Terça feira? ué não era domingo o dia de aroma?
Desculpa confundir a cabecinha de vocês, a última semana não foi nada boa pra mim e mesmo com o capítulo pronto eu tava sem cabeça pra corrigir, só consegui agora e por isso eu tô vindo aqui fora da data, me perdoem só dessa vez :/
Mas trago também boas notícias, ótimas! Pra quem já tava preparando as lágrimas para se despedir de aroma podem guardar! Ou melhor... Adiar né kkkkk
Não vamos dizer tchau essa semana, porque a pedidos da madrinha (MinWilly) aroma vai ganhar mais dois capítulos, além do extra que eu tava planejando. A lay me avisou e eu percebi que o fim da história ficaria muito incompleto se eu parasse por aqui, vocês merecem um fim perfeitinho, e é por isso que vamos adiar nossa despedida por mais dois ou três domingos.
Dados os avisos, vamos ao capítulo, preparem o coração porque esse ta intenso.
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"Você pode persuadir o frio para fora de mim
Enrole-me no seu calor
O êxtase no escuro me deixa tranquilo"
Bite - Troye Sivan
Quando o assunto era alfas no cio Jungkook só conhecia a rigidez e o instinto animalesco que eles assumiam. Não podia dizer que não desejou estar exatamente onde estava, sobre a cama de Namjoon, envolto pelos braços dele e sendo beijado e tomado como se fosse o ser mais precioso do mundo inteiro, assim que sentiu que o alfa chamava por si quis estar com ele e isso era um fato, mas um fato não pode anular o outro, ainda sentia um pouco de medo sempre que notava a quentura na pele do alfa aumentar e seus atos se tornarem mais desesperados.
Ele também percebeu...
Depois do abraço e de alguns beijos trocados sobre a cama, Namjoon começou a sentir que o pre cio estava acabando de vez, e que a cada segundo ficava mais próximo do passo seguinte.
— Você sabe o que está acontecendo, não sabe? — Perguntou receoso, tinha medo de que ele fugisse.
— Se eu não soubesse seria muito tolo, porque mesmo cego sentiria o que está acontecendo aqui. — No fundo a voz de Jungkook tinha um tom pontual de deboche, uma provocação limpa e válida, as vezes sua vida de pai e sua rejeição aos próprios extintos podiam fazer parecer que ele não gostava de se sentir desejado, mas na verdade era o contrário, gostava de joguinhos, mas agora Namjoon tinha pressa.
— É meu dever perguntar. — Esclareceu.
— Meu bom alfa, eu sei que me quer em seu cio, quero estar contigo nisso. — Deixou claro em palavras que não poderiam ser mais sinceras do que aquelas, o medo diminuia.
Então Namjoon olhou ao redor, tantos anos sem um cio, se lembrava de como seu quarto ficava, uma bagunça, e era ainda maior do qual usava atualmente, então pensou por alguns segundos antes de tocar o rosto do ômega com carinho. — É melhor irmos pra sala.
— Certo, mas primeiro um banho por favor…
Nem em momentos como aquele Jungkook conhecia ignorar sua mania de limpeza. Mas agora estava mais que certo em desejar o banho, afinal passaria os próximos dias sem a chance de fazê-lo, precisava aproveitar enquanto tinham tempo. Já Namjoon se deixou ser guiado até o banheiro, onde pela primeira vez dispensaram a banheira, já que debaixo do chuveiro podiam ficar mais perto e era um jeito rápido de acalmar os ânimos, do jeito que os lobos de ambos mandavam.
A água traçou caminhos quase impossíveis pelos corpos bem juntinhos...
Jungkook não sentia mais medo e Namjoon não seria mais culpa, ambos sentiam paixão, transbordavam amor e explicitavam sintonia, a cada toque trocado, mover coreografado e beijo molhado, sobre as gotas suaves que chegaram a tardar mas não impedir ambos de queimar.
Namjoon queimou primeiro.
Foi ele quem fechou o chuveiro e antes mesmo de que pudessem secar os corpos agarrou o ômega pela cintura e o trouxe para o seu colo, beijando o rosto, pescoço e tudo que sua boca alcançava, caminhou quase cego do banheiro e segundos depois também para fora do quarto. Aquele andar tinha tudo para dar errado, principalmente para alguém desastrado como Namjoon, mas o seu lobo sedento guiou o humano desastrado até o andar debaixo evitando qualquer acidente.
Yunji havia deixado alguns cobertores sobre o sofá, Jungkook só teve tempo de organizar alguns deles sobre o chão com travesseiros e almofadas antes de ser trazido pelo alfa para perto de novo. — Eu tô com medo. — Namjoon confessou em tom suave, tão perto do rosto alheio que mal precisava projetar a voz para ser ouvido com clareza por ele.
— Medo de que?
— Te machucar, faz muito tempo desde meu último cio... Eu não sei mais fazer isso.
— Não sabe mais transar alfa? — Jungkook não conseguiu perder a chance de provocar baixo.
— Não provoque! — Pediu escondendo o rosto no peitoral dele, a dureza já lhe doía entre as pernas, aguentar já estava sendo difícil, com ele provocando seria ainda mais. — Eu sei transar Jungkook, mas hoje eu vou fazer amor contigo, e quero que seja gostoso pra você como já esta sendo pra mim.
O ômega soube que havia perdido o controle das provocações bem depois daquela fala, seu corpo arrepiou inteiro, como se só a ideia de fazer amor com Namjoon fosse o suficiente para lhe enlouquecer, e de fato estava enlouquecido, contraindo ao vazio. — Vai com calma enquanto der. — Por isso pegou a mão dele, trouxe para perto de sua boca e beijou, depois a levou até sua cintura, repetindo o processo com a outra até ter por duas vezes o toque forte modelando seu corpo, mostrava como gostava, o quanto de força e o quanto de leveza precisavam, estava ensinando a Namjoon não porque ele não sabia transar, mas porque precisavam aprender juntos como fazer amor no meio daquela paixão desoladora. — E quando não der mais pode vir com força, eu quero ter você inteiro, quero ser seu.
Namjoon arfou, seu lobo lutava pelo controle com toda força que tinha mas não precisou mais porque o humano cedeu, deixou que ele assumisse, que tocasse Jungkook, e que desse ao ômega o que ele queria.
Tudo.
Quando começaram mais um beijo Namjoon estava sentado no sofá, e Jeon em suas coxas, as bocas eram lentas se encontrando devagar, mas as mãos fortes não poupavam nem um só espacinho de pele na exploração lenta. Jungkook realmente deixou que o alfa tocasse em tudo que queria, apenas correspondia ao beijo e o deixava comandar, e em poucos segundos estavam no chão, sobre o ninho improvisado que era o melhor lugar para eles agora.
Namjoon precisava de espaço.
Ele queria explorar o ômega por todos os cantos, começando pelo rosto que beijou com tanta devoção que parecia um fiel, depois lambeu-lhe o pescoço e descobriu que aquela parte era sensível, voltando para beijar e morder sempre que por algum motivo precisava se afastar, em seguida sua boca desceu mais e com ela foram as mãos, tocando e beijando toda a barriga palida, dos peito fortes até o umbigo, quando chegou a virilha o alfa distribuiu beijos por toda área, mas não demorou mesmo achando tentador, ainda com a missão de provar de tudo virou o ômega de costas e ele empinou o quadril em sua direção. — Alfa... — Estava pingando, Jungkook se mexia devagar e sua intimidade pingava a lubrificação natural, o Imprinting fazia com que ele sentisse que o cio não era apenas de Namjoon, mas também seu.
E de fato, era mesmo.
Seus lobos eram ligados e isso fazia com que o cio de um fosse o do outro e visse versa, sensações duplicadas que corriam de forma perigosa dentro dos corpos tão desesperados.
Namjoon mal aguentou a visão que tinha, por muitos pouco não caiu no chão ao enxergar a bunda branquinha que se erguia para lhe mostrar como seu prazer não era unilateral, os dois sentiam, os dois precisavam. Segurou as vontades mais brutas, se lembrando que precisava prepará-lo, os cios exigiam demais, principalmente dos ômegas, precisava ser o mais gentil possível enquanto conseguia fazer isso.
Seu próximo passo foi afundar dos dedos na entrada alheia, devagar, só aperto em seus dedos lhe deixou desesperadamente quente ao ponto de causar dor em seu corpo, corpo esse que projetou sobre o menor pedindo desesperadamente para que o calor de estar mais perto lhe acalmasse. — Tira, quero você! — Disse o ômega ao perceber sua impaciência.
— Jungkook... — Pediu sussurrando, mal podia contar com seu alto controle, se ainda tivesse que lidar com aquele pedido ia enlouquecer.
— Eu aguento alfa, me faz seu, eu aguento. — Rebolou mais e Namjoon perdeu de vez o controle que tinha.
Sussurou um palavrão tirando os dedos de dentro dele, se posicionou no mesmo lugar, agora o ômega estava de frente, olhando seu alfa nos olhos azuis tão lindos, o Kim empurrou uma vez e sentiu seu ar faltar, era comos e morresse a cada ida e nascesse na volta, dois sentimentos extremos demais que cabiam perfeitamente no vai e vem gostoso que ele começou. Se antes estava falante agora o ômega não conseguia formular mais de duas palavras, a dor inicial passou mais rápido do que em qualquer outra vez, de fato com Namjoon tudo era diferente das outras vezes, e tê-lo dentro de si mas parecia uma alucinação.
Jungkook nunca tratou o sexo como algo primordial em sua vida, nunca foi aficionado pela prática e até podia se dizer que tinha um certo trauma com ela, era bom sozinho mas tudo que envolvia outras pessoas ficava difícil pra si, principalmente ao se tratar de sexo que também envolvia seu lobo, mas agora todas essas coisas que por anos foram um problema que tentava esquecer se juntaram para dar forma ao que chamava de perfeição, estava em harmonia, mesmo que as mãos de Namjoon bagunçassem seu corpo estava em completa harmonia por dentro, não se sentia cativo, não se sentia usado, diferente da maioria das outras vezes Jungkook se sentia parte daquele ato, em todos os sentidos.
Namjoon também não era diferente, nunca antes sentiu sua mente e seu corpo funcionando tão bem ao mesmo tempo, o esforço que fazia para ir e vir com força era recompensado pela sensação satisfatória que se espalhava por cada partezinha de seu corpo, o lobo recém acordado parecia querer cobrar o tempo que ficou adormecido, e Jungkook recebia tudo isso de bom grado abraçando o corpo grande sobre o seu e o trazendo para esconder o rosto na curva de seu ombro.
Muitas marcas são feitas em momentos de grande prazer, onde a visão sobre as consequências da ligação eterna nem sempre está tão clara, e mesmo que de fora o que faziam parecesse com aquilo, ambos estavam longe de serem bobos, eles sabiam muito bem as consequências de cada ato que compunha aquela cena. Por isso quando as presas de Namjoon passaram de leve pelo pescoço do ômega abaixo de si ele pediu, sem medo, sem pensar duas vezes, ele pediu.
Era a potencialização do que já tinham...
— Me marque, alfa! — A voz de Jungkook estava afetada, não demoraria muito a chegar ao seu orgasmo já que Namjoon lhe atingia no seu ponto sensível várias vezes seguidas. — Me marque!
Namjoon também precisava de pouco para gozar, suas coxas fortes estavam tremendo muito e a voz de Jungkook ia lhe deixando cada vez mais afetado.
Não podia dizer não.
Não queria dizer não.
Então fez, marcou...
Antes beijou a pele alva com devoção, lambeu area que iria morder afastando o suor salgado dali, e só então cravou as presas fortes na pele sensível, sentiu o sangue em sua boca antes de ter que segurar o corpo menor com mais cuidado, Jungkook gemeu longo e se movimentou sozinho, a mordida foi o passo que faltava para o seu ápice e agora ele sentia com tudo a sensação de ser consumido.
Era tão bom.
Namjoon lambeu a marca até parar de sangrar, e então a beijou mais algumas vezes, Jungkook estava respirando pesado e de olhos fechados parecia imerso em algum sonho, sorrindo bobo. Foi quando percebeu que apenas marcá-lo era pouco, precisava sentir o que ele sentia, estocando devagar colocou o pulso sobre os lábios alheios e ele abriu os olhos sem entender, pela primeira vez Namjoon usou a voz de alfa para ordenar Jungkook. — Morda! — Disse serio. — Me morda...
Jungkook arregalou os olhos, estava sensível e ele continuava se movendo, ia gozar de novo se continuasse assim, mas não pode ir contra a ordem feita, segurando o braço alheio passou a língua pela veia marcada no pulso forte, foi nela que enfiou suas presas, agora estava de olhos bem abertos encarando Namjoon, assistiu ele desmoronar em seu olhar, praticamente gritando de prazer quando o nó dele atou em si ao mesmo tempo que tinha o pulso dele em sua boca.
Com o nó atado e a mordida feita o lobo de Namjoon se acalmou, e deu aos humanos alguns segundos antes de voltar com força maior.
— Tudo bem? — Namjoon perguntou ao ômega que ainda segurava o seu braço rente ao lábios agora fechados.
— Não se mexa. — Pediu o segurando pela parte de trás das coxas, ainda estavam atados. — Namjoon-ah?
— Sim? — Namjoon o olhou e os olhos azuis do lobo deram lugar ao castanho, de Jungkook, seu Jungkook. — Está doendo muito?
— Não doi nada. — Assegurou. — Namjoon eu te amo, eu te amo. — Estava tremendo e chorando, mas não era tristeza ou nervosismo, era a euforia de perceber o quão ligados estavam.
— Eu te amo. — Aos poucos o alfa conseguiu sair de dentro dele mas continuou por cima do corpo menor, beijando o rosto choroso. — Eu te amo, Jungkook...
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Passava do terceiro dia de cio, o sol estava se pondo devagar no horizonte, e agora sobre a cama Jungkook subia e descia sobre o corpo do seu alfa.
Tinha a cintura afagada por ele e o olhar preso ao seu sem perder um só mínimo movimento de seu corpo, o cansaço começava a tomar conta deles e com certeza iriam desabar assim que o lobo de Namjoon deixasse. Mas enquanto ele matinha sua regência junto ao cheio forte de hortelã e presença pesada por todo o quarto grande continuariam obedecendo aos extintos e buscando pelo prazer.
— Vem cá, quero beijar você. — O Jeon foi puxado para baixo, seu cabelo preso atrás pela mão do alfa, a mesma que o matinha no lugar para dar inicio ao beijo desesperado.
As línguas se encontravam sedentas, o ritmo do resto do corpo aumentava, o mais novo se movia de um lado para o outro e mais velho para frente e para trás, os movimentos opostos se encontraram até ambos chegarem ao orgasmo juntos, caindo sobre a cama do mesmo jeito.
Jungkook esperou o nó se desfazer para se afastar um pouco, deitando na cama e sentindo o alfa lhe abraçar de lado, aos poucos a presença dele se acalmou, o cio havia acabado, e agora restava o cansaço.
— Banho?
— Com certeza. — O Jeon piscava pesado. — Sinto falta de Moon.
— Quer que eu peça pra minha omma trazer ele agora?
— Esta tarde para pegarem a estrada, além disso a casa ta uma bagunça, posso esperar até amanhã.
— Sei que eu não sou fofinho como Moon mas pelo menos não vai dormir sozinho. — Jungkook riu, se virando para o alfa, ele também sorria, seu sorriso era carregado de paixão e um pouco de cansaço, mas não havia mais temor nos olhos finos, estavam livres e juntos. — O que foi?
Só quando o tom assustado chegou ao seus ouvidos percebeu que estava chorando, coisa que muito havia feito nos últimos três dias, chorava de prazer, porque todos seus sentimentos eram fortes demais, porque o alfa o levava a patamares de satisfação que nunca chegou, mas agora suas lágrimas tinham outro motivo. — Obrigada por me dar seu amor, eu me sinto tão cheio, é tão bom...
— Não precisa me agradecer, meu amor é seu, assim como todo o resto.
— Me leve para o banho alfa, cuide bem de mim...
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No dia seguinte Namjoon acordou bem cedo, estava tão bem disposto que sequer parecia que não havia dormido mais de quatro horas por três dias seguidos. A noite depois de acabar o cio foi ótima, dormiu às seis da tarde agarrado ao ômega e as oito da manhã acordou ainda com ele preso a si, durante a madrugada pós cio sonhou com os filhos e Moon, juntinhos, meses antes ficaria triste pelo sonho, mas ver os rostinho de Jaehyun e Jisu agora só lhe deixavam feliz, mesmo com uma pontinha de saudade.
Assim que se afastou da cama meio sem querer porque isso significava se desprender de Jungkook, entendeu o que ele havia dito com a casa está uma bagunça, realmente estava, a porta do seu closet estava aberta e tinha algumas roupas pelo chão, se lembrava vagamente de terem feito amor dentro de um dos armários, no banheiro a situação também era meio caótica, o chão estava molhado pela água da banheira ainda cheia e haviam algumas toalhas sobre a pia também molhada, mesmo assim a sala, onde passaram os dois primeiros dias do cio, era o lugar mais bagunçado da casa inteira, estava de pernas pro ar, toalha molhada no sofá, almofadas rasgadas pelo chão junto aos cobertores sujos de suor e outras coisas, além do intenso cheiro de mel e hortelã impregnado por toda a casa.
— Puta merda! — Seu pensamento já reformulado se transformou naquelas duas palavrinhas ao perceber todo o trabalho que teria.
Ia limpar sozinho, Jungkook estava muito cansado, além do cio cobrar muito de si, a marca também deixava o ômega extremamente sensível e exausto, e para completar tudo isso aquela era sua bagunça, Jungkook já fazia demais pra si, era sua vez de agradar.
Começou pelo quarto que parecia mais fácil, foi juntando as roupas e toalhas sujas, esvaziou e lavou a banheira tentando não fazer muito barulho, secou todo o chão do banheiro, e foi levando aquela sujeira até o andar de baixo, por ali também começou separando as roupas que iria lavar para em seguida jogar fora as rasgadas e em quase uma duas horas tudo estava perfeitamente limpo e cheiroso, a máquina de lavar agora fazia o trabalho de lavar parte das roupas e Namjoon estava preparando um café para Jungkook.
Se lembrou daquela manhã anos antes, preparando café para Yura e as crianças, não doía tanto quanto antes sentir falta deles, agora entendia o fim o ciclo mas era impossível não se lembrar, nostalgia lhe envadiu com tanta força que acabou preparando comida demais, ele e Jungkook não conseguiram comer sozinhos.
Mas o destino estava sendo tão atencioso e perfeito com eles, moldando tudo para que não faltasse ou sobrasse nada em nenhuma situação, talvez por isso o carro de sua mãe estacionou no quintal segundos antes de terminar de arrumar toda aquela comida na maior bandeja que tinham, Yunji saiu com Moon no colo e Namjoon sorriu enorme ao ver o menino ainda sonolento. — Moon!
— Tio Joonie! — Ele foi colocado no chão e abraçou as pernas do mais velho. — Cade o meu papai?
— Lá em cima dormindo, eu fiz essas coisas pra gente comer, quer me ajudar a acordar ele?
— Quero! — Pulou animado.
— Ta tudo bem filho? — Yunji perguntou depois de receber um beijo na bochecha. — Moonie ta dormindo no carro, tive que acalmar ele porque na ida ele fez uma bagunça.
— Vejo ele depois que comer, Jungkook deve estar com fome. — Olhou para baixo onde Moon esperava ansioso. — Vamos Moonbin-ssi? Vamos acordar o papai!
O garoto foi correndo escada a cima enquanto o alfa lhe seguia de pertinho, eles cruzaram os corredores até o quarto do mais velho, Moon parou de correr para empurrar a porta devagar e entrar no quarto na pontinha dos pés, Namjoon fez o mesmo e foi assim que chegaram até a cama onde Jungkook estava encolhido como um bolinho. Moonbin se sentou atrás dele, usou as mãos pequenas para a acarinhar o rosto do pai, um gesto fofo que fez Jungkook se mexer um pouco antes de abrir os olhos e encarar o filhote. — Bom dia appa!
— Filho!? — O ômega sorriu em instantâneo, trazendo o corpinho pequeno do garoto para um abraço apertado e saudoso. — Que saudade meu denguinho, que saudade!
— Appa o tio Joon fez um montão de comida e eu tô com fome.
— Ok ok, vamos comer. — Jungkook se sentou e o filho também o fez, no meio de suas pernas. — Bom dia amor. — O ômega disse carinhoso e ganhou um beijo na testa. — Você fez tudo isso?
— Fiz, também limpei as coisas, fica tranquilo. — Namjoon se sentou ao lado dos dois e ofereceu a Moon o suco de uva que era seu preferido. — Como está a marca? Ainda dói?
— Papai fez dodoi? — Moon perguntou apontando para a atadura que envolvia o ombro de seu pai.
— Papai fez uma coisa muito importante que acabou ficando um dodoizinho, mas não ta doendo, tá tudo bem. — A resposta direcionada a Moon também servia para o alfa.
Logo as conversas pararam, eles estavam com fome e logo a comida em excesso acabou, sobrando apenas a bandeja e algumas embalagens.
Era fim de verão, o sol ta fora estava forte mas não fazia tanto calor como semanas antes, depois de comer Jungkook quis ficar grudado no filho e foi para o banho com ele enquanto Namjoon via Moonie, quase uma hora depois se juntaram todos no quintal para aproveitar o que devia ser os últimos dias de sol e calor. Enquanto Jungkook conciliava a tarefa de passar protetor no filho e instrui-lo de como usar a borracha para brincar com o cachorro, Yunji se sentou ao lado de Namjoon na grama e ele apoiou a cabeça em seu ombro.
— Antes de Yoongi me falar sobre Jungkook eu tive um sonho. — Começou em tom baixo. — Sonhei com meus netos, não conseguia ver o rosto deles, mas via dois pares de pezinhos correndo e ouvia suas risadas, você não estava, mas Yura veio, ela me abraçou e disse que iria levar os filhos dela, e que eu deveria ser forte e não deixar que levassem o meu. — Namjoon encarou a mãe com lagrimas nos olhos, a mais velha já chorava. — Eu não entendi naquele momento mas hoje eu entendo exatamente o que ela quis dizer, não se engane meu filho, não há um só dia em que eu não pense em meus netos, na minha nora querida que eu tinha como filha, e na família que eu vi você criar e cuidar até o destino te tirar, mas meu amor, mesmo com a falta precisamos olhar para o futuro, e não para o passado. — A ômega secou o rosto do filho com carinho. — Yura ia querer que tu fosse feliz.
— Eu sei minha mãe, eu vou ser. — Olhou para frente e capturou o exato momento em que Moon colocou com o dedinho sobre a saída de água da mangueira e atingiu o rosto do pai dele com um jato forte de água, seu choro se transformou em risada e Jungkook lhe olhou antes de também cair na gargalhada. — Não sei se posso te dar uma resposta satisfatória daquela pergunta que me fez antes do cio, não combinamos o que somos, não tivemos tempo para conversar, mas eu te digo uma coisa, a única da qual eu tenho certeza, o destino me deu muitos presentes de mão beijada, mas esse ômega, eu quero conquistá-lo e passar o resto dos meus dias o ganhando de novo e de novo, pra sempre ou até quando o tempo deixar.
— Esta certo. — Yunji sorriu. — Estou contigo filho, é bom te ver vivo assim de novo.
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Já passava das nove da noite quando Namjoon deitou na própria cama, ele se sentia tão vazio quanto a mesma sem a presença de Jungkook. Era estranho, nunca foi uma pessoa grudenta, demonstrava seu carinho de outras formas, mas com Jungkook queria estar grudado a todo segundo, tanto que depois de passar o dia inteiro pertinho dele, e mesmo sabendo que ele estava a alguns poucos metros de distância de sentia solitário sem o alfa ao seu lado.
Os últimos quatro dias haviam sido completamente alheios à rotina de ambos, e agora se adequar de volta a ela era ainda mais difícil do que pensaram.
Por anos ocupar aquela casa sozinho significava paz, agora apenas alguns minutos em seu quarto já lhe causavam desespero, mas precisava ser paciente, ir devagar.
Em alguma da conversas semanas antes Jungkook lhe explicou um pouco sobre a cama compartilhada, ele e Yura optaram por colocar as crianças no berço e depois em suas respectivas camas, raras eram as vezes em que dividiam a cama, Já Moonbin sempre dormiu com pai, desde seu primeiro dia de vida, e mesmo que pudesse parecer banal demais, o momento de dormir era uma das oportunidades de Jungkook tinha de se conectar de forma mais intimista com o filho e ter o momento de ambos.
Mas dormir com Jungkook era tão bom...
Passou minutos resmungando baixo, só parou quando sentiu o ômega se aproximando e antes mesmo que ele batesse na porta foi abri-la. — Oi, vai dormir agora?
— Não, Moon tá no banho. — Jungkook entrou no quarto e caminhou até a cama, era grande como a sua. — Vim perguntar como vamos fazer pra dormir hoje.
— Eu queria dormir contigo mas não quero atrapalhar seu momento com o Moon...
— Eu não abro mão de dormir com meu filhote, mas se não for incomodo para ti podemos dormir juntos, os três. — Jungkook sugeriu e Namjoon sorriu grande assentindo várias vezes.
— Claro, vai ser ótimo!
— Vou pegar o Moon.
Quando o ômega se afastou, Namjoon deu alguns pulinhos animados, trocou a roupa de cama mesmo que a aquela estivesse limpa e acionou mais travesseiros a ela, tudo isso com um sorriso enfeitando seus lábios e a voz sussurrando uma canção calma.
Estava tão feliz.
Era até meio estranho se entregar a felicidade assim depois de tanto anos vivendo no puro abismo da tristeza, sua euforia tinha haver com Jungkook, com a ligação e com o relacionamento que aos poucos iam firmando, mas também tinha haver com o fato de finalmente estar longe da regência de infelicidade da qual viveu nos anos anteriores, finalmente conseguiu nadar o bastante para chegar em terra, não estava mais preso daquele mar, e isso era tão bom, tão suave, tão livre...
Moon foi o primeiro a chegar no quarto, ele veio correndo e se jogou contra as pernas de Namjoon, sendo pego pelo alfa antes do pai dele também chegar ao quarto trazendo uma bolsinha pequena e o cobertor do filhote. — Titio tá com medo do escuro de novo? — Moonbin perguntou ao alfa que lhe segurava com cuidado.
A cada dia Namjoon amava mais aquele filhote, amava também o fato dele confiar em si, Moon não era ligado a Namjoon mas o amava, e aquele pequeno menino provava para o alfa que ainda era bom o suficiente para ser amado de forma natural e pura.
— Estou, mas seu pai me ajuda muito, estou melhorando. — Disse olhando para Jungkook que sorriu leve.
Foi então que as mãozinhas de Moon puxaram seu rosto, e aproximando a boca pequena de sua orelha o garoto segredou baixinho. — Eu também tenho medo do escuro tio Joon, é muito ruim, mas o papai é o melhor em ajudar, ele cuida bem de mim, eu te empresto um pouco, pra ele cuidar de você também...
— Obrigado Moon, é muito gentil da sua parte. — O alfa prestes a chorar de novo beijou o rosto do menino que logo pulou na cama grande se acomodando no cantinho dela e esperando pelo pai.
— O que ele te disse? — Jungkook perguntou curioso.
— É segredo Jungkook, nosso segredo. — Piscou pra Moon que sorriu antes de fechar os olhos, cansado demais para evitar que o sono lhe tomasse.
Os adultos deitaram na casa quando ele já estava dormindo, Jungkook no meio e Namjoon na outra ponto, abraçando o corpo do ômega por trás ele colocou seu rosto sobre o ombro alheio e beijou ali. — Quantas coisas aconteceram em menos de uma semana... — Jungkook disse.
— Te deixa nervoso? — Conversavam baixinho, muito baixinho
— Não, me deixa feliz. — Sorriu produzindo um som fofo. — Não fique inseguro, eu estou sentindo tanto quanto você, viver isso não me dói em nada.
— Disse que não almejava uma ligação...
— E não foi mentira minha, não almejava, mas o destino me deu você, assim mesmo sem eu querer aceito de bom grado o alfa que eu nunca pedi. — Se virou um pouco para estalar um beijo nos lábios grossos de Namjoon. — Você entrou nos meus planos e eu não tenho nenhuma pretensão de lhe tirar daqui.
— Eu te amo!
— Eu também te amo...
Não havia mas mar, nem muito menos abismo, nem medo, nem coragem, sorte ou azar, não havia nada além de amor, paixão e vontade, vontade de sentir de viver e de se libertar, eram livres, Namjoon e Jungkook eram livres, finalmente livres das amarras impostas por eles mesmos.
Se acomodaram na conchinha compartilhada em três, em família, Namjoon foi o último adormecer porque ficou observando seu ômega dormir tranquilo por minutos antes de dormir também, não antes de beijá-lo no rosto com carinho e de falar baixo. — Obrigado. — Não sabia para quem estava agradecendo, mas praguejou ou céus, o universo, todos os deuses do qual conhecia e o principalmente o destino pela situação que se encontrava antes, mas agora, finalmente feliz, satisfeito e livre podia agradecer a todos esses, e a si mesmo, pela autoria da sua felicidade que estava apenas começando.
Agradecia ao tempo.
Namjoon era um homem de sorte...
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Não vou mentir... tô com vergonha desse smutt, e ao mesmo tempo meio insegura, me ajudem com uma opinião sincera sobre o que vocês acharam do capítulo e dessas cenas intensas, pode ser por aqui ou pela nossa tag
Vejo vocês no próximo capítulo, tchau 💓
#SeuAroma