Os acordos - Tobiizu

By LarryQuebrandoOTabu

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"- Isso só pode ser o universo conspirando a favor. Tobi, ele quer que você fique com o Izuna! - Então el... More

Capítulo único, porém parte um
Capítulo único, porém parte dois
Capítulo único, porém parte quatro
Capítulo único, porém parte cinco
BÔNUS
Capítulo único, porém parte final

Capítulo único, porém parte três

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By LarryQuebrandoOTabu

Gente, fudeu

Eu estava escrevendo hoje né, bem bonita e cheirosa, porque sou assim 24/7 e ai pah, fechei o capítulo 5 sem finalizar o que queria pra históriaKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK pq sou assim af

Agora tô na dúvida se deixo a história assim, com os 5 capítulos que prometi. Se escrevo mais um um pouco mais curto. Se faço extra anos a frente. Se danço. Se choro. Se corro. Se durmo (pra ser sincera, tô precisando dormir KKKKKKKKKKK)

Então é isso, tô indecisa. Votem aqui na opinião de vocês, o que eu deveria fazer, que eu vou fazer o total contrário, beijo beijo

É isso, curtam o capítulo de hoje. Espero que gostem, boa leitura!




  — Tem um ditado popular que diz: não dê o peixe, ensine a pescar. – Minato dizia, sério e concentrado. — Então eu quero saber de vocês, quem é que vai me dar a vara?

Tobirama apertou um lábio no outro, segurando a risada. Mas quando olhou para Indra do outro lado da mesa de reunião e viu o moreno vermelho de tanto segurar a risada, não se aguentou. Deixou escapar um pouco do riso, mas abaixou a cabeça e tampou o rosto, tentando ao máximo não se entregar.

Só que Indra não teve tanta sorte. Ele começou a rir alto, sem nenhuma maturidade diante a uma frase tão boba. Tobirama o encarou, rindo em silêncio enquanto todos os demais homens presentes demoravam para entender o motivo da graça. Eles riram também, com menos intensidade dos outros dois, e Minato olhou furioso para ambos.

— Desculpa. – Tobirama pediu, tossindo algumas vezes na tentativa de parar de rir. — Foi sem querer.

— Às vezes o 5° ano não sai da gente. – O chefão dali disse, com bom humor, e Indra riu mais por conta disso. — Eu mesmo senti muita vontade de responder algo a altura, sinto muito, senhor Namikaze.

— Tudo bem, senhor Hatake. – Minato murmurou, constrangido. — Eu só quis dizer que o pessoal tem que se ajudar. Não precisa fazer o trabalho do outro por essa pessoa, mas auxiliar não é tão difícil assim.

— Eu concordo com você. – Kakashi disse, cruzando os dedos das mãos em cima da mesa. — Quando os contratei, pedi que tivessem um bom relacionamento entre os seus colegas de trabalho. Que cooperassem. Que fizessem um a mais pela empresa. Estamos perdendo clientes porque não pedimos ajuda ao próximo. E isso é inaceitável. Eu quero que ajeitem isso. Não estou afim de reunir uma nova equipe. – Deixou a ameaça no ar e todos engoliram em seco, assentindo com a cabeça então. — Estão dispensados.

Eles se levantaram e saíram. Indra e Tobirama automaticamente começando a rir baixinho. Minato revirou os olhos, olhando para eles bravo.

— Cresçam. – Ele rosnou, só fazendo os dois apenas rirem mais.

— Ok, desculpa loiro. – Indra pediu, indo abraçar ele, que corou um pouquinho. — Que tal se nós saíssemos hoje? Só nós três?

— Só nós três? – Tobirama perguntou, involuntariamente.

— Ih, alá o cara, vei. Não pode mais ficar um rolê sem ver o Izuna. – Ōtsutsuki debochou e Tobirama revirou os olhos.

— Nada a ver, cara.

— Nada a ver? Quantas vezes você saiu nesses últimos quatro meses sem saber que Izuna ia para o mesmo lugar? Terminando a noite na cama com ele? – Ele provocou de novo e o Senju não parou pra fazer as contas, porque sabia que não tinha como contar.

— Isso não quer dizer nada. – Ele desconversou, começando a guardar as suas coisas.

— Cara! Admita logo que você ama isso!

— Ok, eu amo transar com o Izuna. – Admitiu, dando de ombros.

— E ama ele também.

— Não viaja.

— Quem tá viajando aqui é você. Pegou o barquinho do amor há quatro meses e não voltou para a terra dos desapegados até agora.

— Puta merda, cara. Eu já disse que não me apaixono! Para de me encher, eu eim? – O olhou, um pouco irritado.

— Para, Indra. – Minato interviu, quando o moreno ia retrucar de novo. — Você não vê que ele ainda não se tocou?

— Me toquei do quê? – Tobirama cruzou os braços, ainda levemente irritado.

— De nada. – Minato sorriu, apaziguador. — Tudo ao seu tempo. Você chega lá.

— Vocês me dão raiva, às vezes. – Tobirama resmungou e saiu andando na direção do elevador.

— Tá, mas e a saideira? – O loiro quis saber, seguindo ele. — Vamos ou nem?

— Pra onde vamos? – Tobirama quis saber e os outros dois deram de ombros.

— Podíamos ir no parque de diversão que abriu essa semana. – Indra sugeriu e Tobirama fez uma careta.

— Isso é programa de adolescente. – Ele resmungou.

— Olha só, ainda tenho 17 anos e nem sabia. – Minato brincou e os outros dois riram. — Vamos lá, vai ser legal. E vamos dar uma folga para nossos fígados.

— Tá, tudo bem por mim. – O Senju deu de ombros e os dois comemoraram. — Nossa, vocês agem como se não pudessem ir a lugar nenhum sem mim.

— Você é o chiclete que gruda a sola do calçado ao asfalto, cara. – Indra disse, como se fosse algo bom e Tobirama riu, empurrando ele. O elevador abriu e os três entraram. — Partiu parque!


[...]


— Nem fodendo. – Minato reclamou, quando chegaram perto da roda gigante e viram os dois Uchihas ali na fila, junto de Hashirama. — Isso só pode ser o universo conspirando a favor. Tobi, ele quer que você fique com o Izuna!

— Então ele vai ficar querendo. – Respondeu, dando de ombros enquanto continuava segurando o urso enorme que conseguiu no brinquedo de bater o martelo.

— Tá maluco, rapaz!? – Indra deu um tapão no pescoço dele, quase tirando do lugar. — Nunca leu sobre mitologia? Grega, romana, egípcia, nórdica, qualquer uma? Não se é desaforado com o Universo! Ele revida e revida forte!

— Olha, eu já te disse: Percy Jackson não é real. – Ele retrucou e o moreno respirou fundo.

— Vou só te ignorar. – Disse, antes de fazer carinho na sua tatuagem no pulso. Oh sim, ele era um pretor romano, filho de Baco e ninguém tirava isso da sua cabeça.

— Vai lá falar com ele? – Minato quis saber.

— Com ele quem?

— Teu irmão que não é, né? – Bufou, revirando os olhos.

— Grosso.

— E grande.

— Cadê? Quero ver. – Ele puxou o loiro pelo cós da calça.

— Sai fora! – Minato riu, empurrando o amigo pra longe. — Seu pervertido.

— Você que atiçou minha curiosidade. – Ele revidou e o Namikaze revirou os olhos. — E a resposta é: não.

— Por que não?

— Porque eu não vou transar com ele aqui, não faz nenhum sentido eu ir falar com ele.

— Nossa, moleque. Que pensamento frio! – Indra lhe deu outro tapa no pescoço e Tobirama murmurou um xingamento. — Com todos esses meses transando, vocês não viraram nem amigos?

— Não sei se chegamos a ser amigos. – Deu de ombros. — Eu só fodo ele com força e vou embora logo depois.

— Ugh. – Minato fez que ia vomitar. — Você é o pior tipo de homem que existe.

— Por quê? Ele que pediu por isso. Estamos consensualmente fodendo sem querermos sermos mais do que fodas muito boas que um dia deixarão de acontecer.

— É sobre isso e não tá nada bem. – Minato murmurou e o albino revirou os olhos.

— Vocês me conhecem a quanto tempo? 20 anos? Já me viram apaixonado antes?

— Já-

— Sem ser pelo Harry Styles.

— Ah, então não. – Indra balançou a cabeça, concordando com o ponto do amigo.

— Viu só? É o meu jeito. Algumas pessoas simplesmente não nasceram para namorar, casar, ter filhos e etc. É assim comigo e eu tô super tranquilo com isso.

— E ele?

— O que tem ele?

— Tá tranquilo com isso também?

— Bom, não conversamos sobre isso todas as vezes que nos vemos, mas eu deixei as coisas bem claras pra ele. E ele me prometeu que não ia se apaixonar por mim. – Deu de ombros.

— Como se controlássemos essas coisas. – Indra murmurou, olhando de canto para Minato, que corou antes de sorrir pequenininho.

— Aí é que está! Vocês ficam perdendo tempo cuidando da minha falta de relacionamento quando vocês estão nessa há mais de quatro anos e não dão sequer um passo! – Tobirama virou o jogo e os dois amigos coraram mais. — Querem saber? Chega, vocês sabem que se gostam! Vocês sabem que são retribuídos! O que falta pro primeiro beijo acontecer?

— Tobi...

— Nem vem com essa de "Tobi". – Ele bufou e pegou os dois amigos pela mão, puxando na direção da roda gigante. — Vocês vão sozinhos nesse brinquedo e quando descerem, eu quero que já tenham conversado sobre isso. Me entenderam?

— Mas...

— Vocês se amam? – Ele se virou para os dois e ficou os olhando com seriedade.

— Sim... – Os dois responderam, bem baixinho.

— Querem namorar?

— Sim...

— E o que falta?

— Coragem...

— Bom, então aí está. Respirem fundo, tomem 20 segundos de uma coragem insana e se beijem quando estiveram lá em cima. – Ele queria parecer muito maduro falando aquilo, mas o urso branco amarrado em seu pescoço, não dava muito crédito a ele. — Vamos, vamos. Moça, eles vão junto! – Disse, para a mulher que estava controlando o brinquedo.

— Ingressos, por favor. – Ela pediu e os dois deram um a ela. — Podem entrar.

Os dois olharam para Tobirama, que sorriu motivador para eles, e depois se olharam, começando com os 20 segundos de coragem insana ao pegarem uma na mão do outro, entrelaçando seus dedos e indo assim para a cabine.

Tobirama sorriu mais com aquilo e descruzou os braços, desamarrando o urso do pescoço e o segurando como segura uma criança de cinco anos. Ele pensou em ir se sentar para esperar pelos dois, mas antes sentiu alguém se apoiando em seus ombros, forçando eles para baixo antes de encostar a boca na orelha esquerda do Senju.

— Aonde quer que eu vá, você está lá. – A voz doce e melodiosa de Izuna soou rente ao seu ouvido e Tobirama sentiu um dos joelhos parando de funcionar. — Está me seguindo, docinho?

— Eu achei que você estivesse trabalhando. – Disse, se virando de frente para Izuna, que sorriu um pouco mais, fazendo Tobirama sorrir de volta.

— Minhas folgas são nômades. As vezes tenho folga no domingo, as vezes no sábado, as vezes na sexta e assim vai indo. Uma folga por semana, já que o bar abre todos os dias da semana. – Explicou e Tobirama assentiu com a cabeça, trocando o urso de braço. — E esse amigão? – Pediu divertido, indo segurar o rostinho do urso para vê-lo melhor.

— Consegui em um dos brinquedos. – Deu de ombros e Izuna sorriu para ele, assentindo com a cabeça. — Cadê o Madara e o Hashirama?

— Como sabe que vim com eles? – Ele franziu o cenho e Tobirama foi pego.

— Já tinha visto vocês antes. – Foi sincero.

— E não veio falar com a gente por quê? – Ergueu uma das sobrancelhas e Tobirama suspirou, não queria ter essa conversa de novo. — Bom, eles estão lá. – Apontou para uma das cabines da roda gigante e o Senju pode ver o irmão sorrindo apaixonado para Madara.

Era até estranho ver Hashirama dessa forma, tinham perdido mesmo a intimidade.

— E você? – Izuna voltou a perguntar. — Veio sozinho?

— Não.

Izuna riu.

— E veio com quem? – Precisou perguntar, porque Tobirama era uma mula.

— Indra e Minato. – Disse, apontando para a cabine aonde os dois estavam. — Que estão bem ali- PUTA MERDA!

ELES ESTAVAM MESMO SE BEIJANDO!!!!!!!!!!!!!!!!!

Tobirama sorriu largo, muito contente pelos amigos. Esperava que eles dessem certo juntos. Seria um porre se eles terminassem e ficasse aquele clima estranho no trio. E era por essas e por outras razões que o Senju não namorava.

— Você quer ir se sentar? – Izuna pediu, com uma cara de quem estava se segurando para não deitar no chão. — Não tô me aguentando em pé.

— Agora falou minha língua. – Eles riram e foram se sentar em um banco de frente para a roda gigante.

Cinco minutos se passaram até Izuna tomar coragem.

— Sabe, Tobirama...

— Hm?

— É que meio que vai ter uma rave em Suna e eu tenho dois ingressos. – Deixou a ideia no ar e albino franziu o cenho, o olhando de canto.

— Onde quer chegar com isso?

Af, Tobirama não ajudava.

— Madara ia comigo, mas não vai poder pegar três dias de folga. O hospital avisou em cima da hora, então não tenho como devolver os ingressos. Kushina já disse que não gosta desses eventos. Não quero ir sozinho também... E sei lá, a gente bate as ideias. Aí pensei em você ir comigo...

Uh, uh,uh.

Alerta vermelho!

— Izuna...

— Eu sei, a gente combinou que só ia ter contato pra sexo. – Ele foi ligeiro em se explicar. — Mas esses ingressos são tão caros... E eu realmente não gosto de ir nesses lugares sozinho. Não precisamos ir lá e ficar juntos o tempo todo. Se você quiser ficar com alguém, eu vou dar o seu espaço. É só para ter alguém com quem contar se acontecer alguma coisa.

— E você confia em mim a esse ponto? – Ele ergueu as sobrancelhas e Izuna deu de ombros.

— Você não era a minha primeira opção. Nem a segunda. Pra ser sincero, eu tentei convidar todos os meus amigos, mas está tão em cima da hora, que nenhum quis ir. – Suspirou e Tobirama riu com a sinceridade. — E aí, você topa? Por favorzinho? Fico até te devendo uma!

— Se eu falar que não, você não vai?

— Bom, você é a minha última opção, então sim, eu não vou. – Foi sincero de novo. Tobirama gostava muito disso nele.

— Ok, eu vou. – Ele concordou e Izuna deu um salto, abrindo um sorriso enorme enquanto seus olhos brilhavam de felicidade.

— Sério!? Jura!?

— Sim, sim. – Tobirama riu quando Izuna abraçou sua cabeça com força. — Mas vai ficar me devendo uma, eim?

— Tudo bem, qualquer coisa! É só pedir!

— Vou pensar com carinho e depois te digo o que é. – Ele brincou e Izuna riu, assentindo com a cabeça e se afastando dele. — Que dia vai ser?

— Sexta, sábado e domingo que vem. Eu te dou o seu ingresso quando nos encontrarmos lá.

— Espera, pra que gastar duas vezes com gasolina e pedágio? Vamos no mesmo carro. – Ele foi óbvio.

— Mas...

— A gente já vai ter quebrado o acordo por estar saindo sem ser pra transar, não vai fazer diferença em irmos no mesmo carro. Não vamos gastar à toa.

— Tudo bem, eu concordo. – Ele se sentou no banco de novo e viram que o pessoal da roda gigante estava descendo. — No seu carro ou no meu?

— Podemos ir no meu, eu prefiro assim. – Izuna concordou outra vez. — Passo te pegar e então vamos pra estrada. Que horas temos que estar lá?

— Bom, começa ao meio dia na sexta e termina meia noite do domingo.

— São cinco horas de viagem até lá, então te pego as 6 da manhã. Porque aí teremos tempo de comer algo antes de irmos pra festa. – Sugeriu. — Também podemos ir revezando no trânsito, aí podemos dormir e não vamos ter sono tão cedo durante a rave.

— Fechou. – Izuna sorriu e esticou sua mão, Tobirama riu e bateu nela.

— Ih, o que perdermos? – Madara quis saber, sorrindo para o cunhado depois. — Oi, Tobirama.

— E aí? – Ele sorriu de volta, olhando para Hashirama depois. — Hashirama.

— Oi, Tobi. – Sorriu fraco.

— Nii-san, ele vai comigo na rave! – Izuna comemorou alegre e Madara riu baixinho.

— Sabia que você ia convencê-lo. – Fez carinho no rosto do mais novo e Tobirama franziu o cenho.

— O que você quis dizer com isso? – Madara riu.

— Se você ainda não percebeu, quem sou eu para falar.

— Mais um arrombado falando a mesma coisa. – Ele se levantou, revirando os olhos. — Eu vou embora gente, falou.

— Mas já? – Hashirama quase segurou seu braço, mas não teve coragem.

— Yeah, o Indra e o Minato já desceram da roda. – Ele deu de ombros, continuando a andar. — Até outro dia.

— Até sexta! – Izuna falou mais alto e o Senju pegou as patinhas do urso e colocou em seus ouvidos, tampando eles enquanto balançava a cabeça, fazendo o Uchiha rir bobo e divertido. — O que foi? – Perguntou confuso quando viu que os mais velhos olhavam para ele estranho.

— Você também não percebeu?

— Percebi o quê?

— Ah, fala sério!


[...]


Quando ele estacionou na frente da casa de Izuna, pegou seu celular para mandar uma mensagem e avisar que já tinha chego. O Uchiha respondeu no mesmo segundo que já estava saindo e levou três minutos para estar do lado de fora, com uma mochila nas costas e trancando a residência.

Mesmo sem querer, os olhos de Tobirama desceram pelo corpo do moreno. Izuna estava dentro de um mini shorts jeans desfiadinho, da cor azul claro, de cintura alta; junto com um top branco de mangas bufantes. Seus cabelos estavam soltos sobre os ombros e ele sorriu quando se virou e o pegou o olhando.

— Bom dia! – Disse animado, correndo para dentro do carro. — Dormiu bem? Quer que eu comece dirigindo e você dirige mais tarde?

— Não, tudo bem. Eu dormi bem sim. – Ele respondeu, olhando para a coxa esquerda do moreno, aonde tinha uma pintinha do tamanho da sua unha do mindinho, em formato de coração. Amava ela. — Pode se ajeitar ai e dormir. Te acordo daqui duas horas e meia.

— Certo. – Ele se mexeu para jogar a mochila no banco de trás e seu perfume rodeou Tobirama por completo. — Qualquer coisa me chama, ok?

— Ok.

Izuna só fechou os olhos e tentou dormir. Tobirama revirou os olhos e se inclinou para cima dele, pegando o cinto e passando pelo corpo do Uchiha, prendendo bem e conferindo para saber se estava bem seguro.

— Eu confio na minha direção. – Disse, quando viu que Izuna o encarava em silêncio. — Mas não vai ter só eu na estrada. Podemos bater. Por Deus, você não pensa? E se você se machucasse?

Izuna sorriu pequeno e Tobirama revirou os olhos de novo, voltando para o seu banco e ligando o carro. O Uchiha dormiu rápido e o albino ligou o rádio bem baixinho, só para ter algo preenchendo o veículo que não fosse o ronco do moreno.

Puta merda, tão lindo dormindo, mas faz tanto barulho...

Tobirama deixou Izuna dormir meia hora a mais, só porque o Uchiha parecia estar dormindo tão bem. Mas quando deu nove horas da manhã, ele achou melhor trocar ou não aguentaria a festa depois.

Eles pararam em um posto de gasolina e enquanto abasteciam o tanque, eles trocaram de lugar. Izuna parecia bem acordado e animado, mas respeitou seu momento de descanso e não puxou conversa, dirigindo tão bem que ele não demorou a apagar.

Quando voltaram a estacionar, já era onze e meia. Tobirama se espreguiçou, coçando os olhos antes de se virar para Izuna e cair na risada.

— Mas que porra? – Ele falou rouco e o Uchiha sorriu mais, erguendo as sobrancelhas.

— Gostou dos meus óculos? – Quis saber, brincalhão.

Os óculos do Uchiha era uma armação de dois gatinhos mostrando o dedo do meio. A lente não era a comum para sol, na verdade era espelhada, bem estilo a dos funkeiros, a tal da Juliet.

— Você está ridículo.

— Obrigado. – Sorriu mais, beijando o próprio ombro. — Vamos almoçar?

— Você vai assim?

— Por quê? Está com inveja dos meus óculos? Eu trouxe um pra você também. – Riu, se virando para pegar a mochila no banco de trás, empinando o traseiro na cara do albino.

— Ah, você fez de propósito! – E deu um tapa forte nela, fazendo Izuna rir.

— Fiz mesmo. – Admitiu, voltando a sentar no banco do motorista. — Aqui, pra você usar.

Os óculos na mão do Uchiha conseguiam ser ainda pior do que o que ele usava. Também era um Juliet, mas a armação era desenho de duas bundas empinadas, usando só calcinhas vermelhas.

— Eu não vou usar isso. – Ele riu, negando o objeto.

— Ah, mas! Se você não usar, eu vou parecer um idiota!

— Você já parece um idiota, Izuna.

O moreno respirou fundo e inflou as bochechas, o olhando emburrado. Tobirama tinha que admitir, ele conseguia ficar bem fofo quando fazia aquilo.

— Eu troco com você então. – Ele trocou os óculos e ergueu as sobrancelhas para Tobirama. — Por favor?

— Af, tá. – Ele pegou o outro e colocou na cara, fazendo Izuna pular de felicidade.

— Obrigado! – Disse, antes de sair do carro.

— Onde foi que me meti? – Resmungou, descendo do carro também.

Eles entraram no restaurante e foram se servir, com todos olhando para eles e rindo discretamente. Se alimentaram bem e então voltaram para o carro, indo em direção ao hotel que Izuna reservou.

— Vamos nos arrumar bem rapidinho e correr pra festa, porque ela já começou! – Izuna jogou a sua mochila em cima de uma das camas e retirou de lá um vestido vermelho, correndo pro banheiro depois. — Vou tomar só uma ducha, prometo. – E fechou a porta.

Tobirama suspirou, caminhando devagar até o outro colchão, deixando sua bolsa lá e tirando um shorts e uma camisa comprida. Como tinha tomado banho quando se arrumou para dirigir, ele só ia trocar de roupa. E só ia trocar de roupa, porque queria ficar mais bem arrumado.

Afinal, tinha que estar bonito para pegar geral.

Estava terminando de colocar o relógio no pulso direito quando Izuna abriu a porta do banheiro. Tobirama subiu os olhos para ele, já desviando logo em seguida, distraído, mas acabou paralisando, voltando a olhar para o Uchiha mais uma vez.

Izuna estava dentro de um vestido curto que mal ia a dois palmos para baixo da bunda, com um decote imenso na lateral da perna direita, o qual tinha uma corrente dourada preza na coxa. De alças finas e justo, da cor vermelho perolado. No braço esquerdo tinha uma fita vermelha que fazia vários "x's". Os cabelos estavam soltos e ele usava saltos baixos.

Ele estava um tremendo de um gostoso, puta merda!

— O que foi? – Izuna riu, dando uma voltinha. — Exagerei?

— Não, você tá muito lindo. – Ele foi sincero e o Uchiha sorriu pequeno, as bochechas corando. — Vai pegar metade da festa.

— Então você pega a outra metade. – Izuna o elogiou também e Tobirama sorriu convencido, fazendo o moreno rir e negar com a cabeça. — Vamos?

— Vamos. – Tobirama se levantou e foi com o Uchiha até a porta, ambos com as carteiras e os ingressos na bolsa de Izuna.

Eles foram a pé até o lugar da festa, porque era relativamente perto e não teria vaga para o carro de qualquer jeito. Quando entraram, assobiaram impressionados. O lugar era todo rodeado por plantas, que escondiam os muros com cerca elétrica em todo o perímetro. Era enorme e estava lotado. O palco era em um extremo do lugar e o bar no outro. Tocava um remix eletronizado da música "Ô moça" do MC Zaquin e Izuna pulou animado.

— Estamos mesmo aqui! – Ele disse todo feliz e Tobirama riu para ele.

— Estamos. – Concordou, ambos falando o mais alto que conseguiam, para conseguirem se ouvir. — Vamos pegar algo pra beber?

— Sim!

Eles foram caminhando até o bar, mas antes de darem dez passos, uma menina segurou o braço de Izuna, sorrindo pra ele.

— Oi, gatinha. – Izuna riu.

— GatinhO.

— Ah, me desculpa. – Ela ficou sem jeito e Izuna sorriu doce pra ela.

— Tudo bem.

— Mas você continua muito gostoso, eim? – Ela voltou a sorrir e Izuna riu.

— Obrigado.

— Aqui, pra compensar meu erro. – Deixou uma pílula na palma da mão dele e saiu, piscando com um dos olhos.

— Caralho, nem chegamos e você já descolou um MD. – Tobirama riu, olhando a pílula em formato de coração na mão do Uchiha.

— Eu não gosto dessas coisas, você quer?

— Tá falando sério?

— Na verdade, eu nunca experimentei.

— E não tem curiosidade?

— Até tenho, mas não preciso disso pra me divertir. – Deu de ombros e esticou a mão para o maior. — Pode ficar.

— Nah, eu vim pra cuidar de você lembra? – Ele disse e Izuna sorriu, negando com a cabeça.

— Bom, se é assim. – Ele cutucou um rapaz que dançava ali perto e o mesmo se virou pra ele com as sobrancelhas erguidas. Parecia já um tantinho bêbado. — Você quer?

— Opa! Valeu, gatinha!

— É gatinh- esquece. – Deu a pílula para ele, que já colocou na boca, e se virou para Tobirama. — Quero beber logo pra esquecer esse povo que fica me confundindo.

O Senju riu baixinho, meio sem graça porque ele também confundiu Izuna em uma das primeiras vezes que se viram.

Eles compraram um balde de cerveja e foram mais para perto do palco, ficando num ponto estratégico para a música não estourar seus tímpanos, mas que ficaria bom pra curtir. Cada um pegou uma cerveja e abriu, brindando.

Estava cedo pra dizer, mas eles tinham certeza que iriam se divertir horrores ali.

— Tenho uma ideia. – Izuna disse, no ouvido de Tobirama, que automaticamente levou a mão vaga até a cintura fininha dele, puxando para mais perto enquanto se abaixava um pouquinho.

— Tenho medo das suas ideias.

— Af, por quê? Minhas ideias são ótimas!

— Aham. Tipo aquela que você disse que eu super ia amar ter vela derretida pingando no meu peito.

— Mas você gostou!

— Eu odiei, Izuna! Achei que ia morrer!

— Dramaaaaaaaaaaaaaa!

— Sai daqui. – Ele empurrou Izuna pra longe e o Uchiha riu, voltando pra perto dele outra vez.

— Vaaaai, essa ideia é boa! Eu juro!

— Acho que vou me arrepender, mas... Fala.

— Vamos ficar aqui o máximo que conseguirmos. Quem pedir pra ir embora primeiro, perde.

— Hm... E o que eu vou ter que fazer se eu perder?

— Tá conformado já que vai perder, é? – Provocou.

SE eu perder. – O corrigiu e Izuna riu rente ao ouvido do Senju, o arrepiando por completo.

— Bom, se você perder... Eu como você.

Tobirama ergueu as sobrancelhas, o olhando surpreso. Izuna se segurava para não rir.

— E se eu ganhar?

Izuna ficou algum tempo pensando.

— Eu faço uma apresentação especial pra ti no meu quarto, no meu pole dance. – Disse.

Foi a vez de Tobirama ficar um tempo pensando.

— Eu só vi vantagem. – Acabou admitindo e Izuna caiu na gargalhada.

— Então estamos fechados? Acordo feito? – Izuna abriu um sorriso desafiador e Tobirama sentiu uma vontade absurda de beijá-lo bem ali.

— Tudo bem, acordo feito. Como vamos selar nosso trato?

— Hm, o que sugere? Cuspe na mão? – Brincou e Tobirama riu.

— Tem outra forma de trocarmos saliva.

Izuna sorriu mais, mordendo o lábio inferior enquanto o olhava com diversão. Tobirama não sabia como aquele homem podia ficar mais lindo, mas o Uchiha sempre dava um jeito de o surpreender.

— Já que você insiste. – Ele debochou e ficou nas pontinhas dos pés, colando seus lábios.

Tobirama automaticamente trouxe ele para mais perto pela cintura, controlando o beijo e o deixando bem lento e luxuoso. Izuna suspirou, apertando os cabelos dele com força entre os dedos, matando a abstinência que já estava sentindo de beijá-lo.

— Acordo feito. – Tobirama sussurrou, nos lábios inchados do moreno.

— Acordo mais do que feito. – Respondeu, meio tonto. O Senju riu divertido.

Uma outra música começou e essa tinha uma vibe extremamente dançante. Eles tomaram um gole cada de suas cervejas e ergueram elas.

No bailão. Ela gosta de bailar. No bailão. Ela gosta de bailar, ah. Mina gostosa, no beat ela encosta. Rebola no pique Anitta. Escuta a batida e do nada ela vira. Dançarina. – Eles cantaram juntos, as veias dos pescoços quase estourando de tanto que gritavam. — Ah, ah, ah, ah, ah! Doida pra sentar! – E começaram a dançar, cada um de um jeito, e a festa tinha apenas começado.


[...]


Tobirama já tinha se perdido na quantidade de homens que tinha pegado. Já estava um pouco leve pela quantidade de bebida que tinha enjerido, mas ainda estava consciente e dançava tanto que estava escorrendo suor.

Apesar disso, era impossível desgrudar a atenção quando alguém vinha ficar com Izuna. Homens e mulheres, ele pegava os dois. E pegava de um jeito forte, não era de brincadeira. Quando um saía, outro já queria sua atenção.

Ele não estava com ciúmes, antes que alguém diga isso. Não, Tobirama não sentia ciúmes. Só que Izuna pediu que ele cuidasse dele, não foi? Não com essas palavras, mas foi o que o Senju entendeu. Então era meio óbvio que sua atenção ficava puxando para ele a todo momento. Era seu instinto de proteção ativado. Dã.

Cheio de graça ele quer se envolver. Mas vai a dica pra você saber. Quando ela joga essa raba, ela para o rolê. Toda gostosa, maravilhosa. Já se prepara, pois quando ela joga. – Izuna cantava, rebolando sobre os calcanhares. O cabelo todo jogado para um dos lados enquanto sua pele brilhava pelo suor. — Te viciou, ali mais um, é overdose de bumbum. Te viciou, ali mais um. Quando ela joga essa raba é overdose de bumbum. Te viciou, ali mais um, é overdose de bumbum. Te viciou, ali mais um. Quando ela joga essa raba é overdose de bumbum. É overdose de bumbum. IHAAAAAAAA!

Tobirama riu, negando com a cabeça. Izuna sempre foi muito doido nos roles que eles foram juntos, mas ali, talvez por estar longe dos olhares de quem conhecia ele, ele parecia dez vezes pior. Estava todo solto, sem se importar com nada, porque ninguém conhecia ele ali. Ele era livre para se divertir como bem quisesse.

Estava gostando de vê-lo dessa forma.

Eles já tinham tomado 3 baldes, com 12 cervejas cada. Dois drinks de pura vodka. E agora estavam na tequila. Eram meia noite e meia e o ambiente estava ainda mais bonito e envolvente com todas aquelas luzes ligadas, piscando, girando e fumaça inundando por perto do palco.

— Ei, Izuna. – Tobirama parou atrás dele, cutucando seu ombro. A música da vez era "No batidão" da MC Henny, Bella Angel e Melody, e os graves estavam tremendo o chão. — Izunaaa. – Cutucou mais forte.

Izuna olhou para cima, sorrindo de canto para Tobirama. O Senju mordeu a própria bochecha, mas acabou sorrindo de volta. O Uchiha aproveitou o refrão para subir devagar, rebolando no mais alto, que suspirou pesado, assistindo em puro deleite.

Faz um vídeo, tira foto, só não encosta em mim. – Izuna cantava, rebolando enquanto o olhava por cima do ombro, fazendo Tobirama sorrir de canto.

Ah, esse garoto...

— Você adora me provocar, não é? – Perguntou, o segurando em um dos braços para o virar de frente para si, o trazendo para mais perto quando Izuna ficou nas pontas dos pés para brincar com o seu lóbulo, mordiscando a região.

— Te ver louco por mim, é a melhor parte da nossa convivência. – Segredou, indo com a boca até o pescoço branco do mais alto, chupando com força.

— Filho da puta. – Rosnou e Izuna riu pilantra.

— O que você queria?

— Ir ao banheiro. – Respondeu, se lembrando que estava apertado. — Quer vir junto ou vai ficar aqui?

— Precisa de ajuda pra segurar o pau?

— Hahaha. – Ele debochou, mas ambos acabaram rindo de verdade. — É só porque você não queria ficar sozinho.

— Eu vou junto. – Concordou e ele assentiu com a cabeça, pegando na mão do Izuna antes de se tocar.

Izuna sorriu contido e deixou ser puxado para onde estavam as cabines do banheiro masculino. Eles tiveram que ir bem no canto da pista, porque passar no meio dela era impossível. Tinham que cuidar para não cair da parte asfaltada, porque em volta da área plana, tinha o chão de terra uns 90 centímetros mais baixo, com várias plantas enormes decorando.

— Já volto. – Disse a Izuna, que assentiu, dançando ao som de "Vermelho" da Glória Groover.

Tobirama tentou ser rápido. Izuna estava claramente alcoolizado e metade da festa confundia ele com uma mulher. E, infelizmente, todos sabem que mulheres sofrem muito com assédio.

Quando saiu, teve tempo o suficiente para ver Izuna descendo até o chão, para então desequilibrar quando voltou a ficar de pé. Ele correu até o mesmo e o segurou pela cintura, impedindo que ele caísse nas plantas.

— Uou. – Ele disse, impressionado. — Bem rápido você, eim? – Sorriu.

— E você está claramente bêbado.

— Tô não.

— Então se eu te soltar agora, você não vai cair?

— Isso aí.

— Beleza. – Soltou ele.

E Izuna caiu.

Tobirama começou a gargalhar enquanto só conseguia ver as pernas do Uchiha, que nem se mexia. Ele parecia ter sido desligado de repente ou desistido de viver. O Senju negou com a cabeça e se agachou, afastando as plantas para ver Izuna encarando o céu com cara de quem pensava na formação do universo.

— Tá bêbado não, né? – Provocou e Izuna olhou para ele, abrindo um sorriso lindo.

Uh, algo aconteceu com o coração de Tobirama.

— Cai porque eu quis. – Ele ainda tentou e o Senju riu baixinho.

— Claro que sim. – Negou com a cabeça outra vez. — Quer ajuda pra sair daí ou está bom assim?

— Tá ótimo assim, mas você poderia me ajudar? Só pra eu ver se você consegue ser cavalheiro?

Tobirama riu de novo, Izuna era um sarro.

— Vem, gracinha. – Ele se levantou e se inclinou, pegando nos dois braços do Uchiha, fazendo força para trazê-lo para cima. — Sorte sua, você não se machucou nem se sujou. – Disse, dando uma boa olhada no corpo do menor para ter certeza.

Ana, Mariana, a Fernanda. Queria ficar comigo. Se arrependimento matasse. Eu já teria morrido. – Ele tinha se importado tanto com sua queda, que já estava rebolando outra vez. — Eu separei, larguei da minha ex. Voltei pra minha fama de 30 mina no mês. Vou te catucar, chapadão vou te catucar. O dj vai te catucar, pode pá.

— Izuna do céu. – Tobirama riu, segurando o rosto do Uchiha até ele parar de dançar, voltando a ficar de pé. — Imagina se tivesse se drogado.

— Viu o porquê eu não queria vir sozinho? – Ele riu, fazendo um biquinho depois como se pedisse beijo.

— Ainda bem que vim. – Concordou, cedendo a tentação e deixando um selinho na boca do moreno. — Vou comprar algo para você comer, ok? Você não pode beber mais até se livrar um pouco dessa brisa.

— Mas Tobi...

— Não. – Ele falou sério, vendo Izuna fazer outro biquinho. — Estou tentando cuidar de você, então coopera.

— Tudo bem. – Ele suspirou rendido e se inclinou rápido para cima, roubando um selinho do mais alto, que sorriu, revirando os olhos.

— Vem. – Segurou em sua mão outra vez e o puxou até o bar, mas na parte aonde tinha as comidas. — O que vai querer comer?

— Eu quero comer você.

— Isso eu já sei, mas o que mais?

O atendente parecia horrorizado com a conversa.

— Pode ser um sanduba.

Tobirama comprou dois sanduiches e pagou por eles, assim como duas garrafinhas de água sem gás. Eles se sentaram no chão mesmo, numa região onde tinha menos pessoas dançando e comeram. Izuna sorria o tempo todo e Tobirama acabou rindo disso.

— O que foi, gracinha?

— Só... É legal.

— O que é legal?

— Isso. A gente. – Ele deu de ombros. — Eu sei que você não quer, mas eu te vejo como um amigo.

Tobirama continuou mastigando enquanto encarava o moreno. Ele estava todo descabelado, se sentava sem se importar de estar com vestido, as bochechas coradas pelo álcool e o sorriso fácil e preguiçoso não saia dos lábios.

— É... É legal. – Ele acabou comentando, fazendo Izuna o olhar surpreso. — E acho que dá pra gente ser amigos.

Izuna sorriu largo, os olhos brilhando mais. Tobirama acabou sorrindo de volta, negando com a cabeça.

Ah sim, Izuna era mesmo mais que algumas fodas.


[...]


Quando tinha passado mais do que 24 horas que estava acontecendo a festa, ela começou a esvaziar. Tobirama e Izuna ainda estavam no pique, então continuavam dançando, bebendo, comendo e se beijando a la vontê.

Tinham parado de dar bola para pessoas que não conheciam, ficando juntos o resto do tempo. Dançando um no outro e adormecendo as bocas de tanto beijar e chupar, tanto suas bocas quanto seus pescoços.

O sol do sábado estava cozinhando suas peles, os deixando queimados mesmo que tivessem passado muito protetor antes de irem para a festa. Tobirama tinha tirado a blusa e enfiado na bolsa de Izuna, bem amassada para poder caber, já que era uma bolsa pequena. Seus ombros, assim como os ombros de Izuna, estavam bem avermelhados. Quando o tupor passasse, reclamariam muito da ardência.

A festa continuou e quando amanheceu o domingo, Tobirama já não conseguia mais pensar. Izuna ainda descia até o chão, ainda bebia e ainda tinha pique pra ir até o final da festa, mas o Senju estava pedindo arrego.

— Izuna. – Ele chamou, abraçando a cintura do moreno para trazê-lo mais perto. — Vamos embora?

— Mas já? – Fez biquinho, chateado.

— Como assim "mas já", moleque? – O olhou incrédulo e Izuna riu. — Vai, por favor, não aguento mais.

— Tudo bem, tudo bem. – Ele suspirou e então sorriu de canto, usando uma das mãos para apertar a bunda do Senju, com bastante força. — Isso aqui vai ser meu logo, logo.

Tobirama riu, segurando o rosto do Uchiha, beijando seus lábios com provocação.

— Vou adorar ser todo seu. – Izuna mordeu o lábio inferior, bem atiçado. — Mas depois que eu descansar, pelo amor de Deus.

— Certo, você quem manda. – Ele riu e beijou os lábios do Senju uma última vez antes de se virar e sair puxando ele na direção da saída.

Voltar pro hotel foi um desafio. Tobirama não se aguentava mais em pé, mas logo eles tinham completado aquela missão e o Senju nem se importou por estar a dias sem tomar banho ou por estar suado, ele só se jogou na cama e fechou os olhos, apagando no mesmo segundo.

Izuna riu, indo em silêncio tomar um banho. Se lavou bem, sentindo a água gelada refrescar suas queimaduras, das quais ele passou pós sol para não acabar descascando. Se enfiou dentro do seu mini pijama e se jogou em sua cama, também não precisando de muito para apagar.

Ele sonhou com todas as vezes que riu naquela festa... E todas as vezes, Tobirama estava presente. 





E foi isso por esse capítulo... Eu ia amar ir numa rave com esses dois af vo chora. É sério gente, eu quero ir num festão, alguém vai comigo pra gente meter o louco juntes :((((((((

E plot twist do capítulo? O toba do Tobi tá em jogo KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK VCS ESPERAVAM POR ESSA? pq eu n. o plano era fazer o Izuna dançar pro Tobirama, mas dai eu achei tão melhor o Senju marrento ser o passivinho uma vez na vida aaaaaaaaaaaaaa pq sou assim

Eu juro que tô indo dormir agora, porque amanha tenho que trabalhar e tô só o pó, mas fica ai a duvida: faço mais um capítulo? Dai tento postar no final de semana que vem, porque não sei se escrevo a tempo de postar na quarta kk

Era só isso por hoje, babyyyyyyyyyyyys

Espero que tenham gostado 

Até amanhã?

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