Nier Automata: Jornadas no 12...

By VonLeporace

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Japão, Shinjuku, 2003. O céu se partiu e dois seres monstruosos vieram do nada, no final do conflito entre os... More

Episodio 1 - Introdução a Sociedade Humana
Intervalo 1 - Reflexões e Surpresas
Intervalo 1 PARTE 3 - Conhecendo a Resistência
Episódio 2 - Uma História Musical
Intervalo 2 PARTE 1 - Respondendo Perguntas
Intervalo 2 PARTE 2 - Resgatando 11B e Revisitando o Acampamento
Episódio 3 - Mistérios da Humanidade
Intervalo 3 - Novo Velho Mundo
Intervalo 3 PARTE 2 - Atenção Indesejada e Conseguindo Dinheiro
Episódio 4 - Apreciação de Arte
Intervalo 4 - Basilisco
Intervalo 4 PARTE 2 - A Curiosidade dos Androides e seu Resultado
Intervalo 4 PARTE 3 - Reunião
Episódio 5 - Uma Conversa Sobre Tempo e Civilizações
Intervalo 5 - Nova Vida no Reino da Noite
Intervalo 5 PARTE 2 ­- Prometheus e Sísifo
Linha do Tempo
Intervalo 5 PARTE 3 - Descanso
Intervalo 5 PARTE 4 - Pensando Sobre o Futuro & Corrigindo o Passado
Episódio 6 - Sobre Moda e como Vestir-se Bem
Intervalo 6 - O Que Não Faríamos Por Amor?
Intervalo 6 PARTE 2 - Casal Reunido
Intervalo 6 PARTE 3 - Um Dia de Trabalho
Intervalo 6 PARTE 4 - Aprendizado de Máquina

Intervalo 1 PARTE 2 - Luta e Resgate

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By VonLeporace

Enquanto corria em direção aos gritos não pude deixar perguntar o que aconteceu. Houve uma luta? Uma patrulha da resistência foi pega de surpresa? Acho pouco provável. Essa parte da cidade é muito afastada do acampamento da resistência, não há nada aqui, eu mesmo só ando por essas partes por necessidade, afinal preciso de comida e prefiro evitar lutas, me aproximei e os sons de tiros ficaram mais altos, corri pelas ruas, mas ao virar a esquina logo recuei e me escondi ao lado da parede de um prédio após ver a situação logo à frente.

Havia três máquinas na rua duas delas eram do tipo Atarracado Pequeno e uma do tipo Bípede Médio, os atarracados eram desajeitados e mal chegavam a minha barriga, já o bípede que liderava o grupo, esse sim, era um problema, sendo muito mais alto que os atarracados e possuindo braços e pernas humanoides o que lhe dava muita versatilidade, sem falar é claro na possibilidade de levar um soco de uma mão feita de metal.

Os olhos das três máquinas brilhavam vermelhos, eles estavam parados na frente de uma loja abandonada, e dentro da loja pude ver um androide feminino, ela estava no chão da loja, encostada em uma estante, ela tinha uma pistola em suas mãos e estava apontando para as máquinas e puxando o gatilho freneticamente, mas nada saia da arma, estava sem balas.

Mas em que situação me meti? As máquinas não me viram, se der meia volta posso chegar até a minha casa em segurança, entretanto o androide será morto e eu ficaria com o peso na consciência, a outra opção seria salvar a androide, mas arriscaria ser morto pelas máquinas. O que fazer? O que fazer? Tive que tomar logo uma decisão porque as máquinas estavam avançando, lentamente coloquei a mão no meu bolso e senti o cabo da minha arma.

Sabe com os milênios que se passaram a tecnologia avançou bastante na questão de armamento, durante as minhas viagens pelo mundo vi muitas armas interessantes, mas muito pesadas para carregar em viagem, por isso decidi escolher algo mais prático, a arma em meu bolso, a nomeei de "Faca Trovão" é uma bela peça de tecnologia.

Tinha o formato de uma faca de combate, mas completamente preta com padrões de camuflagem que formavam "listras" na faca, a lâmina era feita de aço, ótima para cortar ou perfurar, a alça tinha uma proteção preta para impedir que escorregasse da minha mão e a melhor parte vinha agora, a faca poderia liberar uma carga elétrica que fritava completamente os circuitos de máquinas e androides, a faca recarrega com energia solar e cinética, realmente a arma perfeita para mim.

Agora precisava de um plano, não poderia simplesmente partir para cima deles, seria suicídio, então decidi por uma aproximação silenciosa, havia carros parados na rua, poderia me esconder atrás deles e acabar com as máquinas de uma a uma, me agachei, mas no momento que ia dar um passo para frente ouvi uma voz ao meu lado.

"O queeeee estAAa acontecendo?" Era o POD que acabou de chegar, o meu coração quase parou com o susto que levei.

"SHHHH!" Disse para o POD com o dedo na frente dos lábios, "Nós temos um problema." Disse enquanto apontava para as máquinas à frente.

"Entendo." Disse o POD, então falei.

"Já que você está aqui tenho uma pergunta. Você pode lutar de alguma forma?"

"Sim, eSSa unidadeee está equipada com um sistemaaa de armas." O POD respondeu.

"Ótimo, vou lá salvar o androide, se algo der errada você atira nas máquinas, entendeu?"

"Afirmativo!"

O POD respondeu, então vamos lá, respirei fundo me agachei, e comecei a andar em direção a um dos carros, as máquinas estavam um pouco distantes umas das outras, tinha que fazer isso com cuidado, tirei a "Faca Trovão" do meu bolso segurei ela com a lâmina virada para baixo e me escondi ao lado de um dos carros.

Um pouco mais a frente na parte do capô do carro havia uma máquina do tipo atarracado estava olhando em direção à loja, comecei a me aproximar lentamente pressionando um botão no cabo a faca a eletricidade começou a fluir pela lâmina, quando estava bem atrás da máquina levantei a faca e desci com toda a minha força em sua cabeça, não houve grito, a máquina estremeceu tendo todos os seus circuitos fritos e depois ficou imóvel.

Lentamente segurei a máquina e a deitei no chão, agora o segundo atarracado estava mais a frente perto da calçada, infelizmente não havia onde me esconder, então comecei a andar lentamente, um passo de cada vez, infelizmente não notei os cacos de vidro no chão então quando dei mais um passo o som de vidro se quebrando chamou a atenção do atarracado.

Ele se virou em minha direção, mas antes que pudesse fazer qualquer coisa eu o esfaqueei no meio do "rosto", a máquina se debateu por alguns segundos até que ficou mole, repetindo o processo e a deitei lentamente no chão agora só faltava o bípede.

O meu plano era me aproximar lentamente do bípede que estava na porta da loja e esfaqueá-lo bem nas costas, mas como nem tudo na vida é fácil algo tinha que dar errado, quando me aproximei da loja o androide lá dentro me notou, mas em vez de ficar quieta e me deixar acabar com o bípede o que foi que ela fez? Gritou por ajuda.

"Socorro!"

Ela gritou e eu nervosamente coloquei o dedo na frente dos lábios fazendo o sinal de silêncio, não adiantou muito já que o bípede que estava na frente da loja logo se virou para mim, pude observar no rosto do androide que ela percebeu o erro que havia cometido. Logo fiquei de pé e me preparei para a luta.

"ANDROID, MATAR!" Ele veio para cima tentando me dar um soco com a mão esquerda, rolei para fora do caminho, o soco fez um buraco na rua, sem pensar duas vezes o esfaqueei na junção do cotovelo, a máquina estremeceu um pouco, mas continuou de pé, usando a outra mão ele me agarrou pela parte de trás do casaco e me jogou para longe.

Rolei pela rua, tentando me recuperar da queda, quando me levantei vi que o braço esquerdo do bípede estava pendurado, ele não conseguia mais mexer esse braço, dei um pequeno sorriso, mas a minha alegria durou pouco quando vi o bípede correndo na minha direção então gritei.

"POD AGORA!"

"Afirmativo, abrindo fogo!"

POD começou a atirar no bípede, uma enxurrada de projéteis luminosos voou em direção à máquina, ele usou o braço restante para proteger o rosto e foi lentamente empurrado para trás, os disparos do POD não destruíram a máquina, mas observei alguns dos projéteis arrancando parte do metal na região da "barriga" da máquina, agarrando firmemente a minha faca corri em direção ao bípede e gritei.

"POD CHEGA!"

"Afirmativo, cessando fogo!"

O POD parou de atirar, a máquina percebeu que não estava mais sendo alvejada e tirou o braço da frente do rosto, mas era tarde demais, enfiei a faca na abertura na "barriga" da máquina e liberei toda a carga da Faca Trovão lá dentro, a máquina se debateu como louca até que finalmente caiu para trás no chão.

Eu estava ali com as mãos nos joelhos tentando recuperar o meu fôlego, o POD se aproximou de mim.

"Proposta: O senhor deveria verificar a condição do androide em perigo."

"Nossa POD obrigado pela preocupação!"

Disse com sarcasmo óbvio, mas não adianta ficar aqui reclamando, fui em direção à loja, passando pela porta ali no chão estava a androide, ela usava um equipamento padrão da resistência, botas pretas, calças camufladas e uma camisa branca, ela usava um cinto com coldre para a pistola e para carregar a munição.

O seu rosto era de uma tonalidade clara com nariz pequeno e lábios rosados, os seus olhos eram de cor castanha e seu cabelo de cor preta estava preso em um rabo de cavalo, um androide normal, ela parecia bem exceto pela perna esquerda dela que estava quebrada e soltando faíscas, me aproximei dela e disse.

"Você está bem?"

"Agora estou, graças a você, obrigada por me ajudar. Desculpe por ter te colocado em problemas, mas tenho que perguntar. Você está bem? Vi você ser arremessado pela máquina." Ela disse enquanto olhava para baixo.

"Não se preocupe com isso estou bem, sou mais resistente do que pareço."

Disse enquanto batia levemente no meu peito e lhe dava um sorriso, ela riu um pouco, isso é um bom sinal, mas agora estava na hora de fazer algumas perguntas.

"Diga-me o que você está fazendo aqui? Você não deveria estar no acampamento da resistência?"

Ela olhou para o lado com vergonha e então começou a falar

"Eu não deveria estar aqui, aproveitei o meu intervalo durante o meu trabalho no acampamento para vir até a cidade, gosto de coletar coisas relacionadas ao mundo humano, livros, fotos, objetos que acho interessantes, pensei que poderia pegar algo novo e voltar ao acampamento antes que alguém percebesse, mas fui pega de surpresa pelas máquinas. Acreditei que iria morrer até que você chegou. Se não for pedir demais você pode me ajudar a chegar até o acampamento?"

Suspirei tudo que queria agora era voltar para casa, mas essa androide estava pedindo pela minha ajuda, não podia deixar ela aqui, então estendi a minha mão.

"Está bem, te ajudo a chegar ao acampamento."

Ela me deu um sorriso e pegou a minha mão, a ajudei a se levantar e apoiei o braço dela em meu ombro e fomos andando para fora da loja.

"A propósito me chamo Alan e aquele ali é o POD 000, diga olá POD."

"Saudaçõeeee..." o POD começa a tremer e soltar fumaça, mas, de repente, parou como se nada tivesse acontecido.

O androide arregalou os olhos quando viu o POD "Você faz parte da YORHA!?"

"Não eu apenas encontrei o POD." Disse nervosamente, não quero que outros androides pensem que faço parte da YORHA, isso só iria me trazer problemas, então resolvi mudar de assunto.

"Você ainda não me disse o seu nome." Ela me encarou por alguns minutos e disse o seu nome.

"Chamo-me Kokio."

"Prazer em conhecê-la Kokio." Disse com um sorriso.

E assim com POD ao meu lado, nós três fomos ao acampamento da resistência, tínhamos uma longa caminhada pela frente, mas enquanto andávamos percebi algo, os meus peixes ficaram na margem do rio. Droga! Vou ter que procurar comida de novo!

FIM DO CAPÍTULO

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