O Cowboy, a Viúva e o Bebê

By FerJMelo0

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Um cowboy bruto, mas com o coração protetor. Uma viúva e um bebezinho precisando ser salvas. Ellen perdeu o m... More

Notícias
Personagens
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 28
Capítulo 29
Epílogo

Capítulo 27

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By FerJMelo0

Ellen

O medo já fazia parte do meu corpo naquele momento.

Eu não sabia para onde tínhamos ido, nem que lugar era aquele. Mas a casa era grande, ficava na beira de um lago.

Passamos o caminho todo em silêncio, eu encolhida no canto, o mais longe que conseguia daquele homem. Quando ele parou o carro, fiquei no mesmo lugar, estática com medo de fazer o mínimo dos movimentos. E Leonardo não pareceu perceber que eu não havia me movido, caminhando tranquilamente. Quando deu pela minha falta, parou olhando para os lados, até perceber que ainda me mantinha no carro. Ele voltou marchando em passos pesados, abriu a porta do carro, agarrou meu braço em um aperto dolorido e me tirou de lá, puxando-me em direção à casa.

Eu não sabia o que fazer, falar, nem mesmo pensar. Qualquer movimento mais brusco, parecia que iria acontecer o pior.

Mas o que de pior poderia me acontecer? Eu já estava nas mãos daquele homem, que parecia não ter escrúpulos nenhuns, estava longe do meu filho. Então o que de pior poderia me acontecer?

Quando entramos na casa, Leonardo trancou a porta, retirando a chave, guardando-a no bolso e me jogou no sofá sem nenhuma delicadeza. Eu estava tão inerte, fora dos meus pensamentos, que não conseguia reparar nos detalhes da casa. Apenas que era um lugar simples, uma decoração mais rústica.

— Você fica quieta aí, para não assustar nossas outras hóspedes.

Olhei para ele com um espanto no rosto. Havia mais mulheres naquele lugar? E o que ele iria fazer?

Sem dizer mais nada, apenas com aquele sorriso nojento no rosto, ele saiu de perto, indo para outra parte da cozinha. Acompanhei-o com os olhos, observando atentamente o que ele iria fazer a seguir. Parando em uma espécie de cozinha, ele começou a encher uma chaleira de água.

Respirei fundo três vezes, tentando oxigenar meu cérebro e pensar com um pouco mais de clareza. Se havia outras pessoas aqui, não era apenas eu que corria algum risco. Mas em contrapartida, eu poderia ter alguém com quem me juntar para vencer aquele filho da puta.

— O que você vai fazer comigo? E quem mais está na casa? — minha voz vacilou um pouco, e saiu mais fraca do que eu esperava, mas eu precisava buscar respostas, ser forte.

— Bom, não sei se você sabe dos meus negócios. Tenho uma casa de apostas. E digamos... — Ele se aproximou de mim ainda com aquele sorriso na cara, após colocar a chaleira no fogo. — Trabalho em um cassino aqui na cidade, e as pessoas, quando são viciadas, elas não tem muito escrúpulos no que jogam.

Ele chegou bem próximo, colocando-se na minha frente. Como estava sentada no sofá, encolhida pelo medo, Leonardo parecia ainda maior, mais amedrontador.

— Como Otávio, que apostou a minha vida... — Desta vez minha voz saiu mais como um sussurro, sem muita força nem mesmo para falar.

Meu marido havia me apostado em um cassino. Como... como ele tivera coragem? E como isso ainda existia? Falando assim, parecia algo totalmente absurdo, do século passado.

— Exatamente. Mas você ainda saiu ganhando. Ele apostou você após o nascimento do pirralho, e ele não estava em jogo. — Ele se virou de costas para mim. — O que foi uma pena. Eu poderia ganhar um dinheiro muito bom com aquele menino.

— Seu canalha. — Sem pensar muito, pulei no pescoço de Leonardo. Ele poderia falar o que quisesse, mas que não mencionasse meu filho, não perto de mim.

Mas assim que o segurei pelo pescoço, Leonardo agarrou meu braço, apertando-o com força, e girou o corpo, tirando-me de cima dele. Eu não tinha forças suficientes para lutar com um homem como ele. Mas não poderia desistir.

— O que você pensa que está fazendo, sua vagabunda?

Ainda segurando meus braços, ele me empurrou para o sofá. Mas do mesmo jeito que bati nele, levantei-me, partindo para cima do homem aà minha frente novamente.

— Você não fale do meu filho, seu canalha. Você não tem direito nenhum, sobre mim ou ele — gritei.

Com as mãos em garras, fui em direção ao rosto dele, tentando arranhá-lo em qualquer lugar possível. Mas novamente ele segurou meus braços, afastando-os do seu rosto. Mas quando fez isso, vi algumas manchas vermelhas, outras começando a sangrar um pouco. Ao menos aquele filho da puta ficaria com alguma marca minha.

— Fica quieta sua filha da puta. — Assim que ele conseguiu me dominar novamente, um tapa estralou no meu rosto, fazendo com que eu caísse novamente no sofá, mas desta vez tive que ficar.

Levei uma das mãos ao lado do rosto que ardia, sentindo-o esquentar.

— Você não vai sair dessa. Vai ser preso, Diogo não vai deixar barato — desta vez falei um pouco mais baixo, sem tanta vontade como antes.

Uma risada sarcástica saiu do peito de Leonardo, fazendo todo o seu corpo tremer.

— Você sabe há quanto tempo eu trabalho assim? Estou há seis anos ganhando apostas, mulheres e crianças. E sabe o quanto de dinheiro eu tenho? Posso comprar qualquer policial que entrar na minha frente. — Quanto mais ele falava, mais eu me encolhia, sentindo o poder de suas palavras agir sobre mim. — Eu tenho espalhadas por ai, mães, filhas. E elas trabalham para mim. — Ele se aproximou, colocou a mão no meu rosto, apertando minhas bochechas contra a boca. — E elas trabalham para mim. Já sabem o que acontece quando algo sai do planejado. Você logo vai aprender também.

— O que você faz com elas? E com as crianças?

Eu sabia que não deveria perguntar. Nem mesmo tinha noção se queria saber. Mas o medo tirava essa preocupação da mente, deixando as pessoas apenas curiosas.

Ele soltou minha cabeça, jogando-a para trás.

— Depende do caso. Já peguei meninas virgens. E essas são ótimas. Dão muito dinheiro. Posso leiloar sua virgindade, ou até mesmo a menina por um preço maior. — Enquanto ele falava, meu estômago foi embrulhando, deixando-me enjoada. — Algumas eu mantenho em uma casa de prostituição. Isso dá muito dinheiro.

Ele me analisou de cima a baixo, como se ponderasse o que faria comigo.

— E o que você faz com as crianças?

Lágrimas já escorriam do meu rosto, mas as limpei rapidamente. Eu estava muito afetada com tudo o que ele me falava, mas não queria demonstrar isso. Não na frente daquele homem.

— O que você acha que eu sou? — Colocou a mão no peito, como se eu tivesse falado algo muito absurdo dele. — Não sou um monstro. Tento sempre achar um lugar para as crianças. Sabia que existem muitas pessoas na fila de adoção, que estão cansadas de esperar? Elas sempre pagam muito bem por cada criança.

Daquela vez não consegui me conter e as lágrimas rolaram sem muito controle dos meus olhos.

— Não fique triste por isso. Muitas vezes, os pais mesmos, os dois, quem apostam as crianças. — Ele deu de ombros.

Eu não conseguia acreditar que no mundo em que vivia, ainda existiam pessoas assim. Era assustador pensar, e mais ainda vivenciar isso.

Leonardo se afastou, voltando para a cozinha, e tudo ficou em silêncio. Ou quase tudo. Quando consegui respirar o suficiente para parar de soluçar, ouvi algum ruído baixo, como se mais alguém chorasse. E eu não duvidava, já que o próprio Leonardo havia dito que tinha mais pessoas na casa.

— Você não vai sair ileso dessa. — Era mais um pensamento do que eu queria, que saiu em voz alta, do que qualquer outra coisa.

Mas como se Deus estivesse me ouvindo e quisesse provar que eu estava certa, um estrondo fez com que eu pulasse de onde estava.

Olhei em direção à porta, e lá estava ele, com seu chapéu sobre a cabeça, a camisa de flanela de costume, um pouco sujo provavelmente do serviço que fizera mais cedo. Mas lá estava meu cowboy herói, respirando ofegante, olhando para todos os lados como se me procurasse.

Quando nossos olhos se encontraram, consegui respirar um pouco mais aliviada.

.

.

.

Oi, amores, tudo bem com vocês? Ando um pouco sumidinha daqui, mas minha vida está uma correria. Para quem não me acompanha nas redes, me mudei, do Paraná para Salvador, sozinha, para enfrentar a vida ahahahah Então me perdoem se eu falhei com alguma coisa nesses tempos.

Mas estou passando para avisar que eu tive um lançamento na Amazon, na verdade é um relançamento, ele foi meu primeiro livro, e agora passou por uma nova revisão, e está de capa nova. Quem quiser dar uma conferida, só ir no meu perfil da Amazon, ou nas buscas por O PAI SOLTEIRO E A MULHER MISTERIOSA.

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