Reencontro [Livro 2]

By sabrinaNeshama

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Lúcia e Joaquim estiveram muitos anos separados por conta dos problemas que tiveram entre as famílias dos doi... More

Conhecendo o livro
Prólogo
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❤ Agradecimentos 🤗
Curiosidades 💡
✨ A autora ✨

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By sabrinaNeshama

Lúcia estava tendo um pesadelo:

Joaquim caminhava ao lado de Lúcia em uma ponte de madeira azul, por onde passava um riacho em baixo dela.

- Estou feliz por finalmente estarmos juntos e felizes.

- Eu também. - Sorriu.

- Queria te fazer um pedido. - Disse retirando algo do bolso da calça.

- Queres se casar comigo?

- Sim! Sim!

Os dois já iam beijando-se quando um som de tiro ecoou, manchando a camisa de Joaquim, e ele caiu na água, sem vida.

- Joaquim! - Lúcia gritou olhando para baixo.

A água tornou-se densa e escura e não dava mais para ver nada lá em baixo.

Ela olha e vê Christopher com uma arma.

- O que você fez?

- Achastes que eu não iria descobrir? Eres uma traidora! Agora tu também irás me pagar!

Christopher apontou a arma para ela e atirou, o que fez um ruído estridende de disparo.

Lúcia acordou assustada, e Cristopher acorda com seu grito.

- Calma, querida. Foi só um pesadelo. - Ele a abraça.

Cristopher  prepararou um chá e deu à ela para tomar e se acalmar.

- Obrigada pelo chá.

- De nada, amor.

Cristopher suspirou, parecia querer dizer algo, então tomou coragem e disse:

- Enquanto dormias, escutei que dissestes um nome.

Lúcia sentiu um pequeno temor.

- "Joaquim". Conheces alguém com este nome?

Cristopher não lembrava-se de quem era Joaquim, pois o viu uma única vez anos atrás, no circo.

- Ai! minha cabeça dói. - Pôs a mão na testa, fazendo careta de dor.

Cristopher não quis mais perguntar nada de Lúcia, mas achou isso estranho.

No dia seguinte... 🌄

Amanhece e Lúcia ainda dormia com Cristopher.

A porta se abre, fazendo um rangido e um pequeno de cabelos castanhos entra e sobe na cama do casal.

- Mamãe! Papai! - Ele pula na cama.

Cristopher acorda bocejando e em seguida, Lúcia.

Ao ver a cena, eles sorriem.

- Vem cá, filho! - Cristopher senta-se e o puxa para um abraço e começa a fazer cócegas nele.

O menino ri alegre e Lúcia olha como Cristopher ama seu filho.

- Vamos tomar café. - Lúcia diz.

Levantam-se e descem as escadas.

Mais tarde, João Miguel fazia desenhos com giz de cera enquanto Lúcia costurava.

- O que estás a desenhar, querido? - Lúcia perguntou.

Ele levanta o papel para ela ver.

- É um belo desenho, meu amor. - Ela o beija.

Enquanto isso, Nicolau recebe a visita de um jovem, seu sobrinho Guilherme.

- Trouxe o que eu te mandei?

- Aqui. - O entrega disfarçadamente e Nicolau esconde uma pázinha de tamanho pequeno.

- Ótimo! - Sussurra.

Um guarda ficando em pé na porta.

- E como vai minha irmã Clotilde? - Disfarça.

- Ah! Muito bem. - Ele responde ao ver o guarda na porta.

- Que bom, sobrinho...

- A visita acabou. - O guarda disse sério.

O levaram de volta à cela e o prenderam. Seu sobrinho suspirou ao ver isso.

Nicolau tinha uma pázinha em mãos e esperou todos dormirem à noite para começar a cavar o chão de terra abaixo de sua cama.

Ele passou a fazer isto toda madrugada e tinha muito cuidado para não chamar a atenção dos guardas que ficavam de vigia à noite do lado de fora da cela.

Um dia, ele estava sentado em sua cama, quando Bruce, que estava na cela ao lado levantou-se e o descobriu.

- O que está fazendo, seu velho fedorento?!

Nilocau assustou-se e antes que ele respondesse, Bruce falou:

- Já sei... está cavando um buraco para escapar?

- Por favor não conte nada aos guardas! - Pediu sussurrando.

- Se eu falar, eles vão te punir, o que eu adoraria que fizessem. Mas por outro lado eu posso me aproveitar do seu segredo para te chantagear. - Analisou.

- O que queres de mim?

Bruce sorriu de forma má.

- Quero que faças tudo o que eu mandar.

- Como o quê?

- Isso veremos pela frente.

- Tudo bem.

- Mais uma coisa.

- O quê?

- Quando escapares, quero que procures minha família e diga à eles que estou preso aqui. Eles têm grana, com certeza irão me tirar daqui.

- Mas não tu não ficarás livre daqui há menos de dois anos?

- Mas se eu sair antes, é melhor! Já estou aqui há seis anos e sabes muito bem que aqui é um inferno!

- Está bem. Farei isso.

- Se não cumprir, é melhor já indo cavando sua sepultura também. Ouviu bem? - Ameaçou.

- Pode deixar. - Respondeu com raiva, mas fingindo tranquilidade.

No dia seguinte, era dia de os presos lavarem os banheiros, o que eram muitos, pois haviam muitos detentos.

- Toma. - Bruce entregou um desentupidor à Nicolau.

- Já limpei o meu.

- Mas está faltando o que eu iria limpar. Lembre-se do nosso trato.

Nicolau não teve opção e pegou o desentupidor da mão de Bruce e começou a desentupir o vaso com força, de tanta raiva que estava sentindo.

Depois, na hora do banho, era a vez de Nicolau, mas Bruce o segurou dizendo:

- Eu primeiro.

Bruce usou toda a água que havia restado e não sobrou nada para Nicolau, que bufou de raiva.

Na hora do almoço, Bruce tomou o lugar na fila de Nicolau, que estava mais à frente e o mandou ir para o fim da fila.

Ele teve que ir, e quando sentou-se à mesa para comer, olhou de forma fatal para Bruce.

- Aproveitador! - Sussurrava de ódio e apertou o punho.

Seis meses depois

Nicolau já havia feito um túnel abaixo do chão e já podia sair do lado de fora daquela prisão.

- Estou indo. - Disse para Bruce antes de entrar no buraco.

- Te darei cobertura.

Nicolau entrou no buraco e saiu do lado de fora do muro, pois o bruraco era fundo e passou por debaixo dele.

- Consegui! - Respirou o ar.

Ele sorria alegre, mas alarmes soaram e ele correu para a floresta, pois sabia que haviam descoberto sua fuga.

Do lado de dentro da prisão, nas celas dos detentos, os guardas procuravam por Nicolau.

- Busquem-no em todo canto ao redor!

- Vocês o ajudaram, não foi? - Um perguntou dos outros detentos, ameaçando-o com o cacetete.

- Não sabíamos de nada! - Se defenderam.

- Calados! - Deu um tapa em quem disse isto. - Bando de delinquentes!

Todos foram transferidos para outra cela e Nicolau estava sendo procurado pelos policiais e pelos cães farejadores.

O delegado ligou para as forças armadas, para comunicar sobre a fuga.

- Tomara que o velho tenha conseguido. - Bruce pensava.

Os policiais encontraram o lenço de Nicolau no chão e deram para os cães farejarem seu cheiro.

Assim que fizeram, correram para dentro da floresta.

- Ele foi por ali!

Au! Au! Au!

Nicolau recuperava o fôlego e ao ouvir o latido dos cães, correu. Em um momento de sua fuga, caiu, mas levantou-se e continuou a correr.

Na mansão:

Harry brincava com Maria Clara e Gabriel de freesby no quintal e se divertiam.

O telefone da casa tocou e Celeste atenteu:

- Você ligou para a família Lancelloti, quem fala, por favor?

- Aqui é o delegado Walter, do Departamento de Polícia. O sr. Harry se encontra? Preciso falar com ele.

Celeste foi ao quintal, onde a família estava.

- Senhor Harry! - Celeste o chamou - Ligação para o senhor.

- Quem é?

- Delegado Walter.

Harry entrou para dentro e atendeu o telefone.

- Alô sr. Delegado. Sou eu, Harry.

- Harry! Por favor venha imediatamente. Tenho más notícias. É sobre Nicolau. Escapou da prisão.

Harry assustou-se e foi para o Departamento para falar com o delegado pessoalmente.

No escritório do delegado:

- Um túnel?! - Harry estava impressionado.

- Sim. O detento cavou uma passagem sem que ninguém desconfiasse por meses e conseguiu escapar.

- Aquele homem é perigoso e não sei o que pode fazer estando livre.

- Já estamos procurando por ele. Mas enquanto não o capturarmos, tenha cuidado, já que ele está solto e poderá querer causar-te mal ou à sua família.

Harry fechou os punhos de raiva e respondeu:

- Aquele maníaco não vai conseguir, pois eu não vou deixar!

- Em todo caso, fique alerta. - Advertiu.

Chegando em casa, Harry ordenou para que Anastácia e seus filhos não saíssem de casa, pois Nicolau estava foragido e poderia querer fazer algum tipo de ataque à eles.

Anastácia ficou preocupada com seus filhos e lhes disse:

- Ouviram o pai de vocês. NÃO saiam de casa, me entenderam?

Maria Clara e Gabriel balançaram a cabeça e concordaram.

Longe dalí, uma batida na porta fez com que o sobrinho de Nicolau abrisse a porta de madeira.

- Tio?! - Expressou ao vê-lo todo sujo.

- Olá, Guilherme. - Respondeu normalmente.

Depois de Guilherme haver o colocado para dentro, serviu dois copos de bebida e perguntou:

- O que vais fazer, estando livre?

- Tenho um plano para me vingar de alguém.

- Como irá fazer isso? Estão todos à sua procura!

- Terei que tomar muito cuidado, mas antes de me prenderem novamente, Harry e sua família irão pagar pelo que fizeram comigo!  - Esbravejou e engoliu de uma vez a bebida e a pondo sob a mesa com força. - E tu irás me ajudar.

- O que eu ganho com isso?

- Isto. - Põe um saco de dinheiro em cima da mesa.

Os dias foram passando e Maria Clara e Gabriel estavam ficando entediados de ficarem em seus quartos, sem poderem sair para fora.

Maria Clara  bateu na porta do irmão e ele a abriu.

- Cansei de ficar no quarto. - Ela disse.

- Eu também! Como eu queria estar brincando lá fora agora. - Ele respondeu.

- E se a gente saísse rapidinho?

- Mas o papai e a mamãe disseram para ficarmos em casa!

- Eu sei. Mas não vamos demorar. E eles nem estão em casa.

Gabriel pensou por um momento e respondeu:

- Não gosto de desobedecer ordens dos nossos pais.

- Como eres chato! Queres saber? Eu vou sozinha. - Disse e deu as costas.

Gabriel foi atrás dela.

- Espere!

Passaram pela cozinha e os empregados estavam merendando tão distraídos conversando e rindo que nem os viram passar para a porta.

Eles correram pela grama verde e se distanciaram muito, parando perto da floresta.

- Acho melhor voltarmos. Se o papai descobrir que estamos aqui... - Gabriel disse já arrependido de estar ali.

- Como eres medroso! Mas tens razão. É melhor voltarmos antes que o papai e a mamãe voltem.

- Onde pensam que vão? - Se depararam com um homem alto moreno.

Deram um passo para trás com medo, mas se depararam com outro.

Eles tamparam suas bocas, os puseram dentro do carro e os  sequestraram.

Na mansão, os empregados estavam contando piadas e rindo na cozinha.

- Bom, chega de conversa. Os donos da casa chegaram! - Avisaram.

Cada um foi procurar o que fazer e o casal entrou na cozinha.

- Sr. Harry e sra. Anastácia! Que bom que voltaram!

- Sim, Madalena. Como as crianças se comportaram? - Harry perguntou.

- Muito bem!

- E onde eles estão? - Anastácia quis saber.

- Em seus aposentos.

- Vou dá uma olhada neles. Devem estar entediados. - Anastácia disse e subiu as escadas.

Chegando ao quarto de Maria Clara, bateu na porta mas ela não respondeu.

Achando estranho, Anastácia abriu a porta e viu que o quarto estava vazio.

Ela correu para o quarto de Gabriel, que estava do mesmo jeito.

Anastácia olhou o jardim pela janela e eles também não estavam lá.

- Harry! - Gritou chegando-se à ele. - As crianças!

- O que têm eles?!

- Sumiram! - Começou a ficar nervosa.

- Não estão nos quartos?!

- Não! Eu procurei por todo canto e não estão!

- Mas eu disse para eles não saírem de casa!

Ele pensou que seus filhos haviam sido sequestrados e deu ordem para procurarem por eles, mas ninguém sabia o que tinha acontecido.

- Nicolau pode estar por trás disso! - Harry falou.

- Mas como ele os levaria daqui de dentro de casa? - Anastácia perguntou.

- Só se eles não estivessem aqui dentro.

O investigador Leonard foi à mansão para entrevistar as pessoas. Ele fez perguntas à Harry, e aos funcionários da casa.

- À que horas eles sumiram?

- Lá pelas dez horas.

- Receberam alguma visita nesse horário?

- Não, senhor.

- O que estavam fazendo?

- Ah... estávamos todos na cozinha, no nosso horário de merenda.

Depois que o investigador terminou as entrevistas, foi para o Departamento de Polícia.

Enquanto isso:

Os comparsas de Nicolau levaram as crianças amordaçadas e amarradas dentro do carro e chegaram na casa, onde Nicolau estava escondido.

- Aqui estão eles. Como o senhor pediu.

- Ora, ora, o que temos aqui... - Os encarou com um sorriso assustador.

- O que vamos fazer com eles, chefe?

- Por mim eu os mataria. - Isso deixou as crianças assustadas - Mas vou mantê-los como reféns. Vou tirar proveito disso.

À noite, ninguém na casa dos Lancelloti sentia sono, pois estavam angustiados.

O telefone toca e Madalena atende.

- Mansão dos Lancelloti. Boa noite.

- Alô. Harry está?

- Da parte de quem?

- Aqui é Nicolau Barsosa.

Madalena quase deixa o telefone cair de sua mão e fica muda. Harry pergunta o quem era e ela passa o telefone para ele.

- Olá Harry. - Nicolau diz e dá uma risada abafada.

- Nicolau?!

Todos ficaram apreensivos e algumas se benziam.

- Só liguei para lhe dizer que estou com seus filhos. - Passou o telefone para eles pedirem socorro.

- Socorro, pai! - Maria Clara pediu.

- Salve-nos! - Gabriel também gritou.

Dois homens, aliados de Nicolau tamparam a boca dos dois com fita, a pedido de Nicolau.

- Não ouse machucá-los! - Gritou Harry.

- Sei que farias tudo pelos seus filhinhos, não é mesmo?

- É claro!

- Pois bem, vamos fazer um trato.

- Eu nunca faria trato contigo!

- A vida de seus filhos é que estão em jogo. - Colocou o telefone na boca deles que resmungaram.

Harry suspirou, olhou para os que ali estavam chorando e respondeu:

- O que vais querer para devolver meus filhos?

- Quero que faças um documento, onde tu transfiras setenta por cento de seus bens para mim.

- Setenta por cento?!

- Esse valor pode aumentar se demorares muito.

- Mas se a polícia está atrás de ti, como queres isso?

- Limparás a minha ficha primeiro.

- O que?!

- É isso mesmo que ouvistes!

- Tudo bem. Mas quero meus filhos sãos e salvos.

- Isso dependerá de ti.

- Farei o documento.

- Bom garoto. - Debocha.

- Mas onde lhe encontro para te entregar e para que assines também?

Nicolau ri.

- Não vais me enganar, Harry. Se fores com a polícia, seus filhos vão pagar caro!

Harry engole em seco.

- Não levarei ninguém comigo.

- Prometa! - Ordena.

- Prometo.

- Okay. Vou te ligar no dia, para dizer-te onde me encontrares.

Após desligar o telefone, Harry abraçou Anastácia.

- Nicolau está com nossos filhos.

- O que ele pediu para devolver eles?!  Anastácia perguntou com lágrimas nos olhos.

- Setenta por cento dos bens.

- Temos que avisar a polícia!

- Não podemos. Ele ameaçou fazer o pior se contarmos às autoridades.

- Isso não pode estar acontecendo! Tens que fazer o que ele pediu, só assim salvaremos as crianças.

- Pelos meus filhos eu darei até minha vida se for preciso.

Hello!

Estou gostando do resultado deste conto. As emoções estão à flor da pele e ainda há muita coisa pela frente.

Favor, me informem algum erro ou frase sem sentido. 

Continue comigo.

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