O Natal passou com a família aproveitando o feriado em casa, alfa e ômega abraçados no sofá e mostrando a Sasuke os seus novos brinquedos. A noite, Hashirama e Mito vieram para o jantar de Natal, os quatro adultos desfrutando um pouco de champanhe enquanto Sasuke era a luz da noite, rindo e murmurando meias palavras.
O ano novo também foi uma experiência nova. Tobirama lhe disse que, "à meia-noite, você beija seu amante e assim sela um novo começo de ano juntos." Ele enchia Izuna de felicidade e amor.
Tobirama até pegou o ômega começando a se referir a ele como "papai" para o filhote. Esta única palavra fez com que o grande alfa sentisse seu ego um pouco elevado. Ele sorria sempre que Izuna apontava para ele como exemplo enquanto ensinava coisas a Sasuke.
Depois de assistir os últimos noticiários da noite, Izuna e Sasuke adormeciam no colo de Tobirama. O alfa sorria, incapaz de se mover e apenas os mantinha mais junto de si. Ele tinha a família como a que sempre sonhou. Um ômega amoroso e um filhote muito inteligente e descarado.
(...)
Era a primeira quarta-feira do ano e eles acabavam de voltar das compras. Tobirama tinha estacionado o carro na garagem, abriu o porta-malas e começou a tirar as coisas pesadas. Izuna se ocupou de retirar Sasuke do assento do carro. O pobre filhotinho pegou um resfriado e não estava se sentindo bem.
"Quem diabos é você?" O tom alfa de uma mulher atingiu Izuna; fazendo ele ficar parado com Sasuke em seus braços.
Uma loira baixa, mas ou menos de seu tamanho, usando um uniforme de polícia estava olhando para ele. Sua mão direita pairando sobre sua arma presa na bainha em seu quadril.
"O que você está fazendo com este carro?"
A porta traseira esquerda aberta era a única coisa entre Izuna, Sasuke e a policial loira.
"Eu-eu sou o ômega de casa do alfa Senju." Izuna conseguiu falar com a voz trêmula.
A alfa de olhos cor de avelã o encarou com desconfiança e em seguida olhou para Sasuke. O colar branco de Izuna com 'T.Senju' era claramente visível.
A porta da frente da casa abriu-se.
"Hey, querido... Tsunade?" A voz de Tobirama veio de traz de Izuna e o ômega suspirou aliviado. "O que diabos você está fazendo?" O alfa observou a postura de sua irmã e a aflição de Izuna enquanto tentava proteger Sasuke em seus braços.
"Eu vim vê-lo, já que eu estive muito ocupada nos últimos meses. Eu o encontrei saindo de seu carro..." A loira, "Tsunade", respondeu, parecendo irritada. Ela olhou para o carro e viu uma cadeirinha de filhote posicionada no banco traseiro.
Tobirama passou a ficar entre eles, claramente protegendo ômega e filhote.
"Eu lhe falei sobre Izu meses atrás." Ele lembrou.
"Sim, eu esqueci; você nunca mencionou o filhote." Ela respondeu, dobrando os braços sobre o peito.
Tobirama revirou os olhos, depois se virou para pegar o filhote febril e fungando dos braços de Izuna. Tsunade observou enquanto o pequeno se aconchegava contra o peito de seu irmão mais velho.
"Bem, este é Izuna, meu ômega. Izu esta é minha irmã, Tsunade." Tobirama começou; colocando seu braço livre em torno do lindo e agora furiosamente corado ômega.
"Olá Tsunade, é bom finalmente conhecê-la." Izuna se apresentou. Todo o tempo sorrindo para ela. A alfa loira apenas arqueou uma sobrancelha para ele.
"E este rapazinho é Sasuke. Ele não está se sentindo bem agora, devemos entrar." Tobirama finalizou. Tsunade viu Sasuke suspirar contente contra o peitoral de seu irmão. Se ela não soubesse, teria pensado que o filhote era dele.
Izuna pegou as três bolsas de compras restantes do porta-malas antes de fechá-la, e Tobirama o seguiu para dentro de casa com Tsunade em seus calcanhares.
Tsunade parou pouco depois de fechar a porta da frente atrás dela. A casa cheirava de forma diferente. O cheiro forte de ômega a atingiu. Ela farejou o ar apenas para encontrar os aromas de eucalipto e pêssegos misturados com os de seu irmão. Ela adivinhou que o aroma mais leve era o filhote.
A casa também parecia diferente desde a última vez que ela esteve aqui. A primeira coisa, havia uma árvore de Natal e decorações em toda a sala de estar. Tobirama não teve uma árvore em anos. Um cercadinho para bebês estava ao lado de um grande tapete de jogo que parecia com peças de quebra-cabeças montado, com a figura de um animal diferente em cada peça.
Ela podia ouvir Tobirama e seu ômega conversando na cozinha. Ela prosseguiu pelo corredor e ficou parada os observando. O filhote estava de volta aos braços de sua Mama enquanto Tobirama beijava o ômega profundamente.
"Vou dar um banho em Sasuke e tentar amenizar a febre dele. Sua consulta é às três." Ela ouviu o ômega dizer enquanto Tobirama terminava de guardar os mantimentos. O filhote estava agitado nos braços de sua Mama claramente não se sentindo bem. "Eu sei baby!" O ômega murmurou para ele, acariciando seu filhote.
"Ok, temos cerca de duas horas antes de sairmos. Eu irei te acordar, caso você queira dormir um pouco com ele." Tobirama sugeriu. Ele foi até eles mais uma vez e beijou o ômega novamente, depois beijou a testa do filhotinho.
"Sim, ele está quente!"
Tsunade os observou por mais alguns segundos e logo eles saíram da cozinha; e vieram em sua direção.
Izuna sorriu para ela docemente antes de passar por ela e subir as escadas, confortando seu filhotinho todo o caminho.
Tsunade olhou para o seu irmão mais velho que estava apenas observando o ômega ir com um sorriso idiota no rosto.
Ela bateu nele.
"Ow! o quê?" Tobirama rosnou.
"Você de repente tem um ômega em casa, que acontece de ter um filhote e você claramente está fodendo ele. Onde ele dorme?" Tsunade começou, seguindo o grande alfa até a sala de estar.
"Em primeiro lugar, onde você esteve?" Perguntou Tobirama. Ele girou para encará-la quando eles estavam na sala de estar, longe o suficiente para não incomodar Izuna e Sasuke no andar de cima.
"Ocupada!" Ela desconversou, olhando para ele.
"Por seis meses? Convidei você para jantar e poder conhecê-lo há meses!" Tobirama disse.
"Eu tenho tentado lidar com as coisas ok?" Explicou Tsunade.
"Você quer dizer, ainda chorando por causa de Jiray-" Tobirama gemeu.
"NÃO!" Gritou Tsunade. "Não o traga para isso. Eu tenho tentado me recuperar."
"Já faz mais de um ano, Tsunade!" Tobirama enfatizou com condescendência.
"Quando você começou a foder seu empregado ômega?" Tsunade atacou.
"É mais do que isso. Eu o pedi para se meu companheiro." Tobirama confessou a ela, sentando-se no sofá.
"O QUÊ!?" Ela gritou. Tsunade olhou ao redor da casa, ômega e filhote claramente viviam ali. No entanto, havia algo cutucando sua cabeça, fazendo seu lobo ficar inquieto.
"Eu o amo, ele me ama. Nós temos Sasuke. É tudo o que eu sempre quis. Por que você está tão contra isso?" Perguntou Tobirama, já cansado desse argumento sem sentido.
Tsunade considerou suas palavras, tudo nela odiava essa situação. Então algo surgiu em sua mente e ela olhou para o irmão que a estava olhando confuso.
"Como ele tem um filhote Tobirama? Isso não é algo que um ômega solteiro teria; isso é raro. A menos que ele estivesse acasalado e seu alfa morreu. ou...?" Tsunade especulou. Ela estava olhando para ele. Ela sabia qual era a resposta e queria ouvir isso de sua boca.
Tobirama suspirou, passando as mãos no rosto antes de olhar para sua irmã.
"Ele era um caminhante de rua." Confirmou o alfa. Ele não conseguia chamar Izuna de prostituta ou puta. O ômega não era nenhuma dessas coisas para ele.
Tsunade fechou os olhos. A raiva irradiando dela.
"Você não aprendeu nada depois do que Jiraya fez comigo?" Insistiu Tsunade.
"Izu não é Jiraya, não é nada como Jiraya!" Gritou Tobirama.
Ela se apaixonou por um stripper ômega chamado Jiraya. Ele tinha sido doce e atencioso. Ele fez Tsunade se sentir como se ela fosse tudo o que importava no mundo para ele. Ela cuidou dele, tentou ajudá-lo a encontrar uma nova profissão. Tsunade pagou por tudo o que ele precisava, incluindo um carro novo. Um Camaro vermelho maçã 2015.
Jiraya, no entanto, estava usando ela. A enganou por meses, quase um ano, fazendo-a pensar que ela era a alfa que ele queria ou precisava. No final, ele lhe tomou tudo o que ela tinha. Seu dinheiro desapareceu. E para finalizar, ela o encontrou fodendo com outro alfa em sua própria cama... Ele a deixou devastada.
Depois disso, ela teve que fazer terapia para consertar seu coração partido e depressão. Tobirama e Hashirama a ajudaram financeiramente, enquanto ela colocava sua casa a venda. Ela se recusou a continuar lá depois de tudo o que aconteceu com Jiraya.
Ela não confiava nas putas ômegas, e para ela, era isso que Izuna era. Uma prostituta ômega com um filhote de um João Aleatório, aproveitando-se de seu irmão. Tsunade estava convencida de que Izuna estava tirando proveito dos valores de Tobirama por causa de seu "problema".
"Ele está apenas usando você!" Ela rosnou.
"Izu não é assim!" Tobirama o defendeu.
"Ele é uma prostituta! Como o vira-lata de um estranho!" Ela esbravejou.
De repente Tobirama estava de pé, seus olhos vermelhos de alfa brilhando perigosamente para sua irmã, que rapidamente recuou.
"Izuna é o meu ômega e Sasuke é meu filhote. Eles são a minha família e você vai moderar sua boca na minha casa." Tobirama advertiu, sua era voz baixa e impressionantemente calma, mas carregada pelo tom de alfa.
"Ele está usando você! Ele sabe que você-" Tsunade começou novamente, mas Tobirama a cortou, aproximando-se o suficiente para intimidar sua irmã.
"Ele não sabe sobre 'isso'. Ele não precisa!"
Os olhos castanhos de Tsunade ficaram largos. Seu irmão não havia contado seu segredo ao ômega... E o ômega obviamente não tinha ideia do que sua tatuagem significava. Ela deveria ter imaginado que Tobirama não contaria isso de bom grado a seu amante e, obviamente, era um ômega sem educação. Izuna não tinha ideia do que aquela linha negra significava.
"Ainda não gosto dele e ainda não acho que isso esteja certo!" Reforçou Tsunade.
"Isso é o que eu quero!"
"E quanto a Lisa? Ou Anna?"
Tobirama olhou para a irmã com incredulidade e disse com firmeza:
"Izuna será meu companheiro em breve, aceite isso!"
"Você vai se arrepender. Você não acredita em mim agora, mas você irá. Uma vez uma prostituta, sempre uma prostituta!" Tsunade rosnou de volta, antes de sair e bater à porta.
Tobirama deixou escapar um pequeno rugido irritado completamente sem paciência.
...
A visita ao médico para Sasuke foi agitada para dizer o mínimo. Izuna não conseguia parar de sorrir enquanto Sasuke batia palmas contente para o médico beta, Gabriel Sweets, que estava fazendo truques com balões para ele. Era óbvio que o bom médico amava filhotes.
Tobirama ficou de pé junto a Izuna, observando os olhos pretos de Sasuke se arregalarem, cheios de curiosidade para o médico sempre que criava um novo animal de balão.
"Então, eu acho que esta é a primeira vez que este adorável filhote vai ao médico?" Perguntou o Beta, removendo o nariz vermelho de palhaço.
"Sim!" Admitiu Izuna, enquanto Sasuke olhava para os três adultos na sala.
"Tudo bem, então vamos fazer um checkup completo, mas pelo o que eu posso ver, esse rapazinho está plenamente saudável. Eu apenas vou ter que tirar um pouco de sangue..." Explicou o médico. "No entanto, está claro que este pequeno tem um resfriado." Como se na sugestão, Sasuke espirrou e Izuna enxugou seu nariz suavemente, não querendo irritar seu narizinho mais do que já estava.
O doutor Sweets examinou a boca do filhotinho, as orelhas, e a secreção de seu nariz.
"Tudo bem, vou lhe prescrever um antibiótico leve para curar esse resfriado." Ele disse a eles, rabiscando algo em seu bloco de receitas. "Agora, esta parte, se Mama puder sentar aqui..." O beta apontou para uma cadeira com apoio para um braço. O médico tirou dois frascos pequenos e uma agulha. Os olhos de Sasuke se arregalaram, e ele começou a chorar.
"Oun, eu sei pequeno, ninguém gosta disto." O médico tentou fazê-lo se sentir melhor.
"DA!!!" Sasuke lamentou-se e para a surpresa de Izuna, começou a procurar por Tobirama.
O alfa não hesitou, ajoelhando-se ao lado de Izuna, ele colocou o rosto próximo ao de Sasuke, acariciando o filhotinho enquanto ele suave, mas ainda firmemente segurava seu braço, certificando-se de não deixar Sasuke ver a agulha.
Entre sua Mama e o alfa, ambos murmurando coisas doces para ele, acariciando e o beijando, o médico conseguiu tirar o sangue do braço do pequeno sem que ele percebesse.
"Obrigado, papai!" Exclamou o médico.
Tobirama continuou brincando com Sasuke dando beijinhos de cócegas em seu pescoço e o filhotinho gargalhava, quase perdendo o ar. Depois que o alfa parou as brincadeiras, ele beijou Izuna, fazendo com que a belo ômega se enrubescesse.
O resto da consulta foi tranquila.
(...)
O próximo mês consistiu em Tsunade parando na casa do irmão sempre que podia para repreender a existência de Izuna. Ela aparecia quando Tobirama não estava em casa para encurralá-lo. Ela repetidamente perguntava quais eram seus motivos. Lhe dizendo que ele era apenas uma prostituta, que ele não era bom o suficiente para Tobirama, que ele estava apenas se aproveitando de Tobirama, e usando o fato de ele ter um filhote para manipular seu irmão. Tobirama chegaria em casa para encontrar Izuna em lágrimas, e geralmente Tsunade já não estaria mais lá. Mas hoje, ela estava.
Tobirama entrou na casa, a angústia do ômega e o choro do filhote preenchia o ar. Ele podia ouvir alguém falando com raiva; ele já sabia que era sua irmã. Seu carro de patrulha estava em sua entrada.
"Vou me certificar de que Tobirama saiba quem você realmente é!" Tsunade gritou.
Tobirama entrou na cozinha, vendo as costas de Izuna voltadas para a sua irmã, e com Sasuke seus braços. O filhotinho estava chorando, olhando para Tsunade por cima do ombro de sua Mama, tentando rosnar para ela em meio ao choro. O ômega estava fazendo alguma coisa no fogão que cheirava a deliciosamente.
"Basta!" Rosnou Tobirama.
Izuna e Tsunade giraram para ver Tobirama na entrada da cozinha.
"Dada!" Sasuke gritou, chocando a todos. Izuna olhou para seu filhote de olhos arregalados, ele ofegou um riso surpreso antes de olhar para Tobirama.
O grande alfa estava olhando para Sasuke, que ainda estava procurando por ele. Seus olhos acobreados brilhantes e cheios de lágrimas.
Sasuke acabou de chamá-lo de "Dada" pela primeira vez.
"Ele apenas..." Tobirama não conseguia falar, em vez disso, ele atravessou a cozinha e pegou o filhote em seus braços.
"Dada!" Sasuke murmurou, escondendo o rosto no pescoço do alfa.
Izuna ficou muito feliz. Ele e Tobirama compartilharam olhares exasperados e felizes antes de se beijarem docemente.
"Que conveniente!" Tsunade rosnou, olhando para Izuna. O ômega se sentia exausto por causa dela. A irmã de seu futuro companheiro o odiava. Ela tentaria fazer de tudo para que Tobirama o deixasse.
"Tsunade!" Tobirama advertiu, segurando Sasuke que estava adormecido em seus braços.
"Cuidado, seu empregado ômega pode estar envenenando você." Ela destilou mais de seu veneno antes de sair da casa.
Tobirama olhou para Izuna antes de se desculpar.
"Sinto muito por ela."
"Sasuke disse Dada!" Izuna respondeu, claramente não querendo falar sobre Tsunade odiá-lo. Em vez disso, querendo se concentrar no incrível momento que acabará de acontecer.
Tobirama sorriu radiante.
"Sim, ele disse!" Sasuke estava dormindo em seus braços.
(...)
Tsunade tinha sido implacável em mostrar sua aversão por semanas. Aparecendo quando ela sentia que ela precisava descarregar sua raiva sobre o ômega, e depreciaria Izuna em todas as oportunidades em que Tobirama não estivesse por perto. Tobirama estar em casa também não a impedia. Ela repetidamente dizia a ele que Izuna não era mais do que uma prostituta e tentava plantar dúvidas na mente do grande alfa.
Ela continuaria perguntando a Izuna sobre sua vida como prostituta. Ah quantos alfas e betas ele tinha servido; e quantos filhotes ele realmente teve? Sasuke foi o único que sobreviveu? Ou ele teve abortos? Quantos "Joãos" ele estava atendendo agora em seu tempo livre quando Tobirama não estava em casa? Ele os trazia para a cama de Tobirama?
Suas perguntas eram sempre carregadas de ódio. E era sempre esse tipo de perguntas quando Tobirama não estava em casa.
Uma vez, Tsunade entrou na casa e os flagrou fazendo amor na cozinha uma noite. Tobirama levantou Izuna para se sentar no balcão, levantou seu vestido e eles fizeram amor forte e rápido. Izuna segurava os ombros de Tobirama e se apoiava com a outra mão no balcão para evitar que ele se afastasse de seu alfa quando as estocadas de Tobirama vinham rápidas e profundas. Uma das mãos do alfa estava no cabelo escuro do ômega, seus lábios devorando sua boca. Sua outra mão livre apertava firmemente a bunda de Izuna, mantendo-o no lugar.
Tsunade os assistiu perdidos um no corpo do outro. Depois de um tempo, ela girou nos calcanhares e saiu da casa enquanto batia a porta do caminho. Foi assim que eles perceberam que ela estava na casa. Tobirama se afastou de Izuna com os jeans desfeitos, segurando-os com as mãos, ele foi até a janela da frente apenas a tempo de ver sua irmã acelerar em disparada pela rua.
Depois ela perguntaria a Tobirama se ele sabia o que Izuna fazia quando ele não estava em casa. Se ele sabia que Izuna deixava a casa por horas.
O último mês revelou-se bastante difícil. As inseguranças e os medos de Izuna mantiveram-se repetidamente vindo à tona com as palavras odiosas da irmã de seu amante. Tobirama no entanto, assegurou-lhe uma e outra vez de que ele precisava dele, e que o amava.
Uma noite, Izuna silenciosamente sentou-se para assistir as notícias da TV, alimentando Sasuke com uma mamadeira enquanto afundava no sofá. Ele podia ouvir Tobirama brigando com Tsunade na academia interna de Tobirama. Mesmo com a porta fechada.
O ômega aumentou o volume da TV, tentando não ouvir as palavras odiosas.
A imagem de um alfa muito familiar de repente apareceu na tela sobre a mulher que dava as notícias.
"O alfa Luc Lazarus, um conhecido traficante de drogas e cafetão, foi encontrado morto hoje em sua casa com doze tiros. Testemunhas dizem que ele foi alvejado por um dos ômegas que eram forçados a trabalhar para ele.
Em outras notícias, um carro bateu em cinco pedestres-"
Izuna desligou a TV. Luc estava morto. Ele nunca mais precisaria se preocupar com o alfa. Ele nunca disse a Tobirama sobre o que aconteceu, e ele também não estava planejando contar sobre isso. Essa parte de seu passado foi resolvida. Pelo menos, ele estava tentando deixá-lo para trás, mas Tsunade se recusava a deixar isso morrer. O ômega estava agradecido que ela não conhecesse os detalhes horríveis. Ele nunca disse a Tobirama nenhum detalhe. E ele não planejava contar. Ele tinha medo de que Tobirama mudasse de ideia sobre querer ele.
(...)
"Eu não posso acreditar que eles dormiram juntos!" Mito estava falando sobre uma novela que ela havia apresentado a Izuna. Eles eram completamente viciados nela.
Izuna ria enquanto ela comentava sobre o episódio do dia anterior que eles assistiram.
Tobirama estava no trabalho e Izuna ficou aliviado por ter Mito em casa. Ele estava esperando que Tsunade aparecesse novamente, como ela sempre fazia.
"Ah me conta tudo, eu posso dizer que algo está te incomodando. Você até cancelou nossas últimas três sessões de ioga, e você ama ioga." Mito insistiu quando viu o quão chateado ele pareceu de repente. Ela colocou sua mão sobre a dele gentilmente. "Izu, fale comigo!" Ela implorou.
Izuna olhou para ela, depois desviou o olhar. Ele não se incomodava em falar com Tobirama sobre seus sentimentos quando se tratava de Tsunade. O alfa já tinha uma boa ideia de como sua irmã era. Izuna também não queria fazer o tempo que ele tinha com Tobirama ser em falar sobre Tsunade.
"Você... Você se dá bem com Tsunade?" Ele perguntou com cuidado. Se Mito e Tsunade fossem amigas, ele manteria seus sentimentos para si mesmo. Ele não queria perder a única amiga que ele já teve e Mito era boa para ele.
"Honestamente? Não. Nós não nos olhamos nos olhos. Ela é muito... Irritadiça." Afirmou Mito."E ela já deixou bem claro o que ela sente sobre você." Acrescentou.
Izuna ergueu a cabeça e olhou para ela. Mito parecia triste e olhou para ele com olhos baixos.
"Ela parou em nossa casa recentemente, exigindo que Hashirama fizesse Tobirama ouvir sua razão e o jogasse pra fora de casa." Explicou Mito, observando os olhos de Izuna tremularem. "Hashirama se recusou, lhe dizendo o quão bom você era para Tobirama, defendendo você. Ela gritou um pouco mais com ele e depois foi embora." terminou.
Izuna assentiu com a cabeça e os olhos úmidos. Ele olhou para Sasuke brincando no tapete com seus blocos do alfabeto, completamente encantado. Os bloquinhos eram os seus mais novos brinquedos favoritos.
"Ela está sempre aqui, discutindo com Tobirama sobre mim... Eu não quero ser um problema para ele." Izuna desabafou, ele confiava Mito.
Tobirama repetidamente lhe disse que tudo estava bem, que Tsunade viria agora, mas ela teria que aceitar isso uma vez que eles acasalassem.
"Não sei o que fazer!" Ele confessou.
"Se Tobirama diz que tudo ficará bem, então acredite nele. Além disso, seu cio está chegando na próxima semana, certo? Você ainda quer que eu fique com Sasuke?" Mito perguntou e sorriu, olhando para Sasuke brincando com seu joguinho.
Este seria o segundo cio de Izuna desde que ele teve Sasuke. O primeiro cio depois que seu filhote nasceu chegou quando Sasuke tinha apenas dois meses de idade. Tinha sido muito difícil cuidar do pequeno filhote necessitado. Ele vestiu tantas camadas de roupa quanto podia, não querendo que seu aroma forte do cio atingisse o olfato sensível de seu pequeno enquanto o alimentava e banhava. Durante três dias, ele lutou contra a insaciável necessidade de transar com qualquer coisa. Depois de cuidar de Sasuke, ele iria para o seu quarto e se fodia desesperadamente com o único nó falso que ele tinha. Nunca era suficiente, mas ele ficou tão agradecido quando acordou em sua banheira, quase um dia depois, o calor tinha desaparecido, e ele estava nu e coberto com a sua própria lubrificação e sémen.
O choro de Sasuke o trouxe de volta para a realidade e ele correu para ir encontrar seu filhote. Ele estava chorando, com fome e tinha a fralda cheia, mas estava vivo. Ele repetidamente implorou para que seu filhote o perdoasse enquanto o limpava. Ele banhou e alimentou o pequeno que rapidamente caiu no sono, uma vez que estava satisfeito. Izuna tomou banho depois, arrumou sua cama destruída, limpou e arejou o quarto abrindo as janelas.
Desta vez, Mito e Hashirama queriam cuidar de Sasuke durante o seu cio, então ele e Tobirama poderiam acasalar. Sasuke não estaria sozinho. Mito até admitiu que a prática seria boa para quando eles tivessem seu próprio filhote.
Izuna olhou para a pulseira que Mito usava, e então olhou para a sua grande marca de mordida no pescoço dela. Ele já havia perguntado a ela por que ela ainda usava o colar dela quando ela era claramente acasalada com a mordida e sua pulseira de ouro impressionante.
Mito explicou que era mais fácil classificar-se por sua profissão do que por uma ômega acasalada. Ela já testemunhou que alguns ômegas passavam por mal entendidos e queria se manter segura. Izuna entendia isso.
"Ouça, não se preocupe com Tsunade. Quando você e Tobirama forem casados isso irá acabar. Você vai ver." Mito o confortou.
Izuna sorriu para ela e ligou a TV no programa de ioga. Não era domingo, mas Mito o fazia se sentir mais seguro de alguma forma. Quando começaram, Sasuke se arrastou para a frente deles para assistir. Seus grandes olhos pretos os observando com admiração quando eles mudavam de posição, ambos os ômegas tinham os olhos no pequeno quando a porta da frente foi aberta.
Izuna gemeu quando Tsunade entrou na casa, vestindo o seu uniforme da polícia.
"Oh, Mito, então é o seu carro lá fora." Comentou a alfa baixa, parecendo desapontada.
"Bom te ver também, Tsunade." Mito ironizou mudando-se para outra posição. Izuna seguiu seu exemplo, não se incomodando em ser agradável e cumprimentar alguém que não se importava com ele. Em vez disso, o ômega pegou seu filhotinho e começou a salpicar seu rosto com beijos.
O telefone da casa tocou e Izuna levantou-se para atender, mas Tsunade tomou a frente e chegou primeiro, virando as costas para Izuna enquanto atendia.
"Alô?"
Mito deu a Izuna um "o que diabos?" olhar. Izuna encolheu os ombros e foi para a cozinha.
"Aqui, prostituta, é para você!" Tsunade grunhiu, colocando o telefone no balcão e deixando a casa sem dizer outra palavra.
O ômega pegou o telefone.
"Alô?"
"Hey, querido!" Era Tobirama, e Izuna não podia evitar o seu sorriso.
"Olá Tobirama!" Izuna respondeu com felicidade.
"Eu devo estar em casa às seis, você precisa que eu pegue qualquer coisa no caminho?" Tobirama perguntou.
Eles pararam de mencionar a interferência quase constante de Tsunade em suas vidas. Izuna estava cansado de ouvir Tobirama se desculpar por ela, e Tobirama já estava irritado por ter que sempre fazer isso.
"Não, só você!" O ômega disse manhoso, ouvindo Tobirama dar uma risada no outro lado da outra linha.
"Tudo bem, até mais então. Eu amo você." Tobirama prometeu.
"Eu também te amo!"