Um Retorno Inesperado | ✓

By abewrite

45.6K 3.3K 1.4K

Lauren Anderson tinha quinze anos quando teve que se mudar de sua cidade natal para morar em Londres e assim... More

Acervo
Capítulo 1
Capítulo 2
capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capitulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Epílogo
Agradecimentos
SUR-PRE-SA!

Capítulo 23

832 55 18
By abewrite

Depois do almoço, Jack nos chamou para a casa dele e disse que os pais tinham viajado.

Quando os gatos saem, os ratos fazem a festa. Literalmente.

Ela já estava cheia de adolescentes, desde a parte de baixo até a parte de cima, quando cheguei. A música estava alta e os gritos animados também.

Cumprimentei Jack que recepcionava os demais convidados perto da porta e entrei.

- Cara, como que você conseguiu esse olho roxo? - Ouvi Bryan perguntar ao Daniel quando me aproximei.

- Oi. Vocês viram as meninas? - Perguntei.

Eles negaram.

- A parte de cima do tripé acertou meu olho. - Passou a mão na nuca.

- Foi muito engraçado, eu tinha que ter filmado. - Ri e ele fez careta.

- Vocês estavam juntos? - Bryan arqueou a sobrancelha e olhou para Daniel com um sorriso estranho.

- Fomos fazer o trabalho de história. - Explicou Daniel.

Eles pareciam estar tendo algum tipo de conversa telepática na qual eu não estava entendendo nada.

- E essa mão? - Bryan perguntou. - Andou brigando com alguém? - Zombou.

Fiquei quieta. Talvez, ele não quisesse que ninguém soubesse sobre o que aconteceu ontem. Ele me olhou de relance e depois olhou para mão.

- Digamos que eu estava fora de mim. - Riu com o nariz.

Bryan o olhou confuso.

- O que isso quer dizer?

- Deixa para lá, não foi nada demais. Que tal pegar uma bebida para nós? - Ele abraçou o outro de lado e Bryan saiu desconfiado.

- Você tomou o remédio? - Perguntei e ele assentiu.

- Fez outro curativo? Colocou o gelo no... - Ele me interrompeu.

- Como você é mandona... - Riu. - Cruzes!

- Só estava preocupada, imbecil. - Fiz careta e ele sorriu, travesso.

- Preocupada comigo?

- Não enche. - O empurrei de leve.

Ele gargalhou.

- Você... está melhor? - Perguntei depois de alguns minutos quieta.

- Estou, fiz tudo que você mandou. Esqueceu já?! - Franziu a testa.

- Não estou falando disso. - Revirei os olhos.

- Do quê está falando então? - Perguntou confuso.

- Da situação toda. Você está melhor?

- Ah... - Passou a mão na nuca. - Estou, não precisa se preocupar. - Sorriu amarelo.

Bryan voltou com Julie, Melissa e bebidas. Voltamos a conversar e não pude deixar de o observar enquanto ria de alguma coisa engraçada que Mel havia falado. Ele tinha uma covinha em sua bochecha esquerda e eu nunca havia prestado atenção. Era fofo.

- Daniel! - Katie o chamou e me trouxe de volta a realidade. - O que aconteceu com o seu olho? E a sua mão? - Ela perguntou extremamente preocupada.

- Me machuquei. - Ele sorriu torto.

Esprimi uma risada. Era meio óbvio que ele havia se machucado, talvez não fosse isso que a garota perguntava.

- Já falei para você diversas vezes para tomar cuidado, Dan. - Ela balançou a cabeça. - Até um dia acontecer uma coisa mais séria. - Emburrou a cara como uma criança.

Por que ela insistia nesse apelido tosco?

O resto de nós que estava participando indiretamente daquela conversa se entre olhou.

- Relaxa. - Daniel riu.

Suspirei e resolvi sair daquela novela mexicana — sem ofensas, Diego — que a Katie fazia questão de interpretar. Fui até a mesa de bebidas novamente e peguei um pouco de ponche quando Jonathan apareceu ao meu lado.

- Oi. - Sorri. Ele pegou minha mão e a beijou.

Isso me fez lembrar do beijo que ele tinha me dado no canto dos lábios da última vez que nos vimos. Senti minhas bochechas esquentarem e tentei disfarçar enquanto dava um gole no líquido vermelho que tinha colocado no copo.

- Você está molto bella, ragazza. - Ele disse ao meu ouvido devido a música alta que soava pela casa.

Sorri, sem graça.

- Obrigada.

- Aliás, já disse para a minha mãe que na sexta você vai jantar conosco. - Sorriu. - Não a decepcione, ela vai fazer uma lasagna só para você. - Ele piscou e eu assenti.

- Claro, pode confirmar a minha presença. - Sorri e ele retribuiu.

Conversamos mais e ele me puxou para dançar. Eu ia recusar e me distanciar quando vi minhas amigas, de longe, acenarem para mim positivamente, desesperadas para que eu continuasse ali.

No começo, estava tímida por estar dançando com ele. Mas, depois me acostumei. Pulamos, cantamos e nos divertimos por um longo tempo. Paramos para descansar em um canto e ele resolveu pegar água para nós.

Me encostei em uma parede lateral e olhei para as pessoas que ainda dançavam. Dentre elas estavam Julie e Diego, Jackson em cima de uma mesa de madeira, alguns outros casais, um trio de meninas ao lado da escada e, por incrível que pareça, Daniel e Katie.

Ela estava bem próxima dele e colocava as mãos em seus ombros.

Fiz careta.

- Que tipo de amigos dançam desse jeito? - Murmurei vendo ela rodar em volta dele como se fosse um predador querendo abocanhar a sua presa.

Para quem sempre diz que tudo entre eles tinha acabado e só restou a amizade, o Daniel parecia estar se divertindo.

Mas, enfim, o que eu tinha a ver com isso?

- Aqui está. - Jonathan estendeu o copo de água para mim.

Agradeci com um sorriso e bebi tudo de uma vez para afastar meus pensamentos.

Daniel Campbell

Eu não queria dançar.

Quer dizer, não com a Katie. Não que eu não gostasse dela, mas eu a conhecia muito bem e sabia que qualquer coisa que fizesse seria motivo para pensar que eu ainda gostava dela. Entretanto, quando dei por mim, lá estava eu sendo movido pelo estranho desconforto que senti em meu peito assim que vi Lauren e Jonathan.

Uma atitude meio infantil, eu sei, mas já estava feito.

Depois que ela se cansou, parei para tomar um pouco de água. Vi Jack e Bryan conversarem em um canto da sala e fui de encontro a eles.

- Estou falando, aconteceu alguma coisa ontem. - Ouvi Bryan falar para o amigo ao seu lado.

- Pergunta a ele, então. - Jack disse apontando com a cabeça na minha direção.

- O que houve? - Franzi a testa.

- Esse corte na mão. Você não fez com um copo, não é? - Bryan perguntou e eu o olhei, confuso. - Não minta. - Advertiu.

Suspirei.

Eu não queria falar tudo para eles sobre o que aconteceu ontem, até porque, nem eu mesmo me lembrava de tudo.

- Eu estava bêbado e devo ter cortado com uma garrafa ou algo do tipo, não lembro. - Sorri torto e eles me olharam surpresos.

- Você quase não bebe. - Jack comentou, perplexo.

- Discuti com o meu pai. - Sorri constrangido.

- Ah, agora faz todo sentido. - Bryan coçou a cabeça. - É sobre aquele negócio de faculdade de novo? - Perguntou.

- Não. Ele quer que eu trabalhe na empresa aos sábados. - Expliquei.

- Mas você não estuda no sábado? - Jack perguntou e eu assenti.

- É. Eu vou ter que estudar no domingo agora. Ou seja, sem dia livre para descanso, só se já tiver tudo feito. - Suspirei.

Eles fizeram careta.

- Seu pai, as vezes, é um pé no saco. - Bufou Bryan e eu ri.

- Não posso discordar. - Murmurei.

- Nós podemos ajudar mandando as respostas dos exercícios, pelo menos. - Jack de ombros e Bryan concordou.

- Vocês são ótimos amigos. - Ri colocando meus braços em volta de seus pescoços.

- Enfim, vamos falar de outra coisa. - Jack limpou a garganta. - Por que estava dançando com a Katie?

- Nem eu sei... - Menti.

- Isso não tem nada a ver com a Lauren estar dançando com o Jonathan, então? - Bryan arqueou uma sobrancelha, desconfiado.

- Talvez, um pouco. - Dei de ombros e eles gargalharam.

- Você sabe que ela ainda gosta de você né?! - Jack me lemnrou.

- Eu sei, eu sei... - Passei a mão no cabelo. - Eu fiz sem pensar.

- Por que você não chama a Lauren para dançar ao invés disso? - Bryan disse como se fosse óbvio.

- Seria estranho... - Fiz careta.

- Por que? - Jack franziu a testa.

- Nunca fomos disso e se ela recusar?

- O não você já tem, espere pelo sim. - Jack colocou a mão em meu ombro como se fosse um ótimo conselho. Bryan riu.

Balancei a cabeça. Não acredito que eu era amigo deles.

- Isso não ajuda em nada, Jack. - Revirei os olhos.

- Eu tentei. - Deu de ombros e nós rimos.

- Aproveita que ela está sozinha e vai falar com ela. - Bryan disse apontando para o outro lado da casa.

Observei ela rodar o copo azul de plástico na mão enquanto cantarolava Toothbrush do DNCE que tocava alto pela casa. Ela balançava a cabeça no ritmo da música, o que me fez sorrir. Me aproximei, deixando meus dois amigos para trás.

Ao me ver, ela sorriu e meu coração acelerou.

- O que está fazendo aí sozinha? - Falei perto de seu ouvido por conta da música.

Foi uma péssima idéia.

Seu cheiro adocicado de jasmin invadiu minhas narinas e tive que me controlar para não perder a cabeça.

- Eu estava conversando com o Jonathan, mas ele foi para o beer pong lá fora. - Deu de ombros e tomou um gole do ponche.

- Entendi. - Segurei minha vontade de revirar os olhos. - Ele parece mesmo interessado, né?! Vi vocês dançando. - Sorri amarelo.

Queria saber se ela o via como algo mais ou se eu ainda poderia tentar algo.

- Acho que sim. Pelo menos, é o que parece. - Riu.

- E você? Da última vez você disse que não sabia e agora? - Dei um gole na água, nervoso.

- É um cara legal. - Sorriu.

Engoli em seco. O que ela quis dizer com isso? Que gostava dele?

- E você? - Me encarou com aqueles olhos azuis que poderiam me hipnotizar tranquilamente.

Franzi a testa.

- Se eu gosto do Jonhathan? - Perguntei confuso.

Sabia que não era essa a pergunta, é claro. Mas, a facilidade de irritação dela me divertia.

Revirou os olhos.

- Idiota... - Murmurou e eu sorri de lado.

Sabia que era um insulto, mas quando falado por ela, me sentia o cara mais sortudo do mundo.

- Estou falando da Katie. - Riu. - Não é muito comum ex-namorados continuarem amigos. - Limpou a garganta.

Será que era o que ela pensava?

- Ah não, nós realmente somos só amigos. - Disse tentando não parecer desesperado.

- você falou isso quando fomos no mercado. - Riu.

- E não menti. - Disse óbvio.

- Bom...pela dança de hoje... - Murmurou olhando para o seu copo.

O que ela estava querendo dizer?  Será que ela estava com ciúmes?

- O quê que tem? - Perguntei esperançoso.

- Nada. Vocês só pareciam bem...próximos. - Deu de ombros, sem me olhar.

Tentei não abrir um sorriso de orelha a orelha. Meu coração começou a palpitar mais forte.

- De fato, somos um pouco. Não como antes, mas somos. - Provoquei para ver até onde ela chegaria com aquela conversa.

Ela assentiu, sem dizer nada.

- Por que o interesse? - Sorri travesso. - Está com ciúmes? - Brinquei, mas no fundo queria que ela dissesse que sim.

Ela me olhou imediatamente e arqueou as sobrancelhas.

- Ciúmes de você? - Desprezou. - Até parece! - Riu e revirou os olhos.

Era incrível como ao mesmo tempo que ela fazia meu coração saltar, também tinha a facilidade de pega-lo e pisotea-lo como se não fosse nada.

Sorri amarelo.

- Aliás, amanhã podemos ir no museu local. O que acha? - Perguntei.

Esse trabalho foi a benção que eu tanto pedi. Poderia chamá-la para sair tranquilamente e usá-lo como desculpa. Era perfeito.

- Você já começou a editar os dois primeiros dias? - Perguntou e eu neguei.

- Pensei em fazermos isso juntos, depois que terminarmos de filmar. - Dei de ombros.

Podem falar, foi uma idéia genial, né?! Eu sei.

- Ah, pode ser. - Sorriu.

- Então, amanhã? - Perguntei tentando não pular de alegria alí mesmo e ela assentiu.

- A tarde ou a noite? - Ela perguntou.

- Você quem manda. - Sorri e ela pensou por alguns segundos.

- Acho melhor de tarde. Aproveitamos mais, o que acha? - Me olhou e eu concordei.

Então ela queria aproveitar mais o tempo comigo? Interessante...

- Mas, pelo que vi na previsão, amanhã tem grande probabilidade de chuva. Então, é melhor estarmos preparados. - Informou me mostrando o celular.

Concordei sorrindo.

Era no mínimo intrigante como ela esquecia as coisas tão fácil, mas também fazia de tudo para planejar cada detalhe.

- Ok, então eu passo para te pegar às... - Deixei para ela completar.

- duas. - Disse decidida.

- Sim, senhora. - Zombei com um sorriso de lado e ela revirou os olhos.

Olá olá!
Olha como estou empenhada? Os capítulos nem estão demorando tanto mais. Aqui é eficiência!

Mas me conta aí, o que acharam desse capítulo?

Até agora vocês são de qual time: Jonathan ou Daniel?

Comentem muito e não esqueçam de votar, viu?!

beijos inesperados!

Continue Reading

You'll Also Like

16.1M 568K 29
(CONCLUÍDA) Livro Um "Não é que seja proibido... é porque é real" Até onde você iria pelas coisas que sente em seu coração? Teria coragem de arriscar...
31.3K 2.5K 50
Após descobrir sobre a traição de seu namorado, Tessa uma estudante do ensino médio embarca em um site de relacionamentos para arranjar uma "distraçã...
36.3K 1.6K 38
Ja imaginou o inevitavel acontecendo? O absurdo ser o mais provavel? O amor ser logo, alguem que você se apaixonou pela primeira vista? Suponhamos qu...
14.9K 1.4K 23
Taehyung levava uma vida normal. Estudava, saía junto de seus amigos e é claro, admirava e stalkeava Park Bogum - o garoto por quem tinha um tremendo...