O Cowboy, a Viúva e o Bebê

De FerJMelo0

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Um cowboy bruto, mas com o coração protetor. Uma viúva e um bebezinho precisando ser salvas. Ellen perdeu o m... Mai multe

Notícias
Personagens
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Epílogo

Capítulo 10

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De FerJMelo0

Diogo

A presença de Ellen na cozinha da minha casa estava me deixando mais nervoso do que o esperado. Eu não sabia explicar o que estava acontecendo. Não era como se eu fosse um adolescente virgem que se envergonhava na presença de uma mulher bonita.

Pelo contrário, eu sempre soube o que fazer nesses momentos. Mas não naquele dia e com aquela mulher.

Voltei para a mesa, e comecei a prestar atenção na conversa que se desenrolava. Ela era muito simpática e muito educada. A forma como conversava desde meu pai, até a minha irmã caçula estava me deixando ainda mais intrigado com aquela mulher.

Em um momento da noite, José se despediu, dizendo que tinha que estudar para uma das últimas provas e se retirou. Logo Cecília caiu no sono no sofá, ao lado de Pedro, o filho de Ellen que era uma gracinha.

— Diogo, você pode levar Cecília lá para cima? — minha mãe perguntou, quando se deu conta de que a menina havia dormido.

Levantei-me da cadeira, arrastando-a para trás e peguei minha irmã nos braços. Ela crescia cada vez mais, mas sempre seria minha bebê. Aninhei-a em meus braços e subi as escadas com ela. Quando cheguei em seu quarto, todo em um tom rosa, cheio de bonecas misturado com pôsteres de filmes e bandas – o que me fazia ver que ela estava cada dia ficando mais velha, quando seus gostos iam criando forma – coloquei-a na cama, cobrindo-a com um edredom.

— Boa noite, boneca. — Depositei um beijo no alto de sua testa e sai do quarto.

Quando cheguei lá embaixo, Ellen já havia se levantado, e parecia se despedir.

— Não vai embora ainda. Está cedo. — Minha mãe insistia.

— Eu não quero atrapalhar vocês. E amanhã tenho que acordar cedo também.

— Imagina, menina. É um honra recebermos uma visita tão educada como a sua em nossa casa. E principalmente de uma mulher tão bonita. — Meu pai recebeu um tapa no braço logo após o elogio, e todos caíram na risada.

Parei no batente da porta, encostando meu ombro direito nele e colocando as mãos no bolso para observar mais a cena que se desenrolava.

— Mas de verdade, foi um prazer receber você em nossa casa.

— Eu vou chamar José para te levar em casa. — Minha mãe começava a caminhar em minha direção quando Ellen a chamou.

— Não precisa se preocupar, agora já sei o caminho. Não quero dar trabalho.

— Isso não é trabalho nenhum, menina. Imagina se você vai pegar esse caminho uma hora dessas da noite sozinha.

— Eu te levo. — Intrometi-me na conversa, dando um passo à frente e tirando as mãos dos bolsos.

Falei sem pensar muito, mas realmente não poderia deixar que fosse embora sozinha e à noite.

Nosso olhar se encontrou por alguns segundos, fixos um no outro, e eu me perdi neles. Os olhos intensos, em um azul profundo. Ela guardava o mundo em suas íris.

— Olha ia, perfeito. — A fala da minha mãe nos fez desviar o olhar, fazendo-me dirigir para o chão.

Ellen terminou de se despedir dos meus pais e pegou Pedro adormecido nos braços. Quando chegamos perto da camionete me apressei em abrir a porta para ela. Meus pais nos observavam do pé da escada e acenaram quando partimos.

— Seus pais são pessoas maravilhosas. — Foi a primeira coisa que ela disse quando estávamos sozinhos na escuridão da estrada.

Eu me orgulhava quando alguém elogiava minha família. Eu sabia de todos os seus valores, mas ouvir da boca de terceiros, era sempre uma sensação muito agradável.

— Eles são mesmo. — Minha voz saiu com toda a emoção que eu tinha ao falar deles.

— Vocês são uma família maravilhosa.

Olhei para Ellen de canto de olho, ela observava Pedro em seu colo enquanto falava da minha família. Provavelmente pensando na própria, onde eram apenas ela e o filho. Duas pessoas vivendo por conta, em um mundo cheio de maldade. Na verdade, era apenas uma pessoa, que tinha que trabalhar muito para cuidar de si própria e do filho.

Naquele momento um aperto tomou conta do meu coração. Eu não era insensível ao ponto de olhar para aqueles dois e não sentir preocupação com eles.

— Eu sei que já te disse isso, mas qualquer coisa que você precisar, eu e minha família vamos estar à disposição.

Mantinha meus olhos no caminho à minha frente, mas senti quando ela dirigiu os olhos para mim, analisando-me.

— Eu agradeço.

Permanecemos alguns segundos em silêncio novamente, até chegarmos a porteira. Atravessei a estrada e parei do outro lado. Eu sentia uma coisa estranha, como se eu não quisesse abandoná-la. Eu não queria sair de perto de Ellen.

Soltei uma respiração um pouco mais pesada dentro do veículo ainda e Ellen fez o mesmo.

— Bem, muito obrigada pela carona. — Sua voz era suave e tão baixa que tive que me esforçar para ouvi-la.

— Não precisa agradecer.

Finalmente ela ergueu os olhos em minha direção, prendendo-os nos meus. Ela dizia tudo com apenas aquele olhar, ao mesmo tempo em que não dizia nada. Eu tinha um medo ao seu lado, de fazer qualquer coisa errada, de magoá-la.

— Você quer descer?

Fui pego de surpresa, o que provavelmente estava estampado na minha cara quando abri os olhos um pouco mais.

— É claro. — Foi tudo o que consegui dizer antes de descer e abrir a porta para ela.

Caminhamos lado a lado até a entrada de sua casa. Havia uma luz acesa do lado de fora, que provavelmente ela havia deixado para quando chegasse, então não foi nada complicado para ela destrancar a porta e entrar.

— Vou colocar o Pedro no berço. Fique à vontade, volto logo.

Acenei com a cabeça, concordando, e ela adentrou a casa.

Como não queria que ela sentisse que eu estava invadindo, segui para a varanda, sentando em uma cadeira de frente para o quintal.

Fiquei observando um pouco o local, o terreiro que parecia outro um mês atrás. Estava limpo, com algumas plantas novas. Ellen vinha fazendo um bom trabalho naquele lugar e eu a admirava por isso.

— Desculpa a demora. — Ela me tirou dos meus pensamentos. — Pedro acordou e tive que fazê-lo dormir novamente.

Puxando uma cadeira, ela se sentou ao meu lado, também observando o quintal. Ela permaneceu em silêncio por alguns minutos. Estava agradável, apesar de tudo. Era reconfortante ficar ao lado dela, apenas admirando a escuridão à nossa volta.

Quando olhei para Ellen, ela estava absorta em seus pensamentos também.

— No que está pensando?

Ela piscou algumas vezes quando se dirigiu a mim, só então parecendo notar que não estava sozinha.

— Em tudo, e ao mesmo tempo em nada.

— Isso é profundo demais para uma madrugada — brinquei, e pelo menos consegui tirar um sorriso modesto dela.

— Ás vezes é nesses momentos que os pensamentos ficam mais concretos.

Concordei com a cabeça e voltei minha atenção para a frente.

— Me conta mais sobre você. — A frase saiu sem que eu pensasse muito.

Olhei para Ellen que também me fitava, mas não com espanto, ela estava mais intrigada.

— Que tal uma brincadeira? Cara um conta um detalhe da sua vida, para que nós dois nos conheçamos.

— Concordo.

Antes que começássemos, ela preparou um chocolate quente, já que a noite começava a esfriar e me serviu uma xícara.

— Quem começa? — ela se acomodou do meu lado.

— As damas primeiro, sempre.

Novamente ela sorriu para mim, desta vez de lado, mais simpática e verdadeira.

— Eu vim de uma cidade do interior também. Não era sítio, apenas uma cidade pequena. Sua vez.

Pensei um pouco no que dizer.

— A fazenda é minha vida. Eu conheço cada pedaço do lugar onde vivo, e ela está passando de gerações, era do meu avô.

Ellen me encarava com uma admiração nos olhos, que não sabia se merecia.

— Você fala com muita paixão desse lugar. É muito especial para você. — Não era uma pergunta e sim uma afirmação.

— É de onde eu vim, e o meio em que cresci, então eu respeito, mais do que tudo, as terras daqui. Mas é sua vez agora.

— Quando eu era pequena, sonhei que era mãe de um menino.

— Acho que seu sonho virou realidade.

Desta vez seu sorriso era amplo, e ela parecia apaixonada quando começou a falar:

— Com certeza. Dei o mesmo nome que o bebê do meu sonho tinha. Achei que fosse significativo o sonho.

— Você é uma mulher incrível. — Falei sério e esperei que ela dirigisse o olhar para mim. — Não é fácil viver sozinha, com um filho pequeno. E sendo mulher de Otávio, acredito que não tem sido fácil há muito tempo. E mesmo assim, eu vejo você dando o seu melhor. Falo até mesmo por essa casa, que você transformou.

— Eu dou o melhor que posso.

Pela sua voz, já dava para perceber que aquele era um assunto em que Ellen sentia mais, a forma como olhou ao redor, como mexia nas mãos.

— Você está fazendo o seu melhor, e isso que importa.

Coloquei uma mão calorosa em seu ombro, para demonstrar apoio.

O resto da noite foi muito mais tranquilo, voltamos a falar sobre nós mesmos.

Quando saí de sua casa, o sol já estava começando a apontar no horizonte. Eu sabia que teria um longo dia pela frente, enfrentando o trabalho sem dormir, mas valera a pena.

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