crescent moon - Lua Nova

By Violetaever

10K 1K 124

Depois que Kris se recupera do ataque de um vampiro que quase lhe tirou a vida, ela decide comemorar seu aniv... More

CAPÍTULO I
CAPÍTULO II
CAPÍTULO III
CAPÍTULO IV
CAPÍTULO V
CAPÍTULO VI
CAPÍTULO VII
CAPÍTULO IX
CAPÍTULO X
CAPÍTULO XI
CAPÍTULO XII
CAPÍTULO XIII
CAPÍTULO XIV
CAPÍTULO XV
CAPÍTULO XVI
CAPÍTULO XVII
CAPÍTULO XVIII
CAPÍTULO XIX
CAPÍTULO FINAL
EPÍLOGO

CAPÍTULO VIII

375 49 1
By Violetaever

Encostei na bancada da cozinha enquanto observava Bella, sua mão estava a centímetros do telefone, ela tentava esperar pacientemente.

Fiquei olhando o relógio, vendo os minutos passarem. Dez. Quinze. Dezoito minutos e nada. Hoje era dia dos namorados e Jacob tinha ido levar Isa ao cinema, as coisas entre eles eram estranhas — eles não namoravam, mas havia algo profundo na relação que eles tinham, algo intenso... parecia uma ligação.

Por fim, Bella desistiu de esperar um telefonema e discou o número do Billy.

Tocou sem parar. Talvez Billy estivesse dormindo. Talvez ela tivesse discado errado.

Ela tentou de novo.

No oitavo toque, quando ela estava prestes a desligar, Billy atendeu.

– Billy, sou eu, Bella... Jake já chegou? Ele saiu daqui há uns vinte minutos. Ele ia me ligar. – Isa ficou meio irritada. – Estava passando mal quando foi embora e fiquei preocupada.

Isso chamou minha atenção, Jacob estava passando mal?

– Me avise se precisar de alguma ajuda – ofereceu Bella. – Posso ir até aí.

Pensei em Billy, preso em sua cadeira, e Jake tendo de se virar sozinho... isso me apavorou.

– Tudo bem – concordou Isa. – Tchau – murmurou ela.

Assim que ela desligou o telefone eu fui ao seu lado.

– Jacob está passando mal ? – perguntei, preocupada.

– Ele estava com febre no cinema, mas Billy me garantiu que está tudo bem. – ela me analisou – Não se preocupe.

Isa deu um beijo de boa noite em Charlie e pegou a picape, ela iria dormir na casa de Jessica... provavelmente para conversar sobre a noite dos dias dos namorados. Tive a impressão que nossa relação de irmãs voltou à estaca zero.

Talvez eu devesse ver como Jacob estava antes de ir para o trabalho amanhã. Eu podia levar uma sopa - devíamos ter uma lata de Campbell 's em algum lugar na casa.

Percebi que todos esses planos estavam cancelados quando acordei cedo - meu relógio marcava quatro e meia - e disparei para o banheiro. Charlie me encontrou ali meia hora depois, deitada no chão, o rosto encostado na beira da banheira.

Ele olhou para mim por um longo momento.

– Virose ? – perguntou, por fim.

– Acho que sim. – gemi.

– Precisa de alguma coisa?

– Ligue para os Newton por mim, por favor – instruí com a voz rouca. – Diga que não posso ir hoje. Diga que peço desculpas.

– Claro, tudo bem – tranquilizou-me Charlie.

Passei o restante do dia no chão do banheiro, dormindo por algumas horas com a cabeça sobre uma toalha dobrada. Charlie alegou que precisava ir trabalhar, mas desconfiei de que ele só queria usar um banheiro. Ele deixou um copo de água no chão ao meu lado para me manter hidratada.

Acordei quando ele voltou para casa. Vi que estava escuro no meu quarto - já anoitecera. Ele subiu às pressas a escada para ver como eu estava.

– Ainda está viva?

– Mais ou menos – eu disse.

– Quer alguma coisa?

– Não, obrigada.

Ele hesitou, claramente sem jeito.

– Então, tudo bem – disse e desceu para a cozinha.

Adormeci no banheiro novamente, mas ao acordar estava em minha cama, e havia luz do lado de fora da janela. Não me lembrava de ter me mexido; Charlie devia ter me carregado para o quarto — também devia ter posto o copo de água na mesinha de cabeceira. Sentia-me ressecada. Bebi sedenta a água, embora tivesse um gosto estranho, por ter ficado parada a noite toda.

Levantei-me lentamente, tentando não despertar a náusea de novo. Eu estava fraca e com um gosto horrível na boca, mas meu estômago parecia bem.

Não abusei, limitando-me a comer biscoitos de água e sal no café da manhã. Charlie pareceu aliviado ao me ver recuperada, mas Isa parecia não se importar. Pegou sua mochila e saiu pra chuva.

Assim que tive certeza de que não ia mais passar o dia todo no chão do banheiro, liguei para Jacob.

Foi ele mesmo quem atendeu, mas percebi que não havia melhorado quando ouvi seu cumprimento.

– Alô? – A voz estava fraca e falhava.

– Você parece péssimo.

– Eu me sinto péssimo – sussurrou ele.

– O que é que você tem?

– Tudo – sussurrou ele. – Cada parte do meu corpo dói.

A dor na voz dele era quase tangível.

– O que eu posso fazer, Jacob? O que posso levar para você?

– Nada. Não pode vir aqui. – ele foi rude.

– Jacob...

– Tenho que ir – disse ele com uma urgência repentina.

– Ligue quando estiver melhor.

– Tudo bem – concordou ele, e sua voz tinha uma amargura estranha.

Ele ficou em silêncio por um momento. Esperei que ele se despedisse, mas ele estava esperando também.

– Vejo você logo – falei, por fim.

– Espere eu ligar – disse ele de novo.

– Tudo bem... Tchau, Jacob.

JACOB NÃO TELEFONOU.

Na primeira vez que telefonei, Billy atendeu e me disse que Jacob ainda estava de cama. Fiquei curiosa e quis me certificar de que Billy o tivesse levado ao médico. Billy disse que sim, mas por algum motivo que não consegui identificar não acreditei muito nele. Liguei novamente, várias vezes por dia, nos dois dias seguintes, mas ninguém estava lá.

No sábado decidi ir vê-lo, mesmo sem ter sido convidada. Mas a casinha vermelha estava vazia. Isso me assustou — será que Jacob estava tão doente que precisou ir para o hospital? Parei no hospital a caminho de casa, mas a enfermeira da recepção me disse que nem Jacob nem Billy tinham estado lá.

Fiz Charlie ligar para Harry Clearwater assim que chegou do trabalho. Esperei, ansiosa, enquanto Charlie conversava com o velho amigo; a conversa pareceu durar uma eternidade sem que Jacob fosse mencionado. Parecia que Harry estivera hospitalizado... Alguns exames do coração.

A testa de Charlie ficou toda enrugada, mas Harry brincou com ele, menosprezando o problema, até que Charlie estava rindo de novo. Só então ele perguntou sobre Jacob, e sua parte na conversa não me disse muito, só alguns hmmm e é. Tamborilei os dedos na bancada ao lado até que ele colocou a mão na minha, para me fazer parar.

Por fim, Charlie desligou o telefone e se virou para mim.

– Harry disse que houve um problema com as linhas telefônicas e que foi por isso que você não conseguiu ligar. Billy levou Jake ao médico e parece que ele está com mononucleose. Está muito cansado, e Billy disse "nada de visitas" – contou ele.

– Nada de visitas? – perguntei, incrédula.

Charlie ergueu uma sobrancelha.

– Nada de visitas – ele afirmou.

Não insisti. Charlie estava preocupado demais com Harry. Esse era claramente o principal motivo — não seria correto incomodá-lo com minhas preocupações menores. Em vez disso, fui para o andar de cima e liguei o computador. Encontrei um site de medicina e digitei "mononucleose" na caixa de pesquisa.

Olhei a tela do computador e me perguntei o motivo exato pelo qual eu estava fazendo aquilo. Por que eu estava tão desconfiada, como se não acreditasse na história de Billy? Por que Billy mentiria para Harry?

Provavelmente, estava sendo uma tola. Só estava preocupada e, para falar com franqueza, temia não ter permissão para ver Jacob - isso me deixava nervosa.

Passei os olhos rapidamente pelo restante do artigo, procurando por mais informações. Parei quando cheguei à parte que dizia que a mononucleose podia durar mais de um mês.

Um mês? Minha boca se escancarou.

Mas Billy não poderia proibir as visitas por tanto tempo. Claro que não. Jake enlouqueceria preso na cama por tanto tempo, sem ninguém com quem conversar.

Do que Billy tinha medo, aliás? O artigo dizia que uma pessoa com mononucleose precisava evitar atividades físicas, mas não havia nada sobre visitas. A doença não era muito contagiosa.

Daria uma semana a Billy, decidi, antes de fazer pressão. Uma semana estava bom.

Uma semana era muito tempo. Na quarta-feira eu tinha certeza de que não ia sobreviver até sábado sem notícias dele.

Disquei o número da casa de Billy, depois esperei sem grandes expectativas. Fui pega desprevenida quando Billy atendeu no segundo toque.

– Alô?

– Ah, ei, o telefone está funcionando de novo! Oi, Billy, é Kris. Só estou ligando para saber como Jacob está. Ele já pode receber visita? Eu estava pensando em dar um pulo aí...

– Desculpe, Kris – interrompeu Billy, e eu me perguntei se ele estava assistindo à tevê; parecia distraído. – Ele não está.

– Ah! – Precisei de um segundo. – Então ele está se sentindo melhor?

– É. – Billy hesitou por um instante longo demais. – Acabou que não era nada de mononucleose. Só outro vírus.

– Ah! Então... onde ele está?

– Ele deu uma carona a uns amigos até Port Angeles... Acho que iam pegar uma sessão dupla ou coisa assim. Vai ficar fora o dia todo.

– Bom, é um alívio. Fiquei tão preocupada. Estou feliz que ele esteja bem para sair.

Jacob estava melhor, mas não tão bem para me ligar.

– Você queria algo específico? – perguntou Billy, educado.

– Não, na verdade não.

– Bom, vou dizer a ele que ligou – prometeu Billy. – Tchau, Kris.

– Tchau – respondi, mas ele já havia desligado.

Continue Reading

You'll Also Like

23.4K 2.4K 20
Helena Scamander, neta do famoso Newt Scamander, não poderia seguir outra carreira, a não ser, ser magizoologista, mas foi sendo professora de criatu...
153K 1.1K 30
Oiiee amores, uma fic pra vcs!! Irá conter: - masturbação - sexo - traição Se não gosta de nenhum dos assuntos a cima, já sabe não leia.
1.1M 65.9K 47
Atenção! Obra em processo de revisão! +16| 𝕽𝖔𝖈𝖎𝖓𝖍𝖆 - 𝕽𝖎𝖔 𝕯𝖊 𝕵𝖆𝖓𝖊𝖎𝖗𝖔| Fast burn. Mel é uma menina que mora sozinha, sem família e s...
3.5K 266 27
O Ano era 1792, a cidade de Nova Orleans estava fria, a neve caía constantemente pela calçada de uma rua qualquer que uma jovem chamada Adeline Mirca...