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By H0UISWEATHER

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Harry Styles não tinha nada. Perdeu seus pais em um acidente quando ainda era uma criança e, ao fazer dezoit... More

Prólogo
01: um achado
03: uma nova chance
04: uma repaginada
05: um primeiro dia agitado
06: uma rotina agradável
07: uma comemoração merecida
08: uma mudança de ares
09: um primeiro beijo
10: uma doce surpresa
11: um dia de sol
12: uma noite especial
13: um grande evento
14: um mal entendido
15: uma distração bem-vinda
16: uma experiência inédita
17: um começo difícil
18: uma armadilha cruel
19: um par indestrutível
20: um natal mágico
21: um aniversário memorável
22: um acerto de contas
23: um final feliz

02: um milagre

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By H0UISWEATHER

O dia de Mark Tomlinson começou como todos os outros. Ele acordou, nadou durante alguns minutos na piscina que ficava em sua casa e depois voltou para o quarto a fim de se arrumar para o trabalho.

Tomou café com sua esposa, Jay, e seus dois filhos, Louis e Charlotte, ouvindo sobre o que todos fariam nas próximas horas. Por volta das nove da manhã, estava pronto para sair de casa.

Foi aí que as coisas mudaram um pouco. Antes que pudesse se dirigir ao seu primeiro compromisso do dia, seu celular tocou e o nome da sua assistente pessoal apareceu na tela.

– Bom dia, Carol - ele falou quando atendeu o telefonema.

Bom dia, senhor Tomlinson - respondeu educadamente - Tenho uma notícia sobre o dono da propriedade que nós estamos tentando adquirir.

Mark era dono de doze restaurantes espalhados por Londres, e não pretendia parar por aí. Sua carreira no ramo começou quando sua Johannah acabou sua faculdade de gastronomia e decidiu abrir seu próprio negócio.

Ele não era rico, mas tinha algum dinheiro guardado e entrou na sociedade como investidor. Ninguém imaginava que, anos depois, aquele restaurante seria um dos maiores do país e também o primeiro de um império.

Não havia na cidade quem não conhecesse os Tomlinson. Eram uma família muito rica e popular, sempre marcando presença em eventos e primeiras páginas de jornais e revistas.

Jay continuou como chef ali onde começou, mas treinou todos os responsáveis pelos estabelecimentos que vieram depois. Os filhos do casal tiveram as melhores oportunidades e aproveitaram seus privilégios para construírem nomes para si mesmos.

Louis seguiu os passos da mãe e hoje, aos 26 anos, estava à frente da cozinha de um dos restaurantes mais prestigiados do portfólio da família.

Sua irmã, Charlotte, começou muito nova nas redes sociais e agora era uma grande influencer, somando mais de 10 milhões de seguidores apenas no seu Instagram.

A dupla era a realeza da sociedade londrina, todos queriam ser eles ou ter eles, o que fosse mais fácil de conseguir.

Apesar do sucesso já alcançado por todos, a expansão não podia parar e, por causa disso, Mark estava em negociações para comprar um prédio e instalar sua mais nova aposta ali, um restaurante de cozinha brasileira, mas com um toque requintado.

Era sobre isso que sua assistente falava no telefone aquela manhã. O dono do local estava dificultando a venda e isso estava estressando Tomlinson, que só queria acabar com aquela parte da coisa e partir para a construção do local em si.

– O que ele queria? - perguntou já cansado.

Ele concordou em vender - falou, mas seu tom de voz indicava que não era só aquilo.

– Por que eu sinto que tem uma pegadinha?

Ele gostaria de uma parcela do pagamento em espécie - ela disse hesitante.

– Quanto? - perguntou curioso. Não era comum que essas transações fossem feitas em dinheiro vivo, para isso existiam bancos.

Trinta mil libras.

– Ele quer trinta mil libras na mão dele? - perguntou chocado - O que nós somos, criminosos?

Ele não explicou seus motivos, mas eu ouvi rumores.

– Nunca achei que fosse tirar proveito do seu lado fofoqueiro - suspirou - Mas o que você escutou?

Vou tentar não me ofender e contar que, segundo minhas fontes, ele está com problemas com apostas e o prazo para o pagamento das suas dívidas é muito curto - explicou mais animada do que deveria.

– Era só o que me faltava - bufou frustrado - Para quando ele quer isso?

Hoje, senhor. Ele foi bem claro quando disse que esse é o único jeito de fecharem o negócio.

O fato é que isso já vinha se estendendo por alguns meses e toda a papelada estava pronta, esperando apenas a assinatura do atual proprietário do imóvel.

Sem querer alongar ainda mais aquela dor de cabeça, Mark decidiu que era melhor fazer o que o homem queria e acabar logo com aquilo.

– Ligue de volta e marque uma reunião para às 18:00 - instruiu sua assistente - Eu terei o dinheiro até lá.

Quando o telefonema se encerrou, o homem refez todos os seus planos para aquele dia em sua cabeça. Teria que ir ao banco e fazer com que eles realizassem aquele saque enorme, ele já estava cansado só de imaginar.

Com uma última respiração profunda, ele criou coragem e pegou suas chaves para ir fazer o que precisava ser feito.

Duas horas depois, saiu da agência bancária com uma bolsa de dinheiro na mão. Sua cabeça doía pelo estresse que essas burocracias sempre causam, só o que ele queria era dar aquele dia como encerrado.

Como uma recompensa pelo que tinha enfrentado, resolveu parar em um carrinho de churros que existia no parque que ficava em frente ao local onde passou sua manhã.

Comprou dois doces, aproveitando que sua mulher não estava ali para julgá-lo, e foi se sentar em um banco para aproveitá-los com calma. Mark Tomlinson era uma formiga, mas sua esposa cuidava da alimentação da família como uma militar, o que significa que momentos como aquele eram raros.

Estava distraído aproveitando o sabor de canela e doce de leite, quando um barulho alto chamou sua atenção. Na sua frente, uma moça tinha acabado de ser atropelada por um carro que fugiu sem prestar socorro.

Ele largou tudo e correu até ela, confirmando que não tinha sido nada grave. Ela estava consciente e falando, mas sua perna estava em uma posição estranha.

Como boa pessoa que era, ele se ofereceu para levá-la até o hospital mais próximo e ficar até que alguém pudesse encontrá-la lá. A adrenalina do momento foi tanta que ele deixou tudo para trás, inclusive a mala que carregava o pagamento que faria mais tarde naquele dia.

Foi só uma hora depois, quando confirmou que a mulher estava bem e pôde ir embora, que lembrou da maleta. Seu rosto ficou pálido e ele dirigiu com pressa até o parque onde esteve mais cedo, torcendo para sua bolsa ainda estar lá.

Decepcionado, ele constatou que alguém já tinha passado por ali e a levado embora. Perguntou para algumas pessoas da região, mas ninguém parecia ter visto nada.

Ele era um homem rico, muito rico até, mas ainda era muito dinheiro e ele não gostaria de perdê-lo assim por uma desatenção. Além disso, ainda precisava fazer o pagamento combinado em algumas horas.

Seu desespero estava quase tomando conta do seu corpo quando seu celular tocou e a foto de Louis apareceu em sua tela.

– Oi, filho - disse com a voz cansada.

Ei, pai - o mais novo cumprimentou - Você perdeu alguma coisa hoje?

– Como você sabe disso? - perguntou confuso enquanto olhava ao redor, pensando que o mais novo talvez estivesse por perto testemunhando sua desgraça.

Deixaram uma mala com um conteúdo bem interessante aqui no restaurante - explicou com a voz maliciosa - Você está pensando em fugir da cidade ou entrou para uma gangue?

– É sério? - disse com um pouco de esperança de que não estava tudo perdido - Está mesmo aí?

Sim, um dos meus funcionários me entregou quando eu cheguei - confirmou - Vai me explicar ou não?

– Te conto pessoalmente - prometeu - Estou indo praí.

Mark desligou a ligação sem esperar uma resposta e correu para o seu carro, dirigindo com um ânimo renovado até o restaurante que seu filho comandava.

O lugar era extremamente badalado e exclusivo, a fila de espera por uma mesa chegava a dois meses. Todos queriam a chance de provar a comida de Louis Tomlinson e o hype do lugar nas redes sociais também ajudava nas reservas.

Chegando lá, o mais velho entrou apressado pela porta e foi diretamente para a cozinha, onde sabia que encontraria seu herdeiro. Como previsto, lá estava ele, dando ordens para a equipe sobre o jantar daquela noite.

Louis podia ter tido vantagens na vida, mas não deixava de levar seu trabalho a sério. Para além do seu nome, ele era um sucesso pelo seu talento e seu comprometimento com a gastronomia.

Só quando a rodada de instruções acabou, ele percebeu a presença do pai. Com um sorriso travesso, caminhou até seu escritório sem precisar pedir em voz alta que o homem o seguisse.

– Aqui está - falou tirando a mala recheada de um cofre - Que banco você roubou?

– Eu saquei na minha agência aqui perto - esclareceu - Mas aí tudo virou do avesso e eu perdi a bolsa de vista.

– E eu posso saber porque você está andando com esse tanto de dinheiro vivo por aí? - perguntou curioso - É perigoso!

– Foi uma exigência do dono do espaço para o restaurante novo, com quem eu tenho que me encontrar em menos de duas horas - explicou cansado - Mal posso esperar, estou doido para me livrar dele. Como isso chegou nas suas mãos?

– Um dos meus garçons disse que um morador de rua veio aqui te procurando, deve ter achado e lido o nome da etiqueta - disse dando de ombros - Ele não te encontrou, mas não podia esperar, então deixou aqui e foi embora.

– E você contou o dinheiro?

– Trinta mil libras - informou - Tinha mais antes?

– Não, está certo - disse impressionado - Não acredito que o homem devolveu tudo, sem tirar um só centavo.

– Acho que ainda existem pessoas honestas no mundo.

– Posso falar com o seu garçom? - pediu - Queria saber mais sobre isso.

– Claro - concordou e foi buscá-lo.

Enquanto esperava, Mark refletia sobre o milagre que tinha recebido naquele dia. Era de se esperar que qualquer pessoa que achasse aquela mala considerasse um presente, especialmente alguém que precisava do dinheiro, mas mesmo assim ele a recebeu de volta sem nenhum desfalque.

Isso era prova de um caráter impressionante, algo realmente formidável nos dias atuais. O homem queria saber mais sobre aquela pessoa tão honesta e, se estivesse ao seu alcance, ajudá-la da forma que pudesse.

Saiu de seus devaneios quando a porta foi aberta e Louis passou por ela com um moreno de olhos azuis parecendo nervoso atrás de si.

– Você que recebeu a mala? - perguntou para o desconhecido.

– Fui eu, sim - confirmou trêmulo - Eu juro, senhor Tomlinson, eu entreguei do jeito que eu recebi. Não tirei nenhuma libra.

– Está tudo bem, eu sei disso - o tranquilizou com um sorriso gentil - Na verdade, eu queria te perguntar sobre o rapaz que a devolveu.

– Ah, ele entrou aqui com ela e o Luke o colocou para fora de um jeito bem rude, aí eu fui atrás dele ver o que ele queria - começou a contar - Daí ele me perguntou se eu conhecia um Mark Tomlinson e depois me contou que tinha achado uma bolsa com uma etiqueta com o nome do senhor.

– Ele não quis esperar por mim ou pelo Louis?

– Ele não podia. Estava com pressa, eu não sei bem porque, e por isso que ele deixou a mala sob minha responsabilidade. Quando o Louis chegou, eu entreguei logo para ele.

– Você sabe quem é esse homem?

– Não, senhor - disse meio chateado - Ele só me disse que se chamava Harry.

– E a aparência dele? - insistiu.

– Alto, branco, cabelos na altura dos ombros com alguns cachos, olhos verdes. Eu dei comida para ele antes dele ir embora, mas não se preocupe porque eu vou pagar.

– Não precisa se preocupar com isso - o mais velho disse gentil - É o mínimo que ele merecia depois de me ajudar tanto.

– Eu posso ir agora? - Niall perguntou - Preciso me preparar para o serviço do jantar.

– Pode sim - Mark confirmou - Obrigado pela ajuda, vamos conversar sobre um aumento.

– Imagina, não foi por isso que eu...

– Eu sei disso - garantiu - Mas mesmo assim, você merece.

Horan agradeceu com um sorriso imenso e saiu apressado, deixando pai e filho sozinhos no escritório.

– Eu preciso encontrar esse rapaz - o mais velho falou - Não vou sossegar enquanto não fizer algo por ele.

– Mas como? - Louis perguntou confuso - Essa cidade é imensa e você só sabe o primeiro nome dele.

– Vou dar uma olhada no parque em que eu perdi a bolsa amanhã, procurar por alguém que encaixe com a descrição que o seu funcionário nos deu.

– Vai ser preciso um milagre para você achá-lo.

– Acho que estamos tendo alguns desses ultimamente - comentou divertido - Mas agora preciso ir, tenho uma reunião daqui a pouco.

– Nos vemos em casa?

– Claro, até mais tarde - falou e deixou um beijo na testa do filho - Bom trabalho.

Mark saiu daquele lugar com determinação para encontrar seu anjo da guarda e fazer o possível para retribuir o milagre que lhe foi oferecido.

Ei! Eu tava planejando postar att só no domingo, mas ficou pronta antes e a fic pegou 100 votos, então eu pensei "porque não?".

Essa história foi muito pensada por mim, tenho ela planejada já tem uns meses, eu espero que vocês gostem dela tanto quanto eu.

Não deixem de comentar durante os capítulos, é a minha parte favorita.

Até breve, beijos :)

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Onde Louis é homofóbico e a chegada de Harry na universidade traz diversas mudanças em sua vida. 《@hapiIarry e @cindigyc》