Volte Duas Casas {jikook}

By swagay

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Park Jimin nunca foi o melhor namorado que um cara pode ter, ele nunca negou, importante ressaltar, agora... More

AVISO 📸
1: CORNO 🐮
2: FOGUEIRA DE PERTENCES DO EX-NAMORADO 🔥
4: MENINAS DE 16 ANOS, COMO LIDAR 🔎
5: EMBARALHANDO E DISTRIBUINDO 🃏
6: RIVAIS CLÁSSICOS 🐱x🐶
7: AZAR NO AMOR 🥀
8: QUE VENÇA O MELHOR ⚔️
9: CARA OU COROA 📢
10: DESESTABILIZAR O INIMIGO 💢
11: 👶🏻JUNIOR VS 👴🏻SENIOR
12: GOL ⚽
13: CONCEITO DE ES-TRA-TÉ-GIA 📌
14: UM PENTE É UM PENTE 🐬

3: O GOSTOSÃO DO TIME DE VÔLEI 🏐

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By swagay

Votem, comentem e boa leitura!

+++

Meus amigos às vezes me perguntam se eu já senti algo por alguém. Se eu sou capaz de sentir qualquer coisa. 

Vamos lá: eu não sou esse monstro.

Meu primeiro namoro foi com uma menina.

Seon tinha um sorriso bonito, um cabelo brilhante e eu achei que eu gostava dela. No fim, eu percebi que tudo o que eu sentia era uma vontade de ser como ela. De ter garotos olhando pra mim, me achando bonito, me tocando, me beijando.

Apesar de eu ser o que sou hoje, a homossexualidade nunca foi óbvia pra mim. Eu nunca tive crush em meninos da TV, ou na porra do Justin Bieber. Eu não gostava de coisas femininas, nunca gostei, e mesmo que isso não tivesse nada a ver com eu ser gay ou não, acho que todo mundo espera que um gay goste de brincar de boneca. Eu não gostava.

Eu era um garotinho como qualquer outro. Não gostava de esportes, mas gostava de dinossauros, revistinhas, video game, tudo que se espera de um menininho hétero.

A homossexualidade despertou em mim no dia em que eu beijei a Seon.

No dia em que, no auge dos meus 14 anos, eu beijei a garota mais bonita da escola e não senti absolutamente nada.

Tudo que eu notei foi que havia algo errado naquela atração que eu sentia por ela. Não era uma beleza que eu queria tocar, não era um corpo que eu queria colado no meu, não era uma boca que eu queria beijar. Eu queria o que ela estava sentindo.

Quis sentir o que ela sentiu quando me beijou.

Quis sentir o toque de um menino.

Meu super-primeiro-namoro durou só 1 mês. Duas semanas depois, eu fiquei com um garoto na escola de música depois de sair da minha aula de piano.

Ali eu soube que era gay.

Gay pra caralho.

Desde então, eu… namorei muita gente. Não porque eu sou um galinha, ou rodado, ou carente… os caras simplesmente se apaixonam por mim. E eu gosto da sensação.

Geralmente são bons garotos, geralmente são gentis, e eu gosto de estar com eles. Agora, se eu sinto algo… algo arrebatador, você diz? Não é assim que eu descreveria.

O que me faz ter sentimentos?

Pessoas que morreram sem ver a neve. Pessoas que não passaram pelas sensações da adolescência. Pessoas que não puderam dar netos aos pais. Pessoas que se foram sem fazer o que realmente gostavam. Pessoas que foram deixadas por alguém que elas realmente amavam.

Eu nunca fui amado. Tenho certeza disso.

Paixão não é amor. Admiração não é amor. Devoção não é amor. Eu tive todas essas coisas… não é amor.

Então, quando meus amigos me perguntam se eu já senti algo por meus ex-namorados, não os respondo, mas tenho sim uma resposta.

Ausência. Sinto ausência.

Portanto, eu deveria chorar e me descabelar toda vez que termino um namoro?

O sentimento de um término, para mim, é como… a realização de algo que eu já sentia desde o início. A ausência.

Eu devia parar de namorar?

Eu já ouvi isso de alguém. Não me lembro bem de quem, agora… droga, de quem foi?

Essa pessoa me disse que namoros não são pra qualquer um, não são para corações fechados, para pessoas indispostas a se dedicar. Disse que namoro é pra quem espera viver a vida toda ao lado de quem se ama, não pra quem pretende terminar daqui 3 meses.

Eu discordo.

Acho que namoros também são para momentos.

Namorar é criar um laço com alguém, mesmo que por só um tempo. Namorar é tornar aquele tempo seu. Namorar é gravar seu nome numa tela finalizada.

Como dar nomes a capítulos.

Capítulos com nomes são sempre melhores que capítulos com números.

Eu não sou um namorado ruim. Nunca fui. Eu posso dar tudo aquilo que se espera de um namorado… menos o amor eterno. Pois é algo que também nunca me deram.

Então por que eu sou o vilão?

Isso é brincar com sentimentos?

Isso é ser irresponsável?

Imaturo?

— Porra, Jimin. Isso é brincar com sentimentos, ser irresponsável. Que imaturo! — Hoseok me disse.

Eu me virei para ele, terminando de polir as minhas lentes de câmeras. — Eu não acho tão ruim.

Saindo do banheiro, secando as mãos nas calças, SeokJin voltou para onde estava sentado, na outra ponta da minha cama. — Tem coragem de ir tão longe assim com a sua vingança?

Dei de ombros, fechando a caixa onde eu guardava as lentes. — Qual o problema? Não vai ser espontâneo mas vai ser bom do mesmo jeito. Eu não vou fazer nada diferente do que eu já faço.

— Ah, você não acha errado pegar alguém só pra irritar seu ex-namorado? — Jung me atirou um travesseiro. — Você quer usar alguém pra sua vingança idiota.

Guardando a caixa na última gaveta da minha cômoda, eu o olhei e sorri. — Isso é diferente de ir pra balada depois de um término e beijar 29 pessoas?

Disse aquilo porque foi exatamente o que Hoseok fez depois de seu último término.

Ele abriu e fechou a boca, antes de me apontar o dedo. — Não foi com a mesma intenção! Você não quer causar ciúme no Daichi, você quer humilhar ele. Você quer fazer alguém acreditar que você está realmente interessado, quando não está. E se essa pessoa se apaixonar?

— Ele tem razão — Kim me disse, cruzando as pernas e voltando a atacar o pacote de salgadinho. — Esses caras sempre se apaixonam por você.

Girei os olhos. — Ninguém morreu por causa disso.

— Mas o Dayoung sumiu — Jin disse, quase rindo. Eu lhe dei um dedo do meio. — Ya, se você vai mesmo fazer isso… acha mesmo uma boa ideia pegar o cara que ele mais odeia?

Assenti. — É o cara que ele mais odeia… ele vai ficar puto.

— Eu acho que não — respondeu. — Se você quer mesmo esfregar a cara dele na lama… devia pegar o cara que ele também quer pegar.

Eu o olhei, intrigado. Hoseok acertou um travesseiro em Kim dessa vez. — Não dá corda, praga!

Mas um sorriso cresceu em meu rosto. — Você é um gênio, Jin.

Ele jogou um salgadinho para o alto e o pegou com a boca. — Pra sua sorte… o cara que ele quer pegar é justamente o cara por quem ele é apaixonado desde antes de conhecer você.

Filho da puta! Gostava de outro enquanto estava comigo?

— Hmm — soltei. — Paixão antiga?

— Das fortes — Kim disse. — Algo que me diz que você vai gostar de saber quem é.

Sorri, animado, enquanto Hoseok girava os olhos. — Quem? Quem? Quem?

— Adivinha — ele pediu, rindo.

Kim Taehyung — foi Jung que respondeu.

Ah, porra, agora sim!

— Como você sabe? — Jin mirou o moreno.

— Ele imprimiu um convite no escritório de jornalismo ontem, vi no PC — explicou. — Era um convite para um jantar. Sério, foi uma das coisas mais bregas que eu já vi.

Eu tive que segurar minha risada. — Kim Taehyung. O gostosão do time de vôlei?

— Ai, aquele cabelinho vermelho — SeokJin suspirou. — Aquelas pernas naquele shortinho. Ah, que perdição…

— E quando ele usa bandana? — Hoseok comentou.

Nós três suspiramos juntos.

— Eu definitivamente vou fazer isso — lhes disse.

— Você vai fazer cagada, isso sim — Jung disse, mas continuou: — Devia se apressar então. Ele viaja em uma semana. Pro amistoso de vôlei em Jeju.

Droga, é mesmo. A porra do amistoso.

— Ah — soltei. — Vou esperar, então… não gosto de agir com pressa.

— O Daichi também vai — Kim me disse.

— Ahn?!

Ele riu, dizendo: — Nossa orientadora pediu voluntários para equipe médica, e ele foi o primeiro a levantar a mão.

— Canalha — resmunguei.

— Eu posso ficar de olho pra você — Jung disse. — Eu também vou pra viagem. Equipe de jornalismo. — explicou. — Mas ele com certeza vai se declarar… tipo, eles vão estar na praia, ele vai chamá-lo pra jantar. Os mariscos são sexy pra caralho.

Eu o olhei, confuso. — Hm… tá. — fiz uma pausa, pensando. — Então, eu também vou.

— Vai como? — Jin quis saber.

— Minha orientadora me pediu pra ir, tirar fotos e fazer vídeos. Equipe de fotografia. — contei. — Foi hoje mais cedo… eu recusei. Mas acho que agora temos um bom motivo pra ir.

— Que sorte do caralho — Hoseok me deu um olhar enojado. — O capeta tem seus caminhos mesmo.

Ri, antes de cutucar Jin, com a ponta do pé. — Vai também.

Ele não pareceu disposto. — A equipe médica já está completa…

Tanto eu quanto Hoseok o olhamos. — VOCÊ É PROFESSOR, SEOKJIN!

Ele piscou algumas vezes. — Tenho certeza que o time de vôlei não precisa de um professor de química na equipe médica.

— E eu tenho certeza que você pode ir mesmo assim — respondi. — Por favor… e se eu precisar de uma bomba química no meio da viagem? Eu estou realmente com raiva do Daichi.

Ele esboçou uma careta, preguiçoso. — Aquele assistente do técnico de vôlei vai estar lá…

— Kim Namjoon é um gostoso — rebati e me arrastei até ele. — Vamos, vamos, vamos! Eu preciso de você lá…

— Vou pensar — ele disse, coçando a nuca.

— Okay, combinado — decidi. — Nós três vamos para Jeju. — anunciei. — E eu vou pegar o Kim Taehyung.

+++

voltei ✨
Espero que tenham gostado! Eu tô me divertindo bastante escrevendo essa fic 💕

Me digam o que acham!!

Aviso: meus primeiros capítulos são sempre mais curtos, porque é o meu jeito de desenvolver a história tá 👺

Tt: @ namjowl
Ig: @ baobei.zi

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