Volte Duas Casas {jikook}

By swagay

78.4K 12.6K 15.4K

Park Jimin nunca foi o melhor namorado que um cara pode ter, ele nunca negou, importante ressaltar, agora... More

AVISO 📸
1: CORNO 🐮
2: FOGUEIRA DE PERTENCES DO EX-NAMORADO 🔥
3: O GOSTOSÃO DO TIME DE VÔLEI 🏐
4: MENINAS DE 16 ANOS, COMO LIDAR 🔎
5: EMBARALHANDO E DISTRIBUINDO 🃏
7: AZAR NO AMOR 🥀
8: QUE VENÇA O MELHOR ⚔️
9: CARA OU COROA 📢
10: DESESTABILIZAR O INIMIGO 💢
11: 👶🏻JUNIOR VS 👴🏻SENIOR
12: GOL ⚽
13: CONCEITO DE ES-TRA-TÉ-GIA 📌
14: UM PENTE É UM PENTE 🐬

6: RIVAIS CLÁSSICOS 🐱x🐶

4.3K 876 1.3K
By swagay

Votem e comentem, boa leitura!

+++

Parado no mesmo lugar há pelo menos 2 minutos, eu só me movi quando Jin me puxou. — Vamos, Jimin, precisamos dar entrada na pousada…

Sendo praticamente arrastado por ele, eu o olhei. — Você viu o mesmo que eu vi?

Ele soltou uma risada nervosa. — Parece que sim.

Meio aéreo, eu apresentei meus documentos na recepção, ao lado de outros alunos, até que eu ganhasse um cartão de acesso do quarto com quem eu dividiria com mais dois alunos. Fomos divididos por meninos e meninas, e então por alunos, jogadores e responsáveis. Durante todo o caminho até o nosso quarto, eu não consegui processar uma sequer palavra do que meus colegas disseram, e só me dei conta de que já estava dentro do quarto, quando me chamaram para que eu escolhesse minha cama, já que eu era um sunbae. Escolhi a que ficava mais longe do banheiro e me sentei, encarando o quarto simples mas arejado.

Enfim, me arrastei até a janela e observei a praia. Minha visão não me permitia distinguir ninguém de tão longe, mas era possível ver o grupo uniformizado que treinava na areia.

Jeon Jungkook faz parte do time?

Ah, Jimin, é óbvio que faz! Você é burro ou o que? Você sabe que ele sempre jogou vôlei! Seu bosta!

Mordiscando os ressecadinhos do meu lábio, eu desviei o olhar da praia, encarando meus joelhos agora. Ah, por que eu tô assim, hm?

Me levantando, eu comecei a arrumar meu armário, desfazendo minha mala, e  tomando cuidado com os equipamentos de fotografia. Eu perguntei aos meninos: — Sabem se o nosso time vai treinar hoje?

— Provavelmente não, sunbae — KiJoon me disse, arrumando suas coisas. — Pelo que ouvi, o treinador vai levar uns jogadores para conhecer o ginásio onde vão jogar.

— Entendi — respondi. — Será que o pessoal da Yonsang também está hospedado aqui?

— Não, mas eles estão no hotel do lado — ele me disse, e eu assenti, agradecendo.

Quando terminei de ajeitar minhas coisas, eu deixei o quarto, ciente de que alunos estavam almoçando. Mas não fiz mais nada durante aquele dia, já que estava cansado e o time de volêi fora visitar o ginásio onde jogariam, e Hoseok estava reunido com seu grupo de jornalismo. Eu apenas enviei as fotos que eu tinha para Kihyun e acompanhei as redes sociais, analisando como as fotos ficaram após o tratamento. Kihyun saturou tanto os azuis que eu precisei deixar o celular de lado para não ficar com mais raiva.

No dia seguinte, acordei irritado, porque desde cedo os meus colegas já andavam pra lá e pra cá, montando a porcaria de um tripé, testando fundos e papel celofane. Eu me levantei chutando os chinelos que eles deixaram no caminho, e quando saí do banheiro ainda fui cobrado: — Você não tirou nenhuma foto do nascer do sol, sunbae, o Kihyun mandou mensagem falando que o professor está P da vida.

Girei meus olhos, secando meu rosto com uma toalha. — É que eu esqueci de pôr minha bola de cristal pra carregar, aí não consegui prever que o professor queria uma foto do nascer do sol.

Andando até meu armário, me troquei, vestindo camisa e shorts, seguidos de uma sandália, chapéu de palha e óculos escuros. Passando a alça da câmera pelo meu pescoço, eu me despedi dos dois e saí, atravessando o pátio, onde hóspedes faziam desejos em uma fonte imunda. Adentrando o salão, avistei vários alunos tomando café, e acenei para Hoseok, que anotava o que o treinador dizia e entrei na fila do café, fazendo meu pratinho com só com bolo, queijo e geleias, ignorando a quantidade interminável de pães sem graça. Tentei encontrar Jin, mas ele estava em uma mesa só com professores, aparentemente discutindo sobre algo.

Me sentei sozinho em uma mesa, amassando meu café da manhã, distraído com meu celular, quando ouvi a cadeira ao meu lado arrastar, vi simplesmente Kim Taehyung se sentar comigo. Honestamente surpreso, eu o olhei, com a boca cheia de bolo. O vi engolir em seco, antes de me olhar. — Eu podia… me sentar?

Fingi levar um tempo para processar a informação. — Hm… s-sim.

+1: ele veio até mim.

Ele sorriu discretamente, começando a comer seu café da manhã. Engolindo minha comida e limpando minha boca com uma golada e chá, falei: — O que… está achando?

— Tranquilo — me disse. — Mas sei que vai piorar.

— Por que? — quis saber, começando a comer com calma e pequenas quantidades.

— Não estamos aqui só pro amistoso… a gente tem que participar de apresentações em escolas, gincanas, um workshop… porque fomos os dois times que mais pontuaram nos campeonatos acadêmicos. Final de ano letivo é uma droga.

Rindo baixinho, eu beberiquei meu chá. — Não sei como você aguenta… em que ano você está?

— No segundo — me disse.

— Segundo… — disse, puxando uma mecha de cabelo para atrás da minha orelha. — Sou seu sunbae…

Droga, tudo seria tão melhor se ele fosse mais velho que eu. Chamar um cara de “hyung” com o tom de voz certo seria xeque-mate. 

— Você vai fazer alguma coisa agora, sunbae? — me perguntou, e eu desviei o olhar, fingindo estar envergonhado.

— N-não… — disse, apanhando um punhado aceitável de geleia e levando a boca, propositalmente deixei os lábios sutilmente manchados com aquela geleia de morango. — Por que?

Taehyung me olhou por um tempo, antes de dizer: — Vou dar fuga do meu time e ir comprar umas coisas.

Perfeito.

Lambendo os lábios, eu fingi pensar sobre a proposta. — Acho que… tudo bem.

Dando mais um daqueles sorrisos, ele se levantou. — Vou pegar meus óculos, te encontro na saída.

Assentindo, encolhido na cadeira, eu esperei ele se afastar para voltar a atacar minha comida, enfiando tudo na boca, eu corri deixar o prato para coleta e rumei o banheiro, entrando, eu abri minha bolsa e peguei um lip tint, usando na minha boca e bochechas. Ajeitei meu chapéu e fui esperá-lo na saída da pousada.

Enquanto eu esperava, inevitavelmente, eu olhei na direção do hotel ao lado, pensativo sobre nada em específico. Não havia sequer um motivo para eu estar apreensivo, mas minhas mãos ficaram subitamente suadas. E quando Taehyung chegou, eu honestamente tropecei ao dar o primeiro passo, que arrancou dele uma risadinha.

Enquanto o acompanhava pela orla, tentei me atentar a qualquer aparição de Daichi. Tentaria ao máximo esconder dele o que eu estava fazendo.

— Conseguiu tirar alguma foto boa? — Kim me perguntou, apontando para minha câmera.

Assenti, juntando as mãos na frente do corpo, dando passos curtos para dar a impressão de era difícil para mim, acompanhar suas grandes passadas. — Eu tentei… mas estou mais preocupado com as fotografias do jogo. Fotos de imagens em movimento são um pouco complicadas pra mim.

Não são não. Mas é bom eu agir como um coitadinho.

— Eu posso jogar devagar — ele me disse. — Pra te ajudar.

Eu o olhei por um momento, abrindo um sorriso envergonhado. Naquelas.

— Woah — soltei de repente, apontando para um vendedor de algodão doce que atendia crianças no calçadão. — Será que ele aceita cartão…?

— Você quer um? — Taehyung me perguntou.

— Queria… — murmurei. — Mas é muito bobo, não? Só tem crianças…

— Claro que não — me disse, e se aproximou do vendedor, voltando em seguida com um pacote de algodão doce, azul. — Aqui.

Deslumbrado, eu apanhei o doce, o olhando por baixo do meu chapéu, de boca aberta. — N-não precisava…! Ah, obrigada…

— Não foi nada — me deu um sorriso de mostrar os dentes. E ok, seu sorriso era lindo.

Reprimindo a minha vontade de agir como uma vagabunda, eu desviei o olhar de forma graciosa, fingindo estar sem graça. — Quanto foi? Eu vou te passar o dinheiro.

— Não precisa — me disse, passando a mão no cabelo. — Abra.

Assentindo, eu comecei a comer o doce enquanto continuávamos a andar. Comi em pedaços pequenos, mesmo que naturalmente a minha vontade era acabar com aquilo em duas bocadas. Quando paramos em uma farmácia, dei um jeitinho de Taehyung me comprar um sorvete de palito também, o saboreando enquanto o ajudava a escolher qual desodorante ele devia comprar.

No mercado, ele me perguntou qual o meu sabor preferido de miojo, eu disse que era galinha suave, mesmo que fosse o apimentado e sugeri que ele comprasse soda de pêssego, o que realmente era meu favorito. No caminho da volta, eu parei na praia para tirar fotos, enquanto Taehyung me observava. — Olha, que gracinha — apontei para um grupinho de crianças que jogavam vôlei na areia. — Woah, o cabeludinho parece você, Taehyung! Que bonitinho…

E tirei mais fotos daquele momento que não me interessava nem um pouco.

Rindo, Taehyung me perguntou: — Você gosta de crianças?

— Eu amo — disse, mesmo que só o som da voz deles já me causasse arrepios. — Você gosta, hyung?

Ele reagiu como eu imaginei: — Hyung?

Fingindo choque, eu abri a boca. — Ai, é mesmo! Desculpa… eu sou mais velho. Verdade.

Taehyung riu, e levei minhas mãos ao rosto, envergonhado pelo erro. Ele então tocou meu ombro, se aproximando. — Tá tudo bem, hyung.

Soltando um “aegyo”, eu me desvencilhei dele, fingindo confundir os passos, de cabeça baixa, enquanto eu sabia que no rosto dele tinha um sorriso.

Quando voltamos para a pousada, ele se despediu de mim com um aceno, se juntando a uns garotos do seu time no pátio. Eu peguei o corredor que me levava ao meu quarto, mas fui pego de surpresa quando Hoseok me agarrou pelo braço. — Que caralho, Hoseok! Quer me matar de susto, porra?

Aliás, como foi difícil ficar sem falar um palavrão sequer durante a manhã.

— Eu bem vi que você sumiu! — ele me disse. — Você está mesmo seguindo com esse plano idiota?

Um pouco farto, eu girei os olhos. — Não está claro? Preciso desenhar? Ou prefere um teatrinho de fantoche?

— Você é uma anta — me xingou. — Ele está caindo?

Eu demorei um segundo para responder. — Ele me procurou e me chamou pra andar com ele.

— Droga — Hoseok soltou. — Você não se sente mal não?

Desviando meu olhar, eu mirei a direção da qual eu vim. — … não. Tenho certeza que vai ser legal pra ele, também.

Jung me deu uma careta que repreendia até minha sétima geração. — Vejo aqui uma situação cármica ein, vejo tragédia e vidas destruídas.

— Óh sim, grande xamã Jung Hoseok — juntei minhas mão, me curvando. — Me livre dessa maldição.

Tudo que ganhei foi um tapão na nuca, mas tentei não me abalar. Passando um braço por seus ombros, disse: — E se essa for a história engraçada de como eu conheci o pai dos meus filhos?

— Você está gostando dele? — me perguntou.

— Não — disse, e levantei um dedo. — Mas eu vejo muito potencial.

Ele me afastou. — Você é ridículo…

Me dando as costas, eu o assisti ir embora dali, logo entrando no próprio quarto. Saltitante, eu entrei no meu dormitório também.

— Sunbae — KiJoon me chamou. — Vamos beber hoje a noite, naquele barzinho que tem aqui ao lado, se quiser ir.

— Vai estar o aço — o outro me disse.

Não sei o que ele quis dizer, mas assenti, andando até minha cama para trabalhar um pouco. No almoço, eu adentrei o salão e pela primeira vez Jin não estava rodeado de professores, então me juntei a ele com meu prato de comida em mãos. — Finalmente te encontrei.

— Eu estava perdido? — me zombou.

Mostrando o dedo, eu destaquei os palitinhos um do outro para começar a comer. Ele rebateu: — Não pode me tratar assim, sou seu professor.

— Não tenho aula de química — retruquei. — Você nem é professor universitário ainda, seu metido.

— Mas termino meu mestrado em alguns meses — sorriu. — Aí serei seu soberano supremo.

— Do Namjoon hyung também? — o provoquei.

Ele girou os olhos, mexendo o copo de suco antes de beber. — Mas então, não vamos mesmo falar sobre o que vimos ontem?

O que nós vimos ontem? Eu o olhei, questionando mentalmente.

— Jeon Jungkook.

Minha comida quase voltou por onde entrou.

— É, bichão — riu. — É bom pegar no pé dos outros, né?

Terminando de engolir minha comida, eu lhe dei um olhar desinteressado. — Não entendi. Eu quase não o reconheci… nem lembro de como ele era. Faz o que? Uns dez anos que eu não o vejo.

— Menos — sorriu. — Uns seis anos…

— Sete — corrigi, movido pelo meu vício de estar sempre certo. — Se as condições não fossem propícias, eu nem teria o reconhecido.

— Que condições? Ele estar suado sem camisa?

— Jogando vôlei — disse. — Ele nem era forte antigamente, era um fedelho magrelo… seboso.

— Seboso que você namorou — me disse.

Ah, Jesus. Essa era a parte onde eu não queria chegar.

— Quando eu tinha dezessete anos — disse, gesticulando com um pedaço de porco frito nos palitos. — Isso faz mil anos.

— Mas ele foi seu primeiro namorado — me lembrou.

O olhei. — Não adianta tentar fazer eu me sentir estranho! Você que é ex-cunhado dele. — o lembrei dessa vez. — Esqueceu que você namorou a irmã dele? Como você acha que eu e você nos conhecemos?

— Tá falando da vaca que espalhou pra todo mundo que eu sou bissexual? — perguntou. — Não a considero uma namorada. Se ela ao menos soubesse que o irmãozinho dela também gosta de meninos…

Alerta de gatilho interno.

— Viu porque eu não gosto desse assunto? — o questionei. — Foda-se os Jeon.

Ele riu. — Quem não te conhece que te compre, Jimin. — e se levantou. — Vou trabalhar. Você me arrastou até aqui mas eu ainda tenho aulas para preparar.

Acenei, sorrindo, antes de continuar a comer. E mais tarde, depois de tirar umas fotos do time na areia, eu as enviei para KiHyun tratar e postar, quando o céu já trocava as cores do dia pelas da noite.

— Espero encontrar alguém pra transar — ouvi MinKi suspirar, terminando de se arrumar ao lado de KiJoon.

— Boa sorte, esquisito desse jeito — KiJoon o respondeu. — Ei, sunbae, vamos sair já… vem se quiser.

Assenti, ainda focado no meu computador, eu só ouvi a porta bater. Quando terminei de atualizar meu portfólio, eu me levantei e encarei a noite pela janela, observando a orla cheia de gente, as luzes e música vindo de cantos variados. Fim de ano letivo é uma loucura, aqueles que já entraram de férias só pensam em beber, transar e praia.

— Que preguiça — murmurei, coçando minha nuca.

Ouvindo batidas na porta, eu atendi e vi que era Hoseok. Ele estava arrumado. Repito: arrumado.

— Jin me convenceu a ir pro bar — ele disse, desanimado.

Meu rosto se iluminou. — Você vai? Eu também vou então!

— Você precisa parar com essa obsessão comigo — reclamou, mas eu já estava escolhendo minha roupa. — Tá ouvindo?

— Vamos de camisas combinando! — sugeri.

— Vou combinar minha mão na sua cara — ralhou.

Tomando uma ducha rápida, eu me perfumei e me vesti, sem modelar o cabelo e nem nada do tipo, apenas o controlando com uma escova. Eu peguei minha carteira e passei um braço pelos ombros de Hoseok antes de deixarmos o quarto, e em seguida o hotel.

— Eu acho um absurdo a faculdade bancar nossa hospedagem pra gente ir beber — Jung me disse no caminho.

— Eu estou tirando fotos de graça pra eles — disse. — E você está escrevendo matérias pro site. A hospedagem é o mínimo, e não estamos bebendo com o dinheiro deles.

— Que isso? O novo manifesto comunista? — me olhou, e eu sorri.

Entrando no bar, eu notei que não era só um bar, e sim um puta bar. Fui enganado. — Por que a gente só é chamado pra rolê onde a cerveja custa um rim?

— Não sei também — Hoseok disse, desviando das pessoas bêbadas, falando por cima da música e do vozerio. — A gente deve parecer muito rico, pelo jeito…

— Eles não sabem que eu compro tênis na Shopee? — questionei, observando o ambiente. As poucas mesas estavam ocupadas, mas haviam alguns lugares vagos no balcão, onde barmans faziam e entregavam drinks. A maior parte das pessoas preferia ficar de pé, falando umas nos ouvidos umas das outras, flertando. — E se o Taehyung aparecer aqui?

— Qual o problema? — Hoseok me perguntou, quando finalmente alcançamos o bar.

— Isso não condiz com a personalidade que eu criei pra ele — expliquei.

— Acho que tá tudo bem desde que ele não te encontre mamando ninguém no banheiro — me disse, se sentando em um banco, enquanto eu preferi ficar de pé. Ao ser atendidos, pedimos duas cervejas, que sim, custavam um rim cada. — Eu odeio rolê de playboy.

Entretido com o barman gatinho, eu nem entendi o que ele disse, mas assenti. Até que ele me cutucou: — Olha, tem uns caras da Yonsang aqui.

— Hm, legal — murmurei, trocando mais um olhar com o barman. Devia ter me maquiado, colocado uma camisa de vagabunda. Por que eu vim usando camisa de botão e estampa de coqueiro? Discretamente, eu abri dois botões da mesma, tentando melhorar minha aparência.

Ganhando um shot de tequila, do barman, eu a bebi em um gole, mas quase engasguei, quando alguém parou ao meu lado, me empurrando com o ombro, praticamente colando em mim. Mas puta que pariu! — Quem é o idiota q… — comecei dizendo, mas a pergunta morreu assim que me virei e vi quem era. — Ah.

Puxando minha cerveja e a bebendo, Jeon Jungkook finalmente se virou para mim. — O idiota que…?

A voz dele mudou um pouco. Um pouquinho.

O vendo de perto, eu não consegui me mexer, até Hoseok me puxar pela manga da camisa. — Jimin… Ele pegou sua cerveja. Não vai fazer nada?

Jungkook, o ouvindo, me olhou como se também aguardasse minha resposta, com o bico da garrafa ainda parado nos lábios.

Ele sempre foi mais alto do que eu, mas eu não fui muito mais longe, enquanto ele esticou bem mais do que eu imaginei. Naquela época ele usava uma franja que cobria totalmente sua testa, mas agora seu cabelo parece menos liso, e a franja se reparte ao meio, num tom de preto. Sua cicatriz na bochecha não sumiu, em algum momento ele fez pôs um piercing no lábio e definitivamente faz academia.

Que problemão, rapaz.

— Jimin — Hoseok chamou mais uma vez. — Você o conhece?

Sem saber o que dizer, eu demorei a falar, então Jungkook saiu na minha frente: — Nós n…

Mas eu o interrompi: — Amigos.

— Amigos? — Jung repetiu, parecendo confuso, enquanto um sorriso se abria nos lábios de Jungkook, que pareceu se divertir.

— Fizemos o ensino médio juntos — Jeon lhe disse, arrumando a postura, mais alto que eu e Hoseok. — Prazer, Jeon Jungkook.

Hoseok me olhou, incerto, antes de se inclinar, o cumprimentando. — Prazer. Jung Hoseok.

— Park Jimin — murmurei, acenando fraco. Como eu saio dessa? — Hm… foi bom te ver, Ju… Jeon. Eu e o Hoseok vamos encontrar uns ami…

— Olha ali o Jin! — Jung apontou.

— Jin? O nosso Jin? Ele também está aqui? — Jeon quis saber, olhando na direção que meu amigo apontou, sob a luz baixa e oscilante do bar.

— Você conhece o Jin? — Hoseok perguntou, intercalando o olhar entre eu e o mais alto.

— Kim SeokJin? — ele quis se certificar.

— Isso.

— Claro — sorriu Jungkook. — Ele foi meu cunhado.

— Ah — Jung soltou. — Então é por isso que você e o hyung já se conheciam antes, Jimin?

Aéreo, eu murmurei um: — Aham...

Caralho, alguém me tira daqui. Eu estou hiperventilando, meu sovaco está começando a suar.

— Vou buscar o Jin, acho que ele não viu a gente ainda — Hoseok disse, se afastando de nós.

Não, não vá, não me deixe!

— Amigos? — Jeon me perguntou, se encostando no balcão, virado para mim.

Ignorando o fato de sua camisa ter subido um pouco e deixado a mostra uma parte de seu abdômen, eu o olhei. — Amigos. Ou você considera namorinho de quinta série namoro de verdade?

— Hm — ele soltou, bebendo mais da minha cerveja. — Eu tenho quase certeza que a gente já estava no segundo ano do ensino médio… mas, digamos que nosso namorinho não tenha sido coisa séria. Por que mentiu pro seu amigo?

— Quem disse que ele é meu amigo? — questionei. Isso!, eu posso fingir que o Hoseok é meu namorado, e assim Jungkook vai pra longe da g…

— Ele não é seu namorado — me disse.

Eu o olhei, incrédulo. — Q-que? Por que não?

— Eu vi você dando em cima do barman — sorriu.

— E se não formos monogâmicos?

— Você curte poliamor, Jimin?

— Não — disse, porque não consigo nem fingir que sou poligâmico.

— Por que mentiu pro seu amigo? — tornou a me questionar.

— Não é da sua conta — disse, tomando minha cerveja de sua mão.

Desde quando ele ficou tão folgado? Quem é esse cara?

— Por que você não volta pra onde você estava? — perguntei, me sentando. Tentando tomar as rédeas da situação.

Ele riu. — Você está muito sério pra um namorinho que não foi sério.

— O que? — sorri. — Quer que eu te lembre o que você fez?

Ele não se desfez do próprio sorriso. — Me fala… talvez eu precise ouvir.

— Se eu começar a falar, você vai ter que ouvir — avisei, me aproximando. — E eu cresci, Jungkook, meu repertório de ofensas também cresceu.

— E você acha que eu parei no tempo? — ele matou a distância entre nós, me mostrando o quão maior que eu ele era.

Ah, não... ele mudou.

+++

ELE GENTE O TAL

me digam o que acharam!!

to hypada

Votem e comentem!! 💜

Muito obrigada ✨

Continue Reading

You'll Also Like

55.4K 3.2K 62
Foi numa dessas navegadas despretensiosas pelas redes sociais que ele se deparou com ela. Uma foto, aparentemente inocente, capturou sua atenção. Seu...
551K 20.5K 54
⋆。˚ ☆ 𝗈𝗇𝖽𝖾 𝖾𝗎 𝗂𝗅𝗎𝖽𝗈 você com diversos imagines dos jogadores da Sociedade Esportiva Palmeiras . . . . . ɪɴɪᴄɪᴀᴅᴏ: 01/05/2023 ᴄᴏɴᴄʟᴜɪᴅᴏ: 00...
880K 49.3K 66
Grego é dono do morro do Vidigal que vê sua vida mudar quando conhece Manuela. Uma única noite faz tudo mudar. ⚠️Todos os créditos pela capa são da t...
207K 5.7K 24
Você e sua mãe tinham acabado de se mudar para a casa do seu padrasto e foi então que você descobriu que teria um meio-irmão, você só não esperava sa...