O Cowboy, a Viúva e o Bebê

By FerJMelo0

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Um cowboy bruto, mas com o coração protetor. Uma viúva e um bebezinho precisando ser salvas. Ellen perdeu o m... More

Notícias
Personagens
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Epílogo

Capítulo 16

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By FerJMelo0

Ellen

 Arnaldo voltaria a trabalhar naquele dia, e eu estava animada em rever meu amigo e poder mostrar para ele tudo o que eu havia aprendido nos dias de sua ausência.

E quando deu seu horário de costume, ele apareceu na porteira, com sua inseparável enxada nos ombros.

— Arnaldo. — Caminhei um pouco mais rápido em sua direção e lhe puxei para um abraço.

— Mais devagar menina. Não sou tão novo assim. — Mas mesmo reclamando, ele retribuiu meu abraço, parecendo apreciar o gesto.

— Como o senhor está? Deveria ficar mais um pouco de molho.

— Se eu passasse mais um dia, em cima daquela cama, eu ia morrer. — Ele brincou, o que me fez rir. O velho e costumeiro Arnaldo estava de volta. — E outra, se a cama não me matasse, Maria iria fazer isso, de tanto me enfiar comida.

Novamente o puxei para um abraço. Era incrível como eu o conhecia há tão pouco tempo, mas já fazia parte da minha vida, e do meu coração. Eu adorava aquele senhor, como um avô que eu não pude ter.

— Chega disso tudo, e vamos aos trabalhos. Deve ter muito a fazer por aqui.

Meu sorriso se ampliou ainda mais. Eu estava orgulhosa de mim mesma.

— Na verdade, aprendi a fazer muitas coisas nesses dias que você não esteve aqui.

Fomos até a mangueira, onde mostrei a ele que estava tudo em ordem. Ele parecia analisar tudo, duvidando um pouco da minha capacidade. Mas no final olhou para mim com um meio sorriso, e um brilho nos olhos.

— Parece que alguém não vai mais precisar de mim.

— Nada disso. Preciso tanto do senhor, que nem sei por onde começar hoje. Só consegui dar conta esses dias, porque tive ajuda de Diogo Martins. — Fui sincera. Afinal, ele havia me ajudado todos os dias mesmo, e me ensinado muitas outras coisas, não poderia deixar seu mérito de fora.

— Sabe, ele me visitou esses dias. — Arnaldo falou como quem não queria nada, como se contasse o que tomou no café da manhã, enquanto fazia algumas tarefas. Mas era perceptível em sua voz que estava querendo puxar o assunto para fazer fofocas. Eu começava a conhecer a peça.

— Ah, é mesmo? — Também fingi desinteresse.

— Sim. Diogo é um menino bom. Eu o conheço desde que era um pivete e mijava nas calças. Lembro quando seus pais começaram a namorar. Todos eram contra, diziam que eles não teriam como se sustentar. Mas o pai, Julio, deu todo o apoio que eles precisavam. E olha onde estão hoje. Dono de várias fabricas lácteas pelo país.

Aquela era uma informação que eu ainda não sabia.

— É mesmo? Eu não sabia desse ramo deles. — Desta vez não consegui demonstrar indiferença, e em minha voz ficou evidente que eu estava interessada no assunto.

— Porque eles continuam simples como antes. O dinheiro não subiu a cabeça daquela família. O que faz com que eu os admire cada vez mais.

Eu realmente não sabia daquele lado financeiro de Diogo, e era incrível pensar no quanto ele e sua família me acolheram, mesmo sabendo que eu não teria nada para dar em troca.

— Mas voltando ao dia em que o menino me visitou — Arnaldo voltou a falar. Ele estava realmente interessado em falar da visita que recebera, e desta vez não se preocupara em esconder. — Sabe, a gente conversou um pouco sobre você.

Aquilo eu não esperava. O que eles poderiam ter falado de mim? E por que Arnaldo me contaria?

— O que falaram sobre mim? — Perguntei ainda mais curiosa, parando o que estava fazendo para prestar atenção nele.

— Ele só me contou como estava se saindo aqui, com os animais, como é esforçada. Ele falava com um brilho nos olhos. — Desta vez, quem parou o que estava fazendo, foi Arnaldo, e me encarou. — Eu nunca vi aquele menino falar assim de ninguém. E olha que eu o conheço desde sempre. Ele parece gostar muito de você.

Eu não tinha o que responder. Não sabia se Arnaldo sabia que eu e Diogo estávamos juntos, se ele havia contado algo sobre nossos beijos, ou se ele ainda não sabia de nada. Mas também, nem eu mesma sabia o que estava acontecendo com a gente. Se era apenas um rolo temporário, ou se nem isso era.

Não respondi a Arnaldo, e voltamos aos nossos afazeres.

Mas antes que eu pudesse esquecer toda aquela conversa, Diogo apareceu montado em seu cavalo, com o famoso chapéu preto sobre a cabeça, todo imponente, poderoso.

Um suspiro foi inevitável quando ele apareceu no meu campo de visão, trotando o animal, com um sorriso maravilhoso no rosto. O mundo parecia parar ao seu redor, vindo em minha direção.

Mas ele desviou o caminho, parando um pouco antes de chegar até mim e descendo de Tempestade. Mas o que ele fez em seguida, deixou meu coração batendo um pouco mais rápido por ele.

Desde o dia em que o bilhete fora pregado em minha porta, não deixava mais meu filho sozinho dentro de casa, mesmo que estivesse dormindo, e eu tivesse ao lado da babá eletrônica, então eu o trazia comigo, colocava-o dormindo em seu bebê conforto, às vezes no carrinho, em dias muito quentes, colocava seu ninho forrado no chão, e cobria com um mosqueteiro, e o acomodava em uma sombra, sempre no meu campo de visão. E aquele foi o destino de Diogo.

Ele parou diante do bebê conforto onde Pedro estava, e mesmo com ele dormindo, eu o ouvi conversando com meu filho.

— Bom dia, garotão. Como você está? — Ele levou um dedo delicadamente até a bochecha de Pedro, fazendo-lhe carinho. — Senti saudade de você. — Ele parou um pouco, pensando e depois voltou a falar com um sorriso meio torto no rosto. — Me deseje sorte.

Quando endireitou a coluna, tirou o chapéu da cabeça e apoiou-o no peito, começando a caminhar em minha direção. Ele parecia determinado a fazer algo. Eu só não sabia ainda o quê.

Quando chegou perto o suficiente, cumprimentou Arnaldo, mas logo voltou sua atenção para mim. Eu não sabia se com uma testemunha tão próxima, ele agiria como de costume nos últimos dias e me daria um beijo. Ou se fingiria que nada acontecia entre a gente. Mas ele fez ainda melhor.

Como eu estava na sua frente, ele colocou o chapéu sobre a minha cabeça, e com uma das mãos na minha cintura, puxou-me para si, colando nossos corpos. A outra mão foi parar entre meus cabelos, inclinando minha cabeça, deixando-me em uma posição perfeita para encontrar sua boca.

E foi o que ele fez, arremeteu-me em um beijo demorado, e intenso.

Diogo me invadia por inteira. Não apenas fisicamente, mas ele transcendia cada pedaço do meu corpo, coração e alma, deixando marcas suas por toda parte.

Quando nos separamos, ele não esperou que eu falasse nada, apenas me olhou nos olhos, com uma expressão de certeza, de quem sabia o que estava fazendo, abriu o sorriso de lado, sexy como o diabo.

— Aceita jantar comigo?

E tinha como eu recusar? Nos braços daquele homem, depois de um beijo daqueles, tudo o que ele me pedisse, eu diria sim. 

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