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By Alanakip

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๐Ÿšด๐Ÿปโ€โ™€๏ธ๐—ข๐—ก๐——๐—˜ ๐—Ÿ๐—ถ๐˜ƒ se muda para Atlanta para estudar em um colรฉgio renomado, mas Liv nรฃo esperava se perd... More

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Instagram dos personagens!
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By Alanakip

𝗟𝗜𝗩 𝗟𝗘𝗕𝗟𝗔𝗡𝗖

Georgia, Atlanta.

O nome dela é Kylee, não é?

O cabelo dela estava meio bagunçado, o rímel borrado e ela usava o casaco do colégio para secar as lágrimas.

Ela se esquivou um pouco quando me viu e tentou disfarçar o choro.

— Me desculpa. — Fecho a porta da cabine. — Eu não quis assustar você. Está tudo bem com você?

Ela não me respondeu, mas eu ouvi ela se levantando, e logo ela saiu do banheiro segurando o casaco.

— Você é a Kylee, não é? — Me escoro na bancada da pia e ela assente. — O que aconteceu? Não precisa me contar se você não quiser.

— Está tudo bem. — Ela diz com a voz chorosa, parecia querer chorar mais ainda quando falou.

Isso sempre acontece comigo, eu consigo segurar o choro sozinha, mas quando alguém me pergunta o que aconteceu, eu simplesmente desabo.

— Foi a Suzana, não foi? — Olho para ela. — Sabe, a menina de cabelos ruivos que te chamou mais cedo.

Ela assentiu e se sentou no chão escorada na parede.

— Quer me contar o que aconteceu? — Me sentei ao lado dela.

— Eu achei que aquela menina queria ser minha amiga. — Ela diz em meio de soluços. — Mas ela começou a julgar a minha aparência.

— O que ela falou? — Mexo na minha mochila.

— Primeiro ela falou da minha altura, depois disse que eu sou magra demais, falou que o meu cabelo é oleoso, me chamou de burra por não conseguir resolver a questão de matemática, e para piorar mais ainda, quando eu estava vindo para cá um cara me seguiu falando um monte de coisas nojentas. — Ela chorava mais ainda a cada palavra.

A menina mal chegou e a Suzana já foi enjeitar o veneno dela. E esse tal garoto com certeza foi o Daniel ou um dos amigos dele.

— Só quando ela fez aquela piada com a sua altura, você deveria ter saído de perto dela há muito tempo. — Pego um pacote de lencinho. — E se servir de consolo, isso não foi nada pessoal com você, ela faz isso com todo mundo.

— Eu sei que deveria ter saído de perto. — Ela diz. — Mas as pessoas sempre fizeram piadas com a minha altura. E eu tenho muita dificuldade para fazer amigos, fiquei feliz por ela ter me convidado para se sentar com ela. Eu teria feito uma amiga no meu primeiro dia.

— Não seja por isso. — Puxo um lencinho. — Eu posso ser sua amiga se você quiser. Eu não sou popular e muito menos legalzona, mas eu te garanto que é bem melhor do que ficar perto da Suzana. — Ela ri.

— Para falar a verdade... — Continuo. — Eu ia chamar você também, mas a Suzana te chamou primeiro e vocês estavam rindo, achei que estavam se dando bem.

— Eu sempre fiz isso. — Ela catuca a unha. — Eu dou risada e aceito as brincadeiras para ser aceita. Ninguém quer ficar sozinho, mesmo que o preço disso seja sair magoado.

— Eu te entendo perfeitamente, as coisas na minha casa antiga funcionavam exatamente assim. Mas não vale a pena. É muito melhor ficar sozinha do que mal acompanhada.

— Para você deve ser fácil falar. — Kaylee fala. — Não querendo dizer que você não tem problemas, mas você é tão bonita, tem um corpo lindo, um cabelo maravilhoso e uma altura normal. Eu não consigo acreditar que você passe pelos menos mesmos problemas que eu.

Ah, Kylee... você não sabe nem da metade.

— Na verdade, eu sei exatamente pelo o que você passa, mas a diferença é que era com a minha própria família. Eu já ouvi tanto que hoje nem me importo mais.

— E para ser sincera, eu te achei muito bonita, o seu corpo também é lindo, sua altura é normal, o seu cabelo é sem dúvidas bem mais cuidado do que o meu, e eu duvido que alguém saberia responder aquelas questões de matemática. — Ela ri quando eu falo das questões de matemática.

Eu ergui o lencinho umedecido para perto do rosto dela e disse:

— Posso? — Ela assentiu e eu comecei a limpar os borrados do rímel do rosto dela.

— Você já sentiu que não é boa o suficiente para ninguém? — Kylee fala.

— Como assim?

— Tipo, nada que faz é o suficiente, sempre sente que tem algo faltando. — Ela diz.

— Não. — Nego com a cabeça. — Eu nunca tive muitos amigos, sempre foi só eu e o meu pai, e ele me entende completamente.

— O meu também. — Ela sorri. — Mas a minha mãe não. Ela parece nunca estar satisfeita com nada que eu faço, sempre coloca defeito.

Somos mais parecidas do que eu imaginava, Kylee.

— A minha também é exatamente assim. — Jogo o lencinho no lixo. — E para piorar também tem a minha irmã que é igualzinha.

— Quer me contar? — Ela pergunta e eu neguei com a cabeça.

— Não, agora não. — Me levantei e ela assentiu. — Vem. — Ergui as mãos para frente e a ajudei a levantar. — Eu não quero nunca mais ver a senhorita chorando por causa da Suzana, ouviu?

Ela assentiu sorrindo.

— Então repete comigo: Eu sou muito gata. — Eu falo e ela gargalha. — Ei! É sério!

— Tá bom! — Ela abana o rosto. — Eu sou muito gata. — Ela diz e eu sorri. — Qual é o seu nome?

— O meu nome é Liv. — Pego a minha mochila no chão.

— Espera, você é a Olivia LeBlanc? — Ela disse e eu revirei os olhos. — Não, desculpa! — Ela ri. — É que a Suzana me falou de você, mas às vezes te chamava de Olivia.

— Ah, sim. — Lavei as mãos. — Sou eu sim. Imagino as mil maravilhas que a Suzana falou de mim.

— É, não forma coisas nada boas. — Kaylee se apoia na bancada. — Ela disse que você é uma aberração, que você tenta roubar o namorado dela e que em hipótese alguma eu deveria ser sua amiga.

— Nossa, a Suzana realmente tem um amor imenso por mim. — Eu falo e a Kylee ri. — Se você quiser acreditar nela, pode acreditar, só quero que você saiba que é tudo mentira.

— Eu sei. — Ela responde. — Você é legal, não tem nada haver com o que a Suzana disse. Mas que história é essa que você tentar roubar o namorado dela? — Ela começa rir.

— Ah... — Jogo a cabeça para trás. — A Suzana é apaixonada pelo meu melhor amiga, cisma que eu quero roubar ele dela. E eles nunca tiveram nada, nunca entendi qual é a dela.

— Na minha escola antiga tinha uma menina igualzinha. E Liv, eu atrapalhei você? Provavelmente você estava assistindo o jogo...

— Estava. — Seco as mãos. — Mas o Jaden pode esperar um pouco.

— Obrigada, Liv! — Ela simplesmente me abraçou, e eu a abracei de volta. — Eu fui muito idiota de cair nas provocações da Suzana.

— De nada. — Apoio o meu queixo no ombro dela. — Agora você já sabe que não é nada daquilo.

— É. — Ela me solta. — Podemos sabe... ser colegas?

— Amigas? — Ergo o dedo mindinho para ela torcendo para que ela não me ache uma idiota.

— Está brincando? — Ela gargalha e cruza o mindinho dela no meu. — Eu adoro isso! Achei que só eu fazia isso até hoje.

— Eu achei que era a única pessoa que fazia isso até hoje! — Gargalho.

— Eu acho que já tomei muito do seu tempo. — Kylee diz. — Vou voltar para lá. Mais uma vez, obrigada, Liv.

— Não precisa agradecer. Você vai ficar para assistir o jogo? — Ela assente. — Então vamos juntas. — Cruzei o meu braço no dela e a puxei.

— Menina, eu adorei você! — Ela diz rindo.

— Ah, eu também adorei você! Tenho certeza que os meus outros amigos também vão te adorar. Não tenho muitos, mas o que eu tenho são incríveis.

— Não precisa se preocupar com isso, Liv. — Kylee fala. — Eu posso me virar...

— Ah, que isso! Não tem problema nenhum em te apresentar para os meus amigos.

Assim que voltamos para as arquibancadas, eu vi o Jaden acertando uma bola, e logo a torcida começou a gritar.

Eu desci correndo até a grade e gritei:

— Boa, gato garoto! — Ele ouviu e sorriu me procurando.

— Você ouviu, menino sem namorada? — Jaden falaz — A minha melhor amiga quase namorada gritou para mim!

— Que legal, Jaden. — O menino diz em tom de tédio.

— Você viu, gata garota?! — Ele grita enquanto corria na minha direção. — Eu acertei aquela bola!

Igualzinho o Daelo.

— Eu vi! — Sorrio para ele.

— Gato garoto? — Ouço Kylee dizer. — Que fofo. — Ela ri.

— É, foi ele que inventou. — Me sento na arquibancada quando vi que o Jaden foi parado pelo treinador.

O treino durou só mais dez minutos, precisou ser cortado porque o grupo do grêmio usaria a quadra de baseball — que é a maior da escola — para uma reunião.

Falando nisso, eu preciso urgentemente entrar em um grupo.

Quando o jogo oficialmente terminou, o Jaden correu até mim na arquibancada, e eu corri na direção dele.

Quando chegamos um do outro, nos abraçamos.

— Jaden, você está me esmagando! — Gargalho enquanto tentava me soltar dele.

— Obrigado por ter vindo me assistir, gata garota! — Ele me solta. — Eu fiquei bem mais animado para treinar. Mas aonde você foi no início do jogo?

— Ah, bem lembrado. — Me viro para trás e chamo a Kylee com a mão. — Eu estava ajudando a novata, ela estava meio mal.

— Meio mal? O que rolou? — Ele diz.

— Jaden, essa aqui é a Kylee. — Digo assim que ela chegou em nós dois. — Kylee, esse aqui é o Jaden.

— Ah. — Jaden limpa a mão na roupa. — Prazer, Kylee. — Ele ergue a mão para ela.

— Prazer! — Ela aperta a mão dele e logo solta.

Eu fiquei olhando para eles fixamente, não porque eu estava incomodada, eu na verdade estava viajando nos meus pensamentos.

— Ah... — Kylee fala. — Me desculpa, Liv. Ele é seu namorado?

— Oi? Nã... — Fui interrompida pelo Jaden.

— Sim! — Ele fala e eu o olho sem entender.

De novo essa história.

Ele apontou com a cabeça para o lado direito, logo vi a Suzana e o Daniel prestando atenção na nossa conversa.

— Ah, sim. — Sorri tímida. — Somos namorados.

— Vocês combinam. — Kylee fala. — Formam um casal muito bonito.

— Valeu... — Jaden sorri sem mostrar os dentes.

Tomo um susto quando o Jaden me puxa pela mão, logo me abraçando com os braços agarrados no meu pescoço.

Antes que eu pudesse questionar, ouvi a voz da Suzana e logo o abracei de volta.

— Olha só... — Suzana fala parando perto de nós três. — O tico e o teco. Só a Liv mesmo para querer ser sua amiga, esquisita.

— O que está acontecendo? — Jaden sussurra no meu ouvida.

— Suzana fez bullying com a Kylee. — Sussurrei de volta.

— Você é boazinha, Liv. — Suzana diz. — Se eu fosse você não seria amiga dela. Ela é burra, não sabia responder uma simples questão de matemática.

— E você não sabe literatura básica. — Jaden respondeu.

— Essa fala é minha. — Sussurro para ele.

— Ah é? — Ele fala e eu assenti. — Foda-se. — Eu dei um beliscão na barriga dele. — Desculpa, é brincadeira. — Ele fala rindo, e logo beija o topo da minha cabeça.

— Qual é a de vocês? — O treinador do Jaden fala. — Essas duas estão quase se matando e vocês aí se beijando. — Ouço o Jaden rir e logo me soltou.

Boca na bochecha eu já ouvi, mas boca na cabeça é novidade.

— Você não vai parar de tentar roubar o meu namorado, Liv? — Suzana questiona com os braços cruzados. — Já está feio para você.

— Eu não sou seu namorado, Suzana. — Jaden respondeu.

— Então isso deve mostrar que somos namorados. — Suzana simplesmente puxou a nuca do Jaden, e o Beijou.

A Suzana realmente beijou o Jaden. Ela beijou o Jaden na minha frente.

— Você é maluca, porra?! — Jaden berra depois de empurra-la para longe dele.

— Nada mal. — Suzana dá dois tapinhas no rosto dele. — Agora somos oficialmente namorados.

— Que babado. — O treinador diz.

Ótimo, uma plateia inteira acabou de ver isso.

— Mas, Liv... — Kylee fala. — Ele não era seu namorado?

Foi quando eu olhei confusa para o Jaden. De fato, não tínhamos nada, mas um sentimento estranho tomou conta do meu corpo. Eu estava incomodada com o fato da Suzana ter beijado o Jaden e ele ter demorado para sair do beijo.

Você não tem nada com ele, Liv... não tem motivo para estar incomodada.

— O que foi, Liv? — Suzana fala. — Não estava esperando por isso?

Eu queria chorar. Mas não por causa do beijo, é por causa desse sentimento estranho que consumiu o meu corpo. Eu fico desesperada quando fico perdida com os meus próprios sentimentos.

E de quem é a culpa? Da minha mãe, é claro.

Eu não posso chorar, não aqui. Descruzei os braços e dei um passo à frente para sair dali.

— Liv?! — Jaden me chama, mas eu o ignoro.

— Vem, Kylee. — A chamo com a cabeça.

Foi quando eu virei as costas mais uma vez e senti Jaden me puxar em seus braços. E mal tive tempo de pensar em me separar dele antes dele me beijar.

Ele colocou uma das mãos na minha cintura, me segurando perto, a outra mão na minha nuca. Os beijos eram firmes e deliberados, suplicantes. Senti aquele mesmo frio na barriga que senti quando nos beijamos pela primeira vez enquanto estava puxando-o mais perto e o beijando, e quando eu o beijei de volta, ouvi um gemido e uma forte respiração escapar dele.

Eu me afastei, ofegante, e ele me puxou de novo para junto de si, como se precisasse de mim mais do que precisava de ar.

(Inspiração: Blackmoore)

Foi quando finalmente nos separamos com os dois necessitados de oxigênio.

Eu ia sair de perto dele, mas ele colocou a mão na minha nuca e juntou as nossas testas.

— Nunca mais pense em me dar as costas. — Ele diz e eu sorrio. — Ouviu?

— E você nunca mais pense em beijar a Suzana. — Eu disse e ele riu, sabia que eu estava brincando.

E quando eu olhei para o lado, vi literalmente todas as pessoas que estavam no ginásio nos olhando, e logo bateram palmas.

Que vergonha.

— Ai, meu Deus. — Escondo o meu rosto no pescoço dele. — Todo mundo viu a gente se beijando?

— É o que parece. — Ele ri. — Mas qual é o problema? Você é minha namorada.

— Não sou não! — O encaro rindo.

— Ah, não? — Ele cruza os braços.

— Não!

— Então namora comigo. — Ele diz e eu dou risada.

— Para de palhaçada, Jaden! — Dou um soquinho no peito dele.

Ele ia dizer mais alguma coisa, mas o Javon chegou.

— Me contaram do babado e eu vim correndo! — Javon fala. — O que rolou?

— Javon, você tem uma facilidade incrível de sempre chegar na hora errada. — Jaden diz.

— Meu Deus, quem te contou do beijo? — Questiono.

— Metade das pessoas que estavam aqui saíram falando sobre o beijo de vocês, então eu vim ver. — Javon responde. — Cheguei atrasado.

— Poderia ter chego um pouquinho mais tarde, seu empata. — Jaden o responde.

— Por que? O que estavam fazendo que eu não poderia ter visto? — Javon fala. — Em?

— Não te interessa. — Jaden passa o braço por cima dos meus ombros. — Vamos embora.

— Ah é, já deu a hora da saída. — Javon fala. — VAMOS EMBORA DO INFERNO!

Javon saiu correndo na frente e eu dei risada.

Jaden é engraçado, ele realmente achou que eu acreditaria que ele estava me pedindo em namoro?

Ninguém nunca me pediu em namoro. Qual é, eu sempre fui a amiga feia que arrumava os garotos para as minhas amigas.

. ✦ .  𝗖𝗢𝗥𝗧𝗘 𝗗𝗘 𝗧𝗘𝗠𝗣𝗢 . ✦ .

Eu, Jaden, Daelo, Jayla e Javon já estávamos no carro.

Eles estavam conversando sobre o meu beijo com o Jaden e eu estava quieta pensativa.

Eu fui o caminho inteiro tentando entender o porquê daquele sentimento naquela hora. Pelo o menos de uma coisa eu sei: Eu não gosto do Jaden.

Mas se eu não gosto dele, por que eu estou tão perdida? Eu deveria estar tranquila já que não sinto nada por ele.

É cedo demais, Liv. E ainda tem o meu pai que nunca me perdoaria por isso. Ele não se importa que eu namore ou beije, mas ele parece ter algum problema com o Jaden.

Talvez seja ódio gratuito, ou alguma coisa que ele não quer me contar.

Mas está tudo certo, os meus sentimentos pelo Jaden continuam os mesmos. Somos bons amigos.

Eu tentei inventar uma desculpa para ir dormir em casa, mas o Jaden não deixou.

Agora estávamos deitados para dormir. Ele vai perceber que tem algo errado, eu estou há mais de vinte minutos sem trocar nenhuma palavra com ele.

𝗝𝗔𝗗𝗘𝗡 𝗪𝗔𝗟𝗧𝗢𝗡

Me disseram para atacar, acho que ataquei demais.

Primeiro eu consegui criar coragem para finalmente pedir a Liv em namoro, mas o Javon me atrapalhou.

Vamos voltar do início.

Depois da primeira vez que eu beijei a Liv, eu fiquei digamos que mais animado. Eu ficava diferente perto dela.

Mas eu imaginei que o motivo era porque eu finalmente estava tendo uma amizade legal com uma menina.

Até que nós começamos a nos beijar mais vezes... muitas vezes consecutivas. Depois os cheirinhos antes de dormir.

Eu me sinto confortável perto da Liv, nem fiquei com vergonha quando ela me viu que nem um idiota cantando em cima da cima.

Foi quando eu finalmente consegui assumir para mim mesmo que eu gosto da Liv.

Mas eu estou confuso... na última vez que eu me apaixonei por uma garota, ela falou na minha cara que preferia o Javon.

Não que a Liv seja assim, eu sei que ela não é. Mas eu tenho trauma com isso desde então.

É complicado.

Quando a Suzana me beijou, milhares de coisas se passaram na minha cabeça. Eu não estava preocupado com o fato dela ter me beijado sem o meu consentimento, eu estava preocupado com a Liv.

Se ela gostasse de mim, talvez estivesse magoada agora. E aí eu tive a ideia de beijar ela na frente de todo mundo, e por sorte ela correspondeu.

E sobre o pedido de namoro... eu estava com a ideia há um tempo, mas como eu disse, tive problemas com o meu antigo namoro. Mas eu não sabia quando teria a coragem de pedir ela em namoro de novo.

Eu nunca iria saber que conseguiria entrar em outro relacionamento se não tentasse.

Mas a Liv não me deu uma resposta exata. Eu não sei se ela diria sim ou não se o Javon não tivesse me atrapalhado.

Agora ela estava há um bom tempo sem falar comigo e eu nem sei porquê.

— Liv? — A chamo e ela me olha. — Está tudo bem?

— Está, por quê? — Ela diz.

— Não sei, talvez seja porque você não fala comigo desde a hora que chegamos.

— Não tenho assunto. — Liv respondeu.

— Que mentira, Liv. Nós sempre temos assunto.

— Como pode ter tanta certeza que eu estou mentindo?

— Você não gagueja quando mente, e você também fica muito séria. — Respondi e ela desviou o olhar.

— Não é verdade.

— É sim. Por favor, Liv... me fala o que aconteceu, eu não quero ficar sem falar com você.

— Hoje mais cedo você estava falando sério? Sabe, quando você me pediu em namoro. — Ela fala e eu coço a nuca.

Ela não gostou da ideia.

— Não, Liv. — Minto e sorrio. — Era brincadeira, esqueceu que a Suzana estava ouvindo a nossa conversa?

Ela respirou fundo e sorriu.

— Pelo amor de Deus, Jaden! Que alívio. — Ela me abraçou.

Ela diria não. Bom, assim doeu menos.

E para ser sincero eu não tenho problema nenhum com isso, não perdendo a amizade dela está ótimo para mim.

— Eu estou morrendo de fome. — Me levanto. — E você?

— Eu também. — Ela se levanta. — O que vamos comer?

— Não sei, vamos ver o que tem na geladeira.

Fomos até a cozinha e todo mundo já estava dormindo.

— Tem massa de waffles. — Pego um pote na geladeira. — Quer? — Ela assentiu.

Fizemos os waffles e demos altas risadas.

Estávamos de boa, pelo o menos isso deu certo.

Já estávamos na cama novamente. Eu estava com a cabeça deitada no ombro dela e ela fazia carinho no meu cabelo com uma mão, e com a outra mexia no celular.

Ela recebeu uma mensagem e eu acabei lendo. Era uma mensagem do pai dela dizendo que ela foi aceita para fazer uma série, ou filme, sei lá. A Liv é atriz?

Provavelmente eu estava vendo coisas, estava morrendo de sono.

A Liv guardou o celular e começou a dar os cheirinhos no meu rosto sem nem ao menos eu pedir.

Por favor, Liv, eu só lhe peço uma única coisa: Sinta o mesmo por mim.

. ✦ . Clique em votar, por favor! . ✦ .

Espero que tenham gostado 💗

Peço que tenham paciência com a Liv, gente. Como ficou bem claro, ela gosta do Jaden, mas tem dificuldade de assumir isso para ela mesma.

No final vai dar tudo certo, segue a call 😝

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