Volte Duas Casas {jikook}

By swagay

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Park Jimin nunca foi o melhor namorado que um cara pode ter, ele nunca negou, importante ressaltar, agora... More

AVISO 📸
1: CORNO 🐮
3: O GOSTOSÃO DO TIME DE VÔLEI 🏐
4: MENINAS DE 16 ANOS, COMO LIDAR 🔎
5: EMBARALHANDO E DISTRIBUINDO 🃏
6: RIVAIS CLÁSSICOS 🐱x🐶
7: AZAR NO AMOR 🥀
8: QUE VENÇA O MELHOR ⚔️
9: CARA OU COROA 📢
10: DESESTABILIZAR O INIMIGO 💢
11: 👶🏻JUNIOR VS 👴🏻SENIOR
12: GOL ⚽
13: CONCEITO DE ES-TRA-TÉ-GIA 📌
14: UM PENTE É UM PENTE 🐬

2: FOGUEIRA DE PERTENCES DO EX-NAMORADO 🔥

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By swagay

Votem, comentem e boa leitura!

+++

Daichi me dizia que namorar comigo lhe dava vontade pintar, um hobby que ele abandonou há anos, ele me dizia que eu o fazia pensar em arte, se sentir inspirado, como um combustível. Dizia que nosso sexo era sensacional, e que ele sentia muito além de tesão. Dizia que me amar era uma escolha dele, porque não me amar seria loucura. Era o que ele me dizia.

Ele me disse uma vez que havia algo mágico em mim, na minha forma de falar quando estávamos a sós, e deitados nos braços um do outro. Ele me disse que nesses momentos, era como se ele adentrasse a parte mais delicada de uma flor, como uma abelha que finalmente encontra o pólen mais doce do jardim. Disse que gostava da minha dualidade, porque só ele sabia dela, como se as minhas personalidades divergentes fossem um segredinho, e eu só mostrasse o melhor de mim para ele. Foi o que ele me disse.

Agora eu estou derretendo marshmallows em uma fogueira que eu fiz com todos os pertences que ele deixou no meu quarto.

Jung Hoseok me olhava, sentado na outra ponta do sofá velho, com uma cerveja na mão. — Você podia ter deixado os fones dele para mim, o meu quebrou e eu estou sem dinheiro.

Observando a cara de um Funko personalizado derreter no fogo, eu olhei para meu amigo: — Eu vou comprar um fone para você. Tenho os dados do cartão dele logados no meu celular.

— Isso é estelionato — ouvi, e vi Kim Seokjin chegar na nossa roda de dois, agora três, com uma sacola de cervejas na mão. — Tem certeza que você pode fazer fogueiras no campus da faculdade?

Eu apanhei minha garrafa de cerveja que deixei no chão e bebi o último gole, sentindo o amargo típico de cerveja no final. — Eu tenho certeza que o reitor entenderia que eu fui corno. Sabe, a mulher dele o traiu 16 vezes.

Jin se sentou em uma torre de tijolos, nos entregando a sacola de bebidas. Seu cabelo estava mais castanho do que da última vez que o vi, mas ele ficava bem com qualquer cor. — Jimin… sinceramente — ele fez uma pausa. — Pra que tudo isso?

Pra que tudo isso? Sério?

Hoseok fez uma careta que eu não soube decifrar, mas era como se ele estivesse concordando, enquanto que desajeitadamente empurrava as mechas do cabelo escuro para trás da orelha.  — Tipo… você nem gostava tanto dele.

Eu intercalei meu olhar entre os dois por um tempo. — Eu nunca fui corno.

— Que você saiba — Jin me disse, apanhando um marshmallow do pacote. — Você pode ter sido.

— Você sabe alguma coisa? — questionei, cruzando minhas pernas.

— Não — ele disse. — Ah, sei… sei que você sim já traiu muito.

Puta merda, eu devia rever minhas amizades.

— Eu não traí o Jaebom — me defendi. — Ele me pediu um tempo. Eu dei a ele todo o tempo do mundo… enquanto transava com outros caras. Aposto que ele fez o mesmo.

— Hm — Jin soltou. — E o Hong?

Eu não respondi nada por um bom tempo, deixando o fogo crepitar. — Ele nem tinha me pedido em namoro ainda. Ele transava mal. Eu precisei sair com outra pessoa, ok? Eu tive que pensar em mim por um momento. Não era justo eu fazer ele gozar igual uma mangueira enquanto eu ia dormir com a cabeça do pau seca.

— Meu Deus, que nojo, nunca mais repita isso na sua vida — Hoseok comentou. — Devia ter rompido logo com ele, então.

— Eu estava tentando ficar mais de três meses com a mesma pessoa — respondi. — Já que o senhor certinho aí, o santinho do pau oco — apontei para o próprio Jung. — Me disse que eu trocava de namorado igual trocava de cueca. Sabe, naquela época, eu nem tomava tantos banhos assim.

Ele fechou os olhos com força. — Mais uma coisa que você não deve mais repetir. Aliás, você não mudou nada!

— E nem vou mudar — reclamei, frustrado, abri uma garrafa nova de cerveja. — Porque eu tentei ser um bom namorado, e olha o que eu recebi em troca.

— Por que diabos você começou a namorar ele mesmo? — Jin quis saber. — Acho que nunca vi você sequer elogiar ele ou dizer que o ama.

Girei meus olhos, bebendo. — Eu gostava de ficar com ele, e em dado momento, ele me pediu em namoro. Eu não queria parar de transar com ele, então aceitei. Não é assim que os namoros começam?

— Geralmente a gente namora pessoas que gostamos — Hoseok me disse. — Mas ok, digamos que sexo seja um fator importante…

Fechei minha cara, estressado. — Ele ficava sexy pra caralho falando em japonês na hora do sexo, tá? Eu me sentia em um hentai, porra!

SeokJin mexeu o fogo com um galho de árvore, rindo. — Você é rídiculo, Jimin. Talvez ele tenha te traído porque sentiu que você não gostava dele.

O olhei e perguntei: — Tá do lado de quem?!

Ele largou o galho e me olhou, muito sério. — A GENTE COMIA SUSHI DE GRAÇA NO RESTAURANTE DO PAI DELE! OLHA O QUE VOCÊ FEZ!

— SUSHI É RUIM — respondi, e nós nos levantamos, antes de cairmos por cima do sofá velho, brigando.

— EI, EI, EI — Hoseok nos separou, no exato momento em que Jin segurava meu cabelo e eu agarrava seu pinto molenga na calça. — Vocês derrubaram minha cerveja, seus canalhas.

Voltando para o lugar dele, Jin arrumou o cabelo e a roupa. — Ele pediu pra voltar?

— Não — respondi, notando que minha camisa estava cheia de fios de cabelo preto, que Jin arrancou da minha cabeça. — Tentou pedir desculpas. Eu falei que ia comer o cu do pai dele, se ele me dirigisse a palavra outra vez.

— Bom, suponho que mesmo se ele tivesse pedido pra voltar, você não aceitaria — disse Hoseok.

Eu fechei meus olhos, suspirando com cansaço. — O dia que eu reatar com um ex-namorado, você pode mudar meu nome para “putinha”.

— Eu pensei que já tivesse mudado — Jin balbuciou.

Eu o mostrei o dedo do meio. — E você é a putona.

— Putinha — me chamou em resposta, mas dei de ombros.

— Bom, já que você nem gostava dele — ouvi a voz de Jung. — Não vai ser difícil superar. Você só precisa esquecer agora.

Eu arregalei meus olhos. — Esquecer?

— Ah não — Jin soltou, jogando a cabeça para trás. — Não começa, Park Jimin.

Abri um sorriso, encarando o fogo. — Esquecer é o caralho. Esse filho da puta me traiu. Eu vou fazer ele se arrepender de ter me conhecido.

— Você já faz isso normalmente — Jin me disse. — Você deixou a cara dele roxa e queimou as coisas dele. O que mais você quer fazer?

— A faculdade toda vai saber que eu levei galhada, Kim — respondi. — E se tem uma coisa que eu detesto, é gente me olhando como se eu fosse um coitadinho impotente. — disse e bebi mais da cerveja, puxando os fios soltos dos rasgos do meu jeans. — Ele me traiu e me descartou como se eu não tivesse sido a porra do melhor cara com quem ele dormiu. Eu vou mostrar pra ele que eu não sou qualquer viadinho.

Jin negou com a cabeça, desviando o olhar em seguida. — Faz o que quiser.

— Você é muito orgulhoso — Hoseok comentou. — É muito teimoso. Sabe que isso tudo só traz negatividade, né? Você devia citar um Hooponopono de vez em quando.

— Eu ia sugerir um exorcismo — respondeu Jin.

No dia seguinte, enquanto eu esperava Hoseok chegar no meu quarto, eu me olhava no espelho. Estava parecendo bem o suficiente? Ou meus chifres começavam a apontar?

Há alguns dias eu não me arrumava, há alguns dias eu não me sentia motivado a encarar a faculdade. Eu fazia parte do mesmo clube que Daichi.

Dessa vez, eu vesti uma jaqueta jeans, e voltei para meus coturnos, os quais eu não usava há um tempo, porque me deixavam mais alto que Daichi. (Sim. E não me faça perguntas.)

Passei pomada no meu cabelo, que o deixava no lugar e realçava sua cor preta. E pensar que eu quase o descolori porque Daichi achava bonito! Droga, neste momento eu seria corno e teria o cabelo ressecado.

Sorrindo para mim mesmo no reflexo do espelho, ajeitei minha mochila nos meus ombros. — E aí, vadia? Pronto pra outra? — perguntei a mim mesmo. — Sempre pronto. — me respondi.

Hoseok chegou no momento em que eu hidratava meus lábios com balm, e quando pegamos o caminho para o nosso prédio, ele me olhou: — Me diz… você chorou?

Eu o olhei, arqueando uma sobrancelha. Usando coturnos eu quase me igualava a sua altura. — Tá me estranhando? Aqui é espada porra.

— Não é isso — Jung me disse, me dando uma careta. — Bom, foi sua primeira vez levando chifre… que a gente saiba.

Eu quase ri, e ia respondê-lo, não fosse pelos gritos em uníssono e os barulhos de passos se aproximando.

Nossa faculdade era bonita, era cercada pelo movimento de Seul, e mesmo estando no meio da cidade, ela mantinha gramados amplos e verdes. Eu até gostava. O único problema era as equipes de esporte, ocupando a maior parte do campus, eles estavam por toda parte. Garotas e garotos sarados e suados, esbanjando confiança e determinação.

— Insuportáveis — soltei, enquanto esperava a equipe de natação passar por nós em duas filas, correndo pela pista.

Hoseok quase babava, e eu precisei lhe dar uma cotovelada para acordá-lo. — O time de natação tem os maiores gostosos da faculdade.

Girei os olhos, seguindo meu caminho, ao lado dele, que ainda observava a equipe de longe. — Só porque eles usam sunga?

— Se a gente for rankear por uniforme, o time de baseball vence… meu sonho é meter com um cara vestido de rebatedor. Com taco e tudo. — ele me contou sua fantasia. Coisa que eu não pedi para ouvir, claro.

— Esses caras do esporte têm micose — soltei, enojado.

Quando me separei de Hoseok, que foi para sua classe de Licenciatura, eu segui para o meu departamento também, mas antes que eu pudesse ao menos entrar, minha orientadora, Srta. Goo, uma aluna no fim do mestrado, me parou no corredor. — Park Jimin… faz alguns dias que eu não te vejo. Andou matando aula?

Na última semana eu frequentei apenas a matéria em que eu estava mais ferrado, matei todas as outras. Não porque estava triste… confesso que esse lance todo com Daichi me deixou mentalmente exausto.

— Andei doente — menti. — Asma. Perdi algo?

— Na verdade, sim — ela sorriu, mostrando seu aparelho odontológico. — Como você deve saber, a equipe de vôlei vai para um amistoso em Jeju… queríamos saber se você gostaria de cobrir a viagem. Vamos fazer vídeos e expôr fotos.

Aquela foi uma das piores propostas que eu já ouvi.

1°: eu odeio praia.

2°: eu odeio esporte.

3°: eu odeio tirar fotos de praia e esporte.

Dei a ela um sorriso meigo, falso. — Eu já fechei com um estúdio… coisa do estágio.

O sorriso dela murchou. — Ah, mas você é o melhor do curso… o reitor está animado com a viagem.

Assenti, compreensivo. — Eu realmente tô ocupado… vou cobrir um evento bem importante.

Entendendo, ela soltou um suspiro: — Tudo bem. Vou falar com seus colegas, tenho certeza que vou ter vários voluntários. Até mais, Park Jimin!

Assim que ela entrou no elevador e sumiu, eu desfiz meu sorriso e entrei na sala. É claro que eu não tinha pego nenhum trabalho para aquela semana, eu só não queria ir pro outro lado do país ficar coberto de areia, tirando fotos de caras pulando atrás de uma bola. Isso tudo soa sexy pra você? Pra mim, depende muito.

+++

Oie! Atualização hehe

Me digam o que acharam, e o que acham que vai acontecer 💕

TT: @ namjowl
IG: @ baobei.zi

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