Corações desatentos

By LeleCapitu

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Henry é um jovem aspirante a escritor que se mudou, após um incidente que fez com que continuar com a sua avó... More

NÃO TE CONHEÇO TÃO NO FUNDO PRA ENTENDER
O QUE VOCÊ DIZ EM SILÊNCIO
SUPONHO TANTAS COISAS, MAS NÃO SEI
SE É MINHA VONTADE INVENTANDO A SUA
SERÁ QUE A GENTE TÁ PENSANDO O MESMO?
E O QUE ACONTECE ENTRE NÓS, É COISA NOSSA
CAPÍTULO 8
E QUANDO EU TENTO DECIFRAR EU VEJO QUAL O TAMANHO DESSE SENTIMENTO
ADORMECIDO E PRESERVADO NESSA GELEIRA DO TEMPO
CADA MINUTO QUE EU TE VEJO É POUCO PRA ESSA VONTADE QUE EXPLODE AQUI DENTRO
QUAL O PODER DA COLISÃO DE DOIS CORAÇÕES DESATENTOS?

NÃO TEM NINGUÉM PRA NOS TESTEMUNHAR

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By LeleCapitu

(Henry)

Foi como se as palavras dele viessem em câmera lenta até meus ouvidos. Elas ecoavam por meu cérebro e pareciam algo incapaz de decifrar.

Posso beijar você?

Eu nem piscava enquanto ele olhava para mim e acho que se arrependeu quase imediatamente de ter se deixado levar pela bebida e aquela cama única naquele quarto bonito de hotel.

Posso beijar você?

Cheguei a pensar que estivesse passando mal, estava calor no quarto e podia sentir minhas mãos suando. Tive a impressão de que se passaram vários minutos e apenas continuava olhando para Alex com uma expressão surpresa e não respondia, nem tirava minhas mãos de sua cintura. Não queria afastá-lo, mas também não conseguia me aproximar.

Posso beijar você?

Eu estava numa espécie de loop, parecia que meu cérebro tinha entrado em curto circuito. Quando finalmente consegui voltar meus pensamentos para Alex, percebi que ele estava se aproximando, acho que cansou de me esperar tomar uma atitude. Da última vez que isso aconteceu, criei expectativas demais e ganhei apenas um abraço apertado, mas agora era diferente, ele ia mesmo me beijar e eu permanecia parado, parecendo uma estátua.

Os lábios de Alex se chocaram contra os meus com um pouco mais de força do que acho que era sua intenção, mas ele não recuou, nem eu.

Ainda estávamos de olhos abertos e só então percebi que não lhe dei uma resposta e que ele poderia estar esperando por isso, mas não ousaria quebrar o contato apenas para pedir que continuasse me beijando.

Fechei meus olhos e subi as mãos da cintura para as costas dele, o puxando sobre mim e colando nossos corpos. Seus lábios se abriram, dando passagem para que eu aprofundasse e consertasse esse beijo que quase deu errado. A língua dele adentrou minha boca e encontrou a minha numa explosão de texturas e calor, enquanto nossas salivas se misturavam.

Finalmente consegui me concentrar no que estava acontecendo.

Alex estava me beijando, beijando de verdade. Primeiro calmamente, explorando minha boca com sua língua macia e arrancando suspiros, depois, de forma mais urgente, apressada, mordendo meu lábio inferior e voltando a me beijar com desejo, quase uma ânsia.

E eu apenas pude retribuir.

Passei tanto tempo esperando por isso, desejando estar exatamente onde estou, que abri minhas pernas para que ele se encaixasse entre elas, senti minha ereção tocar a dele, arrancando gemidos de nós dois, e desejei ardentemente que toda a roupa que separava nossas peles desaparecesse.

Ele segurava com força minha cintura, me empurrando contra o colchão. Minhas mãos foram quase que automaticamente para sua bunda e, quando apertei, ele gemeu abafado entre meus lábios. De repente, o ar nos faltou e ele afastou nossas bocas, apoiando sua testa na minha e roçando nossos narizes, ofegante.

Estávamos sorrindo como dois bobos.

⸺ Alex?

⸺ Oi, Henry.

⸺ Sim, você pode me beijar.

***

Nós parecíamos dois adolescentes descobrindo todas aquelas sensações novas. Estar com Alex era fácil, divertido e excitante. Meu corpo reagia a tudo nele, sua pele quente, seus lábios macios, o perfume de seu cabelo, o brilho de seus olhos me olhando com desejo, tudo! O corpo dele se encaixava perfeitamente sobre o meu, minhas pernas abraçaram sua cintura e o puxaram ainda mais contra mim, fazendo nossas ereções friccionarem, nos arrancando gemidos cada vez mais altos. Ele beijava, mordia e chupava meu pescoço com avidez, tinha certeza que deixaria marcas em minha pele, mas, principalmente, em minha alma. Não sei quanto tempo ficamos nesse frenesi de mãos, bocas, suor e pele. Nossos corpos se movimentavam juntos e nos dividimos entre os lábios, o pescoço, os ombros e o peito um do outro, até que o único tecido que nos separava fosse o de nossas cuecas.

Havia pressa em seus movimentos, como se estivesse com medo de eu desistir ou fugir, mas eu não ia a lugar algum, pelo menos não sem ele.

Não dissemos nada depois da minha resposta atrasada à sua pergunta, a urgência em nos tocar impediu que qualquer palavra fosse dita, mas, sinceramente, não queria conversar sobre isso, pelo menos não naquele momento. Não queria saber o que tudo aquilo significava, porque isso me levaria a pensar se ele ainda gostava do ex-namorado, ou se eu era apenas uma distração, um jeito de tirar o tal Liam de sua cabeça.

A verdade era que, naquele momento, não ligava se estava sendo usado.

Me deixei preencher com cada pedacinho de Alex que me foi ofertado, cada beijo em minha pele e cada suspiro em minha orelha, e me entreguei, pulei de cabeça, mergulhei em seu corpo, me afoguei em seus cabelos e deixei que ele fizesse de mim o que quisesse. Sabia que não era nada saudável, que poderia me magoar e que de manhã ele poderia nem querer olhar na minha cara e alegar que estava bêbado demais. Também sabia que se continuasse a encher minha cabeça com esses pensamentos ia estragar tudo, então respirei, parei e me concentrei nele.

Me concentrei em sua pele morena e delineada brilhando sob a luz prateada da lua que entrava pelas frestas da cortina, em seus cabelos cacheados caindo sobre meu peito enquanto ele sugava meus mamilos, em seus dedos alcançando o elástico de minha cueca e abaixando a peça até tirá-la completamente de mim, em seus olhos, que percorreram todo meu corpo, me olhando como se eu fosse a pessoa mais bela que já viu, quando, na verdade, eu é que estava hipnotizado por tudo que ele era e fazia, e em sua boca envolvendo minha glande, descendo até a base e me chupando lentamente, com movimentos torturantes que me deixaram sem ar, sem rumo e sem noção dos palavrões que começaram a sair involuntariamente de minha garganta.

Não consegui evitar fechar os olhos e arquear as costas, empurrando meu quadril em sua direção, pedindo por mais. Queria Alex dentro de mim, não podia mais esperar.

⸺ Alex... por favor... ⸺ pedi num sussurro.

Ele parou de me chupar e me olhou, eu assenti com a cabeça e respondi sua pergunta muda. Mais do que depressa ele saiu de cima de mim e pegou camisinha e lubrificante dentro da bolsa.

⸺ Põe em mim ⸺ pediu, enquanto me entregava as coisas.

Eu dei espaço para ele deitar na cama e subi em seu colo. Antes de colocar a camisinha, o envolvi com a boca e retribui todos os gemidos que ele arrancou de mim. Fiquei atento a cada som e movimento que ele fazia, queria aprender seus gostos e lhe satisfazer como nenhum outro jamais fez. Quando o senti começar a estremecer, parei e escutei um resmungo contrariado, não consegui evitar achar graça no bico que ele fez.

Alex levantou o corpo e sentou na cama, envolvendo minha cintura com os braços e colando nossos corpos. Ele me beijou mais uma vez, de forma lenta e profunda. Eu gravei cada sensação, cada toque e cada olhar. Queria me lembrar dessa noite, especialmente se fosse a última.

E como se lesse meus pensamentos, ele olhou em meus olhos e começou a dizer:

⸺ Henry, June disse que você gosta de mim e que eu estou cego por não perceber. Não quero te forçar a nada, nem te enganar, por isso preciso que você saiba como me sinto.

⸺ Ei, não precisamos falar disso agora ⸺ o interrompi, estava com medo de onde essa conversa nos levaria.

⸺ Não, é sério. A June vem tentando me empurrar para qualquer pessoa que aparece desde que fiquei solteiro, acho que tem medo que eu acabe sozinho, ou sei lá. Eu já sabia que ela faria o mesmo com você, por isso, tudo bem se não gostar de mim mas, antes de qualquer coisa, preciso que saiba que eu gosto de você.

Enquanto estava surtando internamente e tentava me acalmar, ele percebeu meus olhos arregalados e começou a falar muito rápido.

⸺ Ham... desculpa Henry, eu não queria jogar isso assim em cima de você. Eu me deixei levar. Acho que bebi demais hoje.

Conforme continuava se desculpando, foi tentando me tirar de seu colo, mas eu não deixei, apertei seu quadril com meus joelhos e segurei seu rosto entre as mãos, fazendo-o olhar diretamente para mim. Depois do susto inicial de ouvir aquelas palavras, comecei a sorrir sem parar, não conseguia acreditar que era recíproco.

⸺ Alex, para! Olha pra mim. A June não mentiu para você. Eu gosto de você, gosto do que estamos fazendo aqui e foi um péssimo momento para você interromper.

Ele finalmente pareceu se acalmar e retribuiu meu sorriso. Voltamos a nos beijar e um alívio gigantesco preencheu meu peito, consegui esvaziar minha mente de todos aqueles pensamentos e me entreguei de verdade, deixei que suas mãos percorressem meu corpo, explorando cada cantinho, e puxei seus cabelos enquanto me aproximava ainda mais dele, aprofundando o beijo. Recomeçamos e dessa vez parecia ainda mais certo, tudo era mais intenso, mais urgente, mais excitante.

Quando senti seu pau pulsar junto ao meu, o empurrei contra o colchão e coloquei a camisinha nele, espalhei bastante lubrificante e, sem mais enrolação, posicionei minha entrada latejante sobre ele e comecei a sentar em seu colo. Senti seu membro me preencher, ele segurou minha cintura e me ajudou a descer devagar, até que ele todo estivesse dentro de mim. Levei alguns segundos para me acostumar com a sensação e comecei a me movimentar lentamente, subindo e descendo, me apoiando em seu peito com as mãos espalmadas. Vi seus olhos fecharem e a cabeça pender para trás conforme fui aumentando o ritmo. Suas mãos apertaram minha pele e ele se lançou para cima numa estocada firme e profunda, me fazendo gemer alto.

Em questão de minutos estávamos, novamente, frenéticos, ofegantes e suados. Alex envolveu meu pau com a mão e começou a me masturbar. Estávamos tão próximos que senti nossos corpos estremecerem juntos. Ele pulsou dentro de mim enquanto eu pulsava em sua mão, se desmanchou em meu interior enquanto eu me desmanchava sobre seu peito, e nossa sincronia me encantou. Meu corpo todo amoleceu e eu caí deitado ao seu lado, sentindo um vazio tremendo quando ele saiu de dentro de mim.

Depois de recuperarmos o fôlego, Alex me puxou para o banheiro e tomamos um banho quente e demorado juntos. Nos beijamos e trocamos carícias embaixo do chuveiro e conversamos bobagens até pegarmos no sono, abraçados.

Os nenéns não são nenéns!

Espero que tenham gostado desse hot um pouco diferente, eu não acho que sou muito boa nessas cenas hahaha

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