Reencontro [Livro 2]

By sabrinaNeshama

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Lúcia e Joaquim estiveram muitos anos separados por conta dos problemas que tiveram entre as famílias dos doi... More

Conhecendo o livro
Prólogo
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❤ Agradecimentos 🤗
Curiosidades 💡
✨ A autora ✨

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By sabrinaNeshama

Um mês depois

Estava com clima de chuva lá fora e Joaquim se despediu de sua mãe e seu irmão para ir ao trabalho.

- Tchau, mãe! - A beijou. Te amo.

- Até, meu filho, toma cuidado. Também te amo.

- Tchau, miúdo. - Passou a mão nos cabelos de Pedro Henrique.

Joaquim saiu para fora e ia dirigindo seu carro para chegar em seu trabalho e a chuva ficou mais forte, fazendo com que a estrada de terra ficasse escorregadia.

Raios e trovões eram ouvidos e o vento fazia as árvores se balançarem. Já estava quase chegando, mas uma árvore caiu na estrada, o que fez Joaquim esquivar o carro para o lado direito, perder o controle do veículo e cair no barranco.

Meia hora depois, um homem passava pela mesma estrada e freou a tempo de bater naquela árvore no chão. Desceu do carro e percebeu os rastros de roda e os seguiu até o barranco, assustando-se ao ver o carro de Joaquim capotado.

O homem desceu e encontrou Joaquim desacordado. Então, o carregou até seu carro e o levou até o hospital.

Quando a chuva passou mais um pouco, a mãe de Joaquim ouvia a rádio na cadeira de balanço e Pedro Henrique estava próximo à ela.

Ela ficou mais atenta quando deram uma notícia:

"As chuvas causaram muitos estragos. Além de deslizamentos, algumas árvores caíram na estrada e causou um acidente: Um homem foi encontrado com seu carro, caído em um barranco. Por sorte uma pessoa que passava pelo local, o resgatou e o levou ao hospital. A vítima foi reconhecida como Joaquim Silva, um médico do próprio hospital em que está internado agora"

Irene começou a chorar.

-  Vamos, filho! Seu irmão sofreu um acidente! - Se preparou para ir.

- Meu irmão vai ficar bem? - Pedro Henrique estava assustado.

- Vai sim, vai sim.

Chegaram ao hospital e os enfermeiros disseram para eles esperarem até o amanhecer para poderem ver Joaquim.

- Eu sou a mãe dele! Por que não posso vê-lo?!

- Sinto muito, senhora mas vamos ter que examiná-lo. Precisa se acalmar, vamos cuidar de tudo.

- Como vou ficar calma, sabendo que meu filho está mal?!

Chegaram mais enfermeiros e tentaram tranquilizá-la.

Amanhece

Irene e Pedro Henrique puderam entrar na sala onde Joaquim estava.

- Filho... - Ela derramou lágrimas acariciando os cabelos dele. - O que vai acontecer com ele? - Perguntou do médico que estava ali com eles.

- Joaquim sofreu uma fratura no crânio, causando hemorragia interna mas que felizmente não o matou. Por outro lado, o deixou no estado de coma profundo e lamentavelmente não sabemos se ele vai acordar.

Isso os abalou muito e o levaram para casa, pois não tinha o que fazer. Joaquim estava imóvel e Pedro Henrique queria que ele acordasse.

- Joaquim? Está me ouvindo? - O chacoalhava. - Mãe, acha que ele vai acordar logo?

- Espero que sim. - Irene lhe consolava.

Os dois deram atenção à Joaquim em todo o tempo e os dias iam-se passando.

Irene não saia de seu lado e Pedro Henrique ia para a escola e quando retornava, ia passando direto para o quarto do irmão, para ver se ele já havia acordado.

Passaram-se os dias e Lúcia sentia falta de Joaquim, pois ele sempre ia vizitá-la ao menos duas vezes por semana.

- Será que aconteceu alguma coisa com ele?

Ela carregou seu gato, e conversou com ele:

- Ai, Floquinho... O Joaquim não veio mais me ver, estou começando a ficar preocupada.

Seu gatinho miou em seus braços.

Ela ouviu um barulho e assustou-se.

- Será que é ele?

Lúcia foi averiguar quem poderia ser mas ao abrir a porta, não havia ninguém.

Voltando-se para dentro, estranhou a situação. Ouviu de novo o barulho e vinha da porta dos fundos e até seu gato arranhava a porta com as unhas.

- Tem alguém ai?!

Aproximou-se com cuidado da porta e antes de abri-la, alguém a abriu com força, fazendo Lúcia gritar ao ver um homem alto, todo sujo e com cabelos e barba grandes. Lúcia começou a gritar de espanto.

- Calma Lúcia! Sou eu! - Ele tentou fazer com que ela parasse de gritar.

Ela o analisou bem e reconheceu quem era, mas ficou ainda mais assustada.

- Cri... Cristopher?!

Dito isto, desmaiou.

Ela foi abrindo os olhos devagar e pôs a mão na cabeça. Achava que aquilo tinha sido um sonho, mas quase desmaiou novamente quando viu aquele homem em pé.

- Ahh! Você de novo!

- Já disse que sou eu, seu marido!

Ela abraçou as pernas no sofá e disse:

- Mas você tinha morrido...

- Não, eu não morri!

- Mas... Eu recebi uma ligação dizendo que...

Ele se aproximou dela, que ainda estava assustada e pálida.

- Não tenha medo, querida. Eu posso explicar tudo.

- Por favor.

- Eu estava na guerra quando uma bomba, lançada pelo outro exército, explodiu. Vários dos meus companheiros morreram e muitos ficaram feridos e perderam alguma parte do corpo. - Abaixou a cabeça. Inclusive eu.

- O que?! - Lágrimas molhavam o rosto dela.

Cristopher então mostrou que havia perdido sua mão esquerda o que fez Lúcia pôr a mão à boca.

- Eu não queria fugir, queria lutar até o fim, mesmo que isso me custasse a vida. Mas eu lembrei de você e em meio aquele bombardeio que estávamos perdendo e eu caí desmaiado. Acordei em uma prisão e fiquei ali por vários dias, sofrendo nas mãos dos inimigos. Mas eu consegui escapar e quis voltar para casa, para ficar ao seu lado. Vaguei muitos lugares até chegar até aqui. Você não sabe o quanto eu sofri, mas valeu a pena, pois aqui estou eu de volta.

- Você passou por tudo isso pra ficar comigo novamente?

- E faria tudo de novo se fosse o caso, só para estar com você.

- Cristopher...

Depois de haverem conversado, Cristopher tomou seu banho, tirou a barba, vestiu uma roupa limpa e jantou com Lúcia.

- Eu estava com saudades da sua comida, meu amor.

- Obrigada. - Sorriu e o observou comer.

Ela analisou o braço dele, e ficou triste por ele ter perdido a mão.

- Vi que adotastes um gato.

- Ah, sim! O nome dele é Floquinho.

- Hum... Gatos são muito preguiçosos, prefiro cachorro.

Lúcia ficou um pouco triste, mas fingiu um sorriso.

Depois do jantar, Lúcia ainda estava pensativa. Cristopher vendo-a desse jeito, chegou perto e tocou seu rosto com sua mão direita.

- O que foi, meu amor?

- Não é nada, eu só... Fiquei triste com o que aconteceu com você.

- Ah! Mas isso não tem importância. O que importa é que estamos juntos.

Cristopher a beijou.

No dia seguinte... 🌄

Lúcia acordou e Cristopher não estava a seu lado. Ao descer as escadas, olhou para fora e viu Cristopher.

- Bom dia! - Lúcia lhe cumprimentou.

- Ah, bom dia, querida! - A abraçou.

- Dormiste bem?

- Sim.

- O que estais a fazer aqui fora?

- Só observando mesmo.

- Já tomastes café da manhã?

- Ainda não. Estava esperando acordares.

Lúcia sorriu para ele e entraram abraçados.

A convivência deles foi se tornando normal aos poucos, mas Lúcia ainda lembrava de Joaquim.

Pensando que ele a havia abandonado novamente, decidiu não mais pensar nele e passou mais tempo com Cristopher.

Lúcia descobriu que estava grávida novamente e isso foi uma alegria para ela e para Cristopher.

- Essa é a melhor notícia que tu poderias me dar! - Ele pulou de felicidade no jardim.

Cumprindo-se os meses de gestação de Lúcia, ela teve a criança: um lindo menino, o qual batizaram de João Miguel.

Lúcia estava muito feliz com seu filho, pois era tudo o que ela queria. As pessoas achavam seu neném muito lindo e alguns até diziam:

- Não se parece nada com o pai!

Lúcia deixou de sair com seu filho, por causa desses tipos de comentários.

Quatro anos depois...

- Já faz quatro anos que você está assim... - Irene falava com Joaquim, ainda em coma - Mas eu não vou perder as esperanças, meu filho.

Ela beija-o e o observa dormir.

- Como eu queria saber se tu ouves o que te digo. Ao menos um sinal...

Nesse instante, Joaquim move seu polegar, o que faz Irene assustar-se e encher-se de esperança.

- Joaquim?! Estás me ouvindo?

Mas Joaquim não mexe mais o dedo.

- Eu não vi errado, tu mexestes o dedo. Isso é um sinal de que estás acordando!

Pedro Henrique entra no quarto e pergunta:

- Como ele está?

Irene vira-se para ele com um sorriso e responde:

- O Joaquim ele... Mexeu o dedo!

- Tens certeza? - Pedro Henrique chega perto dele.

- Tenho! Eu estava a conversar com ele, quando pedi um sinal e ele mexeu o polegar!

Pedro Henrique ficou em dúvidas.

- Vai ver era um reflexo.

- Estás duvidando de mim que sou sua mãe?!

- Não é isso, é que às vezes imaginamos coisas.

- Ah! Não acredito que estás a me dizer isto! - Cruzou os braços.

- Melhor pararmos de falar nisso, não quero discutir com a senhora. - Beijou a mãe e se retirou.

- Ele pode não acreditar, mas eu acredito que tu me ouves, filho.

Pedro Henrique havia crescido e ajudava a mãe a fazer as coisas de casa.

Ele pôs os pratos na mesa e Irene serviu o almoço.

- Como foi na escola? - Irene pergunta.

- Muito bem. Como sempre. - Gabou-se por ser inteligente.

- Continue assim.

- Mais tarde a Clarrisse irá vir aqui para estudarmos para a prova juntos. - Avisou.

- Nunca havia me falado dela.

- Ela entrou esse ano.

- Ah...

- É muito bonita.

- Hum... Gosta dela?

- O que? - Quase se engasgou com o suco. - Somos apenas colegas de classe, mãe!

- Sei...

Pedro Henrique ficou envergonhado.

Mais tarde, Clarrise veio para estudar com Pedro Henrique.

Irene a recebeu super bem e os deixou à vontade na sala.

- Gostei da sua casa. - Ela falou.

- Obrigado.

Retiraram os materiais da bolsa e começaram a estudar. Irene serviu um lanche para eles e deram uma pausa para lancharem.

- Filho, vou ter que dar uma saída. Vou comprar algumas coisas e já volto. Cuide de tudo pra mim, okay?

- Sim, mãe.

Continuaram a ler os livros de história e Clarisse perguntou onde era o banheiro.

- Fica por ali. - Pedro Henrique mostrou.

Ela se levantou e foi até lá. Mas passou pela porta do quarto de Joaquim e a abriu, achando que era o banheiro.

Ao se deparar com Joaquim, ela estranhou ele estar dormindo tão profundo e se aproximou dele. Ela vê que ele respira por um aparelho.

Pedro Henrique entra no quarto.

- Clarisse!

Ela toma um susto e pergunta curiosa:

- Ele é seu irmão?

- Sim.

- Por que ele dorme tanto?

- Clarisse, é melhor sairmos daqui.

- Primeiro me responda. - Cruzou os braços.

- Ah... Tudo bem. Meu irmão sofreu um acidente há um tempo atrás e por isso ficou assim...

- Poxa, que triste. Ele não sabe o que acontece em volta dele?

Pedro Henrique balança a cabeça em sinal de negativo.

- Me desculpe, eu não queria...

- Tudo bem. Não tinha como tu saberes, agora vamos voltar a estudar?

Clarisse olha para Joaquim e percebe que ele moveu a mão.

- Vistes isso?! - Pergunta de Pedro Henrique.

- O que?

- Ele moveu a mão!

Pedro Henrique olha para o irmão e não vê movimento algum além de sua barriga ao respirar.

- Ele havia mexido, eu vi! - Clarisse continuou a dizer enquanto saíram do quarto.

- Ainda não pude ver isso. Acho que ele não gosta de mostrar pra mim.

- Não fique triste. Um dia ele irá mexer o corpo todo e vai se levantar. Você vai ver.

- Obrigado pelo apoio.

- De nada.

Depois que ela foi ao banheiro e voltou, Pedro Henrique observava como ela lia em voz alta o livro.

Percebendo que Pedro Henrique estava distraído, chamou sua atenção.

- Estás entendendo o que estou a dizer?

- Claro! Continue.

- Ok. "Depois de vários conflitos..."

Ele continuou admirando-a.

- Pedro...?

- Eu?!

- Assim não dá! É melhor tu leres esta outra parte. - Deu o livro à ele.

Pedro Henrique começou a ler e depois de um tempo, Clarisse disse que já haviam estudado bastante e que só restava esperar seus pais virem buscá-la.

Pedro Henrique queria dizer à Clarrisse que gostava dela, mas quando ia tomando coragem sua mãe voltou.

- Cheguei! Como se comportaram?

- Normal. - Pedro Henrique respondeu.

- Já terminaram?

- De que?

- De estudar!

- Já sim, dona Irene. Só estou esperando meus pais virem me buscar. - Clarrise respondeu sorrindo.

Não demorou muito eles chegaram.

- Tchau Joaquim! Até amanhã na escola. E obrigada pelo lanche, dona Irene. - Ela se despediu.

- Tchau. - Ele respondeu tímido.

- Volte sempre, querida! - Irene disse-lhe.

Depois que ela se foi, Joaquim ficou pensando nela.

- Gostei dela. É bem educada. - Irene disse.

- Ah! Eu também.

Irene sorriu.

- Como amigo! - Se defendeu.

- Claro...

Irene já ia varrer, quando Pedro Henrique disse:

- Ela viu Joaquim se mexer.

Irene parou e guardou a vassoura.

- Ela entrou no quarto?!

- Mas foi por engano, ela estava procurando o banheiro e entrou lá sem querer...

- Disse que ela viu Joaquim se mexer? Como foi isso?

- Pelo que ela falou, ele mexeu a mão. Mas quando eu quis ver também ele não mexia.

- Sabe o que isso significa?

- O que?

- Que ele está melhorando!

- Sinto saudade dele. Costumávamos conversar bastante antes de dormir.

- Ah... eu também. - O abraçou e o beijou. - Em breve ele acordará.

Voltei com mais um capítulo novo!

Infelizmente Joaquim sofreu este grave acidente que o deixou em coma por muitos anos.

E quem aí ficou surpreso com a volta de Cristopher?

Cristopher não sabe de Joaquim e nem Lúcia sabe o que aconteceu com ele, mas acha que ele sabe que seu marido está vivo e por isso não a procurou mais.

Ela está muito feliz com seu filho e só isso importa para ela agora.

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