Corte de Amor e Caos - Azriel

By LauraEglantiny

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Estava frio, me sentia como se tivesse sido afogada em um lago congelado. Em um minuto eu estava fugindo _ou... More

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AVISO IMPORTANTE

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By LauraEglantiny

Consegui dormir um pouco. Levantei para meu compromisso com Amren, nos encontraríamos no escritório do Rhysand.
Trouxeram muitos mapas e livros, a geografia de Prythian era ótima e pensar que Rhysand manteve Velaris escondida tanto tempo é impressionante.
Azriel me deixou praticamente a par da história dos 3 irmãos, mas não contou sobre a guerra contra Hybern ou sobre o romance de Feyre e Rhysand, mas isso foi uma coisa que só os dois poderiam contar.
Me explicaram as posições de comando nessas terras, se eu soubesse que Rhys e Feyre eram o que chamam de Grão-senhores eu teria o mínimo me curvado. Cassian era seu general das tropas ilyrianas e Azriel era seu mestre espião, Amren era sua imediata, todos tinham uma posição. A história de Prythian é encantadora, mas é triste também.
_ Agora que contamos tudo a você, o que acha de nós contar mais sobre o seu país?_ o grão-senhor concluiu.
_ Mas meu país não tem nem um nome._ respondi.
_ Invente um ao menos para explicar._ Feyre deu a ideia, não foi ruim mas eu tenho zero criatividade.
_ Vamos chamar de as Terras do Caos. Muito antes de eu nascer meu reino está em guerra, motivações mudam com o tempo. Ele é dividido em 2 reinos, um da Rainha Nyra e o outro do Rei Kludd. Aos 15 anos fui presa no castelo do Rei e lá fui torturada durante muito tempo. Ambos tem muitos batalhões e todos tem muita sede de sangue e se acham superiores ao restante da população, tudo vai parar nos castelos, a comida, os melhores tecidos e tudo que os trabalhadores produzem é dos reis. Ficamos apenas com os restos e constantes ataques de fogo._ me escutar falando isso em voz alta, me faz perceber o quão errado é._ Seus arsenais costumam ser compostos de muitas armas arcanas misturando engenhosidade, magia e o melhor metal produzido.


Contei tudo o que pude, até suas formas de agir e de formar estratégias e que grande parte do povo não tem nada a ver com a situação em que estão, mas vivem grande parte do tempo insatisfeitos e não conseguem nem reagir para não perder a vida.
_ E tem aquele general e aquela feiticeira que estão do lado do Rei. Eles são os culpados pelas coisas que passei e gostaria muito de não permitir que mais ninguém passe por isso.
_ Admiro sua força de vontade Eglantiny._ Feyre disse._ Eu e meu parceiro sabemos mais do que ninguém como é a solidão.
Ficamos muito tempo conversando, Amren é a mais velha de todos e me ajudaria a aprender como voltar pra casa.

Desenhei um mapa mal feito de meu território, Feyre fez piada sobre meu "talento" para artes. Também tomei liberdade para explicar como minhas poucas armas funcionavam, não foram feitas por mim mas pelos magos de minha aldeia, as armas que deixei para trás tinham uma pequena cápsula de magia que movia a coisa toda.
_ Vamos te ajudar a voltar para casa Eglantiny, mas você vai ajudar a nos proteger primeiro. Hoje você vai visitar um amigo nosso! Hélion é o senhor dos feitiços, vocês vão ter muito em comum._ Amren disse séria.
_ Certo._ pensei se estavam planejando me eliminar, mas afastei esse pensamento rápido, não queria julgar desse jeito.

Fomos até Mor, ela me levaria até o tal Hélion junto de Rhysand. Foi a mesma coisa de quando cheguei, parecia que estava caindo rápido mesmo estando parada, novamente aquela vontade de vomitar.
Eu estava em um lugar que brilhava, o sol era lindo e deixava tudo dourado. Moraria aqui fácil.
_ Estamos na Corte Diurna!_ Rhysand explicou. A corte mais próxima deles e faz fronteira com a Noturna.
_ É linda!_ estávamos de frente com o que parecia um castelo.
_ Muito obrigado! Eu acho que é mais bonita que a Noturna._ Um homem alto, vestia um manto no corpo, usava uma coroa, era extremamente belo.
_ Eglantiny, esse é Hélion Grão-senhor da corte diurna._ Mor apresentou o macho.
_ É um prazer te conhecer._ eu consegui sorrir diante dele.
_ O prazer é todo meu! Eglantiny é um nome lindo assim como a mulher que o carrega._ Meus olhos estavam arregalados, fiquei completamente sem jeito com aquele homem maravilhoso na minha frente. Deu pra ver que Mor segurava o riso.
_ Então Hélion, vamos conversar sobre o porque marquei essa reunião no seu belo palácio?_ Rhys cortou aquele momento embaraçoso.

Entramos e aquele palácio me deixava sem ar, o sol iluminando tudo era espetácular.
Aposto que minha corte é mais bonita!
Uma voz na minha cabeça quase me fez tropeçar, era Rhysand. 

Como faz isso? 

É um dom como o seu de entender línguas que nunca sequer ouviu falar, você teria sido muito útil na última guerra.

É incrível.

Mais tarde te mostrei como não deixar que entrem na sua cabeça, não sou o único que pode fazer isso e alguém com más intenções pode acabar descobrindo algo que não devia.

Dei um leve sorriso a ele.
Entramos em uma sala, tinha uma mesa redonda no centro, alguns mapas estavam nas paredes e muitos livros estavam em cima da mesa.
_ A que devo a honra, meu amigo?_ Hélion iniciou.
_ Acredito que conheça a lenda dos 26 mundos.
_ Sim, fiquei sabendo que uma sacerdotisa está escrevendo sobre.
_ Não é apenas uma hipótese. Eglantiny aparatou na corte outonal ontem e está com a gente dês de então. Ela contou que suas terras estão em guerra e os reis estão tentando fazer que seus feiticeiros atravessem as dimensões e não tem boas intenções.
Eles se olharam e depois olharam em minha direção, como se Hélion perguntasse se tinha provas.
_ E quais são as intenções de seu povo?_ perguntou dessa vez para mim.
_ Eles tem sede de poder, de qualquer maneira, magia, moral, status, dinheiro, tanto faz para eles. Acredito que iriam querer dominar as terras e fazer todos se ajoelharem, são colonizadores._ expliquei.

Helion olhava no fundo de meus olhos, não consegui esconder a reação no meu rosto de quem não conseguia entender quase nada daquela interação.

_ Como vou saber que não está trabalhando para eles e preparando o terreno para sua chegada?

_ Fiz um acordo com Rhysand. Eu quero voltar para casa e resolver uma pendência com alguém e estando aqui, coloco vocês em risco com essa minha pendência. Então, a corte noturna vai me ajudar a voltar e em troca ajudo vocês a se proteger do risco que estamos correndo. _ dei dois passos para frente_ Eu mesma luto com aqueles batalhões e mato aqueles reis se chegarem aqui zaralhando com suas terras, não vou fugir de uma obrigação.
Rhysand pareceu estar de acordo com minha explicação, já Hélion estava inexpressivo, ele nos olhou por alguns segundos. Ele olhou para Rhys serrando os olhos e parecia que ele estava mostrando meu passado ao Grão-senhor da corte diurna. Me senti um pouco invadida com a atitude e engoli seco, mas não sei se que modo eu faria aquele macho confiar em mim.

Quando aparentemente terminaram, Hélion me olhou e sorriu.
_ Você é dura na queda, fêmea, admiro isso._ seu corpo virou na direção de Mor e do Grão-senhor_  Vocês sabem que vão ter que conversar com os outros sobre usar ela para proteger as terras de Prythian, não é?
_ Já estou trabalhando nisso!_ o moreno respondeu.
_ Ótimo! Vou trabalhar com você, feiticeira, me mostre seus poderes.
Dei um sorriso largo a ele e tirei meu cajado das costas, expliquei cada detalhe dele e falei como funciona minha magia, dei uma pequena demonstração. Sacudi o cetro e formei uma nevoa da cor azul, era uma névoa fofa, rodeava a todos na sala passando pelos livros como um lençol. Levantei os livros da mesa e os coloquei de pé, ditei um feitiço e nos levantei com cuidado do chão, agora a névoa estava mais espessa e se espalhava por todos lugar iluminando. 

_ É incrível! _ Mor ria sem parar sobrevoando.

Eu sorri de volta e coloquei todos no chão.
_ É uma benção e uma maldição, poderia usar um feitiço que te faria ver o paraíso na sua frente ou se estivesse com dor, conseguiria faze-la sumir de seu corpo, posso reconstruir objetos quebrados ou nos tornar invisíveis a qualquer um_ continuei_ Mesmo que a magia seja bonita assim, eu posso matar batalhões ou destruir sua maior montanha se quisesse, poderia matar seu melhor soldado de dentro para fora. Se um poder como esse nasce nas mãos erradas ou se um mago for controlado para usar em meu país, pode destruir o mundo se quiser._ respirei fundo ao lembrar daquele lugar_ Sinto muito por colocar vocês nessa situação.


Voltamos para a casa de Cassian e Nestha. Hélion deixou alguns livros de feitiços de proteção para eu ir me acostumando e quem sabe tentar fazer alguns.
Passei o dia no quarto, a casa me ofereceu comida que eu ataquei sem pensar duas vezes.
O que será que os outros estão fazendo?
Eu queria muito ter alguém para conversar, mas eles não estão aqui para ser meus amigos e nem eu deles.
Embora minha mente não me deixe quieta nunca, fiquei em silêncio no quarto.
Inventei o que fazer no resto do dia, tentei desenhar e falhei miseravelmente, pensei em treinar, mas ia fazer muito barulho.

Eu li os livros de Hélion, consegui por um feitiço de proteção em um vaso, atirei na parede e ele caiu como geleia no chão, eu ri tanto, que feitiço estranho, mas pelo menos o vaso não quebrou. Tentei outros e até que consegui, uma hora eu me prendi dentro do quarto sem querer, a porta sumiu num piscar de olhos, desfiz o feitiço num desespero enorme.
Peguei minha arma, me sentei na escrivaninha de frente com a janela. Está arma estava com um defeito na trava e eu estava procrastinando para consertar a tempos, agora decidi arrumar. Eu não tinha ferramentas então fiquei cutucando a arma até todos os lápis da escrivaninha quebrarem e não resolvi meu problema.
BELEZA, será que tem alguma ferramenta na cozinha?
Onde fica a cozinha?

Sai do quarto em silêncio, eu não sabia se tinha alguém ali e comecei a andar. Abri todas as portas que encontrei, menos na área dos quartos, era invasão demais e eu não queria saber o que tinha neles.
Achei a cozinha finalmente, era bonita e grande. Tinha uma ilha no meio e mais utensílios que eu podia contar. Peguei um biscoito e fui comendo enquanto procurava qualquer ferramenta para concertar minha pistola.
Fucei a dispensa e achei mais bolachas, claro que peguei uma. Mas no fundo do lugar, eu vi, uma caixa de ferramentas vermelhinha. Fiquei tão feliz, agarrei e fui saindo e teria dado certo se eu não tivesse dado com a cara em algo duro.
Eu bati a cara no peito de Azriel, eu tropecei em Azriel.

Eu estava tão perto dele que sentia sua respiração no meu rosto, ele não era tão mais alto que eu e já estávamos nos encarando muito.
_ Me desculpa, eu não vi você._ falei e ele olhou para a caixa e a bolacha em minhas mãos.
_ Vai construir algo?_ disse quase inexpressivo se não fosse o sorrisinho no canto da boca.
_ Não, estou tentando concertar minha pistola, mas todos os lápis quebraram.
Ele me olhou confuso.
_ Quer ajuda com a pistola?_ ele perguntou, o encantador de sombras estava me oferecendo ajuda. Eu deveria aceitar ou negar? Ele estava sendo gentil ou estava tentando ficar sozinho comigo? Eu nunca sei diferenciar. Querendo ou não, eu tinha um bloqueio na hora de conhecer homens, não importava a intenção deles, por isso nunca tive uma relação amorosa, dês de que voltei do palácio de Kludd, afastei todos que tentavam algo comigo. Não tinha nada a ver com eles, todos eram bons, mas eu não consigo. Da para ver que Azriel é ótimo e está tentando me deixar menos entediada e vou me esforçar dessa vez, mas nos meus limites.
Ele pegou a caixa de ferramentas e começamos a andar até o quarto. Ao chegar eu peguei a arma da mesa antes que ele pudesse entrar.
_ Vamos fazer isso na sala, acho a luz melhor. _ decididamente não era.

Fomos para a sala e cada um sentou numa poltrona do lado do outro.
_ É bonita! _ ele disse com a arma na mão.
_ É sim! Eu comprei com meu primeiro dinheiro da caça.
_ Você caçava? _ ele estava curioso.
_ Depois de fugir do castelo, eu matei um coelho para uma menina que me deu botas de frio. Foi a primeira vez que fiz isso, durante o percurso até minha casa, fui fazendo isso por comida ou dinheiro. Nunca parei até a Rainha Nyra soltar monstros para atormentar o Rei, as pessoas começaram a me pagar bem para pegar os monstros, eu gostei de fazer isso mas ai vim parar aqui.
_ E você usava a pistola?_ ele continuou.
_ Não para caçar, ela é muito barulhenta, espantaria os animais, mas era muito eficiente para os monstros.
_ E como vamos concertar?
Ele nunca tinha pego em uma já que não tinha nenhuma parecida em Prythian.
_ Ela está com a trava solta. _ peguei de sua mão e mostrei para ele o pequeno gancho que fica na ponta._ Tenho que desmontar para encaixar de volta. Ela tem parafusos que seguram todos o resto. O corpo dela é apenas metal, mas o que me interessa está dentro.

Ele prestava atenção tão bonitinho em minhas palavras. Peguei uma chave e desmontei a arma toda, dava para ver a estrutura toda por dentro e no centro tinha uma esfera bem pequena.
_ Para que serve?_ ele pegou a esfera que agora estava cinza.
_ É aqui que eu deposito um pouco de magia através de um feitiço para disparar. Agora a arma não tem perigo algum, mas se eu depositar magia, ela vira uma bomba.
_ E se você disparar contra algo tem que recarregar?
_ Exatamente! Mas eu não tenho mais das esferas, eu mesma produzia em casa.
_ E se pudesse? Faria?_ o encantador de sombras perguntou esperançoso.
_ Sim! Seria bem útil contra meus reis se eu pudesse fabrica-las.
_ Me ensinaria a usar?_ eu sorri para ele animada, seria ótimo!
_ É claro!

Teríamos continuado a conversar se Nestha não tivesse chegado.
_ O que estão fazendo? _ perguntou a loira normalmente.
_ Estamos concertando minha pistola._ respondi e finalmente comecei a concertar a trava.
_ Ah. _ ela respondeu._ Fiquei sabendo que foi apresentada a Hélion hoje.
_ Fui. Ele parece preocupado com a situação, sei que passaram por uma guerra recentemente mas não me pareceu só isso o motivo.
Nestha se sentou no sofá e olhou Azriel, eles tem mais coisas para resolver além de meu povo aparentemente.
Continuei remontando minha arma enquanto estava em silêncio.
_ Eglantiny, Rhysand me passou a tarefa de te ajudar com o escudo mental. _ Nestha disse como se eu soubesse.
_ Escudo mental?
_ Vou te ensinar como não deixar que entrem em sua mente.
_ Ah, é uma tarefa difícil?
_ Provavelmente não será para você. Jajá vai ter um escudo mais rígido que o meu.
Eu sorri simpática para ela, da pra ver que Nestha não é fechada ou grossa sempre.
_ Mas eu quero saber se sabe lutar bem._ outra voz entrou na sala, era Cassian._ Se estiver disposta, gostaria que me encontrasse amanhã de manhã no ringue da casa.
_ Vocês tem um ringue em casa?_ perguntei com sinceridade e todos riram. _ Nos encontramos amanhã no seu ringue então, General!
Não foi uma ameaça de verdade, mas ele deu um riso de lado, me desafiando.
Amanhã vou amassar esse cara até sua parceira ficar brava.











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