Volte Duas Casas {jikook}

By swagay

78.4K 12.6K 15.4K

Park Jimin nunca foi o melhor namorado que um cara pode ter, ele nunca negou, importante ressaltar, agora... More

AVISO 📸
1: CORNO 🐮
2: FOGUEIRA DE PERTENCES DO EX-NAMORADO 🔥
3: O GOSTOSÃO DO TIME DE VÔLEI 🏐
4: MENINAS DE 16 ANOS, COMO LIDAR 🔎
6: RIVAIS CLÁSSICOS 🐱x🐶
7: AZAR NO AMOR 🥀
8: QUE VENÇA O MELHOR ⚔️
9: CARA OU COROA 📢
10: DESESTABILIZAR O INIMIGO 💢
11: 👶🏻JUNIOR VS 👴🏻SENIOR
12: GOL ⚽
13: CONCEITO DE ES-TRA-TÉ-GIA 📌
14: UM PENTE É UM PENTE 🐬

5: EMBARALHANDO E DISTRIBUINDO 🃏

4.3K 855 1.4K
By swagay

Votem, comentem e boa leitura!

+++

Dentro do avião, eu e Hoseok não demos a sorte de nos sentarmos juntos, mas eu acho que ele gostou, porque quase soltou fogos de artifício quando vimos que nossos assentos eram os mais distantes possíveis. Acho que ele alterou.

Jin estava em minha frente, e eu pude ver que ao lado dele estava Kim Namjoon, o auxiliar do time de vôlei. E eu quase não os notei nos primeiros minutos de voo, até ouvir a voz irritada de Jin, dizendo: — Eu não quero saber se o assento é pequeno, recolha seus braços agora. Eu não vou repetir de novo.

— Eu não vou passar uma hora e meia com meus braços apertados. Eles nem cabem no apoio. — ouvi a voz de Namjoon, e pude sentir o tom divertido.

— Óh meu Deus, peça um assento especial para braçudos então — SeokJin respondeu, empurrando o braço dele. — Esse é um problema seu, não meu.

— Você está digitando no seu computador, nem está usando o seu apoio — explicou o maior. — Percebe como é egoísta?

— Você não tem nada melhor pra fazer do que torrar minha paciência? Nada? Nadinha?

— Ter, eu tenho — riu. — Mas ainda tô analisando minhas opções. Leva um tempinho, Professor Jin.

Jin resmungou alguma coisa que eu não ouvi, antes de começar a ignorá-lo. Me divertindo, eu voltei ao que eu fazia. Usando o mesmo caderno em que escrevi as perguntas para Kim Taehyung, eu fazia anotações de informações que colhi na minha pesquisa de campo.

• Taehyung não se dá bem com o time, pois todos descobriram que ele é BI. No entanto, ele é o melhor.

• Tem 1,83m de altura, e não se interessa por pessoas mais altas que ele.

• 1,83 - 1,74 = 9. Temos 9 centímetros de diferença.

• Tem só 22 aninhos. É de Capricórnio.

• Pesquisar: Capricórnio e Libra combinam?

• Não é de Seul, mas não consegui descobrir de onde ele é ainda.

• Cursa medicina. Vou ter que fingir que gosto de alunos de medicina.

• Seu último relacionamento foi com uma menina. Ela era delicada, inteligente, bem pequena e doce. Eu sou… esforçado e fico pequeno ao lado dele. Pontos pra mim.

• Antipático.

• Um garoto que transou com ele, disse que Taehyung foi ativo. (USAR MEUS TRUQUES PARA PERSUADI-LO A FICAR POR BAIXO.)

— Anotado — murmurei comigo, dando uma olhada geral na minha lista.

Então, pela primeira vez na viagem, eu vi Daichi, ele passava por mim, rumo ao banheiro, quando seus olhos se arregalaram na minha direção. Como que em câmera lenta, seu rosto se contorceu em uma careta confusa enquanto ele devia processar o fato de eu estar ali.

Sim, eu estou aqui. E agora você vai mijar pensando em como eu estou aqui.

Quando nós pousamos, não tive tempo de fazer muita coisa, a não ser seguir o grupo de alunos, guiados pelas ordens do nosso responsável, que parecia mais um pai de quase 30 crianças, gritando e contando, checando documentos, reservas, malas.

Embarcando na balsa que nos levaria a Ilha de Jeju, eu vi Hoseok rezar no mínimo umas 15 Ave Marias antes de pisar no transporte, se agarrando aos suportes como uma velha. Chegando devagar, por trás, eu agarrei seus ombros, o fazendo pular e choramingar, assustado. — NÃO ME TOCA, JIMIN! Que inferno… 

Eu quase chorava de rir, enquanto o restante de nós ocupava lugares e postos. Alguns entraram na área coberta, outros se encostaram nas beiradas, observando o mar, tirando fotos e etc. Eu encontrei SeokJin reunido com a equipe médica, onde Daichi também estava, e eles pareciam monitorar alguns jogadores.

Quando Kihyun veio na nossa direção, eu abri um sorriso para ele, e antes que ele pudesse dizer qualquer coisa, eu falei: — Pode acompanhar o meu amigo até o lado de dentro? Acho que ele tem medo do mar.

— Você também tem — Hoseok resmungou.

Eu nem o respondi, voltei a minha atenção a Kihyun. — Tudo bem pra você?

— Claro — ele assentiu, apanhando Jung e o ajudando a caminhar. Os dois pareciam um enfermeiro e um idoso.

Eu dei uma olhada na direção do mar, mas desviei logo, tentando não pensar na quantidade exagerada de água em volta de nós. Eu dei um giro no primeiro andar do ferry boat, mas só encontrei o que queria ao olhar pra cima e avistar uma cabeleira vermelha. Então, subi as escadas e pisei no segundo e último andar da balsa, passando pelas pessoas que tiravam fotos, eu andei na direção dos assentos que cercavam o lugar.

Parando em frente a Kim Taehyung, que se mantinha na mesma posição de antes, de olhos fechados e fones de ouvido, eu respirei fundo e me joguei no assento vago ao lado dele, o obrigando a me notar. Ele abriu os olhos e me olhou, confuso.

Eu respirava ofegante, me agarrando com força aos suportes, tremendo um pouco, apertei meus olhos com força. — Meu Deus… e se esse negócio afundar?

Ele se afastou um pouco de mim. — É óbvio que não vai afundar.

Ai, a voz dele é bonita pra caralho.

Então, como se os deuses estivessem a meu favor, o ferry boat deu uma guinada um pouco mais expressiva, arrancando gritinhos de várias pessoas, inclusive de mim, que me agarrei ao casaco de Taehyung. — Não me deixa aqui, pelo amor de Deus…

Kim até deu uma puxada no casaco, mas não insistiu em me deixar, ele ficou no mesmo lugar. — Se acalma, daqui a pouco a gente chega.

Respirando fundo, de forma visível, eu encostei minha testa em seu ombro, fungando como se estivesse prestes a chorar. Então, eu senti a mão dele em meu ombro. — Calma… eu já disse que daqui a pouco ele encosta.

— V-você não tem medo desse tanto de água…? — perguntei, com uma voz fragilizada.

— Não… — me respondeu, ainda afagando meu ombro. — Você é da faculdade, não é? Eu acho que já te vi. Por que você veio?

Levantei minha cabeça devagar, ainda encolhido. — Minha orientadora disse que seria bom pra minha conclusão… eu amo praia, mas barcos… desculpa, eu tô falando demais, mas eu não consigo me calar quando fico assim. Me desculpa, por favor.

— Ah… tá… tá tudo bem… — Taehyung disse. — Tá tudo bem, se te ajuda. Sabe, quando eu tô fazendo prova prática de suturação, eu tento deixar o paciente fazer tudo que deixa ele mais calmo.

Eu assenti, me soltando dele, aos poucos. — Mesmo assim… — funguei, com os olhos marejados. — Eu te incomodei.

Ele demorou a responder, mas o fez eventualmente: — Não. Você está com medo, eu entendo.

Foi a minha vez de ficar um tempo em silêncio, antes de pegar minha câmera com as mãos tremendo, ainda choroso, eu tentei segurá-la para enquadrar. — Droga…

— O que foi? — Kim me perguntou.

— Eu… eu tenho que tirar umas fotos… é para documentação. — expliquei, frágil. — Mas eu não paro de tremer…

Eu vi ele oferecer a mão. — Posso segurar, você posiciona e tira as fotos…

O olhando por um tempo mais longo que o comum, eu pisquei algumas vezes, antes de desviar o olhar. — P-pode fazer isso?

Ele limpou a garganta. — Sim.

Então, ele segurou a câmera na minha altura, e eu aproximei meu olho do viewfinder, fazendo questão de parecer instável. Com minha mãe, segurei o disparador, conseguindo tocar a mão dele por um tempo, enquanto tirava fotos de qualquer coisa.

Quando me afastei, passei com meu rosto perigosamente perto do seu, antes de me curvar. — Muito obrigada… hm… qual seu nome?

— Kim Taehyung — ele me respondeu, me entregando a câmera. — Você é…?

— Park Jimin — lhe disse, me acomodando ao seu lado, fiz parecer que eu estava mais calmo. — Obrigada… — e ri baixinho. — Você consegue segurar a câmera com uma só mão…

Por seu rosto passou algo que eu consideraria um sorrisinho. — Você não consegue?

Não respondi com palavras, só mexi a cabeça, me encolhendo e parecendo envergonhado.

— Você faz fotografia? — me perguntou, e eu assenti, fingindo analisar as fotos na câmera. — Tá no último ano?

— Terceiro — respondi, sorrindo sutilmente. E aproveitando uma rajada forte de vento, o olhei enquanto meu cabelo voava. Sim. — Você faz medicina? Eu gosto de medicina…

— Mesmo? — me perguntou, e eu notei que sua pose estava bem mais despojada agora.

— Uhum — murmurei, o olhando e realocando meu olhar em outra direção. — Meu avô era médico…

— Hm… era? — sua voz saiu macia e cuidadosa.

Eu passei um minuto em silêncio, com o olhar preso no oriente. — Ele faleceu… câncer… morreu da doença que ele tentava combater.

Kim assentiu, compreendendo. — Sinto muito… me desculpa por tocar no assunto.

— Tudo bem — fingi limpar uma lágrima no canto do olho. — Essa é… é a primeira vez que consigo falar sobre isso com alguém.

Aí a pose dele se desfez. — Sério? Nossa…

— Desculpa se pareço estranho — pedi, abaixando a cabeça.

Eca.

— Não, que isso… — ele me disse. — Que bom que conseguiu se abrir, mesmo que só um pouco… passos curtos ainda são passos dados.

Dando um sorriso para ele, de repente, eu fingi sentir meu celular vibrar, e o apanhando, eu olhei para o chat vazio de Hoseok. — Meu amigo tá me chamando, ele quer umas coisas pras redes sociais… hm… obrigada… é… Kim Taehyung, né? Obrigada!

Antes que ele pudesse dizer qualquer coisa, eu me levantei dali e desci de volta para o primeiro andar, fugindo como uma princesa.

Rumando Hoseok, eu me sentei ao seu lado.

— Onde você estava? — me perguntou, agarrado as barras de ferro para suporte.

— Alugando um prédio na cabeça de Kim Taehyung.

— Cê tá brincando? — me olhou incrédulo. — Você foi falar com ele?

Lhe dando um sorriso, como aquele que dei para Hoseok, eu me encolhi e me curvei um pouco, o olhando pelo canto dos olhos. — F-falei… ele foi… um doce.

— UUU, QUE ISSO? — ralhou. — Credo, Jimin! Para de me olhar assim!

Desfazendo minha postura, eu caí na gargalhada, me acomodando no assento em seguida, encostado nele. Ele esfregou os braços. — Isso me deu calafrios.

Apanhando meu caderno, comecei a fazer um relatório.

• Eu não tenho medo de barcos.

• Quando estou nervoso, eu tendo a me distrair rasgando papéis, mordendo pontas de caneta, apertando botões, mas tudo bem calado.

• Odeio praia. Odeio o cheiro de protetor solar, areia, banheiros de hotel, tomar banho de água fria. Tudo que envolve estar na praia.

• Eu odeio estudantes de medicina. Um deles me botou chifres.

• Meu avô não era médico.

• Meu avô está vivo. Ele acaba de engravidar uma mulher 30 anos mais nova que ele.

• Minha câmera não é tão pesada.

• Tive que mudar completamente o meu modo de me relacionar com alguém, mas acho que acertei o tom.

• Ele fez mais perguntas do que eu. Saldo positivo.

• Ele já notou que eu sou o tipo dele. Bom, o tipo que eu criei pra ele.

• Como eu imaginava, um cara durão geralmente se interessa pelas figuras que o fazem se sentir ainda mais durão. Uma garota delicada, um menino tímido.

- Saldo negativo: não há nada no meu eu de verdade que o agrade, além da minha aparência. Atenção: não posso sair do personagem nem por um minuto.

- Lamentações: eu não sou o tipo dele. PS: eu odeio essa personalidade que eu criei para agradá-lo.

Essa não é a primeira vez que eu faço isso. Qual a melhor forma de conseguir algo rapidamente? Mentir e criar situações. Desculpa, não fui eu quem estabeleceu isso.

Eu podia tentar ser verdadeiro, o meu eu de verdade não é tão ruim, mas com um cara com Kim Taehyung, isso ia demorar demais e talvez eu não conseguisse. Mas com o personagem que eu criei, eu sei que já entrei na mente dele.

— Ya, hyung — chamei Hoseok, que tomava mais um comprimido pra enjoo. — Acho que isso vai ser fácil.

— Nossa, que bom — ele soltou, pouco animado por mim.

Eu ri, cruzando minhas pernas, relaxando sobre o banco. No entanto, ele tornou a falar: — Como você sabe?

O olhei, pensando por um tempo. — Ele não é o tipo que gosta de ser pego. Então, eu só preciso fazer com que ele queira me pegar.

— Tem certeza?

Assenti. — Vejo potencial na minha teoria. Ele é o cara mais bonito do campus, o melhor do time, tem notas altíssimas, vem de família rica… ele não é escolhido, ele escolhe. Aposto que tem pais narcisistas.

Jung me deu um olhar confuso. — E você chegou a essa conclusão em 20 minutos de conversa?

Girei os olhos. — Pode me zoar. Mas se tem uma coisa da qual eu entendo, é sobre caras. Sei até um pouco sobre garotas, na verdade.

Ele segurou uma risada, mas não falou mais nada. Quando o percurso da balsa chegou ao fim, eu confesso que fui um dos primeiros a saltar para me sentir em terra firme, porque mesmo que eu não estivesse cagando nas calças igual ao Hoseok, eu também não era o maior fã de água.

Com minha mochila nas costas, resolvi trabalhar um pouco e peguei distância, começando a fotografar a desembarcação do time e dos alunos, pegando alguns pontos do mar, do cais, e capturei também a revoada de um grupo de gaivotas. Tentando fugir dos raios de sol que quase me cegavam, eu demorei a perceber que Daichi vinha na minha direção. Confesso que senti um nó na garganta.

Quando ele se aproximou, eu só pude agradecer por estarmos longe do pessoal. Abaixando a câmera, fingindo checar as capturas, eu só voltei a olhá-lo quando ele começou a falar: — O que você tá fazendo aqui, Jimin?

Hm, esse cara me irrita.

Respirando fundo, eu apontei para a minha câmera, como se fosse óbvio. — Eu vim registrar a viagem. O que mais eu estaria fazendo aqui?

Ele me olhou de cima a baixo. — Você odeia a praia.

— Ooolha, pelo menos você estava realmente me ouvindo quando falei sobre isso — respondi, fazendo ele desviar o olhar, ajeitando a mochila nos ombros. — Eu não preciso gostar da praia para aceitar um trabalho. Minha orientadora me pediu pra vir. Resta alguma dúvida, Sir Daichi?

— Jimin — ele me chamou, sério. — Eu te conheço melhor do que você imagina. Eu sei muito bem que você seria capaz de pagar para não estar aqui nesse lugar. De repente, você começa a aceitar as indicações da sua orientadora?

Eu arqueei as sobrancelhas, mostrando uma surpresa teatral. — Extra, extra, o Detetive Daichi desvenda mais um mistério. Nos diga, detetive, qual a real intenção do criminoso, então?

— Pare de brincar, Jimin.

— Só se você parar de falar merda. Será que você consegue? — perguntei. — Eu não sei o que você acha que eu vim fazer aqui, mas tenho certeza que você imagina que eu vim por sua causa… veja bem, Daichi, você pode explodir com uma bomba, se quiser, eu vou fingir que nunca nem te conheci. Eu não estou aqui por sua causa, eu quero na verdade, que você aja como se nunca tivesse me visto na porra da sua vida.

— Sério? — perguntou-me. — Eu posso fazer isso com todo o prazer… porque sabe, não sei se você se lembra, mas você me deixou com o olho roxo. Você me espancou…

— Você me traiu. Lembra?

— Aí é que tá… — riu. — Você nunca nem gostou de mim. E ainda assim, me deu um surra quando descobriu tudo.

Cerrando os punhos, eu tive que encher os pulmões de ar. — Me traiu porque eu nunca gostei de você?

Eu o vi engolindo em seco. — Pode-se dizer que sim. Você é uma das pessoas mais falsas que eu conheço, Jimin.

O empurrando, farto daquilo, eu me aproximei e entredentes eu disse: — Falso? Eu?! Sério?! — e ri, irritado. — Eu nunca fui apaixonado por você, isso é fato, acho que todo mundo sacou… mas sabe, eu estava disposto, eu não estava me proibindo. Pela primeira vez em muito tempo, eu não estava com meu coração fechado, seu filho da puta. Sabe, eu ouço isso toda hora, sobre eu nunca ter te amado. Mas eu estava lá todas as noites em que você esteve internado. Eu cancelei meus planos para te acompanhar nos seus. Eu virei noites te ajudando nos seus trabalhos. Droga, seu desgraçado, eu te apresentei a minha família… sabe desde quando eu não levava um namorado em casa? Na verdade, você foi a segunda pessoa que eu levei para conhecer minha mãe e minha irmã.

E me afastei, cansado. — Mas tudo que eu vejo, são pessoas apontando o dedo e me dizendo que eu não gostava de você. Eu não te amava mesmo, mas eu tentei, a cada segundo, te fazer bem. Eu nunca estive lá pra te fazer sentir mal, seu merda. Eu não te traí, eu não falei com ninguém pelas suas costas, porque eu te disse que eu era seu namorado. SEU. — olhando nos olhos dele, disse: — Mas é claro que você não podia só terminar comigo, quando percebeu que eu não te amava… você tinha que me trair. Trair tudo que eu fiz por você. Olha, eu não te amava, mas eu estava pronto para abraçar esse sentimento caso ele viesse… mas claro que isso não importa.

Eu não estava blefando dessa vez.

Sem deixar ele falar, eu continuei: — Finge que não me conhece, eu não quero que ninguém saiba que a gente teve alguma coisa. Capiche?

Saindo de perto dele, eu desci as escadarias do cais e voltei para o nosso grupo, que agora embarcava no ônibus que nos levaria para a pousada onde ficaríamos. Minhas mãos estavam tremendo um pouco, mas respirei fundo, agarrando a câmera para dissipar o tremor. Estava nervoso.

Acho que odeio o Daichi mais do que eu imaginava.

Por um bom tempo eu não quis encarar os fatos, mas acho que eles se esfregaram na minha cara bem agora. Eu realmente estava de coração aberto para o Daichi. Realmente.

Mas que merda, Jimin, no que você estava pensando?

Quando o ônibus parou e aquele tumulto de alunos foi retomado, eu aproveitei que estava no lado das janelas e nem me movi, esperei que todos saíssem e arrastasse suas bagagens, para então me levantar e descer. Hoseok anotava algo em seu caderno, ao lado de um colega de seu curso, apontando para a paisagem. Eu preguiçosamente fiz alguns clicks da vista que tínhamos do mar, e da pousada onde ficaríamos. Era grande, e mesmo que tentasse imitar um ar mais caseiro, era feita de concreto como qualquer construção em Seul. Não haviam prédios, apenas blocos de casas, quartos, que se ligavam a restaurantes.

Enquanto os secretários resolviam a nossa entrada, eu atravessei a rua e me juntei a um pequeno grupo de alunos, que observavam a praia. Tirei algumas fotos da orla, quando vi algumas meninas apontando para a faixa de areia antes do mar. Eu ouvi: — É o time de Yonsang… eles chegaram antes de nós.

— Nós perdemos pra eles da última vez — alguém disse.

Parando de ouvir a conversa, eu vi Jin se aproximar, ajustando um boné rosa na cabeça. — O que estão vendo?

Dei de ombros, levando a câmera até meu rosto, ajustando o foco para tirar algumas fotos. — Estão olhando o time rival, eu acho…

— Que gato! — ouvimos, e automaticamente eu apontei minha câmera na direção que as alunas olhavam, porque eu adoro um gato.

Mas quando a figura apareceu se alongando bem em frente aos meus olhos, e eu vi aquele cabelo pretinho colado na testa do sujeito, enquanto ele retirava a regata que usava, eu abaixei minha máquina devagar, sem acreditar no que eu estava mesmo vendo.

— Eu não acredito — SeokJin soltou, enquanto eu ainda estava paralisado no lugar. — Ai, eu não acredito mesmo…

O que Jeon Jungkook estava fazendo ali?

+++

Olá, comunidade

Espero que tenham gostado!

Jeon, o Jungkook, apareceu ✨

Me digam o que estão achando 🤸🤸

Votem e comentem yaya

Continue Reading

You'll Also Like

157K 10.4K 37
Após sair do Clube de Regatas do Flamengo, Maria Eduarda passa a exercer sua profissão de preparadora física na Sociedade Esportiva Palmeiras. Ela só...
1.2M 73.8K 77
De um lado temos Gabriella, filha do renomado técnico do São Paulo, Dorival Júnior. A especialidade da garota com toda certeza é chamar atenção por o...
680K 35K 127
Nós dois não tem medo de nada Pique boladão, que se foda o mundão, hoje é eu e você Nóis foi do hotel baratinho pra 100K no mês Nóis já foi amante lo...
91.1K 5.5K 58
Karine uma simples gandula do Allianz Parque, sua vida sempre foi monótona e sem emoção alguma, até acabar ganhando a atenção de Joaquín Piquerez, o...