LUHÍSA
Acordo sentindo um corpo em cima do meu e todas as lembranças e sensações voltam a minha mente.
"Merda! Transei com meu chefe..."
"E adorou..."
Olho no relógio são oito horas da manhã.
- Porra! - Grito e Theo se mexe.
- Que foi? - Ele geme vindo para cima de mim.
- São oito da manhã - Digo tentando tira-lo de cima de mim.
- O que tem? - Ele diz alisando meu corpo e tento me controlar para não começar tudo de novo.
- Temos que trabalhar - Desvio de seu beijo.
- Estou nos dando folga - Me beija.
- Não! Temos que trabalhar - Digo saindo do beijo e ele me encara - Não posso receber mais um dia de folga, eu comecei essa semana...
- Humm - Faz biquinho e eu começo a rir.
O celular dele começa a tocar, ele revira os olhos e sai de cima de mim, vai até o celular, olho para ele, me olha e desliga.
- Não vai atender? - Pergunto enquanto ele vem em minha direção completamente nu, com seu membro um pouco excitado.
- Não é importante - Diz com descaso - Vamos tomar banho? - Pergunta malicioso.
"Quem será que ligou? Porque ele não quis atender? Será que era ela?"
"Quer mesmo saber?"
- Pode ir depois eu vou - Fecho meus os olhos para resistir a tentação que é este homem.
- Não vem comigo? - Pergunta sedutor.
- É melhor não... - Eu digo ainda de olhos fechados.
- Por quê? - Sussurra no meu ouvido e eu me arrepio.
Respiro fundo para voltar à realidade. Preciso ser forte e não ceder, tomo coragem.
- Porque você é casado e isso é errado - Eu digo me levantando e ele segura meu braço.
- Ontem não pareceu errado - Ele diz me virando pra ele. - Você não gostou? - Pergunta fazendo um carinho em minha cintura.
- O problema é esse Theo - Eu digo suspirando - Eu adorei... - Múrmuro e ele sorri e se aproxima mais - Mas é errado... - Quase que não saí por causa da aproximação de nossos corpos nus.
Como eu ia explicar para ele que é errado? Que isso não pode repetir? Mesmo eu querendo e desejando que isso se repita?
THEO
Porque ela não queria? Eu achei que ela tivesse gostado! Eu adorei a noite que tivemos e quero muito repeti e já estou totalmente excitado só tendo essa conversa com ela.
- Luhísa... - Beijo seu pescoço e colando nosso corpo, ela geme - Você quer... Eu quero... Estamos aqui - Olho em seus olhos.
Eu beijo sua boca, ela tenta sair, mas eu pressiono mais seu corpo contra o meu e logo ela cede aos meus beijos e o intensifica colocando suas pernas na minha cintura. Nos levo para o banheiro, ligo o chuveiro e Luhísa ri em meus lábios quando a água atinge nossos corpos.
Ela se ajeita em meu colo e eu a penetro com calma, ela geme em meus lábios. Ela começa a rebolar em meu colo enquanto puxa de leve meus cabelos. Aperto sua bunda com vontade e ela morde meu lábio inferior.
- Mais rápido - Pede em meu ouvido
A imprenso na parede e começo a estocar rápido e fundo, Luhísa geme de prazer. Ela se desequilibra e quase cai.
- Theo! - Grita me batendo e eu começo a rir. - Não tem graça.
- Então fica quietinha - Não consigo parar de rir.
- Sai - Ela diz tentando sair do meu colo - Me solta!
- Não! Você é minha! - Rosno e ela tenta sair mais uma vez - Você só sai desse banho quando eu quiser.
- Theodor acabou o clima - Diz séria.
Retiro totalmente meu membro e a penetro com tudo, ela fecha os olhos e geme alto. Faço de novo e ela crava as unhas em minha costa, abafando um gemido, mordendo seu lábio inferior.
- Quer mesmo que eu pare? - Sussurro no seu ouvido e mordo seu lóbulo.
- Não! - Começa a quicar no meu colo.
Volto a beija-la para ela não falar mais nada. Eu não me reconhecia, quer dizer... Eu estava reconhecendo aquele cara com 18 anos que eu era, antes de conhecer Ângela. Luhísa trazia o homem viril que apaguei para viver com Ângela e suas limitações.
Eu estava tão sedento que já estava quase gozando. Levei meus dedos para seu clitóris, não queria gozar antes dela. Seus lábios foram para meu maxilar e suas mãos estavam em meus cabelos. Eu metia fundo e ela gemia cada vez mais, eu estava quase gozando quando ela gozou primeiro, retraí o meu e comecei a mexer no seu clitóris para prolongar seu prazer e quando ela ficou ofegante em meus lábios voltei a me mover até gozar.
Ela desceu do meu colo e logo começamos a tomar nosso banho em meio a beijos e caricias. Saímos do banho e começamos a nos vestir, o celular dela toca.
- Preciso atender é o da empresa - Ela diz e eu faço que sim com a cabeça. - Gross Entertainment, bom dia, senhorita Dawson falando, o que deseja?
LUHÍSA
Atendo o telefone da empresa com o cenho franzido. Quem será que está ligando? Achei que só Theo tinha o número.
- Senhorita Dawson, a senhorita sabe me informar onde meu marido se encontra? - A voz da mulher do meu chefe me trás a realidade mais uma vez.
"Ele estava na cama comigo, agora está na minha frente colocando a roupa, mas preferia que ele ainda estivesse nu..."
- Sei sim, senhora Gross - Fuzilo Theo com o olhar quando ele diz que não quer falar com ela. - Estamos numa reunião fora da empresa e ele não pode atender no momento.
- A senhorita me faz um favor? Peça para ele me ligar assim que sair dessa reunião? - Ela pede com toda a elegância.
- Claro, senhora Gross! Mas alguma coisa? - Eu pergunto tentando me controlar.
- Não, é só isso... Muito obrigada - Ela diz e desliga.
"Merda! Droga! Cacete! Puta que pariu! Caralho!"
"Não adianta xingar no momento..."
- Sua esposa quer que você ligue para ela quando sua reunião acabar - Digo com toda a calma que eu consigo e sorrio debochada pra ele.
- Luhísa... - Theo tenta se aproximar de mim, mas eu me afasto - Porra Luhísa não faz isso...
- Isso o que? - Grito - O que eu fiz? - Pergunto colocando a mão na cabeça. - Eu transei com meu chefe - Grito novamente - Pior de tudo... - Digo me aproximando dele. - Ele é casado - Grito pausadamente.
- Não diz que foi um erro... - Diz calmo, fecha os olhos e suspira.
- Mas foi Theodor - Grito novamente e conto até dez para me acalmar. - Você é casado, acabou de trair sua esposa, é a segunda vez que ela liga e você quer me dizer que não foi um erro?
"Não foi! Vocês queriam..."
- Eu sei que sou casado! Sei que trai minha esposa! Mas foi escolha minha Luhísa, eu quis, eu quero... E quer saber foda-se a minha esposa - Diz ainda mais calmo que antes. - A não, quem está fodendo minha esposa é meu irmão! - Grita e eu fico estática - Diz, diz pra mim Luhísa, diz que você nunca viu algo entre eles?
- Não! Não vi... E que história é essa? - Pergunto - Esquece! Não me diz respeito...
- Ontem eu liguei pra ela e quem atendeu foi ele - Diz sentando na cama e colocando a mão na cabeça - Eu sou um otário mesmo... Minha esposa me trai e eu continuei sendo fiel a ela esses anos todo...
- Espera ai! Eu fui só o troco? - Pergunto irritada - Só transou comigo para revidar?
Eu não acredito nisso, eu sou uma babaca mesmo, me importando e só estava sendo usada esse tempo todo.
- Não Luhísa... - Ele suspira e se levantando - Eu não te usei... Simplesmente aconteceu, igual à primeira vez que nos beijamos.
- Eu não acredito - Digo terminando de me arrumar - Esquece que eu existo!
- Luhísa - Ele diz segurando em meus braços e olhando em meus olhos - Eu nunca faria algo desse tipo, principalmente com você... Nunca traí minha esposa, nunca senti essa vontade. Mas desde que te vi no meu escritório te desejei como nunca desejei outra mulher, nem minha esposa.
- É muito fácil falar - Rosno com raiva e ele suspira - Eu não me envolvo com homem casado e se isso aconteceu é porque eu te desejei e quebrei uma regra! Mas isso não vai voltar a acontecer! - Me solto dele - Se me quiser ainda como sua secretária tudo bem, mas nada mais vai acontecer entre nós.
- Não ia te demitir por isso - Fala passando as mãos no cabelo, se mostrando nervoso com a situação. - Só acredite em mim que eu não te usei... Eu tentei ficar longe, de não ceder aos meus desejos, mas ontem tudo que aconteceu, você, seu corpo, sua boca, tudo faz eu te querer e eu acabei cedendo aos meus desejos. Me deixei levar pelo momento e eu não me arrependo, faria tudo de novo...
- Mas não vai acontecer mais nada entendeu? - Me exalto.
- Entendi - Diz calmo - Agora vamos trabalhar...
- Que ótimo, ainda terei que te aturar o dia todo - Resmungo mais pra mim do que pra ele.
- Você que quis ir trabalhar - Debocha e ri.
- Idiota! - Rosno.
- Olha como fala com seu chefe - Me repreende e eu reviro os olhos.
- Você é só mais um idiota que eu transei... - Debocho enfatizando o idiota, estou com muita raiva ainda.
- Então eu sou idiota? - Pergunta num tom sedutor e me olha dos pés a cabeça com um olhar hipnotizado - Mas que você adorou transar - Se aproxima de mim, me fazendo andar pra trás, mas bato numa parede e ofego com a aproximação - E que você ainda quer transar - Passa o indicador nos meus lábios e fecho os olhos rapidamente e gemo.
"Com certeza quero transar mais vezes com você!"
- Theo... Para! - Peço baixinho, sentindo pontadas na minha intimidade.
"Mas que porra, fico excitada só dele se aproximar..."
"Não resiste, cede logo!"
- Quer mesmo que eu pare? - Pergunta colando seu corpo mais perto do meu, me mostrando o quanto está excitado - Hein Maria Luhísa, quer mesmo que eu pare? - Roça seus lábios nos meus.
- Quero! - O empurro com toda minha força, que não sei da onde eu consegui tirar.
- Tudo bem! - Diz levantando as mãos e sorrindo - Vamos vou fechar a conta, você tem duas horas para está no serviço novamente... Não se atrase!
CAMILE
Acordei como sempre na cama do Kyle, mas ele não estava. Coloco sua blusa e ando pelo seu apartamento e sorrio com a cena que eu vejo, Kyle só de boxer, fazendo o café da manhã.
- Você já acordou - Resmunga fazendo biquinho - Ia levar café da manhã na cama pra você...
- Que namorado romântico eu tenho - Digo lhe dando um beijo.
Eu conheço Kyle há cinco anos, e começamos a ficar juntos há dois anos. Acho que só não estamos juntos há mais tempo, pois quando comecei a trabalhar pra ele eu namorava. Meu ex namorado terminou comigo porque dizia que eu só me dedicava ao meu trabalho, que eu não tinha mais tempo pra ele e claro, ele morria de ciúmes do Kyle. Mas enquanto eu namorava nada aconteceu entre nós, Kyle nunca tentou nada. Há um ano Kyle me pediu em namoro, mas eu pedi que mantivéssemos em segredo por conta do trabalho, no inicio ele relutou, mas logo acabou cedendo, ele ainda quer assumir, mas tenho medo da repercussão que isso tome.
- Sweet você sabe se está rolando alguma coisa entre o Theodor e a Luhísa? - Ele pergunta enquanto tomamos café.
- O Theo não te contou? - Perguntei confusa, geralmente Theo conta tudo para o Kyle.
- Ele não me disse nada, mas vejo como ele a olha, e lá na boate a forma como eles estavam dançando... - Diz insinuando algo e eu rio.
- Eles já se beijaram - Comento e ele engasga com o café.
- O que? - Pergunta tentando se recompor.
- Resumindo, eles se beijaram, mas ela não quer que isso aconteça, na verdade ela quer, só não se sente a vontade por ele ser casado - Digo e Kyle fica me encarando.
- Pelo jeito que Theodor estava ontem, acho que ele também quer... - Diz pensativo - Não sei porque ele ainda está casado com Ângela...
- Nem eu Kyle, nem eu - Digo rindo - E se ele começar a ficar com Luhísa eu vou apoiar!
- Eu também, agora entendi porque ele bateu no Alan, não foi pelo que ele disse de Ângela, mas pelo que ele disse sobre a Luhísa - Diz e eu começo a rir.
- Será que ele está gostando dela? - Questiono
- Não sei, mas hoje eu vou saber... - Ele diz e eu sorrio.
LUHÍSA
Frustrada, irritada, decepcionada, magoada e muito mais... É como eu estou me sentindo no momento. Não consigo acreditar em suas palavras.
"Eu fui usada!"
"Não foi não!"
"Ahgr!!!"
Entro no meu apartamento já tirando minhas roupas e as jogando em qualquer lugar.
"Quem ele pensa que é?"
"Seu chefe gostoso e tarado!"
"Um idiota, babaca, cretino..."
"Que você ainda quer em sua cama!"
"Ahgr! Me deixa em paz!"
Ligo a torneira para banheira encher, coloca sais de banho e tudo necessário, olho o relógio, tenho uma hora para me arrumar.
"Ótimo, mas que inferno!"
"Você que quis ir trabalhar..."
Entro na banheira, e finalmente relaxo, fecho meus olhos. Estou com muita raiva no momento, não dele, mas de mim mesma por não ter me controlado e ter transado com ele, mesmo sabendo que ele é casado.
- Isso é o que você faz comigo - Sussurro no seu ouvido - Me deixa molhadinha quando se aproxima de mim, quando me toca, quando me beija... - Digo e mordo seu lóbulo, enquanto o ajudo nos movimentos da mão dele em meu sexo - Você me enlouquece. - Ele me penetra um dedo e eu fecho meus olhos e gemo de prazer.
Penetro-me com um dedo e gemo baixinho.
- Agora só sinta, deixa que eu comande - Diz sério e depois me dá um beijo. - Primeiro, isso. - Retira seu dedo, e quando volta me penetra com dois e eu grito de prazer.
Repito o que ele fez, retirando meu dedo e retomando a me penetrar com dois dedos, gemo de prazer.
- Aposto que é mais gostoso, principalmente quando faço isso - Ele faz movimentos circulares com os dedos e eu gemo mais alto.
Repito os movimentos dele e mais uma vez gemo de prazer. Retiro bruscamente meus dedos.
"O que estou fazendo?"
"Se masturbando pensando nele..."
Termino meu banho e vou me vestir, estou atordoada com tudo que aconteceu.
THEO
Chego à minha casa e vou direto para o banheiro, retiro minhas roupas e vejo o quanto ainda estou excitado, olho para o chuveiro, depois para o meu membro.
Luhísa começa a acariciar minha coxa, olho para ela de relance, e ela está mordendo os lábios, e antes que eu possa dizer alguma coisa, sua mão abre o botão de minha calça, ela desce o zíper, e coloca sua mão por dentro da minha calça, eu tento não fechar meus olhos, porque estou dirigindo.
Pego em meu membro e começo a fazer movimentos de leve, estimulando ele num movimento de vai e vem. Não é a mesma coisa de tê-la fazendo isso, mas imaginar ela aqui, com sua mãozinha me estimulando, gemo baixinho com esse pensamento.
Consigo achar o peito dela e o aperto com força quando ela dá uma mordida de leva na cabeça do meu membro, tanto eu quanto ela gememos com isso.
Eu belisco a cabeça do meu membro, tentando ter a mesma sensação que tive com ela, mas não consigo.
- Luhísa melhor... - Quando eu ia dizer ela morde novamente e eu gemo um pouco mais alto.
Repito o que fiz antes, de beliscar meu membro, mas não tive o mesmo efeito.
Quando chega perto do meu membro, ela o pega delicadamente e começa a fazer movimentos de vai e vem, fecho meus olhos sentindo um enorme prazer me preencher. Quando ela o abocanha, solto um gemido rouco.
Começo a movimentar minhas mãos, me lembrando do seu corpo nu no meu, a visão perfeita de seu corpo, aumento a velocidade do meu vai e vem, imagens dela rebolando e quicando no meu membro invadem meus pensamentos e com isso o prazer começa a tomar conta do meu corpo e o desejo dela está ali comigo, me dando prazer e eu dando prazer a ela. Sinto que estou quase chegando lá. Então me lembro de sua intimidade, apertadinha em minha boca, eu mordendo seu clitóris, meu pau entrando e saindo. Porra! Gemo com meus pensamentos e logo libero meu orgasmo.
Entro no banho e tento me concentrar, mas toda hora vêm imagens de nós dois juntos, nosso banho junto, sua risada, a bravura dela depois da ligação da minha esposa, então lembro que tenho que ligar pra ver o que ela quer. Termino meu banho, me arrumo e pego meu celular, respiro fundo e disco o número da minha esposa.
- Até que fim Theodor - Ela diz assim que atende.
- O que queria mais cedo? - Pergunto seco.
- Avisar que estou voltando antes, eu desmaiei ontem e fiquei a noite no hospital - Ela diz.
- Você está bem? Descobriu o que tem? - Me preocupo.
- Ontem há tarde minha pressão desceu e eu acabei desmaiando, Alan e Lucas me levaram pro hospital. Alan ficou comigo, tentou te ligar, mas só dava desligado, ele passou a noite comigo no hospital. - Explica.
Por isso ele atendeu ao telefone, ele estava no hospital com ela. Ela não estava me traindo. Ou estava? Porra, difícil saber.
- Os médico disseram o que você tem? - Eu pergunto.
- Eles disseram que pode ser uma virose ou algo mais sério, pediram para eu fazer alguns exames por isso estou voltando hoje mesmo. Porque seu celular estava desligado? - Ela pergunta e eu tremo.
"Estava tendo uma noite louca de sexo com Luhísa..."
- Meu celular descarregou e só hoje eu notei - Eu digo uma meia mentira, eu havia colocado o celular pra carregar depois de transar com Luhísa. - Você chega que horas?
- Só à noite - Ela diz.
- Quer que eu te busque no aeroporto? - Pergunto.
- Se não for atrapalhar... - Responde e pelo tom da sua voz ela está sorrindo.
- Claro que não vai atrapalhar, me mande por mensagem com a hora que seu voo chega - Eu digo. - Preciso ir, beijos.
- Te amo - Ela diz e desliga.
Fico atordoado com essa ligação. Ela não me traiu como eu estava pensando. Será que eu transei com Luhísa só por causa disso? Não! Claro que não, eu queria isso desde que a vi no meu escritório.
"Aleluia que você admitiu isso pra si mesmo!"
Desço e vejo Poke deitado perto da porta.
- Seu diabinho, sua mamãe chega hoje.
Ele me olha e volta a deitar, estranho... Mas ignoro. Encontro com Charles na garagem com o carro ligado. Adoro gente eficiente, eu iria sozinho, mas já que ele está pronto.
- Obrigado.
Digo quando ele abre a porta do carro pra mim.
- O senhor irá precisar de mim a noite? - Pergunta quando se senta no banco do motorista.
- Porque a pergunta Charles? - Pergunto quando ele começa a dirigir.
- Gostaria de saber se posso tirar a noite de folga, minha mãe me convidou para um jantar senhor.
- Claro que pode, Charles. Eu ia sim precisar de você, Ângela está voltando hoje e fiquei de busca-la no aeroporto, mas posso ir sozinho, não tem problema.
- Obrigado, senhor.
O resto do caminho foi tranquilo, chequei meus e-mails, tudo em ordem. Graças a Deus. Quando chegamos à empresa, digo a Charles que ele está dispensado e que aproveite o jantar com sua mãe. Passo pela recepção e não vejo Vanessa, o que acho estranho, mas ignoro e entro na minha sala e vejo que Kyle está sentado em minha poltrona, então reviro os olhos.
- Isso é hora de chegar? - Pergunta rindo e cruza os braços.
- Que eu saiba, eu não tenho hora para chegar - Respondo indo em direção a minha mesa.
- Mas sua secretaria tem e ainda não chegou - Diz sério - Porque não me contou?
- Contou o que? - Arqueio minha sobrancelha confuso.
- Que a beijou - Se levanta.
Como? Como ele ficou sabendo? Será que ela contou pra alguém?
- Achei melhor não contar, não era para ter acontecido - Dou de ombros e passo pro outro lado da mesa, enfim sentando em minha poltrona.
- O que rolou ontem? Eu vi como você olhava pra ela ontem, como dançou com ela... - Pergunta sentando na quina da mesa.
- Nós... Nós transamos... - Respondo e ele sorri. - Não vai brigar comigo? - Pergunto confuso com sua reação.
- Não cara! Não vou! Você está bem com isso?
- Estou! Foi sensacional... - Suspiro me lembrando da noite passada. - Mas ela esta achando que eu só transei com ela para me vingar da Ângela.
- Como assim?
Conto tudo a ele sobre nossa discussão e ele me encara.
- E você a usou? - Me encara.
- Não... foi tudo desejo, acontecendo... - Respondo honestamente - Mas sabe o que é pior?
- O que?
- Descobri que Ângela estava no hospital na hora que liguei e Alan atendeu.
- Esta se sentindo culpado agora?
- Não - Fui sincero - Eu gostei, gostei e muito e por mim repetiria várias e várias vezes - Digo me lembrando de seus toques.
- E ela?
- Mandou eu esquece-la, que isso não vai voltar a acontecer .
- E o que você vai fazer?
- Tentar respeitar - Ele ri
- Boa sorte - Continua rindo.
A porta se abre e sinto o cheiro de seu perfume masculino, ela entra linda, maravilhosa e gostosa como sempre na sala. Ok... Acho que estou com algum tipo de síndrome.
"Não, você está apenas com um puto tesão por ela."
- Bom dia - Nos cumprimenta.
- Bom dia - Kyle responde - Luhísa, Camile quer falar com você mais tarde, disse que vai até seu apartamento depois do trabalho.
- Tudo bem, fala pra ela que ela pode ir - Ela diz rindo.
- Ah e obrigada por ontem, ela adorou a boate - Ele diz.
- Não precisa agradecer - Ela diz sem graça - E Kyle, insista, ela vai acabar cedendo.
- Obrigado - Ele diz e sorri - Theodor temos reunião com Alberto às cinco.
- Ok.
Kyle sai e Luhísa vai para sua sala e depois volta com o tablet na mão.
- Theo você tem uma reunião com os acionistas às uma da tarde. Verônica Nunes quer uma reunião com você às quatro da tarde, porém com essa reunião com o Alberto, posso pedi-la para vir antes ou depois. Qual prefere? - Diz parando na frente da minha mesa.
- Antes à noite tenho um compromisso.
- Quer que eu marque na agenda?
- Não precisa - Digo, claro que eu não vou dizer que Ângela está voltando, não quero um clima ruim - Ah e preciso que faça uma reserva no meu nome no Le France para às nove.
Preciso conversar com Ângela sobre tudo que está acontecendo, saber como ela está. Sei lá... Estou muito confuso e preciso de uma luz.
"Pede logo o divórcio..."
- Ok! Mais alguma coisa?
"Que me de um novo boquete?"
- Não, por enquanto é só isso! Obrigado. - Respondo e ela começa ir em direção a sua sala. - Luhísa... - A chamo antes dela entrar;
- Sim.
- Sobre o que aconteceu...
- Não vai se repetir, pode deixar, já passou - Me interrompe e eu suspiro.
- Não é isso - Me levanto - Eu não menti quando disse que não fiz isso para dar o troco em minha esposa...
LUHÍSA
Queria esquecer a noite passada, mas é impossível, então resolvi deixar tudo pra lá e ser profissional.
- Eu não menti quando disse que não fiz isso para dar o troco em minha esposa... - Ele disse se aproximando.
- Isso não muda nada - Digo me afastando - Não pode acontecer nada entre nós.
- E não vai se você não quiser - Diz voltando a mesa.
"Mas eu quero..."
- Só quero que você não pense que eu te usei... - Se sentou.
- Tudo bem, eu entendo. Você não me usou, tudo aconteceu e se não se importa prefiro não falar mais isso - Digo e ele suspira.
- Claro, pode ir.
- Obrigada - Digo e vou para minha sala.
Sento-me em minha cadeira e suspiro. Isso vai ser mais difícil do que pensei, ele mexe comigo, muito... E tudo em meu corpo chama por ele, mas não vai acontecer mais nada entre nós... Não pode!
"Vai sim, você sabe disso..."
O telefone da minha mesa toca e eu atendo.
- Gross Entertainment, bom dia, senhorita Dawson falando, o que deseja? - Eu digo.
- Senhorita Dawson, tem uma senhorita aqui querendo falar com você - Vanessa fala com desdém.
- Quem é senhorita Nagel? - Pergunto com ríspida.
- Elena Ruiz .
- Pode deixa-la entrar. Obrigada, senhori... - Antes deu concluir ela desliga.
"Vamos lá, é agora!"