mulher bonita que salvou ele, ficou louco quando contei que você era a rainha. - Riu.

- Ele é tão bom. Você tem feito um ótimo trabalho. - O elogiou.

- Eu faço o que posso, mas obrigada. - Agradeceu. - E então, o que tinha pra falar comigo?

- Sobre isso, eu vim sugerir que você e o seu grupo fiquem na aldeia, ou no Castelo, onde preferirem. Eu acho mais seguro, e há mais pessoas, menos perigos.

- Bom, majestade... - Ele disse surpreso. - Agradeço a preocupação, mas nossa casa é a floresta.

- Sei que sim, e não sugeriria isto em outra situação. Mas essas florestas não são as mesmas de vinte e oito anos atrás, e com Zelena por ai, me preocupo com vocês sozinhos aqui. Principalmente com Roland.

- Entendo.

- Não me entenda mal, não estou criticando sua decisão a respeito de seu filho, jamais. Estou apenas dizendo que talvez estar no Castelo seja mais seguro para todos.

- Eu entendo majestade. Agradeço pela preocupação. Talvez tenha mesmo razão, o Castelo seria mais seguro para Roland. Ando tão ocupado com os problemas que surgiram que as vezes mal o vejo durante o dia, e sei que não posso permitir isso, muito menos com a bruxa e seus monstros rondando por ai. Estou me desdobrando para fazer tudo, mas tem sido complicado. - Ele confessou.

- Talvez seja melhor se estiverem lá.

- Acredito que sim. Mas como disse, somos homens da floresta, duvido muito que algum desses homens iria trocar o acampamento pelos muros do Castelo. Liberdade total é o jeito deles de viver.

- Entendo.

- E não posso deixa-los. Um lider permanece com seu grupo.

- Você está certo.

- No entanto, não confio mais em deixar Roland aqui na floresta. É uma situação complicada.

- Talvez não precise ser. - Ela disse tendo uma ideia. - Você pode deixar Roland ficar no Castelo até que todos se estabilizem, e que a gente descubra uma forma de deter Zelena.

- Mas ele não pode ficar no Palácio sozinho.

- Não estaria sozinho. Tem a mim, Snow, a Vovó, e até mesmo Tinker Bell, ele estaria protegido o tempo todo, e você pode ajudar todos que precisam sem se preocupar.

- É uma oferta incrível, mas não quero dar trabalho.

- Não seria trabalho algum. - Ela respondeu rapidamente. - Na verdade, seria uma alegria pra mim. - Confessou.

Robin viu nos olhos dela um brilho de esperança. O mesmo que ele via quando ela estava com Roland, ou quando havia contado a ele sobre o próprio filho. Ela gostava de Roland, e estava se oferecendo para cuidar dele enquanto Robin precisava estar fora. Aquilo seria bom para ambas as partes, para Regina e Roland que pareciam gostar muito da companhia um do outro, e para Robin que poderia fszer seu trabalho sabendo que o filho estaria seguro. E ele permitiu.

- Tudo bem, Roland pode ir ao castelo, se ele quiser. No fim das contas realmente será muito mais seguro para ele.

Ela sorriu.

- Tem certeza que vocês também não querem vir? Se quiserem, os portões do Castelo estão abertos.

- Agradeço majestade, mas como disse, duvido que meus homens vão querer deixar a floresta.

- Lar é lar, não importa onde seja. - Ela disse e ele concordou. - Bom, acho melhor eu ir agora. Está tarde.

- Agradeço mais uma vez pela visita, e por cuidar de Roland.

- Foi um prazer.

- Até mais, majestade. - Ele fez uma reverência novamente.

- Robin. - Ela o chamou antes de sair. - Me chame apenas de Regina.

Ele teve tempo apenas de concordar antes que ela desaparecesse em uma nuvem roxa de fumaça.







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