Feliz Natal
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Era meados de dezembro. O clima frio se alastrava por toda a escola, fazendo com que o dormitório se tornasse cada vez mais tentador.
Amélie acordou em cima da hora, e enquanto se arrumava atrasada, notou uma pequena carta embrulhada em cima de sua escrivaninha. Apanhou-a depressa e a guardou em seu sobretudo.
A menina saiu em passos rápidos até a aula de Transfiguração, onde a professora Minerva a encarava ríspida.
— Recebi uma carta hoje pela manhã. – Amélie sussurrou no ouvido de Selene – O engraçado é que estava endereçada para maio, e já é dezembro!
— Talvez a coruja tenha se perdido, Amy. É uma carta de aniversário?
Amélie abriu-a cuidadosamente, torcendo para que Minerva não a apanhasse. O envelope era velho e sujo, como se tivesse sofrido alterações pelo tempo. A menina observou atentamente enquanto tentava entender as letras mal feitas, provavelmente escritas a pressa.
Feliz aniversário,
Tom
A McKenzie encarou o papel inexpressiva, não passava de um simples bilhete, escrito em um pedaço de jornal velho. Amélie não sabia quem havia mandado aquilo, ela não fazia ideia de quem era Tom ou como ele a conhecia.
— E aí? O que era? – Selene perguntou curiosa, fazendo a ruiva dar de ombros, despreocupada.
— Não o conheço, deve ter sido engano.
Amélie encarou mais uma vez o papel velho, guardando o no fundo de sua bolsa, enquanto iam embora da aula de Transfiguração.
As duas meninas andavam de mãos dadas, indo de encontro ao pequeno Weasley que se aproximava de Hagrid.
— Bom dia Hagrid! Precisa de ajuda? – Amélie ouviu o Weasley perguntar, observando o meio gigante tentar erguer um enorme tronco de pinheiro do caminho.
— Está tentando ganhar uns trocadinhos, Weasley? Vai ver quer virar guarda-caça quando terminar Hogwarts. Aposto que a cabana de Rúbeo deve parecer um palácio comparado ao que sua família está acostumada.
Rony avançou até as vestes de Draco, sendo surpreendido por Snape que passava por ali.
— WEASLEY!
Rony ficou rubro como seus cabelos.
— Brigando como um cão! Cinco pontos serão retirados da Grifinória por isso. E senhorita McKenzie, pensei que havia a avisado para ficar longe de brigas.
Amélie o encarou perplexa.
— Mas senhor, eu não fiz nada!
— Seja o que for, vamos andando, todos vocês!
Harry se aproximou da ruiva, que continha uma feição aborrecida.
— Não se preocupe, também odeio ele. Snape age injustamente durante a maior parte do tempo. – Amélie suspirou, observando Harry dar um pequeno sorriso para a ruiva.
— Vamos, se animem. É clima de natal! Venham comigo para o Salão Principal, está lindo.
Os quatro seguiram atrás de Hagrid, observando a decoração que se estendia por todo o salão. Festões de azevinho e visco estavam pendurados por todas as paredes, e doze árvores de Natal estavam dispostas pelo salão.
— Harry, Rony. Falta meia hora para o almoço, devíamos estar na biblioteca.
A McKenzie observou enquanto o trio se reunia em direção a biblioteca, até que Harry se virou, correndo até a mais velha.
— Ei, Amy. Estamos procurando sobre Nicolau Flamel na biblioteca, e acho que nada mais justo que você também fazer parte do que estamos buscando, já que nos ajudou antes. Não está ocupada, está?
— Claro que não! – Amélie exclamou rapidamente, indo em direção a Harry.
Hagrid parou na frente dos dois alunos, encarando-os com uma feição duvidosa.
— Estão procurando por Nicolau Flamel? Já disse para deixar isso quieto. Não é da conta de vocês o que o cachorro está guardando!
— Só queremos saber quem é Nicolau Flamel.
Hermione puxou os quatro em direção a biblioteca, buscando pelo nome do Flamel em todos os livros que pudesse ser citado.
Os quatro alunos seguiram apressados até a enorme biblioteca. Hermione liderava o grupinho, buscando todos os livros que poderiam citar o bruxo que tanto buscavam. Em todos os livros que procuravam, Flamel nunca era citado, e as crianças já frustradas, se viam sem um rumo a seguir. Rony puxava livros aleatórios das estantes enormes, enquanto Hermione buscava títulos lógicos que poderiam oferecer algo.
Amélie observou Harry se esgueirar para a sessão de livros restritos. A ruiva sabia que aquilo era proibido, mas seguiu o moreno silenciosamente. Harry se assustou com a respiração baixa da menina, esbarrando em um dos livros e levando a mão ao coração.
— Amélie! Não faça mais isso. – o Potter repreendeu gentil, rindo nervosamente para a garota.
A menina sentiu as bochechas ficarem rubras pelo incidente, pedindo desculpas e sorrindo culpada para o amigo.
— O que é que vocês estão procurando?
Madame Pince, a bibliotecária, os encarava com uma feição nada gentil. Apontou lhes um espanador de poeira e ergueu o nariz arrebitado para os meninos.
— Nada, senhora. Apenas nos perdemos no caminho.
Harry puxou a garota para fora da biblioteca, enquanto esperavam sentados em um banco do corredor. Amélie balançava os pés ansiosamente, sussurrando uma melodia baixa.
— Não encontramos nada! – Hermione exclamou frustrada, sendo seguida por um Rony exausto e faminto – É melhor vocês continuarem procurando enquanto eu estiver fora!
— Merlin, Hermione! Vamos logo, eu estou morrendo de fome!
Rony revirava os olhos enraivecido, enquanto os demais o seguiam para o almoço.
Amélie seguiu sozinha até o banco da Corvinal, apanhando um pequeno prato e se servindo das maravilhosas comidas que haviam ali.
— Amy! Não vai passar o natal em casa? – Selene se debruçou ao lado da ruiva, enfiando palitinhos de peixe na boca enquanto encarava a amiga com os olhos atentos.
— Ah, não desta vez. Tia Melina está viajando e só resta vovó em casa. As férias seriam meio entediantes com só nós duas em casa.
Selene fez um biquinho para a amiga, queria chama-la para passar o natal junto com sua família, mas tinha receio da possível reação dos pais.
— Vou passar o natal em casa com a Minnie. Provavelmente jogando xadrez ou tricotando algum suéter – a loira sorriu pequeno
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Os dias passaram rápidos como um raio, e logo as férias de Natal já haviam chegado. O dormitório da Corvinal se encontrava vazio, exceto por uma ou duas garotas que Amélie via uma vez ou outra.
A pequena abriu os olhos, se espreguiçando e dando um bocejo ao ver que já eram quase dez da manhã. Era manhã de Natal e tudo que a menina mais desejava era abrir a pilha de presentes que se estendia aos pés de sua cama.
Amélie correu para apanhar o pacote maior, vendo que quem o havia enviado era sua avó, o qual continha alguns casacos e uma cesta com trufas. Selene a enviara meias estampadas, e Rony a deu de presente um agasalho de tricô com sua inicial. Havia também um pequeno embrulho de papel pardo, cujo remetente era Harry. Amélie apanhou a embalagem rapidamente, desatando o nó que havia, e encontrando um pequeno colar de prata sobre o papel, com um pingente em forma de uma pequena gota prateada. A ruiva o colocou com cuidado e sorriu para seu reflexo no espelho.
Haviam também dois embrulhos mais afastados daquela pilha, cujo um deles fora enviado por Snape, o que havia deixado a menina confusa, porém havia apenas alguns doces típicos da Dedos de Mel. A outra embalagem era preta e não havia nenhum remetente, somente um pequeno caderno cuja capa era de couro, porém para a surpresa da menina, não havia nada escrito, embora a aparência fosse velha.
Amélie terminou de desempacotar tudo e foi correndo para o salão principal, onde Harry e Rony sentavam juntos e disputavam uma partida de xadrez bruxo. Ao ver a menina, Harry soltou um pequeno sorriso, juntamente a Rony.
A ruiva correu para os braços dos meninos, se atirando em um abraço apertado.
— Feliz Natal, Rony!
— Feliz Natal, Amélie. Obrigada pelo xadrez! – o ruivo sorriu pequeno, parecendo tímido.
Amélie sorriu para o mesmo, virando em direção ao moreno.
— Feliz Natal, Harry!
— Feliz Natal, Amy!
{01} Finalmente, depois de eras eu postei mais um capítulo. Me perdoem pela sumida, mas voltei agora.
{02} Curtem e comentem bastante pra me ajudar, por favor galera! Amo vocês, até o próximo!