Pensei que não iria voltar aqui, mas eu decidi trazer um bônus. Um dia estava em um restaurante e comecei a lembrar dos meus taekook de entre bolos e do jeitinho deles, comecei a imaginar umas cenas e dei aqueles rascunhos no celular.
Obrigada de coração a todo o amor que dão a essa fanfic, o carinho e os comentários me deixam feliz, eu ainda vejo todos eles❤️😊
Essa história vai virar livro físico no dia 15 de outubro, pela editora Epiphany e eu não vejo a hora de ter o livrinho na minha estante com cheirinho de morango ❤️ Nós teremos o Dylan (Jungkook) e o Samuel (Taehyung) fazendo boiolices no livro.
Boa leitura moraguinhos!
Não tinha passado nem 1 ano em que Jeon e Taehyung tinham começado a se amar.
O vento levava os fios ruivos para trás, os cachos tão bonitos e brilhantes ao sol, o sorriso pequeno nos lábios e os olhos fechados, ele estava com o rosto para fora da janela do vermelhinho. Uma música baixa preenchia o ambiente e os dedos bonitos do cineasta batiam sobre o couro do volante do carro. Taehyung abaixou os óculos de sol, olhando para seu lado esquerdo ao qual Jeon estava e também tinha os óculos. Eles estavam indo para a casa de Jungkook, seria o dia que o Kim iria almoçar na casa dele, a mãe de Jungkook tinha convidado. Ela gostava muito de Taehyung, principalmente porque Jeon não parava de falar dele.
Era muito engraçado as tardes em que os Jeon sentavam nas cadeiras na varanda da casa e começavam a conversar. A senhora Jeon tinha um jeito peculiar de falar com Jungkook e tratar ele. Uma vez, Taehyung estava lá, ele tinha ido ao banheiro e deixados os Jeon juntos conversando na sala, quando o Kim voltou à sala encontrou Jungkook sentado no colo da mãe dele, enquanto ela passava as mãos nos fios pretos e falava um: Está tudo bem, meu bebê, mamãe está aqui.
Taehyung ficou parado olhando aquela cena, sem entender como eles haviam chegado ali, mas o motivo era bem pequeno, só tinham arranhado o carro de Jungkook. O vermelhinho, o seu precioso, quem ninguém podia tocar um dedo errado que ele virava outro ser humano. Aí o Kim entendeu o motivo e não era pequeno de jeito nenhum. Agora não achava mais estranho quando acabava vendo Jeon sentado no colo da mãe dele como se fosse um bebezinho, enquanto ela fazia carinho nele.
Taehyung riu escondido ao lembrar da cena, porque quando olhava para o lado via um homem de óculos escuro, com tatuagens pelo corpo, forte, alto, que tinha aquela típica pose de galã dos anos 80, porém vinha a cena dele com bico no colo da mãe. Era cômico. Os dedos longos de Taehyung chegaram até as madeixas pretas de Jeon, fazendo carinho e ele olhou de canto de olho para o Kim.
— O que foi, ruivinho? — Jeon perguntou.
— Nada, só queria fazer carinho em você, sabe que não consigo ficar longe — Taehyung disse, descendo os dedos para a orelha de Jeon e ele se arrepiou com isso.
— Uhum, eu sei — Jeon segurou o braço direito do Kim, beijando a mão dele e sentindo o cheiro de morango que tanto ama. — Eu amo que seu cheiro fica em todos os lugares. No estofado do meu carro, nas minhas roupas e na minha cama.
Sussurrou essa última parte e Taehyung riu curto, ajeitando melhor a postura. Depois que eles tinham realmente se resolvido e que Jeon tinha lido aquele diário, as coisas se encaminharam bem. Eles começaram a namorar, Taehyung foi perdendo as suas inseguranças e se amando mais ainda. Descobrindo que o amor era condicionado, não incondicional, pois eles sempre tinham seus limites, seus momentos de espaços e dores. Jeon aprendeu mais sobre o amor romântico, Taehyung sabia mostrar muito bem como era amar.
Eles sabiam que em suas vidas passadas as coisas não tinham sido tão fáceis, então faziam o possível para poderem conviver bem nessa vida, se amarem, aprenderem um com o outro. E é isso mesmo que a vida é, uma constante mudança e evolução. O vermelhinho estacionou em frente à casa dos Jeon. A senhora Jeon já estava na frente da casa, ansiosa para ver os dois e quando eles desceram do carro, ela sorriu grande. Taehyung já se aproximava, com um sorriso bonito também e ela o abraçou.
— Taehyung, é muito bom ter você na minha casa de novo — afastou-se, sorridente e apertou as bochechas dele. Taehyung riu curto. — Você anda bem?
— Sim, Sohui. Estou bem e você? — Taehyung passou as mãos nas bochechas, depois de ela soltar o aperto.
— Estou ótima e melhor agora com você aqui — Sohui disse e ambos ouviram alguém limpando a garganta.
Quando olharam para trás, lá estava Jeon parado, com os olhos grandes, esperando que a mãe dele falasse com ele. Sohui riu curto, andando até ele, que sorriu bonito quando recebeu o abraço dela.
— Meu bebezinho, olha só como está bonito, isso tudo por Tae? — Ela disse, passando as mãos nas roupas dele e Jeon soprou uma risada, olhando para Taehyung, que tinha um sorriso pequeno dançando nos lábios. — Nem precisa, até pelado é bonito.
— Mãe, que coisa estranha de dizer — Eles começaram a caminhar para dentro da casa.
— E eu estou mentindo? — Ela fechou a porta, limpando a mão na roupa. — Isso me fez lembrar uma história.
— Aaa, não vem contar histórias de quando eu era criança — Jeon disse e a senhora Jeon olhou para Taehyung, piscou um dos olhos e sorriu.
— Taehyung quer ouvir né? — Ela perguntou e os dois Jeon, que eram bem parecidos, olharam para o ruivo, que ficou paralisado. — Né, Tae?
— É... — Taehyung conseguiu ler os lábios de Jungkook dizendo: traidor.
Ela começou a falar a história, enquanto Jeon fazia um movimento das mãos para Taehyung, dizendo que iria cortar o pescoço dele e o Kim só conseguia rir, suas bochechas ficaram até vermelhas. A família Jeon não tinha o juízo correto não.
[...]
A deficiência que Taehyung tinha o fez ter algumas dificuldades, as pessoas tinham sido muito más com ele, apenas por ele ter os cabelos ruivos e cacheados. Ele tinha perdido sua capacidade de sentir o cheiro e gosto dos alimentos pela bancada forte em sua cabeça, entretanto isso não o deu trabalho por muito tempo. Ele conseguiu criar estratégias para poder saber se as coisas que comia estavam boas, normalmente, sempre esperava alguém comer antes e dizer a ele se estava boa, mas como ele queria se formar em gastronomia teve que ir mais fundo. Ele tinha um livro de receitas feito por ele, com o tempo exato que aquilo ficou pronto, com o tanto certo do tempero que tinha colocado, principalmente as texturas dos alimentos, se eram mais pastosas ou líquidas.
Ele seguia o que seu livro dizia, para que ficassem exatamente como as pessoas gostam. Porém, sempre que cozinhava, tinha alguém para provar, as pessoas confiavam muito em Taehyung e em suas habilidades na cozinha. Ele aprendeu cada receita e mesmo que esquecesse tinha seu livro para lembrar cada coisa, como devia ser feito, o tanto de ingredientes e o tempo. Taehyung começou a adquirir uma melhora no seu toque, suas mãos tinham se tornado sua maior parceira na cozinha quando tinha que fazer comida. As pitadas dos temperos, o tanto de água que devia colocar, se estava quente demais ou frio demais, se a massa de algum doce estava no ponto ou se a carne estava dura demais para cortar. Foi assim que Taehyung se tornou um ótimo cozinheiro, errando muito até conseguir encontrar o ponto em que os paladares das pessoas se agradam.
Jeon ama a comida de Taehyung, todas as vezes que o Kim fazia alguma receita ele ficava o admirando na cozinha, observando como ele ficava concentrado para não errar nada, às vezes cantava uma musiquinha enquanto movia os quadris e Jeon sorria bobo com isso. Jungkook sabia que o Kim tinha se tornado parte do que fazia do tanto que ele havia repetido as coisas. O sorriso bonito do Kim fez os olhos escuros de Jeon piscarem devagar.
— O bolo está pronto — Taehyung colocou o bolo de morango na frente de Jeon, que arregalou os olhos. — Mas antes, não é para comer demais, você parece que não tem limites quando a história é doce.
— Poxa, Tae — fez bico, ele estava segurando o garfo, esperando o Kim colocar a fatia de bolo no prato. Acho que conseguimos perceber quem é o mais manhoso dessa relação. — Eu prometo que não como demais.
— Hum — Taehyung cerrou os olhos. — Está bem.
Cortou a fatia de bolo, vendo Jungkook passar a língua nos lábios e começar a comer. Taehyung riu curto, Jeon era realmente fofo. Jimin se aproximou do balcão, seus fios não estavam mais ruivos a algum tempo, agora era moreno. Ele olhou para Jeon degustando a fatia com os olhos fechados e depois para Taehyung que tinha um sorriso bobinho nos lábios.
— Vocês são dois molengas — Jimin disse e Taehyung o olhou.
— Você não é diferente com o Yoongi — Kim cruzou os braços, levantando a sobrancelha para Jimin.
— Deixa, minha cabecinha de grama — Jimin disse sorrindo ladino, já esperando o que viria.
— Pelo amor, quando vai parar com esse apelido? — A voz do biólogo veio da sala, onde estava sentado no sofá, cortando as folhas de umas plantas em cima da mesinha de centro.
— Quando você parar de me chamar de raposa raivosa — Park disse, cruzando os braços e Yoongi o olhou da sala.
— Nunca — Yoongi disse e levantou os braços.
— Então fica na tua sobre o cabeça de grama — Jimin disse e Yoongi suspirou alto, voltando a cortar as folhas da planta.
Park virou para Taehyung, que tinha a mão na boca, tentando segurar o riso. Os dois se encararam e isso só desencadeou em uma crise de riso.
— Olha só o que nos tornamos, Tae — Jimin já estava ao lado de Taehyung, abraçando ele de lado e o Kim suspirou.
— Apaixonados — Taehyung olhou para Jimin.
— Isso aí — Jimin disse, olhando para Taehyung.
— Não é ruim, já que é por esses dois patetas — Taehyung disse e Jeon que estava com a boca cheia de bolo olhou para eles, fazendo os farelos caírem e Yoongi lá da sala gritou:
— Vocês são os dois patetas.
— Eu concordo — Jeon disse depois de engolir e ficou com um sorrisinho de vitória.
— Não somos nós que brigamos por causa de um arranhão em um carro — Jimin disse e Jungkook levantou a sobrancelha para ele.
O grupo começou a discutir quem realmente era a dupla de patetas, todavia já dá para saber que cada dupla tem sua coisa engraçada e seu jeitinho diferente, eles são esquisitos e se amam mesmo assim. E está tudo bem, já que as diferenças são ótimas.
Obrigada de coração, esperem o livro físico desses lindinhos. Dia 15 de outubro. Talvez eu traga um bônus de Yoonmin, talvezz.