What you did in the Dark

By slytcruz

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"Aquele com o poder de vencer o Lorde das Trevas se aproxima... nascido dos que o desafiaram três vezes, nasc... More

Informações da história
Chapter One: When all starts.
Chapter Two: Don't go, Harry!
Chapter Three: Healing
Chapter Four: Let's find out
Chapter Five: The game starts.
Chapter Six: Gringotts with revelations.
Chapter Seven: Platform, godbye and train.
Chapter Eight: Hogwarts!
Chapter Nine: Selection.
Chapter Ten: The Gringotts theft.
Chapter Eleven: Flying Leassons.
Chapter Twelve: Halloween.
Chapter Thirteen: Quidditch.
Chapter Fourteen: Erised mirror.
Chapter Fifteen: Yule.
Chapter Sixteen: Planting Seeds.
Chapter Seventeen: Abused.
Chapter Eighteen: Drowning
Chapter Nineteen: Forbidden Forest
Chapter Twenty: Two-faced
Chapter Twenty-One: Summer of Planning
Chapter Twenty-Two: New Generation.
Chapter Twenty-Three: Deja Vu
Chapter Twenty-Four: Voices
Chapter Twenty-Five: Court
Chapter Twenty-Six: Dobby, the house elf
Chapter Twenty-Seven: Snakes, Ghosts and Puffs
Chapter Twenty-Eight: T. M. Riddle
Chapter Twenty-Nine: Spiders
Chapter Thirty: The Chamber
Chapter Thirty-Two: Safe
Chapter Thirty-Three: Sirius Black
Chapter Thirty-Four: Dementor
Chapter Thirty-Five: Hippogriff and Boggart
Chapter Thirty-Six: Marauders Map
Chapter Thirty-Seven: Truth or Dare
Chapter Thirty-Eight: Final
Chapter Thirty-Nine: Reunited
Chapter Forty: Expecto Patronum!
Prólogo Pt.2
2.1: The beginning
2.2: Princess
2.3: Imperius
2.4: Long time no see
2.5: Goblet of Fire
2.6: Rage
2.7: Wands
2.8: Pierre
2.9: Dragon
2.10: Ball
2.11: Second Task
2.12: Alliance
2.13: Third Task
2.14: And so it starts
2.15: Remember
2.16: Mourning
2.17: Breakdown
2.18: Unwanted connection
2.19: Preview
2.20: Wizengamot
2.21: Tortured Loved Ones Department
2.22: Routine
2.23: Dates and Winks
2.24: Army
2.25: Daggers and teddys

Chapter Thirty-One: My Blood

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By slytcruz

"Pensar demais estraga tudo"

Maio de 1993

    Algo descomunal bateu no piso de pedra da Câmara, e Harry apertou seus olhos ainda mais. Sentiu-o trepidar — ele sabia o que estava acontecendo, sentia, podia quase ver a cobra gigantesca se desenrolando para fora da boca de Slytherin. Então ouviu a voz sibilante de Tom:

    - Olá, querida. Trouxe o jantar — a carcaça loira, não ele. Harry será a sobremesa.

    O som do basilisco rastejando na pedra quase fez Harry recuar, porém lutou contra seus instintos, usando os sentidos aprimorados que lhe foram dados com a adoção de Moony.

    Sua audição o fazia ter uma noção muito clara de onde a cobra estava, e as vibrações do chão tiravam as últimas dúvidas dele. Não via, mas aquilo podia ser muito mais útil, considerando o quanto a visão pode enganar.

    Por segurança, sua mão foi até o espelho quebrado no seu bolso no momento que a cobra deu o bote, um som de chicote se espalhando pela Câmara, então ossos quebrando. Harry se sentiu nauseado ao imaginar Lockhart, destroçado pelas presas e mandíbula feroz do basilisco.

    - Maravilhoso, querida. Muito bem. Agora, que tal brincar um pouco com o nosso convidado especial?

    Harry se manteve o mais imóvel possível enquanto sentia as vibrações se aproximarem de si. Uma respiração quente começava a incomodá-lo conforme chegava mais perto. Mesmo assim, torcia para que ela se aproximasse ainda mais.

    Tom estava longe, Harry sabia. Embora estivesse no controle da fera, ainda a temia — estava muito fraco para ataca-la. Por isso, ele esperava conseguir fazer o que planejava.

    Sentia o basilisco cada vez mais perto. Uma língua sibilando uma risada fez cócegas na sua bochecha.

    Seu corpo estava sendo envolvido. Harry se sentia claustrofóbico conforme o espaço ao seu redor diminuía, mas isso seria melhor, pois Tom não poderia vê-lo.

    Abriu seus olhos levemente, se deparando com o corpo enorme da cobra coberto por escamas tão grossas e resistentes quanto ferro. Sentia-se suar.

    - Olá - ele tentou sussurrar, sua voz saindo uma sequencia de assobios baixos. - Não me ataque.

    - Falante? - o basilisco sussurrou em resposta e Harry sentiu que sua cabeça se aproximava muito dele — mais do que seria confortável.

    - Sim, sou herdeiro do grande Salazar Slytherin. Uso as cores da sua casa - ele tentou apontar para as próprias vestes, mas um aperto da cobra impediu seus movimentos. Suava frio.

    - Tom tem herdeiros?

    - Sou de uma linhagem paralela, porém com magia negra o suficiente para desenvolver a habilidade.

    - Vocês deveriam estar juntos, então, e não lutando um contra o outro!

    O basilisco apertou seu corpo e Harry soltou um grito conforme seu corpo ia sendo esmagado. Houve uma gargalhada sinistra vinda de onde Tom estava.

    - Ele... louco - Harry tentou sussurrar entrecortado. - Me... ajude... por favor.

    - Por que eu acreditaria em você? - o basilisco perguntou num cochicho furioso.

    - Deixe-me... levantar a... mão e eu te... mostro - ele sentia que seu rosto estava ficando roxo, e sua cabeça parecia meio mole.

    De repente, o ar voltou aos seus pulmões e o sangue pareceu correr normalmente, como se ele tivesse tirado um torniquete enorme. Tossindo, Harry tentou se concentrar no anel que sempre usava no dedo — aquele que guardava os seus segredos e o seu sangue.

    O anel de prata que imitava uma cobra apareceu, a esmeralda reluzente entre a cauda e a cabeça da serpente. Harry levantou o braço, esperando que o basilisco estivesse vendo claramente e entendesse o significado daquilo.

    - O anel de herdeiro... - o animal sussurrou, parecendo maravilhado. - Mas... e quanto a Tom?

    - Ele tomou decisões ruins no futuro, depois daquilo - ele sinalizou para onde sabia que o adolescente estaria. - Perdeu sua sanidade. Eu quero ajuda-lo, de verdade, mas tê-lo assim no mundo só traria mais desgraça para Slytherin quando ele começasse a usar seu nome para justificar carnificinas.

    - Abra seus olhos, pequeno herdeiro.

    Harry se encolheu com a ordem da cobra, mas obedeceu, a cabeça ainda baixa. A ponta da cauda se aproximou e bateu de leve no seu queixo, fazendo-o olhar para cima, diretamente nos olhos do basilisco. Esperou a morte, mas ela não veio. Os olhos amarelos aterrorizantes olhavam-no com algo parecido com arrependimento, o que os deixavam ainda mais assustadores.

    - Temos uma segunda pálpebra que anula os efeitos do nosso olhar - explicou num sussurro, tranquilizando Harry — levemente. - Eu vou ajuda-lo, mas somente com uma condição.

    Harry assentiu, levemente assustado, mas a vida de Astória em mente.

    - Você tem que me matar.

    O moreno se assustou, seus olhos se arregalando.

    - Pense em como é viver centenas de anos presa numa Câmara. Eu sinto fome, solidão... E sou obrigada a obedecer ao herdeiro. Tom era legal quando mais jovem, mas essa versão é... - ela pareceu estremecer, ou o que quer que as cobras faziam quando estremeciam. - Não quero passar o resto da vida presa aqui ou atacando bruxos. Não era isso o que Salazar queria.

    - Não posso mata-la - Harry sussurrou, perdido.

    - Então encontre alguém que possa. Pegue minha carcaça e faça bom uso dela. Use o meu veneno para se manter seguro, pequeno herdeiro.

    - Tudo bem - ele murmurou, sentindo-se mais triste do que deveria. Afinal, entendia a vontade de morrer por causa da fome e da solidão.

    - O que quer que eu faça?

    Harry tinha pensado bem sobre isso. Esperava muito que funcionasse.

    O veneno de basilisco era um nos venenos mais letais — se não o mais letal — do mundo. Nada poderia curá-lo, então por que não seria capaz de... destruir uma Horcrux?

    - Preciso que você morda isso.

    Ele alcançou o seu bolso e tirou o diário de lá.

    O basilisco concordou, fazendo um sinal, então Harry o jogou pra cima.

    O corpo ao seu redor se moveu, permitindo-o respirar sem restrições novamente. Quando a mandíbula enorme se fechou no diário e seus dentes o perfuraram, houve um grito longo e cortante. Um rio de tinta preta escorreu da boca do basilisco, inundando o chão. Tom estrebuchava e se contorcia, gritando e se debatendo e então...

    Desapareceu. A varinha de Harry caiu no chão com estrépito e em seguida fez-se silêncio. Lágrimas finas caiam dos olhos do moreno, seu coração doendo por ter que ver Tom morrer novamente.

    - Vou esperar pela minha parte do acordo - disse o basilisco, rastejando até a boca enorme na estátua de Slytherin e deslizando para dentro.

    Com o corpo inteiro tremendo, Harry se pôs de pé. Caminhou até onde Tom tinha estado a alguns instantes e recolheu a sua varinha, evitando olhar para os restos mortais de Lockhart. Então, chegou aos seus ouvidos, um gemido fraco detrás de uma das pilastras.

    Enquanto Harry corria até a garota, ela se sentou. Astória parecia desnorteada até seus olhos azuis lacrimejantes se encontrarem com os dele.

    - Foi minha culpa - ela sussurrou, um soluço quebrado saindo do seu peito como se rasgasse seu caminho para fora. Harry se abaixou ao seu lado puxando-a para um abraço. - Eu poderia tê-los matado!

    - Já acabou - ele garantiu, sentindo alivio com as suas próprias palavras. - Está tudo bem.

    Ele a faz se levantar, ajudando-a quando a fraqueza quase a derrubou. Colocou uma mão nas suas costas, guiando-a pelo caminho que a sua varinha indicava ser o da saída. Era tudo muito sinistro e muito magnífico, mas Harry não tinha vontade de apreciar nada disso no momento.

    Quando chegou da beira de um grande cano, precisou parar para pensar.

    Não poderiam subir com as mãos; além de fracos e exaustos, era muito íngreme.

    Harry pensou que o fim daquilo seria a pia do banheiro da Murta, então poderia tentar abrir a entrada e convocar a sua vassoura.

    É, isso iria funcionar.

[...]

    Draco estava escorado contra Hannah, seus olhos ainda inchados, quando houve um comichão perto das escadas para os dormitórios.

    - Parece que algo quer sair do quarto de Potter e Malfoy - um quinto ano disse, e Cepheus olhou para o irmão com um olhar serio.

    - É melhor não estar escondendo nenhuma criatura.

    Ele mandou Flint ir ver o que era e, assim que o capitão de quadribol abriu a porta, uma vassoura saiu em disparada.

    Severus, que estava sentado na mesa de estudos, se levantou num pulo. A vassoura batia na porta da comunal agora, como se tentasse sair.

    - Essa é a vassoura de Harry - Blaise sussurrou, chocado.

    - Alguém abra a porta! - Cepheus ordenou, andando em passos rápidos até ali. - Ninguém sai daqui - então ele e Severus saíram correndo atrás do rastro da vassoura.

    O silêncio prevaleceu no salão comunal por alguns minutos até Neville soltar um suspiro e exclamar:

    - Que se foda! Ele não é o meu príncipe - então correu porta afora antes que alguém pudesse impedi-lo. Seus amigos das outras casas o seguiram, deixando Pansy, Blaise e Draco para trás.

    - Bem leais, esses filhos da puta - a garota bufou.

    - Vão! - ordenou Flint. - Daphne também. Se eles estão vivos...

    Ele não precisou dizer mais nada. Os quatro saíram em disparada da comunal, a garota mais velha usando um feitiço de rastreamento para irem na direção de Sev e Cepheus.

    Quando eles chegaram no destino — o banheiro da Murta — Cepheus parecia aliviado e frustrado.

    - Minhas ordens não valem nada.

    Mas nenhum dos quatro prestou atenção.

    Daphne voou na direção de Astória, que era verificada por Severus. Blaise e Pansy correram para Harry, que tinha acabado de ser solto por Terry.

    - Ai, meu Merlin, Harry Potter! Faça isso de novo e eu corto suas bolas fora!

    - Senhorita Parkinson! - Sev exclamou, parecendo meio horrorizado e meio divertido.

    - Sinto muito, senhor, mas eu juro que farei pelo bem do meu coração e das futuras gerações. 

    Harry riu das palhaçadas da amiga, parecendo muito aliviado de vê-los ali.

    Quando os dois se afastaram, ele olhou para Draco, que não aguentou mais se segurar e pulou nos seus braços, abraçando-o com força. Harry o apertou de volta com a mesma força, fechando os olhos com o alívio de estar de volta com as pessoas que ele amava.

    - Está bem mesmo, senhor Potter? - Severus perguntou a Harry, olhando-o atentamente assim que ele se separou do loiro.

    - Estou bem, senhor. Só cansado - ele só não conseguiu esconder a dor do seu coração. Nem de Severus, nem de Draco, nem de Nev, Ginny, Luna. Não conseguia esconder nada deles. - As garotas...

    - Vão estar acordadas amanhã de manhã.

    Harry assentiu, parecendo querer estar na sua cama mais do que em qualquer outro lugar.

    - Eu vou levar as senhoritas Greengrass até o escritório do diretor aonde seus pais estão. Acredito que não saibam quem foi o responsável?

    Eles todos sabiam, mas, com um acordo mudo, todos negaram.

    - Não há nenhuma prova. E o basilisco foi... morto, então a escola está a salvo.

    Seus amigos souberam que aquela não era a verdade completa com a sua hesitação, mas não pressionariam naquele momento.

    - Ótimo. Então todos podem voltar para as suas comunais e dormir o que resta da noite. Vou enviar um patrono para os seus chefes de casa para que eles fiquem cientes de tudo - Severus disse. Todos assentiram.

    Ele saiu com Astória, Daphne, Nev, Ginny, Luna e Terry, já que eles ficariam nas suas comunais que eram praticamente no caminho. Cepheus e os slytherins acompanharam Hannah até a sua comunal, e foram para a sua em seguida.

    Quando os alunos viram Harry, houve o silêncio, para então romperem em vivas. Ele aguentou batidinhas nas costas e "bom vê-lo bem, Potter" por alguns minutos até tudo ficar demais. Com um apertão na mão de Draco, ele pediu ajuda para ir para o seu dormitório.

    O Malfoy o puxou pela mão, afastando as pessoas que queriam dizer alguma coisa sobre ele ser um herói e bajula-lo, e o levou escada acima. Já no seu quarto, Harry tirou sua vassoura encolhida do bolso e a devolveu ao seu local no seu tamanho normal.

    - Tudo bem? - Draco perguntou quando Harry parou no meio do caminho para o banheiro, seus ombros caídos e a cabeça baixa. Ele não estava preparado para o soluço que o moreno não conseguiu prender e nem para as lágrimas que o seguiram. Sem forças, ele caiu de joelhos no chão.

    O sempre forte e corajoso Harry Potter estava desmoronando na sua frente, e Draco não tinha muita certeza do que fazer.

    Foi na sua direção e se abaixou na sua frente, envolvendo seus ombros com os seus braços. Sentiu um aperto na sua cintura e viu que Harry o abraçava de volta, sua cabeça apoiada no seu pescoço e o deixando molhado com as lágrimas.

    - Quer falar sobre isso? - Draco perguntou quando ele estava mais calmo, respirando melhor.

    - Ele... uma parte dele, pelo menos... morreu na minha frente... de novo!

    - Fala de... Tom?

    - Você sabe como ele... - as palavras doíam para sair. - Já ouviu meus pesadelos. Já contei sobre eles. E já e ruim o suficiente rever a morte dele lá e agora... Eu o matei, Draco - o sussurro angustiado fez o coração do loiro doer.

    - Não o matou, não! Se fez algo, foi para salvar a sua vida e a de Astória. Não tem nada de errado nisso.

    - Mas eu dei o diário para o basilisco. Foi minha culpa!

    - Se fosse eu no seu lugar, teria feito o mesmo. Isso me faz um assassino? - Draco perguntou, a sobrancelha arqueada para o moreno com as bochechas marcadas pelas lágrimas.

    - O que? Não! - Harry exclamou, se afastando para olha-lo. Ao perceber o que tinha dito, se encolheu. - É diferente.

    - Eu não vejo muita diferença.

    - Ele não é família sua, Draco! Eu matei alguém que divide o meu sangue!

    O loiro, se afastou um pouco para olhá-lo no rosto após sua explosão.

    - Ele não ia parar, ia? Tenho certeza que você tentou conversar com ele antes, ou não seria você. Se ele precisasse estar morto para você estar vivo, eu não reclamo. Faria isso com as minhas mãos. Não tenho ideia do que aconteceu lá, mas sei que o que fez foi, principalmente, para salvar Astória. Você é nobre, Harry, e corajoso, e não precisa se martirizar por fazer o certo.

    - Ainda dói - o moreno murmurou, escondendo o rosto no pescoço de Draco novamente, que afagava as suas madeixas negras com carinho.

    - E vai doer por um tempo, mas já passa.

    Draco, então, o fez se levantar e tomar um banho, dando-lhe uma calça de moletom que ele sabia que o outro gostava de usar para dormir. Quando Harry saiu do banheiro, ele o assumiu, querendo limpar o estresse daquele dia. Voltando para o quarto, encontrou o moreno ressonando baixinho na sua cama.

    Sorrindo levemente, Draco se deitou ao seu lado, sabendo que Harry não gostaria de dormir sozinho depois do que aconteceu. Segundos depois, ele caiu no sono, sabendo que seu... amigo estava seguro.

    Do lado de fora do castelo, uma alma os observava com pesar, mais forte do que nunca antes e querendo agradecer o garoto moreno pelo que ele tinha feito — lhe dado a sanidade de volta.

    Com um sorriso leve no rosto, ele se afastou, planejando a sua volta.

Harry acordou de manhã com batidas na porta do seu dormitório. Seu braço estava preso embaixo da cabeça de Draco, que dormia tranquilamente apoiado no seu ombro, então ele esperou que entrassem, com preguiça demais para tentar se mover.

- Acordem, princesas! - Pansy exclamou, entrando com tudo, Blaise e dois pratos com torta de melaço a seguindo.

Draco resmungou, abrindo os olhos lentamente e preguiçosamente.

- Vá embora.

- Ah, mas você não está com fome? Temos novidades!

Harry se sentou quando Draco rolou, liberando o seu braço. Pegou um dos pratos e devorou a torta. Estava faminto.

- Acho melhor vocês se arrumarem - Blaise comentou despreocupadamente, apoiado na cama de Harry. - Duas meninas muito despetrificadas estão esperando-os lá embaixo.

Os dois garotos arregalaram os olhos, correndo para pegarem suas roupas e se vestirem decentemente — afinal, mesmo sendo muito bem recebidos na casa, os puro-sangue não aceitariam que fossem desleixados.

Harry correu com uma calça jeans e uma camiseta para a sua cama, fechando as cortinas ao seu redor para se trocar. Mesmo seus amigos sabendo das suas cicatrizes, não achava que se sentiria confortável o suficiente para mostra-las.

- Ei, essa configuração de camas acontece muito frequentemente? - a voz curiosa de Pansy atravessou a cortina, fazendo Harry quase cair com o susto por ter uma perna presa na calça.

- Só em situações traumáticas ou pesadelos muito fortes - Draco respondeu. - Eu diria que mais frequente do que seria saudável, mas melhor do que sofrer.

Quando o moreno saiu da sua cama, Draco já estava pronto, seu cabelo penteado com o gel de sempre e sua túnica bem desenhada no seu corpo dando-lhe o ar superior que sempre exibia, mesmo que inconscientemente.

Harry correu para o banheiro para escovar os dentes e dar um jeito no seu cabelo. Pegou o creme trouxa que controlava a "bagunça Potter" e passou-o, jogando os fios pretos para trás. Ele estava começando a gostar desse estilo, mostrando sua cicatriz sem medo — dava-lhe um ar destemido e levemente intimidante. Quando voltou para o quarto e colocou sua jaqueta de couro, Blaise assobiou:

- Charmoso.

- Vamos descer - ele respondeu, ansioso para rever suas amigas, mas ainda mantendo um pouco de classe e descendo calmamente, Draco logo atrás.

Elas estavam de costas para as escadas, então não os viram se aproximar. Harry chegou bem perto do ouvido de Hermione e sussurrou:

- Olá, bela adormecida.

A cacheada pulou com o susto, mas imediatamente deu a volta no sofá para abraça-lo. Susan fazia o mesmo com Draco.

- Oh meu Deus, Harry! Achei que não o veria novamente! Ouvi o que aconteceu ontem e... não tem noção do quanto eu fiquei assustada.

- Consigo imaginar, considerando o quão xingado eu fui - ele riu.

- Como aconteceu? Quero dizer, como Riddle te pegou? - sussurrou a ultima frase.

- Achei o papel na mão de Susan - a garota se aproximou na mesma hora, e Harry prontamente a envolveu num forte abraço enquanto Hermione prendia Draco num aperto de urso do qual o loiro não parecia querer reclamar. - Que bom vê-la se mexendo. Voltando, eu achei o papel, saquei tudo, e percebi que a entrada para a Câmara devia estar no banheiro da Murta, então fui investigar. Astória chegou por trás de mim e me jogou do outro lado do banheiro, e eu só tive tempo de pedir para Murta tentar chamar a atenção de alguém antes de ser atingido por um atordoador.

Os cinco estremeceram, Pansy e Blaise tendo se juntado para escutarem a história.

- Você disse que não tinha se machucado - Draco acusou.

- Eu realmente não me machuquei, o que foi um golpe de sorte, porque nunca teria conseguido raciocinar o que raciocinei na Câmara se tivesse uma concussão - suspirou Harry, sorrindo para seus amigos preocupados. - Ei, eu estou bem. Devia estar preocupado com vocês duas. Encarar o basilisco foi horripilante, tenho certeza.

- Seus olhos amarelos são realmente horríveis - Susan concordou, estremecendo. - Vou ter pesadelos por um tempo, mas tudo melhora.

- Penélope, coitada, estava nos agradecendo por termos salvado a sua vida - disse Hermione. - Ela estava apavorada. Não sei se ela se recuperará bem disso.

- Tenho certeza que Percy Weasley estará tomando conta dela - Blaise zombou de brincadeira, arrancando algumas gargalhadas.

- Acho melhor irmos para o Salão Principal; os outro disseram que nos esperariam lá. Ah, e é melhor você levar o malão, Harry - Pansy disse, sorrindo para o moreno, que revirou os olhos.

- Honestamente, precisamos achar um lugar novo para nos encontrarmos — depender de mim é chato e me dá preguiça - ele resmungou, subindo as escadas para o dormitório, escutando as risadas dos seus amigos atrás de si.

No final, ele não mudaria nada. Se eles precisassem que ele emprestasse seu malão para sempre, ele o faria sem problema algum. Se precisassem de um braço ou de uma perna, ele não hesitaria em desistir da sua. Se precisassem que ele matasse alguém... bom, ele já tinha feito isso, não tinha?

Sabia que estava no lugar certo, com as pessoas certas, e com um inimigo a ser superado logo.

Dumbledore... Harry esperava ter suas mãos cobertas com o seu sangue logo, antes que ele resolvesse aprontar.

Mesmo com o ano relativamente sem interferência do velho, ele sabia que algo grande vinha aí, em um ano ou dois, talvez. Sua paz acabaria de vez, assim como sua paciência.

Ele esperava mesmo que Dumbledore continuasse a pregar os pregos do seu caixão.

Oie! Tudo bem?

Feriado, o que significa nada pra fazer, o que significa avançar na fanfic!!

Bom, espero que tinham gostado do capítulo, porque pretendo postar pelo menos dois nesse feriadão. Logo logo, o terceiro ano chega e junto dele um personagem que todos esperam ansiosamente para aparecer e que vai mudar o jogo.

Muito contente com a interação de vocês e com o quão bem a historia anda. Não esperava chegar aos 24k de visualizações na minha vida, mas aqui estamos nós, relativamente no começo e já com tantas pessoas acompanhando. Eu só posso agradecer a isso.

Na mídia de hoje temos Susan Bones. Linda e maravilhosa, aí ela tem 16-17, porém na história já podemos considerar 13-14.

Curtam, comentem, me sigam e compartilhem!

Até a próxima,

~Bia+

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