Autodestruição

By gilavert

1.3K 596 391

A anos, o Rei estudava meios de fazer com que os humanos se tornassem mais fortes e vivessem por mais tempo... More

Dedicatória
Capítulo 1
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
...
...
...

Capítulo 2

139 52 73
By gilavert

-Vocês acham que eu sou idiota? – Olhei para eles com descaso.

-Você aceitou a oferta quando a fizemos. – O homem grande e caolho cruzou os braços.

-Eu aceitei a proposta, mas vocês se recusam a pagar, querem o que? Que eu dê a pedra de presentinho para vocês?

-Já disse que quando minhas mãos tocarem a pedra eu pagarei o que falta. – Ele esticou a mão.

-Você enlouqueceu? Eu quase morri tentando pegar essa droga de joia e vocês não pagaram nem a garantia que eu havia imposto. –Coloquei a joia próxima ao rosto do homem.

-Não sabíamos se você ia voltar viva. – O homem que estava encostado na parede, que não tinha dito nada até agora, tomou a vez.

-É por isso que eu pedi que pagassem antes, se eu estivesse morta, pelo menos teria morrido com a grana. – Gesticulei como se aquilo fosse óbvio.

-Vai entregar a droga da joia ou não? – O grandalhão se aproximou.

-Pode voltar aí, meu amigo, essa joia vale mais que a vida de todos aqui, não vou entregar ela por essa merreca que você está dando.

-Você garantiu que traria ela. – Um homem pequeno que estava atrás dos outros foi para frente do grupo.

-E eu trouxe, vocês acham que eu vou mesmo dar essa pedra em troca de 2 milhões? Ela vale no mínimo 8 milhões, vocês estão entedendo? 8 MILHÕES.

-Não esqueça que a gente tem que repartir entre a gente, garota. – O caolho colocou o braço na frente do baixinho, o mandando recuar.

-Vocês vendem essa merda facilmente por 10, e eu ainda vou ganhar essa mixaria? Nada feito. – Coloquei a joia no casaco e cruzei os braços.

-Pega a joia dela logo, chefe. – Um homem com cabelos longos colocou a mão sobre o ombro do caolho.

-Se eu fosse você, não faria isso. –Rodopiei uma adaga na mão.

-Quanto você quer? 3? 4? – O chefe perguntou, sem paciência.

-Não quero nada, por que vou ficar com ela. – Apontei a adaga na direção dele. – Nada feito. – Dei as costas e fui para a saída.

-Você não vai sair daqui sem nos estregar a joia. – O cabeludo proferiu.

Me virei em sua direção.

-Vai fazer o que? Me matar?

-Homens. – O grandão ordenou. – Peguem a joia dela. Se você se comportar. – Ele se direcionou a mim. –Deixo você com seus 2 Milhões.

Eu ri como se ele tivesse contado uma piada muito boa.

-Venham, rapazes, vamos dançar. – Me posicionei na defensiva.

O primeiro a se aproximar tentou me dar um soco que foi facilmente counterado com um chute bem no rosto, o cabeludo se jogou com a intenção de esfaquear as minhas costas, mas dei uma rasteira que o fez cair, derrubando o homem que estava próximo dele.

O baixinho retirou uma pistola da cintura, e antes que pudesse atirar, eu lancei uma adaga que perfurou seu pescoço. Nesse curto instante, um homem de cabelos brancos, que não era tão velho, se lançou nas minhas costas, ele me derrubou no chão, e antes de me dar um soco, eu joguei meu corpo para frente dando uma chave de braço nele. Com um soco ele apagou.

Rapidamente, dois homens vinham do fundo do barracão, subi nas caixas improvisadas e do alto dei um chute no ar, que causou o efeito dominó, derrubando um logo atrás do outro.

O caolho levantou a mão para o alto.

-Parem! – Ele olhou para o baixinho que estava morto e retornou o olhar para mim com desdém. – Deixem ela ir.

Os outros largaram as armas e se afastaram, tirei a poeira das minhas roupas e andei até a saída, antes de cruzar o portão me virei novamente.

-Mais uma coisa. – Tirei do bolso da perna um soco inglês com garras. – A garra negra não faz mais aliança com os destroyers. – E com um movimento, a parede ao meu lado ficou com 4 garras estampadas.

-Você é um demônio. – Ouvi o chefe dizer.

-Me contratar para fazer o trabalho sujo para vocês, não os fazem os mocinhos da história, apenas faz com que se escondam na minha sombra. – Demorei. -A diferença é que alguns têm coragem de admitir aquilo que são. – Passei pela porta, sabendo que da próxima vez que pisasse naquele barracão provavelmente seria morta.

Andei pelos subúrbios, a parte suja do reino. Parei em uma viela para tirar o sangue da minha roupa.

-Droga, vou precisar dar um jeito de me limpar. – Retirei o capuz do meu traje, revelando meu cabelo. A parte branca estava com as pontas sujas de sangue. Com isso, acredito ter quebrado alguns narizes.

Meu cabelo era dividido, parte branca, parte preta. Essa era minha característica física mais forte. Minha pele clara dava realce aos meus olhos verdes, no entanto, também dava realce as minhas olheiras gigantes, resultado de noites não muito bem dormidas.

Abaixei a máscara que tampava meu nariz e boca, naquele canto ninguém me veria, então me permiti respirar melhor. Eu prendi o ar, e depois o soltei devagar, olhando minhas mãos, vendo o sangue que as cobria.

No canto de uma casa, havia uma torneira velha, me abaixei próxima a ela, e comecei a tirar a sujeira do meu corpo, deixando que o sangue escorresse e fosse embora. Se eu estiver imunda desse jeito, não poderei andar pela feira comercial, e meu estoque de comida estava quase acabando.

Aqui nos subúrbios, caçadores de recompensa podem andar sem problemas, desde que eles não façam mal a ninguém, ninguém fará mal a eles.

Me levantei depois de 'limpa', (na verdade, era o mais limpa que eu poderia estar no momento) coloquei meu capuz e máscara e andei em direção a feira. As minhas botas produziam um som alto, quando eu pisava em poças de água. As ruas eram cobertas por pequenas pedrinhas e as casas cobertas por musgos.

Não ficava muito longe, após 7 quarteirões, lá estava ela. Essa feira não vendia apenas alimentos e roupas, vendia de tudo um pouco, e quando eu digo de tudo um pouco, é de tudo mesmo...

Desde armas a documentos falsos, porém esse tipo de negócio não era feito ao ar livre, os vendedores e compradores negociavam endereços e faziam a venda em lugares afastados, sei disso por que já comprei armas aqui uma vez.

Parei na barraca do senhor Arod, ele estava sentado descascando batatas, quando me viu se levantou na hora.

-Você voltou. – Ele sorriu desajeitadamente. – Veio buscar suas sacolas?

Me contentei em apenas acenar, não queria ser mal educada, mas descrição é muito importante.

-Um momento, um momento. – Ele sumiu atrás da barraca e tirou uma sacola enorme de lá de baixo. – Aqui está.

Ele examinou a sacola um momento. – Acho que está tudo aqui, se faltar algo não se impeça de voltar. – Sua mandíbula tremeu, senti que ele estava com medo de faltar algo e eu voltar, acertar as contas.

Tirei algumas moedas de ouro e coloquei sobre a barraca.

-Pode ficar com o troco. – Peguei a enorme sacola, coloquei nas costas e fiz um aceno breve com a cabeça.

Ele pegou uma das moedas, levantou para cima e disse: - Obrigado. – Depositou um beijo na moeda. – Muito obrigado.

Aquela sacola não era nada leve, nela, tinha os alimentos necessários para um mês, se eu não a carregasse, ninguém o faria por mim, então se eu não quisesse passar fome, eu tinha que passar por isso quieta.

Minha 'casa' não era muito longe, ao lado, ficava uma grande floresta que dividia a parte velha do reino, da parte nova, aquela que ficava próxima ao castelo. Minha casa ficava entre ambas, no meio da floresta.

Depois de muito arrastar aquele saco, depositei-o no chão, ao lado da minha barraca, comecei a tirar os alimentos e colocá-los nas caixas, eu não costumava comprar carne, como não tinha onde guardá-las, eu apenas estaria desperdiçando-as, então quando eu queria comer algo diferente, procurava outros estabelecimentos, no momento, eu me contentava com frutas, legumes e alguns ingredientes...

Distraída com o alimento, senti algo na minha nuca.

-Você é Kate Meyer? – De canto de olho vi uma pistola apontada para minha nuca.

Levantei as mãos para cima, como eles haviam descoberto onde eu moro?

-O rei deseja vê-la. – Ele puxou meu braço com tudo. – Você vem comigo. 

Não, eu me negaria partir sem lutar.

Meu esconderijo não era lá um dos melhores, mas não é como se eu passasse grande parte do tempo aqui.

Dei um chute na perna do homem, que largou a arma no mesmo instante.

O outro logo sacou a arma e disparou, errando por sorte.

Percebi que estava perdida quando comecei a contar a quantidade de homens que estava no local, cinco, talvez seis.

Porque esse grande número? Devido minha reputação, também não questionava muito.

Um deles encostou um objeto em mim, levando ondas de choque por todo o meu corpo, me deixando imobilizada.

Eu queria que minha visão tivesse apagado naquele instante, queria ter desmaiado ao invés de ver tudo embaçado e não poder me mover.

Não resmunguei, na verdade nem conseguia.

Um dos homens me jogou sobre a costa, e meu nariz bateu com tudo em seu ombro.

-Certeza que ela está imobilizada?

Respondeu o outro.

-Fica tranquilo, ela não vai dar trabalho tão cedo.

Continue Reading

You'll Also Like

ABDUÇÃO By BABGARRETT

Science Fiction

2.8K 144 10
Ao despertar no leito de um hospital, após semanas desaparecida, Janete não poderia imaginar que sua vida mudaria para sempre. Seus dias de estudante...
2.5K 878 14
Quando amamos alguém ou algo que valha mais do que a nós mesmos nós lutamos por aquilo, mesmo que isso custe nossas vidas ou mesmo que isso nos cause...
9 0 24
Bom tropa eu estou hoje aqui para compartilhar com vocês minha mais nova história que venho escrevendo desde o ano passado, e hoje vou posta-lá.
EXTINÇÃO By LETÍCIA

Science Fiction

5.5K 788 26
Primeiro livro da trilogia M O R T I U M. A cura para uma civilização está na extinção dos humanos. Olivia Merlim foi assassinada, mas seres de outro...