Uma Doce Páscoa

By Tai_Medeiros

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Uma pequena leitura com um grande amor. Um mimo com muito carinho para todos os leitores. Feliz Páscoa! 🐰 More

🐰

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By Tai_Medeiros

- Não deveria fazer isso! – Digo mordendo os lábios enquanto minha mente faz uma viagem para os lugares mais profanos do planeta. 

- Isso aqui?
A pergunta me pareceu bem provocativa. Porém, não se comparava ao que estava sendo feito comigo. 

- Porra! 

Jogo a cabeça para trás enquanto sou abocanhado e tento equilibrar meu corpo encostado no frio azulejo dentro do box no banheiro do nosso apartamento. 

Sinto meu corpo se contorcer sob um prazer que já não é possível controlar. Pulso, quente e desejoso! Tendo a certeza de que a qualquer dia este homem com quem divido a vida acabará me matando com um ataque cardíaco, já que sempre me leva a um estágio de tesão enlouquecedor. 

Minhas pernas bambeiam. Traidoras! 

Denunciam, descaradamente, que meu ápice se aproxima e explodo num gozo forte. Sendo tomado por completo por aquele que sempre foi o único dono do meu coração. 

- Amo você, Gustavo! 

- Não mais que eu, Cabeleira! 

Confesso que esse apelido já não me desestabiliza mais. Talvez eu tivesse me adaptado ou no fundo, gostasse do modo com o qual a boca do meu amor se movia para pronunciá-lo. Em vez de ficar com raiva por ter um jeito, somente meu, em ser chamado. Parei e observei a forma carinhosa como o tratamento me era dado e o mais gostoso, na pessoa que assim me chamava. Fui reparando que até o que antes eu achava ser uma implicância boba de criança, sempre foi uma pura demonstração do mais sincero amor e ainda há na face da Terra quem duvide da grandeza desse sentimento ou em como ele é capaz de nos transformar e regenerar por completos. 

Fazia anos que eu desfrutava do paraíso e era acompanhado por quem desejei que me desse a mão. Mesmo tendo pensado que talvez perderia a batalha e acabaria morto dentro daquele hospital, recebi uma segunda chance para recomeçar e valorizava todo e qualquer instante, para fazer com que meus dias valessem todos a pena. 

Sempre apostei na ideia de ser um bom soldado, talvez agora, minha patente tivesse subido, Já que após o meu transplante ter sido bem-sucedido, eu estivesse me sentindo realmente: vivo! 

- Não deveria testar meu pobre coração, Guga! 

- Tenho certeza de que ele é bem mais forte do que você presume. 

- Então, o tenta querendo se certificar disso ou me mostrar que ele aguenta a pressão?

- Não diria que o que faço é com essa finalidade. 

- Suponho que seja para me levar a loucura, testar meus limites e me fazer sentir amado?

- Amado tenho certeza de que não tem dúvidas que seja. 

Balancei a cabeça concordando com aquela afirmativa. Nesses anos de casamento, nunca faltou essa certeza entre nós. 

- Então, conte-me seus planos para essa noite?

- Ah, Arthur! 

Ele abriu aquele sorriso largo e estonteante, justo aquele, onde a maldade se escondia atrás daquelas malditas covinhas que me prendiam e liberavam minha mente fértil, para as mais libidinosas brincadeiras e ideias. 

_ O que foi?

- Não tenho qualquer pretensão em te falar o que quero fazer. 

- Por quê?

- Porque prefiro te mostrar!

Nossas bocas se uniram, fundidas, num doce batalhar onde ambos não demonstravam qualquer resistência por já estarem, completamente, rendidos. 

Gustavo levou uma das mãos até a carrapeta e desligou o chuveiro. Ainda estávamos bastante molhados, quando ele abriu a porta do blindex e saiu primeiro, esticando a mão para que eu o acompanhasse. 

Um pequeno toque de mãos e eu já sentia o fogo se espalhar. 

Havia faíscas que se multiplicavam e deixavam de ser contadas, nosso amor estava além de qualquer resultado ou soma, nenhuma conta seria precisa o suficiente para medir o tamanho do que nós tínhamos. Era mágico, justamente por ser tão nosso! 

Paramos diante da cama e nosso beijo recomeçou. Gustavo agarrou com uma das mãos os meus cabelos e o segurava firme, controlando os movimentos que nossas cabeças faziam enquanto nos comíamos ainda de pé. Senti sua ereção em minha barriga, assim como, sabia que ele era capaz de estar sentindo a minha. 

Meus cabelos foram sendo deixados e minhas costas recebiam, neste momento, o toque de seus dedos que subiam e desciam. Me fazendo ferver! 

Sem pensar muito no que meus desejos queriam e somente atendendo-os, foi que pulei, literalmente, em cima do meu homem e o agarrei com as pernas pela cintura. Me movimentava sem qualquer pudor, rebolando e aceso, demonstrando que aquela cama queen, seria pequena demais para toda aquela fogueira que me consumia. Gustavo me fazia inflamar e eu era submisso as sensações que ele me provocava. 

Chegamos na cama já com a respiração ofegante e com aquela conexão no olhar que não se perdia. Nos entregamos um ao outro, nos perdendo e nos encontrando, gemendo e gozando, como dois adolescentes que acabam por descobrir o sexo. Nos permitíamos descobrir novas posições e não deixávamos nosso “entre quatro paredes” cair na rotina. 

Sabíamos dormir de conchinha e trocar carícias, assim como, fodermos até perder o fôlego. Dividíamos não somente a cama, o teto ou a vida à dois. Compartilhávamos nossa essência e valores, tudo aquilo que juntos construímos e nos orgulhávamos. Estávamos ali sempre da cabeça aos pés. Entramos nesse relacionamento inteiros e cientes de que não teria como não dar certo. Sempre foi amor, mesmo antes de ser. 

                                 ***

A noite pareceu menor, na verdade, eu quem acabei dormindo pouco. 
Passamos tanto tempo aproveitando a companhia um do outro e deixando nossa brasa esfriar, lentamente, que ainda sentia um calor emanando do meu corpo. Encaro a janela e vejo os primeiros raios solares anunciando que mais um dia começou. 
Deixo os braços do meu amor e caminho até a janela, fecho as cortinas e mantenho o quarto ainda escuro. Lembro do meu aparelho telefônico só agora que o encaro sob a mesinha de cabeceira e o vejo piscando. 

Abro a notificação de Flora e sorriu contente com a imagem de Feliz Páscoa contendo a imagem de Lili com orelhas de coelhinho. Como amamos aquela garotinha e claro, a missão padrinhos nos foi dada e aceita com sucesso. 

Respondo com uma daquelas figurinhas que se mexem e digito as palavras mais lindas que existem e que eu conheço.

“Amo vocês!” 

- O que será que faz meu amor sorrir tão bonito? Será que eu deveria me preocupar? 

Observo na cama, Gustavo se espreguiçando, fazendo o lençol mostrar partes de seu corpo desnudo que me davam água na boca. 

_ Me preocuparia, com certeza! Há alguém que amo tanto nesta imagem que chega a doer. 

_ Deixe-me ver, por favor, quem se atreve a merecer um amor que me pertence. 
Fui até o seu lado na cama e o entreguei com a imagem aberta o celular. 

- Seria impossível não a amar, não é mesmo, Cabeleira?

- Impossível. 

- Espere aí! Sério que hoje é domingo de Páscoa?

- É sim. 

- Talvez eu devesse te dar o chocolate que tenho aqui. 

- Qual seria, Gustavo?

- Esse “garoto” aqui! 

O lençol chegou ao chão tão depressa quanto a mão que me segurou pelo pulso e me jogou na cama.
 
- Feliz Páscoa, Arthur! 

- Páscoa, Gustavo, para você também. Pois, feliz, eu já sou desde que estamos juntos

Ali, tornamos a nos amar. Sabendo que UMA DOCE PÁSCOA nos esperaria por longos anos e que essa não seria a única data que comemoraríamos tão felizes. 

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