Eucalyptus - Versão Tobiizu

By LarryQuebrandoOTabu

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[ESTA HISTÓRIA NÃO FOI FEITA POR MIM, MAS TENHO TODO O APOIO E A PERMISSÃO DA @PRINCESSTYONGIE PARA POSTAR... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27

Capítulo 21

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By LarryQuebrandoOTabu

Oiiii

Como vocês estão???

Gente, eu sei que falei que ia postar 5 capítulos de uma vez, mas hoje só deu tempo de arrumar um e como tenho que sair daqui a pouco e prometi para algumas pessoas que ia tentar atualizar essa fic nesse fim de semana, decidi postar apenas esse capítulo já corrigido mesmo

Espero que não fiquem braves :( logo eu trago o resto!

Enfim, espero que gostem. Boa leitura!




Tobirama estava no banho. Izuna deitou-se de costas na cama, olhando para o teto. O alfa já tinha colocado Sasuke para dormir a quase duas horas atrás. 

Izuna estava repassando em sua mente toda a sessão de terapia que eles tiveram hoje. Ele acariciou sua barriga redonda enquanto se lembrava. 

^^^ Tobirama tinha sido levado para outra sala. Isso deixou Izuna a sós com Ino enquanto Sasuke estava sentado ao seu lado no grande sofá, brincando com sua camisa velha do AC/DC. 

"Como você está se sentindo hoje?" Perguntou a ômega de cabelos loiros.

"Enorme." Ele bufou uma risada enquanto acariciava sua barriga.

Ino sorriu para ele, mas continuou esperando que ele lhe respondesse. Ele sabia que ela queria saber mais sobre ele, mas ele achava que não poderia falar sobre isso. Ele nem queria falar realmente. No entanto, ele tinha prometido a si mesmo que tentaria.

"Estou chateado comigo mesmo." Ele murmurou. 

"Por que?" Ino perguntou, com o cenho franzido formando ruguinhas em sua testa.

"Eu sinto como se eu sempre estivesse quase a beira do limite. Que eu vou cair da borda e me afogar na piscina de todas as emoções que eu não quero sentir, ou eu vou simplesmente me desligar de tudo novamente porque eu não consigo lidar com tudo isso." Izuna não sabia como ele se sentia. Ele estava tão assustado com medo de que Tobirama o machucasse de novo. Ele não queria lhe dar uma segunda chance para que isso acontecesse novamente. 

No entanto, ele não queria se fechar completamente novamente. O ômega não queria esquecer seus filhotes. Tentar lidar com todas as suas emoções e os hormônios da gravidez, deixou o ômega sem saber como ele se sentia, ou de que jeito ele deveria lidar com tudo. 

"Fale comigo Izuna." Ino pediu suavemente.

"Mama!" Sasuke tentou se levantar e conseguiu - com um ângulo estranho - tocar a grande barriga de sua mama. Izuna acariciou a cabeça de seu filhote, escovando as mechas escuras de Sasuke de sua testa.

"Eu não sei o que está acontecendo comigo. Tudo o que eu quero fazer é deitar na cama e não me mover. Eu não quero continuar tendo que me levantar e fazer as coisas que precisam ser feitas, mas não posso fazer isso. Eu luto comigo mesmo o tempo todo e é tão cansativo. Não sei se posso continuar com isso." Izuna soluçou baixinho. Ele não sabia o que estava acontecendo com ele. Ele não sabia porquê ele se sentia assim. Izuna só queria que tudo isso parasse. 

"Izuna..." Ino começou "você já ouviu falar de depressão?" O ômega balançou a cabeça. "A depressão é um transtorno de humor que causa sentimentos persistentes de tristeza e perda de interesse. Isso afeta o que você sente, pensa e em como você se comporta. Pode levar a uma variedade de problemas emocionais e físicos. Você pode ter problemas para fazer atividades normais do dia a dia, e às vezes você pode sentir como se a vida não valesse a pena ser vivida. Isso soa como o que você está passando?" Explicou Ino. 

"Sim, sim." Izuna murmurou. Isso explicou muito. "Eu sinto tudo isso, mas não o suicídio." Ele não era suicida. 

"Sentir como se a vida não valesse a pena ser vivida não é apenas descrever pensamentos suicidas ou tentativas. Isso significa que você não tem energia para aproveitar a vida, e que você também não tem interesse em aproveitá-la. Isso se parece com algo que você pode estar lidando?" Ino perguntou.

"Sim..." Izuna confessou. Ele não queria morrer. "Como faço para sair disso?"

"A depressão é mais do que estar triste e cansado e não é algo que alguém pode "sair". Isso requer um tratamento de longo prazo." Ino continua "Mas não se desanime. A maioria das pessoas se sentem melhor com uma mistura de medicamentos e aconselhamento psicológico. Eu tenho um programa que seria bem útil se você se interessar em ouvir mais sobre isso." 

" Sim, por favor." Izuna queria ajuda.

"É chamado T.C.D" Ino disse a ele. "Essa sigla significa Terapia Comportamental Dialética. É um tipo específico de psicoterapia cognitivo-comportamental. Foi desenvolvido na década de oitenta e desde então tem sido usado para ajudar a tratar uma ampla gama de distúrbios emocionais e mentais. A teoria por trás dessa abordagem é que algumas pessoas são propensas a reagir de maneira mais intensa e fora do comum para certas situações emocionais, principalmente aquelas encontradas nas relações românticas, familiares e em laços de amizade. A teoria T.C.D sugere que os níveis de excitação de algumas pessoas em especial em tais situações podem aumentar muito mais rapidamente do que a maioria das outras pessoas, atingindo um nível mais elevado de estimulação emocional como níveis de excitação que ultrapassam a linha de base. T.D.C é projetado para ajudar essas pessoas a controlar seus níveis emocionais, para que eles possam funcionar melhor. Os dois principais componentes de T.C.D são sessões semanais individuais de psicoterapia e terapia grupal semanal. A terapia individual deve enfatizar o comportamento de solução de problemas para as questões e problemas da semana anterior que surgiram na vida da pessoa. Nós também abordamos questões de qualidade de vida e trabalhamos para melhorar a vida num geral. Ao abordar traumas anteriores, poderemos melhorar seu próprio auto respeito e autoimagem. As sessões de terapia grupal são onde as pessoas aprendem habilidades dos diferentes módulos: atenção plena, eficácia interpessoal, tolerância de sofrimento/habilidades de aceitação de realidade e regulamentação emocional. Você tem alguma pergunta? Eu sei que joguei muita coisa em cima de você." Ino perguntou calmamente.

"Umm..." Izuna se perguntou: "O que cada módulo ensina e com que frequência preciso estar aqui?"

"A atenção plena é sobre como estar plenamente consciente do que está acontecendo no momento presente. Isso irá lhe ensinar a desenvolver habilidades de aterramento e habilidades que irão ajudá-lo a aproveitar sua vida como ela acontece. A eficácia interpessoal ensina como pedir o que deseja e dizer não enquanto mantém sua autoestima e os relacionamentos com os outros. Tolerância ao sofrimento/habilidades de aceitação de realidade irá lhe ensinar a como lidar com situações angustiantes sem piorar e ajudá-lo a aceitar a sua realidade como não é o que deseja. Finalmente, a regulação emocional lhe dará as habilidades para entender quais são suas emoções, como elas afetam a química do seu corpo e como mudar suas emoções se desejar. Você deverá estar aqui 3 vezes por semana, além de sua visita de uma vez por semana com Tobirama. Izuna eu quero deixar algo perfeitamente claro. Você não precisa passar por este programa. É estritamente voluntário. Mas dito isto, acredito que isso pode ajudá-lo não só com a sua depressão, mas também com a forma como você se vê, e seu relacionamento com o seu alfa. Se você decidir fazer isso, eu quero avisá-lo sobre algumas coisas. Este programa será extremamente difícil e irá desafiá-lo a sair de dentro de si mesmo. Isso agitará suas crenças fundamentais. Não é fácil, mas pelos resultados que eu já presenciei, vale a pena." Ino finalizou. 

"Eu..." Ele queria fazer isso? Ele queria melhorar, mas isso parecia tão difícil. Mas Izuna sabia que não queria ficar onde estava. Ele precisava de ajuda para sair de tudo isso. "Sim, eu vou fazer." 

"Bom!" Ino exclamou: "Que tal nós agendamos o seu T.C.D nas segundas, terças e quartas-feiras. Juntamente com a nossa sessão individual nas segundas-feiras também. A sexta-feira será quando você vier com Tobirama. Isso está bem para você?"

" Sim." Izuna concordou.

Izuna acariciava Sasuke repetidamente enquanto lágrimas silenciosas escorriam por seu rosto. As pequenas mãos de Sasuke agarraram seu rosto e o filhote franziu a testa, vendo que sua mama estava triste. 

"Mama chola?"

Seu filhote era adorável. O coração de Izuna inchou quando seu filhote disse "chorar". O pequeno ainda não conseguia pronunciar seus 'r's.

"Eu estou bem baby." O ômega assegurou a seu filhote e deu um beijinho em seu pescoço, fazendo o pequeno começar a rir. 

"você vai melhorar, Izuna." Ino o tranquilizou. 

Izuna olhou para ela, seus olhos pretos transbordando muitas emoções: medo, esperança, raiva e amor.

"Izuna, você nunca esquecerá o que aconteceu. Isso sempre estará ai com você, mas você não precisa se agarrar a isso para sempre. Você poderá recomeçar de novo com seu alfa e sua crescente família. Nós vamos te ajudar a chegar lá." Ino acrescentou.

Izuna sabia que ela estava certa. Ele queria ser feliz, ele sempre sonhou em ter uma família e ele sabia que poderia ter isso com Tobirama. Ele queria isso com Tobirama. Mas, ele ainda sentia raiva e medo em relação ao alfa. Sentir o cheiro da culpa de Tobirama o tempo todo não ajudava seu lobo a superar o que aconteceu. Parecia um infeliz lembrete constante. 

"Agora, eu tenho mais algumas perguntas sobre sua briga com Tobirama, se isso estiver tudo bem para você. Eu sei que essa tem sido uma sessão bem emotiva até agora." Ino pediu gentilmente.

"Ok." Izuna lhe respondeu.

"Tobirama, obviamente, se sente culpado, ele fede a culpa. No entanto, ele também está ferido. Quando vocês dois tiveram sua "briga" quando você saiu de sua bolha, onde você pode liberar sua raiva? Sua dor? Como ele fez você se sentir?" Ino cutucou. 

"Sim..." Izuna lhe respondeu.

"Você acredita que suas palavras podem ter prejudicado ele? Alguma parte sua queria que ele sofresse?" Ino questionou. 

"Você não pode se aproximar de mim. Eu estava bem antes de se forçar a entrar minha vida. Eu queria nunca ter te conhecido. Eu odeio você!"

Ele machucou Tobirama. Mesmo com todas as palavras horríveis que Tsunade já lhe dissera e ter Tobirama lhe chamando de prostituta, nada disso se compararia a como ele se sentiria se Tobirama lhe dissesse que o "odiava". Talvez seja por isso que ele fez isso. Talvez em algum ponto ele quis machucar seu alfa, assim como ele estava machucado. 

"Eu disse coisas horríveis para ele..." Admitiu Izuna. Ele não se sentia à vontade para dizer a terapeuta o que ele havia dito e nem os motivos pelos quais ele disse.

Ino assentiu com a cabeça.

"Talvez vocês dois possam abordar isso sozinhos em casa e, calmamente, deixarem seus corações se limparem de toda dor e mágoa. Não precisa ser tudo de uma vez, mas em pequenos passos. Se você sentir que precisa saber alguma coisa, não importa o quão irrelevante que você ache, fale com ele. Eu prometo a você, seu alfa quer saber." 

"Dada!" Sasuke exclamou de repente, seus grandes olhos pretos olhando ao redor da sala. Eles se instalaram na porta onde Tobirama estava do outro lado. 

"Onde está Dada? Hã? Onde está Dada, Sasuke?" Izuna murmurou para seu filhote. Sasuke apontou para a porta. 

"Dada!" Disse Sasuke ainda mais alto. Izuna sorriu para seu filhote, Sasuke era tão inteligente e precioso. Doía pensar sobre o que ele fez com seu bebê. Ele carregava essa preocupação constante de que ele acabaria fazendo isso novamente.

Ele tinha que parar de estar tão assustado com tudo. Seu lobo sabia que Tobirama estava arrependido pelo o que aconteceu. Enquanto isso, seus instintos o empurravam cada vez mais para se aproximar de Tobirama. Izuna queria consertar seu relacionamento, mas isso ainda levaria tempo. Ele esperava que esta nova terapia o ajudasse a chegar lá. Ele sabia que ele precisava ser honesto com Tobirama - e ele mesmo - mas ser honesto faria com que ele enfrentasse todas as emoções com as quais ele não conseguia lidar. 

"Apenas lembre-se, você não precisa fazer isso agora. Este será um longo caminho à sua frente. No entanto, não é apenas a sua jornada. Tanto você quanto Tobirama estão nesta jornada juntos, como um casal. E vocês dois encontrarão a paz juntos." Ino o lembrou.^^^^

Tobirama saiu do banheiro com uma toalha em volta dos quadris. Enquanto o observava secar seu cabelo com outra toalha, o alfa foi até sua cômoda e tirou um par de calças de moletom para dormir. Ele observou os movimentos de seu alfa enquanto os músculos de suas costas se flexionavam enquanto ele se mexia. Quando Tobirama largou sua toalha e começou a vestir suas calças enquanto ainda continuava a secar o cabelo, isso deu a Izuna uma ótima visão de seu traseiro firme. 

"Tobirama?" O ômega lhe chamou calmamente. 

O alfa girou para olhar para ele. Tobirama estava certo de que o ômega estava dormindo. 

"Me desculpe, eu acordei você?" Perguntou Tobirama enquanto jogava as duas toalhas numa cadeira e se aproximou da cama. 

"Eu estava acordado." Izuna disse, seus grandes olhos pretos olhando para Tobirama.

"Você precisa de alguma coisa?" O alfa perguntou gentilmente. Ele adorava o fato de que Izuna não mostrava mais medo naqueles azuis olhos pretos que Tobirama tanto amava. Embora houvesse... incerteza. 

"Novos pés, esses estão me matando." Tobirama sorriu com o tom meio brincalhão de seu ômega. Ele queria pular para cima e para baixo com a leveza que sentia no quarto. 

O alfa olhou para os pés cobertos por meias cor de rosa de seu companheiro em cima da cama. Eles estavam um pouco inchados. Sem hesitação, ele levantou gentilmente os pés do ômega enquanto se sentava na beira da cama. Ele colocou os pés de Izuna em seu colo e olhou para seu companheiro. 

"Isso está bem para você?" Tobirama perguntou suavemente, enquanto tirava cuidadosamente as meias do seu companheiro e começou a massagear seus pés doloridos.

Izuna assentiu um "Sim". Observando o alfa massageando seus pés com suas mãos grandes e seus dedos fortes, trabalhando neles com suavidade e firmeza necessárias, aliviando sua dor. 

Izuna fechou os olhos e relaxou na cama. Ele estava cercado por seus aromas misturados. O ômega suspirou contente enquanto as mãos de Tobirama trabalhavam fazendo uma verdadeira mágica em seus pés e tornozelos.

"Obrigado."

Tobirama apenas sorriu feliz, continuando a massagear os pés de seu ômega. Ele não se apressou. Ele não tinha pressa em deixar de tocar seu companheiro. Em vez disso, ele se concentrou em garantir que cada pé e tornozelo tivesse a mesma atenção. 

Passaram-se bons trinta minutos desde que Tobirama começou a massagem. Izuna tinha pés agradáveis, macios e pequenos com dedos bonitos e unhas perfeitas. O ômega não se movia e parecia estar dormindo.

Com cuidado e sempre tão devagar quanto podia para não acordar o seu companheiro, Tobirama deslizou suavemente da cama e colocou os pés de seu ômega para baixo, antes de cobrir sua forma grávida com o cobertor. 

Quando Tobirama levantou os olhos, encontrou Izuna olhando para ele. 

"Ei, espero que tenha ajudado. Você quer que eu continue?" Tobirama ofereceu em voz baixa quase sussurrando.

"Eu não odeio você." Izuna confessou para ele. O ômega observou enquanto os olhos do alfa vibraram e as lágrimas encheram suas orbes acobreadas. "Eu nunca odiei você." Izuna repetiu. 

Tobirama engoliu em seco e assentiu. Ele não conseguiu encontrar sua voz para falar enquanto seu coração batia tão forte no peito. O coração do alfa inchou e seu lobo uivou contente. Ele não tinha percebido o quanto ele precisava ouvir isso de Izuna. Tirar o peso que ele vinha carregando em seus ombros e seu coração.

"Eu estava com raiva e machucado. Era como eu me sentia na época, mas eu não odeio você Tobirama. Eu apenas disse isso, em parte porque sabia que isso iria machucá-lo. Me desculpe por ter dito isso. Me desculpe por ter te magoado. Eu nunca quis dizer isso." Izuna fez questão de esclarecer. 

A terapeuta havia dito para ele dizer o que ele sentia e que Tobirama precisava saber, ele deveria dizer. Ele estava tentando melhorar e de certa forma ser uma pessoa melhor. O lobo de Izuna se remexeu dentro dele, agitado e animado enquanto a escuridão se afastava dele. Ele precisava aceitar o que aconteceu. E este foi um passo na direção certa. 

"Venha para a cama." O ômega sugeriu enquanto se dirigia para o lado dele com cuidado. 

Tobirama enxugou o rosto e aproximou-se da cama. Sem palavras, ele desligou as luzes, certificou-se de que a babá eletrônica do filhote estava ligado, e deslizou para dentro dos lençóis.

O alfa se aproximou de seu companheiro, Izuna o deixava segurá-lo em seus braços na maioria das noites. Ele não queria hesitar em suas ações em direção a seu ômega, ainda assim, ele não queria arruinar o pequeno equilíbrio e a pequena vitória que tinha conseguindo ao assumir que ele poderia estar invadindo o espaço de seu ômega. 

Izuna podia sentir seu alfa pairando atrás de si, querendo segurá-lo. Ele se virou para olhar para Tobirama por cima de seu ombro, vendo seus olhos acobreados brilhando no quarto escuro.

"Alfa?" O ômega sussurrou, sua voz suave e cheia de necessidade. 

Tobirama fechou a distância entre eles, acolhendo seu ômega enquanto envolvia seus braços ao redor dele. Seu nariz enterrado contra a nuca e o pescoço de Izuna, onde suas mechas de cabelo macias faziam cócegas em seu nariz.

Izuna inclinou-se para o calor do corpo de Tobirama e relaxou enquanto adormecia. Eles poderiam fazer isso, dando um passo de cada vez, eles encontrariam seu caminho de volta um para o outro.

(...)

Tobirama bateu o telefone com força no receptor. Malditos informantes de rua. Eles estavam sempre dispostos a denunciar criminosos, mas também sempre com muito medo de testemunhar contra eles. Isso irritava Tobirama. Era por isso que os bandidos que precisavam ser detidos estavam em liberdade.

A porta de seu escritório abriu-se para revelar Minato enfiando a cabeça pela fresta, juntamente com o barulho do recinto.

"Você precisa ver esse irmão." O grande alfa de olhos azuis disse.

Tobirama franziu a testa. Ele abriu caminho em torno de sua mesa enquanto seguia Minato para fora do escritório. Minato ficou com os braços cruzados sobre o peito enquanto ele assentia para Tobirama olhar para o escritório de seu superior.

O escritório de Indra ficava quase no final do corredor principal próximo a entrada dos escritórios dos fundos. Duas de suas paredes eram todas de vidro com persianas. Indra sempre as mantinha abertas - a menos que fosse necessário fechá-la para tratar de assuntos importantes - dando ao velho alfa uma vista ampla de todo o recinto, e os oficiais também podiam ver seu escritório.

Indra estava em sua sala conversando com um alfa alto usando um terno azul escuro.

"Não é aquele tal de Gadreel Greenwood?" Apontou Minato.

O que aquele alfa estava fazendo aqui? Tobirama estava furioso! Sua adrenalina começou a pulsar em todo o seu corpo.

Eles observaram Indra mostrando algo a Gadreel fora de seu escritório e os olhos de Tobirama seguiram o advogado quando ele deixou o recinto.

Indra estava olhando diretamente para Tobirama. Ele fez um sinal para que ele entrasse em seu escritório. Tobirama olhou para Minato que encolheu os ombros. O grande alfa estava tão confuso mas ainda assim fez como lhe foi ordenado e entrou no escritório de seu superior. Tobirama fechou a porta atrás dele e girou para olhar para Indra.

"O que diabos ele queria?"

Indra arqueou uma sobrancelha e deu um passo em direção a Tobirama.

"Você quer me dizer por que um advogado de defesa estava aqui fazendo perguntas sobre você e Tsunade?"

"O que ele queria saber?" Tobirama retrucou rapidamente.

"Perguntado sobre o seu histórico e estava procurando por Tsunade. Agora, por que diabos ele entraria aqui corajoso e arrogante, perguntando sobre dois de meus oficiais?" Indra insistiu.

"Ele é o pai biológico do primeiro filhote do meu ômega." Tobirama resmungou, seus dentes rangendo. Ele não gostou de ter Gadreel metendo o nariz em seu lugar de trabalho.

As sobrancelhas de Indra se ergueram.

"Foi para encontrar ele que a sua irmã usou os recursos da NYPD?"

"Sim." Tobirama respondeu.

"Então você pode ter um problema. Nas perguntas, ele estava perguntando sobre você, acho que ele está construindo um caso contra você e seu ômega. Eu acho que ele quer a custódia exclusiva..."

"O QUE?" Uma onda de pânico atingiu Tobirama como a batida de um caminhão de carga.

O coração do alfa ameaçava saltar para fora do peito.

"Eu tenho que ir." Ele não esperou uma resposta de seu superior.

(...)

"Isso é gostoso? Sim?" Izuna sorriu para o filhote dele enquanto o alimentava com uma papinha de nabo e batatas amassadas. Ele estava muito animado. Sasuke amava vegetais.

Eles estavam na cozinha, Sasuke em sua cadeira alta com sua mama o alimentando, o bebê estava tomando uma outra colherada de sua comida quando a porta da frente abriu.

"Querido!" A voz de Tobirama ecoou em toda a casa.

"Na cozinha!" Izuna gritou de volta enquanto ele alimentava Sasuke com outra colherada. "Bom menino." Ele elogiou o filhote que apresentava um grande sorriso feliz em seu rostinho.

Tobirama veio correndo para a cozinha, vestindo seu uniforme, que ainda fazia o ômega sentir coisas. Izuna se obrigou a manter os olhos apenas em Sasuke. 

"O que houve?"

O grande alfa respirou fundo enquanto se dirigia até eles para beijar a testa de Sasuke, ganhando um grande sorriso do filhotinho.

"Dada!"

"Ei, amigo." Tobirama beijou o filhote novamente e virou-se para Izuna.

"Izu, eu tenho que te perguntar uma coisa, não queria trazer isso assim, mas acho que não tenho muito tempo..." O pânico e a urgência estavam evidentes na voz de Tobirama e isso forçou Izuna a olhar para ele com os olhos arregalados.

"O que está acontecendo? O que está errado? Você está me assustando." O ômega lançou uma pergunta após a outra.

"Como você se sentiria sobre eu adotar Sasuke legalmente?" Tobirama respondeu com uma pergunta.

"O quê?" Izuna estava confuso.

"Eu queria trazer esse assunto depois, depois que estivéssemos melhor.. Eu amo o Sasuke." Tobirama respirou fundo e olhou para o rosto bonito de seu ômega. Izuna estava radiante em sua gravidez, e estar carregando o seu filhote só aumentava ainda mais sua beleza para Tobirama. Aqueles olhos incrivelmente pretos ônix estavam olhando para ele. Eles estavam cheios de confusão, mas havia alegria lá, ele podia ver. "Eu amo você e amo o nosso filhote que você está carregando. Eu não quero deixar ninguém tentar arruinar nossa família. Não quando estamos tentando crescer juntos." Tobirama se atreveu a admitir. 

Abrir seu coração não era fácil, ele se sentia vulnerável e sabia que ainda era cedo para qualquer grande passo entre eles, mas ele não podia deixar Gadreel pegar Sasuke.

Os olhos de Izuna vibraram, ele não tinha ideia de como responder. Uma onda repentina de sentimentos o atingiu e seus olhos encheram-se de lágrimas. Izuna não sabia como começar a processar o que Tobirama havia lhe dito. Ele não estava pronto para que Tobirama lhe dissesse que ele o amava. Ele não tinha certeza se ele estava pronto para ouvi-lo...

"Gadreel Greenwood estava na delegacia, perguntando sobre mim ao meu supervisor. Nós achamos que ele está querendo iniciar um processo para tomar a custódia exclusiva da Sasuke." Tobirama continuou quando ficou claro que a ômega estava tendo um conflito interno.

O pai de Sasuke. Gadreel Greenwood queria tirar o seu bebê dele. Os olhos pretos de Izuna olharam para Sasuke que estava mergulhando sua chupeta na tigela de plástico cheia de papinha de nabo e batatas na sua frente. Sasuke era o mundo inteiro para Izuna. Não. Ele estava tentando melhorar. Esta não poderia ser sua punição por ter se fechado para seu filhote. Ele precisava de Sasuke.

Os expressivos olhos pretos do ômega olharam para o alfa.

"Não o deixe levar meu bebê Tobirama. Por favor Tobirama, eu preciso de Sasuke." Ele gritou enquanto lágrimas escapavam de seus cílios e derramavam-se por suas bochechas.

"Eu não vou, eu juro." Tobirama puxou o ômega para seus braços, sentindo-se aliviado quando seu companheiro foi de bom grado e o abraçou firmemente. Tobirama olhou para o filhotinho. Sasuke era seu filho, e ele não deixaria que ninguém o levasse embora.

Sasuke olhou para seus pais, mostrando a chupeta coberta de comida para eles exibindo um sorriso orgulhoso.

"Mama! Dada! Amo! Humm!"



E foi isso por esse capítulo... Tentarei trazer os outros 6 que restam de uma vez só, mas caso eu só consiga ir ajeitando um capítulo por vez, volto durante a semana com mais um capítulo. Certo?

Espero que tenham gostado, anjinhos ♡

Se cuidem, eim?

♡ Beijoos ♡

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Continuação de Alfa e Ômega. Capa: @almondega