Eucalyptus - Versão Tobiizu

By LarryQuebrandoOTabu

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[ESTA HISTÓRIA NÃO FOI FEITA POR MIM, MAS TENHO TODO O APOIO E A PERMISSÃO DA @PRINCESSTYONGIE PARA POSTAR... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27

Capítulo 8

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By LarryQuebrandoOTabu


Fazia um mês desde que Izuna tinha se mudado e começado a trabalhar como o ômega da casa de Tobirama. 

Tobirama procurou abrir uma conta para Izuna como ele havia mencionado, ele queria que Izuna tivesse uma conta bancária pra que ele pudesse ter seu próprio cartão de crédito, mas antes que ele pudesse fazer isso, Izuna teria que ir ao DRPO, Departamento de Registros de Profissões Ômega. Ele teria que mostrar uma prova de seu novo emprego, passar por exames médicos, e ser submetido a um relatório detalhado de seus antecedentes profissionais. 

Assim, bem cedo no dia seguinte, Tobirama e Izuna acomodaram Sasuke em sua cadeirinha no banco de trás do carro, juntamente com uma bolsa de fraldas, e seguiram para o departamento oficial. O percurso não demorou muito e logo eles estacionaram em frente ao local. Do lado de fora do Impala, o prédio do governo parecia extremamente intimidante para Izuna. 

Havia chance de ele ser rejeitado e forçado a volta para sua antiga profissão. Depois que Tobirama descobriu isso e contou a ele, Izuna tentou manter-se forte. Ele não deixou que o pânico e suas lágrimas viessem à tona até ficar sozinho em seu quarto. No entanto, ele sentia que o alfa tinha conhecimento disso, e talvez o tenha ouvido chorar. 

O alfa lhe disse que suas chances eram boas, especialmente porque ele tinha Sasuke. Seu filhotinho desempenharia um importante fator no caso. Outro bom fator era que Tobirama era um ex-fuzileiro, e atualmente um policial. Isso também o ajudaria. 

"Vai dá tudo certo, você vai ver." Tobirama tentou confortá-lo, pegando a bolsa que ele trouxe, e o ômega segurou-se firmemente a Sasuke. 

Izuna manteve os olhos fixos no prédio grande e assustador enquanto seguia o alfa. 

Tinha começado a nevar alguns dias atrás e Izuna estava grato por ele ter comprado roupas novas, incluindo um novo casaco de inverno que chegava até um pouco acima de seus joelhos, e novas botas quentes de salto baixo. 

O interior do prédio era envelhecido, estoico e frio. Uma beta loira estava sentada atrás de uma enorme recepção com dois seguranças alfas em cada extremidade.

"Bem vindo ao DRPO, como posso ajudá-lo?" Ela os cumprimentou alegremente. 

"Sou o alfa Tobirama Senju, eu tenho uma consulta marcada para o ômega da minha casa, Izuna Uchiha." Tobirama esclareceu para a beta excessivamente animada. 

"Ah sim! Sr. Senju, sua consulta será com a Beta Naomi St-Claire, no sétimo andar, sala 300." A beta os informou.

"Obrigado!" O alfa agradeceu educadamente.

Eles seguiram para o elevador, encontrando um velho beta na entrada, aparentemente ele tinha, ou estava, consertando algo no elevador devido a maleta de ferramentas que segurava.

"Qual andar?" O homem calvo perguntou.

"Sétimo, por favor." Tobirama disse enquanto Izuna se escondia atrás dele, segurando Sasuke. O elevador era grande, com pisos de mármore e espelhos impecavelmente limpos em todos os quatro lados. 

O estômago do ômega estava dando voltas, o fazendo se sentir enjoado. Ele não conseguiu evitar se aproximar uma polegada para mais perto do alfa, deixando que seu cheiro de pinheiros e madeira, misturado com o perfume suave de maçã o fizesse se sentir seguro. Sasuke estava balbuciando palavras enquanto brincava com a gola do seu casaco, Izuna o acariciou suavemente, tomando como consolo o perfume de seu filhote.

O elevador apitou indicando que chegaram ao seu andar, e eles saíram. Tobirama agradecendo ao velho beta antes de prosseguirem.

No sétimo andar eles se depararam com uma segunda recepcionista, uma pequena morena beta, com um amplo sorriso no rosto.

"Olá, você deve ser o Sr. Senju e o Sr. Uchiha." A mulher adivinhou de uma forma alegre. 

"Sim!" Tobirama respondeu.

"Bem vindo Sr. Senju, eu pedirei que você preencha esses formulários. E Sr. Uchiha, a Sra. St-Claire está à sua espera no setor médico. Eu pedirei que você acompanhe a enfermeira beta Ino, ela irá levá-lo. Ah, e você não pode levar o filhotinho. Lamento, mas esse fofinho não pode ir mais além." 

A bela moça nomeada 'Chelsea' pelo crachá em cima de seu peito sorriu para Sasuke, que escondeu o rosto diante do sorriso grande demais da mesma. 

Izuna pareceu momentaneamente entrar em pânico, antes que Tobirama colocasse os formulários e a prancheta no balcão da recepção e esticasse as mãos para pegar Sasuke. 

"Diga adeus Mama, vejo você daqui a pouco." Tobirama murmurou para Sasuke enquanto piscava para Izuna, tentando aliviar seus nervos. 

Izuna segurou o pequeno rosto de Sasuke e o salpicou com beijos doces fazendo com que ele risse.

"Eu te amo!" Ele disse para seu filhote antes de se virar para seguir a enfermeira. 

O ômega ainda virou-se duas vezes para ver Tobirama e Sasuke ali de pé o observando. Tobirama com um sorriso reconfortante e gentil, enquanto Sasuke parecia à beira das lágrimas. O filhote olhou para Tobirama, que fez uma careta engraçada pondo a língua para fora, arrancando um sorriso dele. E então seus pequenos olhos pretos estavam de volta em Izuna, até o ômega dobrar no corredor com a enfermeira. 

Os salões faziam Izuna pensar em um hospital, excessivamente brancos e cheirava a desinfetantes. 

A Sra. St-Claire estava esperando por ele numa típica sala de exames médicos. Ela parecia séria e profissional, com o cabelo castanho avermelhado puxado para trás firmemente em um coque, e a testa coberta por uma volumosa franja elegantemente arrumada para ficar atrás de uma orelha.

"Olá Sr. Uchiha. Meu nome é Naomi St-Claire, serei sua médica primária e responsável por fazer todos os seus exames. Após os exames, você vai se encontrar com beta Abaddon Julius para fazer sua entrevista." A mulher explicou num tom frio e professional. 

"Certo!" Izuna estava muito nervoso e ligeiramente trêmulo.

A beta lhe deu um curto sorriso plastificado. 

"Eu entendo que é tudo novo pra você, mas se você fizer o que eu digo, isso será rápido e indolor."

Izuna só podia assentir.

"Ótimo, agora você precisa tiras todas as suas roupas. Vou fazer um checkup completo e detalhado de seu corpo. O que significa que todas as cicatrizes, manchas, e marcas de nascença, serão examinadas. Depois irei fazer testes de nervos e exames ginecológicos." Ela continuou explicando da mesma forma neutra. 

"O-o que é isso?" Izuna gaguejou. 

"Eu vou verificar se há inchaços ou quaisquer nódulos suspeitos, um canal limpo, a cor de sua lubrificação natural e sensibilidade de seu pênis, ver se tudo está normal, juntamente com uma lista de doenças sexuais, como clamídia, gonorreia, hepatite, HIV e sífilis. Além disso, você teve um filhote de acordo com sua ficha, então também irei verificar se há algum dano a sua passagem." A beta esclareceu.

Izuna tremia cada vez mais enquanto a médica continuava, sentindo seu peito apertar.

"Eu entendo que tudo isso parece assustador, mas você não tem registros médicos e como ômega, saindo de uma profissão menor, você precisa desses testes para continuar sua nova profissão. Isso também irá beneficiar você, com esses registros, poderá ajudá-lo a conseguir um plano de saúde para você e seu filhote." A beta tentou ser prestativa, mas isso não o acalmava. Tudo o que Izuna podia fazer era continuar assentindo. "Tudo bem, antes de começar, vou precisar que você faça xixi neste copinho.". Naomi entregou-lhe um pequeno pote de plástico, apontando para um pequeno banheiro adjacente à sala de exames. "Você pode entrar ali. Lembre-se de se despir antes de sair e deixe o pote lá."

Izuna pegou o pote e entrou rapidamente no banheiro. Levou algumas tentativas, mas ele finalmente conseguiu fazer xixi. Ele tirou todas as suas roupas. Dobrou-as cuidadosamente antes de sair do banheiro, cobrindo-se com as mãos enquanto voltava até Naomi. 

"Tudo bem, sente-se aqui, vou pegar cinco amostras do seu sangue."

Izuna olhou para longe enquanto sua pele era perfurada pelas seringas seguidamente. Ele odiava agulhas. Mas não levou mais do que breves minutos para ela acabar de recolher seu sangue. Em seguida, ela o instruiu a ficar de pé, e abrir os braços e as pernas.

O ômega fez como ela disse, e fechou os olhos enquanto a médica examinava cada centímetro de sua pele com mãos frias enluvadas. Foram necessários vinte minutos até que ela estivesse satisfeita. 

"Tudo bem, agora vou precisar que você suba nessa maca e fique em suas mãos e joelhos." Izuna novamente fez como a mulher lhe disse, sentindo-se ainda mais exposto e vulnerável. O ômega ofegou quando a médica, sem nenhum aviso, espalhou as bandas de seu bumbum e deslizou parcialmente um dedo revestido de látex para dentro dele. Ela examinava seu canal enquanto Izuna tentava manter a calma, reprimindo a vontade de se afastar. 

"Tudo parece normal. Agora vou precisar de uma amostra de sua lubrificação." Ela avisou enquanto deslizava seu dedo para dentro dele novamente, dessa vez empurrando a falange enluvada até o último nó. 

A médica encontrou sua próstata e a estimulou. O corpo de Izuna respondeu imediatamente, expelindo uma pequena quantidade do líquido incolor, odiava como seu corpo o traía. Ele gemeu quando sua outra mão também enluvada pegou seu pequeno pênis e o acariciou. 

"Agora eu preciso de uma amostra do seu sêmen, então pense em algo que o agrada." Ela instruiu sem nunca sair do tom clínico profissional.

O corpo inteiro de Izuna já estava respondendo aos toques, então ele fechou os olhos e fingiu estar em outro lugar. Em algum lugar com um alfa de olhos acobreados. E ele era o único quem estava o tocava tão intimamente, seus lábios contra os dele, o beijando, mordiscando. O cheiro excitante do alfa, o almíscar forte fazendo o corpo de Izuna expelir seu líquido transparente e viscoso como uma fonte de excitação.

Em poucos segundos, ele estava totalmente molhado tanto de sua lubrificação, quando de seu gozo. Ele gemeu e abriu os olhos quando a realidade finalmente o atingiu. Ele acabou de se esvaziar em um frasco, e ejaculou em um copo para uma médica. 

Ele se sentiu humilhado. 

"Bom Sr. Uchiha." A beta o elogiou, retirando dois dedos de seu interior, totalmente encharcados. Ele ficou mortificado quando percebeu que nem sequer tinha notado que a mulher tinha deslizado um segundo dedo para dentro dele, ele estava tão distraído pensando em Tobirama... 

"Tudo bem, você já pode ir, limpe-se e se vista. Quando você terminar, Julie irá levá-lo até a beta Abaddon Julius para começar sua entrevista."

Izuna ficou de pé em pernas trêmulas, apressando-se em direção ao banheiro. Ele deslizou pela parede até o chão, tentando abafar seus gritos enquanto sufocava o choro em seus braços. Isso foi degradante. E o pouco de dignidade que ele ainda tinha acabou de evaporar. 

"Sr. Uchiha temos uma programação!" Naomi gritou. Sua voz alta o suficiente para ser ouvida através da porta. 

O ômega ficou de pé, limpou-se, lavou o rosto e se vestiu rapidamente. Ele se sentia um pouco melhor quando já estava completamente vestido.

Julie estava esperando por ele quando abriu a porta. E a beta Naomi St-Claire tinha desaparecido.

"Por favor, siga-me." Julie instruiu quando saiu da sala, e Izuna a obedeceu prontamente.

Eles caminhavam pelo corredor de paredes brancas como um fantasma, o único ruído eram os dos saltos da beta. Eles passaram através de duas portas de madeira. Izuna ficou surpreso ao ver que os corredores haviam mudado completamente. Nesse tinha um tapete azul roial, paredes bege, e quadros com moldura de madeira de cerejeira escura no centro de todas as paredes. A decoração seguia todo o caminho pelo corredor, assim com pequenos lustres como as únicas luzes do local.

Chegaram a uma porta de vidro toda em bronze e dourado com o nome 'Abaddon Julius EFDO' gravada nela. Julie abriu a porta e Izuna a seguiu de má vontade.

Dentro, havia uma sala de espera mal iluminada. Um enorme sofá de couro creme ocupava a maior parte do espaço no centro da sala, do outro lado uma grande estante de carvalho escuro que ocupava toda a parede direita, cheia de pastas marcadas, e o piso era coberto por um tapete de cor vermelho sangue. Antes que Izuna pudesse analisar o resto da sala, a grande porta na frente dele se abriu revelando uma beta alta, com cabelos vermelho granada caminhando em sua direção.

"Sr. Uchiha, venha por aqui para que possamos começar " A ruiva pediu. E se Izuna não soubesse melhor, ele teria jurado que a mulher era uma alfa. Ela irradiava domínio e poder, o que assustava o ômega. Mas pelo o que ele pôde ver, apenas betas trabalhavam no prédio. 

O ômega a seguiu relutantemente até outra sala. Para sua surpresa, o local era muito pequeno. Não era muito maior do que dez pés por dez, com uma mesa de madeira redonda no centro da sala e um gravador de áudio bastante moderno, um pequeno computadorizar portátil, um pequeno scanner do tamanho de um telefone celular, e uma pasta de arquivos marrom fechada, e por fim duas cadeiras. 

"Sente-se!" Ela o instruiu com o mesmo comportamento frio que a médica.

Ela fez um gesto para que Izuna se afastasse dela antes de começar com sua entrevista.

"Tudo bem, meu nome é Abaddon Julius e, eu sou especialista em fundos de direitos ômega. Estarei gravando sua história ou, tanto quanto você poça lembrar, com o máximo de detalhes específicos. Eu entendo que você era uma prostituta e agora está passando pelos processos essenciais para se tornar um ômega de casa?" Abaddon perguntou com intensidade casual. 

"E-eu já sou!" O ômega balbuciou, muito assustado com a mulher beta para dizer algo mais. 

A beta arqueou uma sobrancelha bem delineada para ele, seus olhos de águia o fitando diretamente em seus olhos pretos assustados.

"Certo, você já encontrou um patrão alfa... Uhm, Sr. Tobirama Senju." Ela comentou com condescendência depois de abrir a pasta marrom e verificar os documentos. "O Sr. Senju já registrou seu emprego em nosso sistema há algum tempo e todos os documentos estão em ordem por sua parte. Agora devemos ver se você se qualifica." 

Izuna manteve os olhos fixos apenas na mesa, não confiando em sua própria voz. Acima de tudo inseguro demais sobre o que deveria dizer, de qualquer maneira. 

"Eu estou vendo aqui que você também tem um filhote." Abaddon comentou.

"Sim!" Izuna respondeu. Sua voz de repente mais firme e orgulhosa. Ele amava seu filhote.

A beta digitou algo no computador.

"Bem, vamos começar com quando você se apresentou, e terminar com quando conheceu o alfa Senju." A ruiva lhe informou, ainda digitando algo no computador, e Izuna percebeu que o gravador já estava ligado. 

Demorou um momento para Izuna começar. Ela queria que ele voltasse há dez anos atrás. Dez anos de uma vida que ele tinha sido condenado a viver e que nunca pensou que conseguiria escapar. E agora se o DRPO não o julgasse como um ômega qualificado, seria pra essa mesma vida que ele teria que voltar. 

"Eu tinha quinze anos quando me apresentei e tive o meu primeiro cio." Izuna começou, sua voz já meio trêmula.

"Onde você estava?" Interrompeu Abaddon. 

"Orfanato Eden no Bronx." O ômega respondeu, tentando não gaguejar. 

"A equipe o ajudou, ou fez qualquer coisa enquanto estava passando pelo cio?" Abaddon quis saber.

"Eu realmente não me lembro. Acabei acordando três dias depois, amarrado numa maca. A enfermeira me disse que eu tinha apagado, e pra que eu não acabasse me machucando, eles me amarraram. No dia seguinte, um alfa chamado Zachariah... Nunca soube seu sobrenome, ele me comprou e me tirou do orfanato." - Izuna parou de falar - "...Zacharia era um alfa na casa dos cinquenta anos, calvo e com um semblante amargo no rosto." 

Ele havia lançado Izuna no inferno. 

Abaddon olhou para ele sem emoções, observando enquanto as lágrimas começavam a se formar nos olhos de Izuna. 

"O que aconteceu quando ele comprou você?" Ela perguntou, irritada com ele por ele ter parado. 

"Ele... Ele prometeu que cuidaria de mim, me manteria seguro... Então um dia... Ele disse que eu tinha que ser treinado para ser um bom ômega, 'mostrar o meu valor' foi o que ele disse. E então ele me levou até aquele... A um hotel em Manhattan... No quarto havia outros cinco alfas..." A voz de Izuna falhou e ele fechou os olhos quando a dolorosa memória o atingiu. 


** "Olá, pequeno ômega. Bem, se você não é uma coisinha linda." Um dos cinco alfas no quarto murmurou, aproximando-se de Izuna. O ômega encolheu-se, sentindo medo. Ele tentou se esconder atrás de Zachariah, mas seu alfa o agarrou pelo braço e o empurrou para o meio do quarto. 

"Este será o início do seu treinamento Izuna." O ômega olhou para o alfa, medo e confusão claros em seus brilhantes e inocentes olhos pretos. 

Mãos o agarraram de repente e em poucos minutos, depois de muito lutar e se esforçar para se afastar, ele se viu nu, deitado de costas na grande cama redonda enquanto as mesmas mãos grandes e nojentas vagavam por seu corpo puro. E então suas pernas foram espalhadas enquanto Izuna chorava e gritava, tentando desesperadamente fugir. As mãos começaram a massagear sua bunda, dedos sendo esfregados sobre sua entrada, e depois um dedo foi empurrando para dentro dele e Izuna se afastou, apenas para ser empurrado com força na cama, uma mão fazendo pressão sobre sua cabeça, mantendo-o fixo lá enquanto dois alfas seguravam suas pernas mantendo-as abertas.
Ele não conseguia se mover, o pânico e o medo que o dominavam o fizeram chorar em desespero. 

Alguém derramou algo frio e molhado em sua entrada enquanto os dedos continuavam a tocar seu pequeno corpo exposto. Izuna chorou e implorou, suplicando para os alfas deixá-lo ir. Mas seus gritos pareciam mudos. Ele podia ouvi-los gemendo e lambendo os lábios enquanto seus dedos abriam seu canal virginal. Um dos alfas moveu-se na cama, e então a cabeça de um grande membro estava sendo empurrada para dentro dele. Izuna gritou mais alto. O a dor e queimação dilacerante, era como se seu corpo fosse ser partido ao meio. Ele lutou com todas as forças que ainda tinha enquanto os alfas apenas riam. Aquele que o estava violando, empurrou o seu pênis completamente para dentro dele. Os outros homens o seguravam ainda mais firme enquanto o alfa abusava dele, forte e rápido, o homem agarrou seu pescoço delicado o sufocando enquanto continuava a estocá-lo sem piedade. E então ele foi violado, violentado. Até que cada um deles pareceu satisfeito.

Depois de horas de tortura, Izuna foi deixado na cama. Sujo, coberto de sêmen, sangue e hematomas. 

Seu corpo frágil estava machucado e abusado. Ele estremeceu com o excesso de dor, mas nada se comparava com a dor de sua alma despedaçada. **


Izuna tinha suas bochechas manchadas por lágrimas enquanto as horríveis e traumáticas lembranças o faziam se sentir enjoado. A beta na frente dele parecia inexorável ao lhe entregar uma caixa de lenços antes de voltar a digitar. Não parecendo incomodada ao dar um segundo olhar de relance para ele. 

"Zachariah passou a me vender depois disso... Um mínimo de dez clientes por dia..." Ele estremeceu, tentando engolir a enorme bola de emoções presa em sua garganta. 

"Quanto custava cada cliente?" Abaddon perguntou simplesmente. 

Izuna só podia encará-la, incapaz de entender como alguém poderia ser tão estoica. 

"Não sei... Nunca recebi dinheiro." O ômega respondeu honestamente, incapaz de processar muito depois disso. Seu interior se contorcia enquanto os sentimentos provocados pelas memórias mórbidas dos abusos escapavam de seu psicológico e atravessavam todo o seu corpo.

"Como você comia? Onde dormia, tomava banho?" A beta continuou a fazer perguntas, completamente imperturbável com o assunto.

"Eu só comia quando Zachariah me dava algo para comer... Eu dormia no pé de sua cama, com uma coleira em volta do meu pescoço e presa à mão dele. Eu tomava banho quando ele dizia..." Izuna parou, incapaz de continuar. 

"Quanto tempo você trabalhou para Zachariah?" Abaddon perguntou impaciente, as mãos com unhas bem feitas e pintadas de vermelho voando sobre o teclado.

"Ele me vendeu para o Glory Holes quando eu fiz vinte e um anos. Eu estava velho demais para a sua clientela." Izuna disse a ela, respirando com dificuldade, o peso de suas emoções o fazendo tremer.

"Como era o Glory Holes? Como isso funcionava?" A mulher continuou a perguntar, seu estado emocional aparentemente não importava para ela.

"Seu dono era um alfa chamado Crowley... Eu também nunca soube seu sobrenome. Haviam dez de nós, dez ômegas trabalhando todos os dias. Nós não podíamos falar uns com os outros... Dormíamos em um pequeno quarto com beliches compactados. Havia sempre um segurança beta ou alfa que nos acompanhava." Abaddon continuava digitando, nunca se importando o suficiente para olhar pra ele. 

Izuna respirou profundamente antes de continuar.

"Nós tínhamos funções rotativas. Na área principal de entretenimento, onde haviam dez slots diferentes para nós; um para cada ômega. Os slots não eram grandes, mas construídos para a eficiência. Cada slot tinha quatro combinações de furos diferentes que, com uma alavanca, o alfa poderia mudar dependendo do que desejasse. Todas as configurações tinham os nossos rostos bloqueados para que os alfas não pudessem ver nossos rostos reais apenas nossas imagens acima de cada slot. O primeiro grupo tinha três buracos onde ficávamos sobre pequenas mesas acolchoadas. O buraco na madeira que nos passávamos tinha tiras de borracha que nos mantinha no lugar; onde você era deitado de costas e do outro lado da parede, suas... suas pernas estavam amarradas abertas e o cliente poderia apenas agarrá-las e... fazer o que desejasse. O segundo conjunto tinha três furos diferentes quando você deitava de bruços, inclinado sobre a mesma pequena mesa almofadada, as pernas abertas e amarradas. A terceira combinação tinha dois buracos, os clientes colocavam seus... seus pênis e nós teríamos que fazer sexo oral. A última configuração tinha mais dois furos onde os clientes colocariam seus pênis para uma... Para que usássemos nossas mãos."

"Quanto era cobrado de cada cliente?" Perguntou Abaddon calmamente.

"Eu não sei, eu não recebi dinheiro de nenhum deles." Izuna admitiu, sentindo um pouco de vergonha por não conseguir responder à pergunta.

"Como você comia? Você disse que tinha camas de beliche, e os banhos?" Ela repetiu as mesmas perguntas de antes, fazendo o ômega se sentir desconfortável. 

"Crowley tinha os horários numa espécie de agenda. O café era às seis da manhã em ponto. Almoço ao meio dia, e o jantar às seis horas. Se nós falássemos, ficávamos sem comida por um dia como punição. Um guarda às nove horas da noite viria nos pegar um a um para tomar banho antes de dormir." Izuna contou tudo a beta fria.

Abaddon assentiu, escrevendo mais em seu computador.

"Quanto tempo você trabalhou para Crowley?" Ela perguntou de forma despreocupada. 

"Três anos... fiquei grávido no ano passado, e Crowley me expulsou." O ômega confessou. 

"Então, você engravidou de um João aleatório?" Abaddon perguntou um pouco surpresa. 

"Sim... Crowley acreditava que um cliente não usou preservativo conforme suas regras." Disse Izuna.

"Como você não engravidou enquanto trabalhava para Zachariah?" A Beta quis saber. 

"Zachariah me mantinha no controle de natalidade." Respondeu Izuna.

Abaddon o observou por um momento, seus olhos ilegíveis antes de voltar a digitar em seu computador. 

"Então você teve seu filhote... Sem um alfa, como foi isso?" Ela ousou perguntar. 

"Difícil!" Izuna grunhiu. 

ômegas não foram feitos para terem filhotes sozinhos. O toque físico e o aroma de um alfa são essenciais para ômega e filhote prosperarem, e permaneçam saudáveis, se sintam protegidos e seguros. Era por isso que 95% dos ômegas grávidos eram acasalados. E se os ômegas já acasalados fossem deixados sem o toque, ou cuidados de seus alfas por muito tempo, isso poderia causar danos ao filhote e à Mama. Em alguns casos, isso os levaria até mesmo a resultados fatais. Os poucos que engravidavam e permaneciam sem um companheiro durante toda a gestação, tinham ainda menores chances de sobrevivência, cerca de apenas 20%. 

Izuna milagrosamente tinha conseguido isso. 

Ele amou seu filhote desde o momento em que sentiu a força de sua pequena vida crescendo dentro dele. Izuna conseguiu sobreviver e dar à luz um filhote saudável. Apesar de Sasuke ser muito pequeno para sua idade, o filhote nasceu saudável e sem complicações. 

"Depois de ter seu filhote, quanto tempo você esperou antes de voltar a trabalhar?" A beta perguntou.

Izuna engoliu sua vergonha.

"Não demorou muito... Eu não tinha comida ou abrigo." 

"Você ainda estava sem um teto quando conheceu o alfa Senju?" Abaddon continuou com seu questionamento invasivo.

"Não... Eu, eu conheci um alfa chamado Yamato. Ele pediu pelos os meus serviços para me deixar ficar em uma de suas casas por um mês." Izuna tentou explicar com o menor número possível de detalhes. 

"Explique..." Abaddon pediu.

Izuna suspirou.

"Eu tive que agradá-lo por um mês, e em troca ele me deu um mês de aluguel gratuito. Isso me deu uma chance de começar a trabalhar e poder lhe pagar com dinheiro no mês seguinte, e assim ter um telhado sobre minha cabeça, e a do meu filhote." 

"O arranjo sexual acabou quando você começou a pagar em dinheiro?" Abaddon continuou com sua próxima pergunta, completamente à vontade com toda a situação.

"Sim... Basicamente. Às vezes, ele aparecia pra um "tempo divertido" como ele chamava. Talvez quatro ou cinco vezes por mês." Izuna lhe contou.

"Como você conheceu o alfa Senju?"

"Eu estava trabalhando e... E fui atacado por três alfa e um beta. Depois que eles terminaram comigo, eles me jogaram numa rua qualquer e depois... Então havia Tobirama..." Izuna tropeçou em suas palavras acabando por cortá-las. 

Ele lembrou-se de como o alfa olhou para ele, tão preocupado, e dando ordens em seu rádio. 

"Eu quero dizer, o Sr. Senju..."

Abaddon murmurou um "hum, hum" e continuou digitando. 

"Tudo bem, já gravei tudo o que eu precisava, se por acaso eu precisar de mais alguma coisa, ou tiver mais perguntas, entrarei em contato com o Sr. Senju!" Abaddon o dispensou. 

Izuna acenou com a cabeça enquanto ambos ficavam de pé, seu corpo estava entorpecido. Suas pernas pareciam gelatina enquanto caminhava depois da montanha russa de horríveis lembranças, após lembranças, todas sendo empilhadas umas sobre as outras, montando um arquivo de seu passado sórdido. O desgosto e a vergonha o consumiam, fazendo ele se sentir vazio. Sua única luz era seu pequeno filhote... e Tobirama.

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