O Cowboy, a Viúva e o Bebê

By FerJMelo0

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Um cowboy bruto, mas com o coração protetor. Uma viúva e um bebezinho precisando ser salvas. Ellen perdeu o m... More

Notícias
Personagens
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Epílogo

Capítulo 13

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By FerJMelo0

Diogo

Eu estava acordando mais animado do que o costume naquela semana.

E eu sabia muito bem o motivo. Ter um tempo com Ellen, ajudá-la e presenciar a sua força de vontade e o quanto ela estava empenhada em aprender e melhorar todos os dias, fazia com que eu sempre quisesse mais e mais ficar ao seu lado. Nem que fosse apenas para jogar conversa fora.

E era para a sua casa que eu estava indo, no lombo de Tempestade.

Assim que cheguei, desci e deixei o cavalo solto. Ajeitei o chapéu na cabeça e parti para a mangueira, onde estava sendo nosso ponto de encontro de todas as manhãs.

Quando eu chegava, ela já havia começado a ordenhar, e naquele dia não fora diferente, apenas por uma presença nova.

Parei ao lado do carrinho que trazia um menino tão desperto quando qualquer um de nós. Ele brincava com os pés para cima, tentando pegar alguns brinquedos que estavam pendurados no carrinho.

— E ae, garotão. Veio nos ajudar hoje? — Fiz algumas gracinhas em sua barriga, o que arrancou risadas frouxas de Pedro.

Ele era uma criança linda e saudável. E eu me encantava por ele todas as vezes que o via.

— Hoje ele não quis dormir depois que mamou, então resolvi trazê-lo para cá. — Ellen apareceu na porteira assim que ouviu minha voz. —É bom que ele fica ao ar livre, e começa a interagir com tudo.

Olhei mais uma vez para o menino que estava sobre a sombra de uma árvore. Se ele seguisse os passos da mãe, seria um homem incrível. Eu torcia para que isso acontecesse.

— Isso vai ser muito bom para ele. — Fui em sua direção, passando por cima da porteira e pendurando meu chapéu em um prego.

— Hoje eu já adiantei o trabalho.

Olhei para Ellen que tinha um sorriso vitorioso no rosto. A cada dia que passava, ela aprendia uma coisa nova, ou se aprimorava em algo que já sabia.

— Muito bem. Então vamos terminar os serviços que eu tenho coisa nova para te ensinar.

E lá estava o sorriso de alegria dela. Eu havia notado que toda vez que ela se superava, ou aprendia algo, ficava ainda mais radiante. Era como se uma fumaça que obscurecia sua felicidade fosse se dissipando a cada passo que ela dava. Como se tudo aquilo a levasse para uma liberdade que antes não tinha.

Quando terminamos os trabalhos com as vacas, cuidamos do bezerro, e tudo estava pronto, levei Ellen para perto de Tempestade.

— Ele é lindo. — Ela esticou a mão e foi se aproximando aos poucos do cavalo.

— É sim. — Segurava as rédeas enquanto ela dava passos lentos. Minha voz tinha um tom de orgulho.

Aos poucos Ellen foi se aproximando do cavalo, alisando seu pelo e fazendo carinho.

Eu sabia que o meu cavalo era manso, se fosse o contrário, não colocaria aquela mulher em risco, mas ela tinha que ir no seu tempo, tomar a coragem para se aproximar. E a cena dos dois estava linda.

Quando vi que ela estava mais segura ao lado dele, apoiei um cotovelo na lombar do animal e me virei para Ellen.

— Que tal aprender a montar hoje?

O sorriso que ela estava no rosto sumiu, dando lugar a uma careta incrédula e ao mesmo tempo animada. Se é que isso fosse possível.

— Você está falando sério?

— Claro. Como você não tem carro, e o meio de transporte por aqui é mais rápido a cavalo, por que não? E você tem alguns maravilhosos no pasto.

E tinha mesmo. Se eu fosse outro tipo de pessoa, poderia insistir para Ellen vender aquelas belezas de cavalos. E provavelmente conseguiria um preço bom negociando com ela. Mas não era do meu feitio passar ninguém para trás, principalmente... Bom, principalmente alguém que vinha se tornando especial a cada dia que passava.

— Eu não sei fazer isso, Diogo. — Ela parecia cada vez mais assustada.

— É por isso que eu estou aqui. Tempestade é um cavalo manso. Até Cecília monta ele.

— Você tem certeza? — Ela olhou para os lados, como se buscasse algo para que usasse de desculpa. — Eu tenho um filho para criar. Não posso sofrer nenhum tipo de acidente.

— Eu não vou deixar você se machucar — falei sério, sem deixar margens para que ela duvidasse da minha palavra.

Depois de relutar um pouco, Ellen colocou um sorriso no rosto, mostrando toda a empolgação que ela estava sentindo naquele momento.

— Você não vai me deixar sozinha com esse dinossauro, não é? — Ela parecia uma criança, ao mesmo tempo que estava se divertindo, tinha medo de que algo desse errado.

— Claro que não. Vamos fazer assim, eu vou com você na primeira vez, e depois você vai sozinha.

Ela concordou com a cabeça, ainda desconfiada.

Segurei em sua cintura, e ajudei-a a subir em Tempestade.

— E você, vai subir como? — Ela falava rápido, como se tivesse medo de que eu saísse correndo e a deixasse ali sozinha com o cavalo.

Coloquei o pé no estribo e subi no animal sem problema nenhum. Era algo automático e prático para mim. Acomodei-me atrás de Ellen, passei os braços em volta de seu corpo e segurei as rédeas na frente.

— Vamos começar um trote de leve, tudo bem? — Pela proximidade e posição, falei baixo em seu ouvido, e senti quando ela se enrijeceu contra o meu corpo.

Talvez aquela tivesse sido uma péssima ideia, mas não voltaria atrás naquele momento.

Mostrei-lhe a o que deveria fazer com os pés e mãos, e passamos perto do carrinho de Pedro, vendo-o dormir.

— Vamos dar uma volta aqui pelo quintal. Quando você estiver dominando melhor, poderá sair no pasto.

Ellen apenas concordou com a cabeça e começamos a trotar pelo quintal. Quando vi que ela já estava sem medo, deixei que guiasse as rédeas, e ela parecia ainda mais solta.

— Isso é muito legal. — Ela sorria como uma criança descobrindo um novo parque de diversões.

E com o sorriso dela, eu também sorria. Era contagiante ficar perto daquela mulher.

Quando voltamos para perto de Pedro, notamos que ele já havia despertado, mas se mantinha quietinho no carrinho.

— Olha, filho, a mamãe. — Ela se exibia para a criança como se ela pudesse lhe entender.

— Agora eu vou descer — falei em seu ouvido novamente.

— Não. — Ela falou tão rápido e sério que uma gargalhada escapou do meu peito.

— Eu vou estar aqui do seu lado. Mas que tal eu pegar Pedro para ele te ver melhor?

Com isso ela concordou, ainda não muito segura do que decidira.

Saltei para o chão, e fiquei um pouco ao seu lado, apenas para testar se nada aconteceria.

Ergui meus olhos para ela, que acenou com a cabeça, em uma comunicação silenciosa de que estava tudo bem. Depois que a deixei mais solta, voltei para o carrinho.

Era a primeira vez que eu pegava Pedro no colo. Não era como se ele não me conhecesse, pois até já se sentia a vontade comigo. Sempre que ele estava por perto, brincava com ele, vendo-o dar risadas alegres. Mas segurá-lo contra mim, seria uma sensação nova.

E eu não imaginava que seria tão... prazeroso. Era um bebê tão pequeno entre os músculos dos meus braços. Tão indefeso. E a troca de olhares que tivemos, foi algo que fez meu coração acelerar.

Quando o ergui, mostrando a Ellen, ela abriu um sorriso ainda maior, que misturava vários sentimentos.

— Olha a mamãe, Pedro. Como ela é corajosa, não é?

Ele soltou um gritinho de animação enquanto movimentava as mãozinhas no ar. Aproximei-me mais com ele, e encostei sua mão no cavalo. Era uma textura diferente para ele, eu sabia, mas ele parecia saber o que fazer, pois passou a mão tranquilamente pelo pelo do animal. Ele parecia se divertir.

Depois de colocá-lo no carrinho novamente, voltei para Ellen, para ajudá-la a descer.

— Eu vou cair.

— Eu não vou deixar.

Estendi meus braços para ela.

Ela passou uma das pernas para um lado, e se preparou para pular. Meus braços ainda estavam abertos para ela.

Quando Ellen pulou, parou direto no meu peito, com o rosto bem colado ao meu. Nossas respirações mais ofegantes, olhos nos olhos, minhas mãos apertando firmemente sua cintura.

Aos poucos nossas respirações pareceram entrar em sincronia, se acalmando. Mas nossos olhos, entravam em uma guerra silenciosa. Junto com o meu peito, que travava uma batalha para continuar bombeando sangue.

Os olhos de Ellen estavam intensos nos meus, até o momento em que eles recaíram na minha boca. E inevitavelmente tive o mesmo destino.

Seus lábios pareciam chamar por mim, clamar por atenção. Sua boca em formato de coração, com as curvas perfeitas, eram uma tentação para mim. Foi ainda mais impossível de resistir quando ela entreabriu os lábios e começou a fechar os olhos.

Eu sabia o que ela esperava. E eu também ansiava por isso. Tanto que nem me dei conta de que quem estava se aproximando era eu. Mas não havia resistência ali. Apenas apertei um pouco mais minhas mãos em volta da cintura de Ellen e a trouxe para perto de mim. Suas mãos se fecharam em garra contra o meu peito e nossas bocas finalmente se tocaram.

Primeiro foi um toque doce, gentil. Comecei a sentir o gosto dela, delicado contra a minha boca, abrindo passagem para mim, permitindo-me invadi-la. E eu a tomei, com toda a vontade que percorria por meu corpo. Quando minha língua invadiu sua boca, em uma sincronia perfeita, e ouvi um pequeno gemido da garganta dela, eu sabia que estava fazendo a coisa certa.

Ela era a coisa certa. Aquele beijo era certo. Eu sentia isso.

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