De volta à Cabana (Disponível...

By Legotosa

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Quando criança a história preferida de Megan sempre fora a chapeuzinho vermelho.E sem saber o cruel destino,a... More

Personagens
Epígrafe
Prólogo
Capítulo 1-Paranóica
Capítulo 2-Eu te protejo
Capítulo 3-Consequência
Capítulo 4-Olhar assassino
Capítulo 5-Não olhe para trás
Capítulo 6-A observadora
Capítulo 7 -Pequena cabana
Capítulo 8-De volta à cabana
Capítulo 9-Bem dele e o nosso...
Capítulo 10- Um acordo
Capítulo 11- Minha Megan
Capítulo 12-Fique longe dela
Capítulo 13- Recuar para atacar
Capítulo 14- Duas almas a mesma sepultura
Capítulo 15- Um de nós irá morrer
Capítulo 16- O fruto de nossa redenção
Capítulo 17- Não ressucitará dos mortos
Capítulo 18- Último fio de esperança
Capítulo 19-Regras do jogo
Capítulo 20- Um lugar à minha espera
Capítulo 22- Mercê dela e da floresta
Capítulo 23- Frio lá em cima
Capítulo 24-Maldito sorvete
Entre amor e guerra
Capítulo 25- Inferno
Capítulo 26-Monstros
Capítulo 27-Mil milhões
Capítulo 28-Sete palmos
Aviso Importantíssimo

Capítulo 21-Espectro de mim mesma

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By Legotosa

Sentia os grãos de areia úmidos do solo contra meus pés em um disputa por todo o caminho. Os topos das árvores se curvavam para observar de perto a corrida que inebriava minha pele corada e propagava contra os ares, meus cabelos iluminados pelo feiches de luz lunar, ao qual, dificilmente penetrava os paredões de cascas e telhados de folha sombrias. O ar ficava mais denso e a gravidade poderia não existir de tal forma que minha concepção estava se distorcendo a cada passo em direção a camada gelatinosa, como uma aurora boreal, flutuando graciosa com suas cores em degrade contrapondo a penumbra que o boque mergulhava. Nenhum som além de minha respiração e o protestar de meu coração era ouvido, se não, aos longo gritos despurtados pelo cantos angelicais que banhavam a floresta com sua majestosa graça.

Era difícil evitar sorrir. Nada parecia com aquilo. O despertar de minha alma balançava conjunto a camada hipnotizate. Apenas mais alguns passos seria o suficiente para desfruta-la inteiramente. Os ventos uma vez sorrateiro e sussurante, agora, se condensavam ao ar com pequenas moléculas de água que subsidiam o solo.

Um coral de sussuros se deu quando a ponta de meus dedos rocharam contra a viscosidade desta. Diferente da outra ao qual uma vez atravessara. Está se não, era deslumbrante e desegnava a mim sentimentos de ância. A adrenalina em minhas veias congelaram-se abruptamente quando a gosma consumia-me desde as pontas do meu dedo até o antebraço, quando sem poder mais me locomover, a dor devastava meus tecidos e músculos. Era se não tão degradante quanto amputar os membros sem anestesia, mas desta, referia-se a alma, dissoadindo-a para quebranta-la. Não poderia mais resistir, estava sendo consumida sem protestos. O som angelical se perdia em meio aos meus gritos de dor que abragiam desde as colinas, as copas das árvores agitadas.

A escuridão devastava tudo em meu entorno quando a floresta já parecia inóspita para seu intrusos. Mais gritos dissoaram contra as correntes de vento e a rajada das águas batendo contra as pedras no rio. Minha consciência estava sendo arrancada por aquela camada invisível à um fio de desintegra-la e dissipa-la ao nada, como era feita.

De uma forma terrível, nunca havia antes pensado na sensação da morte. Mas agora constante, sentia-a impregnar em minha veias e amolecer minha cabeça, ao ponto de não conseguir distinguir o que seria mera ilusão e confusão de pensamentos perturbadores acerca, ou se, construia de ante aos meus olhos uma nova realidade hostil e perigosa. Antes que os fechasse de tão pesados, mãos puxaram meus ombros em uma contra força brutal. A resistência desta para com o meu corpo, cessou-se segundos após e no entanto ainda me sentia fragilizada e anestesiada em todos os aspectos. Contudo, seus olhos verdes, dilatados mesmo estando em escuridão exaustiva aclamaram-me de imediato, como se fosse um anjo. Meu anjo da guarda. Por alguns minutos permiti ser consolada por seus braços e acreditar, mesmo com o raciocínio voltando que, ele não era o assassino cruel que vira massacrar meu grupo de amigos.

Apenas por cinco minutos...Sua respiração aflita foi tudo que consegui dicernir perante ao meu coração desajustado. Seu cheiro confortou-me mais que as palavras que pudessem ser pronunciadas mediante ao sobrenatural. Meus olhos agora molhados e embaçados contra a ventania que perpetuava a floresta umbral, visalizaram a silhueta de dois homens distinguir-se com a pouca claridade.

-MEGAN!-Christopher berrou com todas as suas forças antes que seus grandiosos braços tomassem meu corpo para si. Senti suas lágrimas molharem meus cabelos e pingarem contra a minha bochecha. Seu aperto em demasiado causou-me uma leve falta de ar, no entanto, não me permiti reclamar, estava segura-Megan! Megan! Fale comigo!-ordenou levantando meu queixo para encarar meus olhos sem vida, constatei, por sua faceta carrancudo exalando preocupação-Merda! Eu pensei que você estava segura!-condenou com palavras que estavam cada vez mais difíceis de captar-Me perdoe!-sussurou abraçando-me quase desfalecida-Me perdoe, querida...Você sabe que eu te amo mil milhões...-o calor de seu corpo foi a última coisa a ser sentia quando, aos poucos e gradualmente, fui caindo para inconsciência.

O ar aos poucos fora preenchendo meus pulmões e clareando minha mente nebulosa para sentindos sinestesicos; o cheiro úmido da terra sob a presença da brisa molhada dos rios, o exalar e desatar dos brotos sendo arrastados em conjunto. A ausência do calor do Sol causou-me arrepios e logo quando meus olhos se apossaram da escuridão inospita, os fatos atravessaram-me como uma rajada tempestuosa. Levantei-me confusa mergulhando na realidade novamente, onde os bosques ainda faziam parte, contudo, a blusa estampada de Christopher fora substituída por um longo manto vermelho escarlate com um capuz auxiliar. A angustia consumiu-me em instantes mas procurei manter a calma visualizando o labirindo imenso de árvores espalhadas.

As rajadas de ventos perpetuadas contra meu corpo fez-me estremecer e sem que eu precisasse, o capuz auxiliado pelas correntes protegia meu rosto sob ele. Como o umbral que era, dei passos cautelosos marcando o solo ao qual passava, buscando o rumo para qualquer lugar seguro.

Se houvesse algum.

O barulho terrível do silêncio misturado com o mistério e banhado pela luz luar fez com que a eufória pulsasse em minha veias. Minhas pernas diante disto, começaram uma disputa contra as árvores e qualquer ser que ousasse perambular em meio a escuridão. A capa chacoalhava conforme o ritmo das passadas e embora o desespeiro me consumisse de imediato, o gélido ar rachasse meus lábios e corasse minha pele palida e trêmula, não ousei parar.

Captava sons de galhos se partindo sob a penumbra. Algumas aves que dormiam, gorjeavam assustadas em busca de libertação diante do mal que  se alimentava da vida e agora estava atrás de mim, correndo contra o soprar das corrente e dissipar da névoa sob a sola dos pés. E pela primeira vez deste tormento, imaginei aonde Christopher poderia estar, por que era lá o ponto mais seguro para se estar.

Coforme a sinfonia em meu peito me denunciava a aflição, a presença estranha se aproximava instigada por meu desespeiro. Ao arriscar olhar para trás encontrei em um vislumbre, uma fera de terríveis olhos amarelos e dentes afiados prontos para me decepar no jantar. Em quatro patas, meu assassino inumano me alcançaria em questão de minutos.

Meus pés cederam a ladeira em um impulso, o fôlego já falatava em meus pulmões quando rugia entre o meio de uma árvore partida, uma camada transparente, refletindo minha silhueta quase ser consumida pela figura maligna e grandiosa em minhas costas. E antes que pudesse me pegar, joguei meu corpo para mergulhar no nada encontrando uma luz que cegava veemente meus olhos até que deixa-los abertos fosse uma terefa impossível. Contudo, ainda poderia sentir as garras da besta fincarem-se rapidamente contra minhas costas ao ponto de sucumbir a capa vermelha para si.

Fechei meus olhos com força resmungando contra o ponto de luz. E antes que pudesse abrir meus olhos uma risada cortou sob ambiente.

-Está bem, resmungona...-cedeu retirando a lanterna que iluminava meus olhos-Me parece que a senhorita não está com conjutivite...-a escuridão se apossou deles rapidamente para se acostumar em sua ausência ao ponto que, outra voz cortava o ambiente.

-Que alívio! Estava preocupado com essa irritação nos olhos dela...-a voz de Christopher inundou meus ouvidos fazendo com que meu peito explodisse repentinamente. Encontrei-o parado a porta e sem reparar em qualquer detalhe, corri para seus braços com receio de que tudo fosse uma mera ilusão-Querida eu também senti sua falta...-comunicou retirando-me do chão para apertar-me ainda mais. A risada do outro homem soou mais uma vez e logo quando meus pés foram postos no chão percebi o quão grande Chritopher era em relação a mim. O outro, da mesma forma comprimentou o ruivo em um aperto de mãos e o crachá com o "Dr." escrito reluzia quando em contato com a luz da lâmpada.

-Megan, foi bom conhece-la!- o velho homem comentou apertando levemente uma de minhas bochechas e saindo corredor a fora. Tentei falar ou ao menos questionar sob os acontecimento inexplicáveis de mais cedo, no entanto, minha voz já não me obedecia, muito menos meus sentimentos ou ações.

Segui Christopher por uma casa grandiosa e aconchegante para sua varanda, aonde agora uma caminhonete azul metálica encostava-se. Ainda estavamos em meio a floresta. E mais uma vez, como segundos atrás, senti meu peito rugir de alegria e amor, quando quem descera do automóvel fora Antônio e Jhon. Corri em suas direções sem que ouvesse reluta ou controle de meus pés sob os degraus brancos, para atingir o bosque outonal carregado de mantos de folhas.

-Princesa!-o loiro de imediato se ajoelhou para pegar-me e jogar-me contra o ar. Os sentimentos se deliciavam em meu coração frenético.  Sua barba esfregou-se contra minha bochecha causando-me casquinhas e foi quase inevitável não rir. Fui passada para os braços fortes de Jhon que bagunçava meus fios de cabelos loiros.

A confusão se apossava em meu inconsciente quando vi refletido pelo vidro escuro do carro, nossos reflexos simultâneamente se abraçando. Onde eu era apenas o espelho de uma criança sorridente, com pequenas entradinhas entre os dentes e olhos brilhantes. Porém, nenhum dos meus sentimentos eram capazes de afetar a camada exterior de m'alma. Eu era um espectro de mim mesma.

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