O Cowboy, a Viúva e o Bebê

De FerJMelo0

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Um cowboy bruto, mas com o coração protetor. Uma viúva e um bebezinho precisando ser salvas. Ellen perdeu o m... Mais

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Personagens
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 29
Epílogo

Capítulo 28

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De FerJMelo0

Diogo

Eu havia percorrido a distância em tempo recorde, cortando caminho o máximo que podia.

Quando cheguei à casa que Cida havia dito, consegui ver o carro de Leonardo estacionado próximo. Desci de Tempestade e a amarrei em uma árvore próxima, eu teria que usar o elemento surpresa a meu favor.

Aproximei-me lentamente, tentando ao máximo não fazer barulho. Eu teria que averiguar a situação antes de tentar qualquer coisa. E para a minha sorte, Ellen estava bem, e começou a perguntar para Leonardo o que ele fazia. Comecei a tirar o celular do bolso, e liguei o gravador, já que seria uma ótima prova contra aquele filho da puta. Posicionei o telefone em um local em que poderia pegar bem o som. Mas não podia ficar ali, apenas ouvindo. Eu já sabia o que ele fazia com as mulheres e não iria aguentar ouvir tudo de sua boca sem querer rasgar sua cara em socos, então fui averiguar o local.

A casa não era tão grande, mas havia bastantes cômodos. Dei a volta, tentando abrir algumas portas e janelas, mas todas estavam trancadas. Quando cheguei em uma janela, que era de metal, como todas as outras, e tentei abrí-la, alguém do lado de dentro respondeu à minha batida. Meu primeiro instinto foi dar um passo para trás, com receio de que tivesse sido descoberto antes do tempo. Mas a pessoa parou de mexer, voltando poucos segundos depois.

— Oi, oi, shi shi... — Tentei fazer com que parasse com o barulho, para que não chamasse muita atenção de Leonardo.

— Me tira daqui, por favor — uma voz feminina, e infantil, muito fraca e chorosa resmungou do lado de dentro.

Naquele momento meu coração se partiu. Eu não conseguia entender como um ser humano tinha coragem de fazer aquilo com outra pessoa. Eu mesmo já havia denunciado o cassino de Leonardo milhares de vezes, mas nunca acontecia nada. E sabia de boca a boca, o que ele fazia lá dentro, apostando mulheres e crianças. Mas nunca tinha presenciado uma vítima com meus próprios olhos.

— Calma. Você me escuta? — A menina confirmou no meio de um leve choro. — Não consegue abrir a janela?

— Não, está trancada. Por favor, me tira daqui.

— Tudo bem, tudo bem. Tenta se acalmar, certo? — Novamente ele balbuciou algo em resposta. — Olha, eu me chamo Diogo, e vou te tirar dai, certo? Mas preciso que confie em mim.

— Como você vai fazer isso?

Essa era uma boa pergunta. Uma da qual ainda não tinha a resposta. Mas daria um jeito. Eu tinha que dar.

— Eu ainda não sei. Mas te dou a minha palavra, e nunca a quebro. Qual o seu nome?

— Raissa.

Eu podia ouvir a menina fungando do lado de dentro.

— Quantos anos você tem, Raissa?

— Quatorze.

Era apenas uma criança. Alguns anos mais velha que minha irmã mais nova.

— Certo. Vou sair daqui, dar a volta e entrar na casa. Eu vou até você, tudo bem?

Conseguia ouvir o choro dela aumentando à medida que nos falávamos, mas ela concordou comigo, então segui novamente para a frente da casa.

Quando olhei por uma pequena fresta que havia na única janela que era de vidro, Ellen estava encolhida no sofá, enquanto o filho da puta ia para uma espécie de cozinha.

Peguei meu celular, salvei o áudio que havia gravado e guardei-o no bolso. Fui até a porta, e me preparei para arrombá-la, colocando o peso em uma perna, posicionei a outra, impulsionando-a contra a porta.

Apenas uma foi necessária para que a porta se partisse, dando passagem para mim.

Olhei ao redor, conferindo tudo, antes que meus olhos encontrassem com os de Ellen. Eu precisava olhar para ela, conferir se estava bem, mas não tive muito tempo para isso, já que Leonardo partiu para cima de mim, na intenção de me dar um soco. Esquivei-me do seu gancho de direita e lhe acertei um de esquerda, fazendo-o cambalear sobre as pernas. Eu queria pegar aquele filho da puta, e dar uma surra nele.

— Você vai pagar por tudo.

Quando ele colocou uma das mãos por dentro da calça, na intenção de tirar algo de lá, provavelmente uma arma, posicionei minha pena, e assim que mostrou o objeto, acertei seu braço com um chute, fazendo com que a arma caísse longe. Aproveitei que Leonardo estava desnorteado e o segurei pela camisa, trazendo seu rosto para mais perto. Olhei dentro de seus olhos por alguns segundos, e tudo o que existia ali era maldade, ganância. Seus olhos brilhavam, mesmo com a possibilidade de levar uma surra. O ar de superioridade dele me deixava irritado, enojado.

Comecei dando um soco com a esquerda, mas logo ele começou a escorregar, indo para o chão sem conseguir manter o peso do próprio corpo.

Deitei-o no chão, e comecei a alternar socos de direita e esquerda. Eu via seu rosto manchando de sangue cada vez mais, sentia meus dedos arderem do atrito com seus ossos, mas não conseguia parar. Eu queria que aquele homem morresse ali mesmo. Qua pagasse com sua vida, o tanto que ele havia tirado de tantas mulheres.

Estava tão inerte em meus movimentos, que não notei a presença de meu irmão, junto com várias viaturas que chegaram.

Apenas quando fui agarrado por trás e afastado à força, que consegui parar com os movimentos de soco. Minha respiração estava acelerada, pesada.

— Ei, para, calma. Esta tudo bem agora, a polícia está aqui. — Era a voz de José, ainda me segurando por trás, tentando me acalmar.

Manteve-me junto a si, até que minha respiração começou a entrar em um ritmo, e me soltou. Quando fez isso, corri para Ellen, conferindo se estava bem, apertando seu corpo todo, para ter certeza de que não estava ferida.

— Você está bem? Ele te machucou?

— Não. Eu estou bem. — Ela também me apertava, como se quisesse provar que eu era real, estava ali de verdade.

— Vocês acham, acham... — Leonardo tentava falar ainda do chão, fazendo pausas para cuspir sangue. — Que eu vou ser preso? Todos aqui me conhecem...

Mas antes que ele pudesse falar mais alguma coisa, um policial se aproximou dele, dando-lhe voz de prisão. Só naquele momento que me dei conta de que se tratava da polícia Federal, e provavelmente Leonardo também, já que arregalou os olhos, assustado ao ver o uniforme.

O policial não fora nem um pouco delicado, agarrando-o pelo braço e puxando-o do chão, colocou suas mãos para trás e o algemou, tirando-o da sala direto para um camburão.

Naquele momento soltei uma respiração ainda mais aliviada, e lembrei-me de Raissa.

— Já volto — Sussurrei para Ellen antes de segurar seu rosto entre minhas mãos e encostar meus lábios nos seus.

Quando me afastei, corri para dentro da casa, chamando por Raissa. Ela respondeu de um cômodo, que também estava trancado.

— Raissa, sou eu, Diogo. Se afasta que eu vou arrombar a porta.

Dei alguns segundos para que ela se afastasse como havia pedido e chutei a porta. Assim que se viu livre, uma criança, tão magra e assustada correu ao meu encontro, abraçando minhas pernas. Retribuí o abraço dela, abaixando-me para equiparar nossas alturas. A menina soluçava e não parecia me soltar, então a segurei firme e levantei, levando-a no meu colo para o lado de fora, onde já estavam Ellen e José. Apenas a polícia ocupava a casa, e quando saí com a criança nos braços, todos se prontificaram em cuidar dela, até mesmo Ellen, que primeiro chorou e abraçando-a, acolheu a menina.

Quando já estava tudo um pouco mais calmo, puxei Ellen para mim, colando nossos corpos e a abracei forte.

— Eu tive tanto medo de te perder — sussurrei em seu ouvido.

— Eu também. Eu também... — Ela retribuiu meu abraço, apertando-me ainda mais forte contra si.

Perdemos alguns minutos naquela posição, até José se aproximar de nós.

— Como você conseguiu... Isso tudo? — Apontei para os policiais à nossa volta.

— Quando liguei para a delegacia e avisei o que tinha acontecido, fiquei sabendo que estava tendo uma operação de investigação contra Leonardo há alguns meses. E não era coisa pequena. Então eu tive que ser bem... insistente, usar de todo o meu conhecimento em advocacia, para que eles viessem hoje. Mas já havia policiais à paisana na cidade, na cola dele.

Aquilo era uma surpresa para mim.

Voltei-me para os policiais ainda andando pela casa, saindo e entrando do local, e silenciosamente, rezei para que Leonardo pagasse por tudo o que já havia feito. Instintivamente, apertei Ellen contra mim, sentindo-a nos meus braços.

— Eu te amo — sussurrei em seu ouvido.

— Eu também te amo.

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