✓ Lover² • Bucky Barnes

By sarahverso

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𝑳𝑶𝑽𝑬𝑹. 𝐃𝐔𝐎𝐋𝐎𝐆𝐈𝐀 '𝐀𝐋𝐖𝐀𝐘𝐒' ● 𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝐃𝐎𝐈𝐒 ⸻ Após longos e dolorosos anos, em que fel... More

lover
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booktrailer e afins
epígrafe
prólogo
parte um | outono
01 | ação de graças
02 | babás
03 | reunião em família
04 | treino
05 | donuts e café
06 | capitão américa
07.1 | provocações e problemas
07.2 | provocações e problemas
08 | estável
09 | fazenda barton
10 | zemo?
parte dois | inverno
11 | àrvore de natal
12 | lola
13 | natal
14 | teoria
15 | tigre sorridente
16 | madripoor
17 | festa
18 | desculpa?
19.1 | manjar turco e walker
19.2 | manjar turco e walker
20 | vingança
parte três | primavera
21 | encontro
22 | barco
23.1 | babá e surpresas
24 | buckyzinho
25 | escargot
26 | filme de terror
27 | poltrona
28 | preso
29 | ioga
30 | piquenique
parte quatro | verão
31 | karli
32 | candy lovers
33 | feliz aniversário
34 | caos
35.1 | desmaios e emoção
35.2 | desmaios e emoção
36 | até a lua e de volta
37 | leite
38 | sozinhos
39 | banheira
parte cinco | final
40 | churrasco
41 | telecinese
42 | bodas de trigo
43 | chá de bebê
44.1 | pressentimento e esperança
44.2 | pressentimento e esperança
45 | boas vindas
epílogo
agradecimentos

23.2 | babá e surpresas

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By sarahverso

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NOVA YORK, Brooklyn
Apartamento Barnes/Wilson

A MESA ESTAVA posta para quatro pessoas. Amelia Barnes fez a comida preferida de seu melhor amigo, enquanto seu marido, Bucky Barnes, fez a sobremesa preferida da melhor amiga deles. Lasanha à bolonhesa e pudim de chocolate.

Estavam nervosos. Hoje contariam para os melhores amigos sobre a gravidez. Os padrinhos. Em suas mentes, Amy e Bucky tentavam imaginar qual seria a reação dos dois. Com muita alegria, com certeza — principalmente da parte de Sam Wilson.

Amelia posicionou as bandejas de frente para o lugar que Sam e Nat iriam se sentar, e sorriu satisfeita. Queriam ter contado para os dois no dia anterior, quando, tanto Amy, quanto Bucky, descobriram, mas queriam fazer algo especial para os dois. Então, Sam e Natasha ficaram o dia todo na bolha de amor deles no apartamento da ruiva, o que foi bom, já que Amy e Bucky conseguiram chegar naquela ideia e preparar tudo até o jantar.

O casal trocou um aperto de mão e um selinho, olhando ao mesmo tempo para o relógio na parede da cozinha.

— Eles vão amar, né? — Amelia indagou, indo até a sala e olhando ao redor.

— Claro que vão. Eles estavam ansiosos por isso tanto quanto a gente, amor.

— Temos que pensar cromo vamos contar para os meus pais. — A mulher andou de um lado para o outro. — E o Steve!

— Ei, calma! — Bucky riu, indo até ela. — Vamos por partes, tá? Sam e Nat.

— Sam e Nat.

— Depois a gente pensa nos outros — disse ele, a puxando pela cintura e beijando a testa dela.

— Certo!

Bucky se ajoelhou e abraçou a cintura de Amy, enfiando o rosto na barriga dela. Ele ergueu a blusa dela e soprou, fazendo um barulho engraçado contra a pele de Amy. Ela riu, levando as mãos até os cabelos do marido.

— Oi, neném lindo do papai — falou Bucky, com a voz fina e infantilizada. — Cadê o chute...

— Amor... — Amy sorriu. — Ele é do tamanho de uma unha.

— Ah... — Ele gargalhou, dando beijos molhados na barriga da esposa.

De repente, a porta de entrada se abriu, fazendo Bucky e Amy encararem as pessoas que chagaram.

— Vão pra um quarto! — Sam resmungou, fechando a porta atrás de si.

— Finalmente vocês apareceram, né?

Bucky ficou de pé e ajeitou a camiseta que vestia.

— Estavam esperando pela gente, é? Isso tudo é saudade de mim, James?!

— Eu fiz jantar — Amelia anunciou, animada. — Lasanha à bolonhesa, sua preferida.

— E tem pudim de chocolate.

Natasha e Sam se entreolharam desconfiados. Suspeito.

— O que aconteceu? — Nat perguntou, olhando ao redor.

— Vocês aprontaram alguma coisa...

— Ué, não podemos mais fazer um jantar para nossos melhores amigos? — Bucky perguntou, cruzando os braços em frente ao peito.

Amelia pegou a mão dos amigos e os puxou até a mesa de jantar.

— Vamos comer! Vamos, vamos!

— Vocês são estranhos...

— Deixa de ser chato, Sam... AÍ NÃO — Amelia gritou, fazendo Sam levar a mão no peito, assustado. — Esse é o meu lugar. Senta aqui!

Sam fez uma careta e sentou-se ao lado da namorada, que estava tão confusa quanto ele pela forma que Amy e Bucky estavam agindo. Eles encararam a mesa posta, notando as taças, os talheres, os guardanapos... E duas bandejas cobertas.

— Que chique...

— Não abre! — Bucky deu um tapa na mão de Natasha.

— Meu Deus, o que vocês tem, hein!?

— Nada, Sam, nada... Só espera um pouco. — Sorriu. — Vinho?

Ela não esperou a resposta do amigo, já enchendo a taça dele com o líquido roxo — fazendo o mesmo com a taça de Nat e Bucky, e deixando a sua vazia.

— Um que vinho gostoso, meu amor!

— É bom, né, Bucky?

— Você quer experimentar?

— Ah... — Amelia suspirou, teatralmente. — Acho melhor não. Estou evitando beber álcool.

Natasha passou os olhos por Amy e Bucky, o rosto contorcido em uma careta e a sobrancelha arqueada. Quanto a seu namorado, este bebia o vinho em um único gole, arrotando ao terminá-lo.

— Pode comer? Ou vamos esperar mais?

— Isso tudo está tão estranho... Vocês foram abduzidos?

Sam olhou para a namorada, concordando com ela.

— Eles devem ter batido a cabeça enquanto transavam selvagamente.

— Essa palavra não existe, seu burro.

— Está bem, senhor dicionário.

— Não existe mesmo. Você fica inventando palavra aí, seu burrão.

— Não chame ele de burro, James.

— Mas ele é, amor.

— Vou te mostrar o burro — Sam resmungou, mostrando o dedo do meio para Bucky.

— Cadê?!

Sam abriu os lábios em ultraje e ficou de pé, ameaçando subir na mesa de jantar. Amelia o parou com uma mão estendida no ar. Ele a olhou com mais ultraje ainda, as sobrancelhas arqueadas e a boca aberta.

— Eu não arrumei essa mesa bonitinha desse jeito pra você subir nela igual a um animal.

— Usar os seus poderes é ir longe demais, melhor amiga.

— Subir na minha mesa é ir longe demais, melhor amigo.

— Poderia, por obséquio, deixar a minha humilde pessoa se mover? Ou vai ficar abusando de nós, meros mortais? Esfregando em nossas caras simpáticas que não chegamos aos pés da mestre Amelia com superpoderes de super humanos e mutantes?

O silêncio se instalou entre o grupo de amigos, que tinham os olhos fixos em Samuel, congelado na mesma posição — um joelho sobre a mesa, uma mão apoiada sobre um prato, a outra perna erguida no ar, assim como a mão que tinha o dedo médio levantado. Bucky foi o primeiro a rir, engasgando com o ar e quase chorando.

— Do que estão rindo, idiotas? Tem algum palhaço aqui?

— Você consegue ser mais dramático que o Bucky — Amelia comentou, rindo. A mão segurando a barriga e as lágrimas escorrendo pelo canto dos olhos. — Nossa...

— Superpoderes de super humanos e mutantes...

Amelia e Bucky olharam para Natasha, que estava vermelha de tanto gargalhar.

— Ele não mentiu, né? — O casal disse em uníssono.

— Vão ficar rindo às minhas custas mesmo?! — Sam indagou, conseguindo mexer apenas os olhos.

— Pelo amor de Deus, tá parecendo aquelas estátuas vivas.

— Ele é uma!

— Natasha! Amor! — Sam olhou para ela. — Fica do meu lado, não do deles!

— Desculpa... Eu parei — disse a ruiva, abanando a mão em frente ao rosto e ficando séria. — Pronto, parei.

Amelia e Bucky também pararam de rir, controlando a respiração e recompondo-se. Eles trocaram um longo olhar e sorriram. Amelia balançou a mão e Sam soltou um suspiro aliviado, saindo da posição em que estava.

— Pronto, bebê chorão.

— Sua vaca!

— Não fala assim com minha esposa!

— Seu boi! — Sam xingou, estralando o corpo inteiro e suspirando a cada músculo dolorido. — Corno!

— Não comecem, não comecem! — Amelia sacudiu os braços. Ela, então, apontou para a mesa e sorriu forçadamente. — Vamos comer, que tal? Hein, Bucky?!

— Por que você piscou pra ele? — Natasha perguntou.

— Eles vão matar a gente...

— Só se for de felicidade. — Bucky deu de ombros, sorrindo.

— É... — Amelia o fuzilou com o olhar. — Por que vocês não abrem a bandeja?

— Vocês não vão comer? — Sam perguntou, pegando a alça da tampa de alumínio.

— Levanta logo essa tampa! — Amelia disse, nervosa.

— Nossa, calma, minha filha... Que nervosismo todo é ess... Ué...

Sam franziu o cenho ao levantar a tampa, examinando os itens sobre o prato branco. Ele olhou para o de Natasha e viu que era a mesma coisa.

— Cadê a comida? — indagou, pegando o objeto comprido de plástico na mão e olhando para Bucky e Amy.

Natasha tinha a testa franzida, enquanto raciocinava se o que via era real. Um teste de gravidez, sapatinhos de lã e um macacãozinho de bebê. Ela ergueu o olhar para a melhor amiga, que sorria, ansiosa.

Sam, percebendo que foi ignorado pelo casal, voltou a observar os objetos dentro de seu prato e o objeto em sua mão. As suas sobrancelhas se uniram ao ler as palavras no pequeno visor. Grávida, +3 semanas. Ele engoliu em seco e enfiou o dedo indicador e médio dentro do sapatinho de lã, levantando-o no ar e balançando-o.

O homem passou o olho pelo macacãozinho branco, lendo as palavras escritas em letras garrafais em vermelho e azul. Falcãozinho do titio.

Um berro escapou dos lábios de Sam Wilson, que arrastou a cadeira no chão e ficou de pé, alarmado. Amelia e Bucky trocaram um olhar, satisfeitos com as reações de Sam e Nat. A ruiva levou a mão na boca, os olhos arregalados e cheios de lágrimas.

— Isso é sério?

— VOCÊ ESTÁ GRÁVIDA?

— Sim e sim. — Amelia riu, concordando com a cabeça.

— Não brinca comigo, pelo amor de Deus — Sam falou, as mãos tremendo. — Eu acho que vou desmaiar...

— MEU DEUS!

Natasha ficou de pé, ignorando a regra de não subir na mesa e engatinhando até os melhores amigos — passando por cima de louças e talheres no caminho. Ela os puxou para um abraço desajeitado, repetindo vários parabéns e distribuindo beijinhos na cabeça dos dois.

— Estou tão feliz! — Natasha se ajoelhou na mesa, chorando e rindo ao mesmo tempo.

— EU VOU SER TITIO, CARALHO?

— Vai, irmão! Vai!

Sam pulou no lugar, dando socos e chutes no ar, enquanto ria e gritava. Ele deu a volta na mesa e puxou Bucky para um abraço, o tirando do chão e pulando no lugar.

— Você vai ser pai, seu filho da puta!

— E você vai ser tio!

— Finalmente! — Sam cantarolou, sacudindo os ombros de Bucky e chorando. — Um bebê! Vocês merecem tanto!

Sam segurou o rosto de Bucky entre as mãos e grudou sua boca na dele em um selinho. Então, bagunçou os cabelos de Bucky e deu um soco no ombro dele.

— Você acabou de beijar meu marido?!

— Vem cá, mamãe linda! — Sam puxou Amy pelos braços e a carregou no colo, jogando-a por sobre os ombros e pulando.

Amelia gritou, rindo e agarrando-se a Sam. Natasha gargalhou, limpando as lágrimas com as mãos. E Bucky ficou atento, fazendo uma barreira com os braços em volta de Sam e Amy, pronto para pegar a esposa caso ela caísse dos ombros do Capitão América.

— Esse é o melhor dia da minha!

Natasha pulou da mesa e foi até os três, abraçando-os. Eles ficaram longos minutos presos naquele abraço apertado, sorrindo e comemorando a vinda do bebê Barnes.

NOVA YORK, Brooklyn
Apartamento do Steve

— O que vocês estão fazendo aqui? — A voz de Steve Rogers soou pelo apartamento, atraindo a atenção do casal.

— Ora, viemos te visitar. Não pode mais? — Bucky indagou, fechando a porta e indo até a sala de estar.

Steve estava sozinho em casa. Jonathan, seu filho, e a esposa, Cristy, tinham saído para trabalhar. Quando isso acontecia, um dos dois sempre mandava mensagem para Sam ou Bucky, para deixá-los alertas de que o homem estava sozinho e precisava de uma supervisão. E ali estavam Amy e Bucky. Decidiram unir o útil ao agradável — babás de um idoso e a notícia da gravidez no mesmo dia.

Steve estava sentado em uma poltrona de couro preta, que estava reclinada para trás. Ele tinha um cobertor de lã sobre o corpo e o controle remoto na mão pálida e enrugada.

— Não quero visitas.

— Já vi que estamos estressados hoje... — Amelia comentou, indo até o homem e depositando um beijo na testa dele. — Como você está, Cap?

— Não sou mais o Cap. Não me chama assim.

— Quer uma massagem? Quer que eu faça biscoitos?

— Não quero nada.

— O que aconteceu? — Bucky perguntou.

Steve revirou os olhos, soltando o controle e olhando para o melhor amigo.

— Estou com sono, mas não consigo dormir. Aquele médico chato tirou os meus remédios...

— E por que ele tirou os seus remédios?

— Porque ele estava viciado no remédio. — Amelia deu de ombros, nem um pouco envergonhada por estar lendo a mente de Steve Rogers. — E porquê ele escondeu os remédios do Jonathan outro dia e não lembra onde escondeu...

— Aí Jonathan contou para o médico idiota. Não posso tomar meus remédios para dormir mais.

Bucky suspirou, sentando-se na mesinha de centro de frente para a poltrona. Ele tocou a perna de Steve e apertou levemente.

— Às vezes, você nem precisava mais, Steve. Mas o seu corpo estava tão acostumado com o remédio, que você acredita que sem ele não consegue dormir.

— Não durmo sem meu remédio!

— Certo, certo... — Amelia riu. — Quer que eu te coloque pra dormir?

— Vai cantar pra mim?!

— Eu ia te enfeitiçar, na verdade.

— Não!

— Me dê esses pés velhos, então. Deixa eu fazer uma massagem.

— Você não faz massagem nos meus pés... — Bucky resmungou.

— Você faz nos meus?

— Não.

— Faça e você ganha em troca.

Steve fez uma careta para os dois e murmurou "falta de respeito". Ele bufou, deixando Amelia puxar o seu pé e tirar a meia de lã que o cobria.

— Quer alguma coisa pra comer? — Bucky perguntou para o homem, que negou.

— Eu quero. — Amelia girou a cabeça na direção do marido. — Acho que estou com fome...

— Claro que está. — Sorriu. — O que você quer?

— Uva... com sal. E ketchup.

— Que nojeira, garota! — Steve disse, fechando os olhos. — Você é boa com as mãos, Amy.

Bucky soltou uma gargalhada alta.

— Ela é muito boa, né?

— Deixa de ser pervertido, Buck.

— Você que começou, idiota.

— Eu estava falando da massagem, seu porco.

— Ué, eu também. — Riu, piscando para o melhor amigo, que revirou os olhos.

Com isso, Bucky foi até a cozinha pegar a comida que Amelia e o bebê desejavam, deixando os outros dois sozinhos.

— Como está o estúdio?

— Muito bem. Estamos lotados, Steve! — Amelia comentou, animada. — Sem vagas.

— Que incrível!

— E os netinhos?

— Ah... Agora que estão grandinhos, eles não ligam mais para mim.

Amelia deu um sorriso triste e apertou o pé de Steve, massageando-o com cuidado. Ela sentiu os olhos azuis do homem a examinando, a cabeça tombando para os lados e a testa franzida.

— O que foi?

— Você está bonita.

— Obrigada, Steve. — Ela sorriu, envergonhada.

— E brilhando... A sua pele está linda, os cabelos também... — Steve sorriu. A sua mente trabalhou rapidamente, juntando um mais um. Ele parou de sorrir e a franziu os olhos. — Você está com cara de grávida!

— Surpresa! — Riu.

— Você está mesmo?

— Sim — disse, sorrindo. — Descobrimos há dois dias.

Steve abaixou as pernas e sentou-se direito, puxando a mulher para os seus braços. Ele distribuiu beijinhos nos cabelos brilhantes e macios de Amelia, sorrindo, feliz.

— Como adivinhou?

— Grávidas têm um brilho próprio. Você está com fome, e o Bucky brincou como se você estivesse tendo muita fome ultimamente. — Amelia concordou, surpresa que ele notou aquilo. — Ah, e uva com sal e ketchup? Um desejo de grávida!

— O velho continua muito esperto! — Bucky disse, chegando na sala com um pratinho cheio de uvas, um pote de sal e de ketchup. Amelia sorriu feliz e pegou tudo das mãos deles, sentando-se no sofá. — Vou ser pai!

— Parabéns, seu idiota! Vem cá me dá um abraço!

Os dois se abraçaram apertado, se emocionando nos braços um do outro. Flashes de vários momentos — bons e ruins — que passaram juntos durante todos aqueles anos surgindo em suas mentes. Steve estava mais feliz com Amy e Bucky grávidos, do que quando os seus filhos os deram netos.

Ele queria aquilo tanto quanto o casal. Os dois mereciam aquela felicidade e paz após os últimos acontecimentos em suas vidas. E, finalmente, teria um netinho/sobrinho de Bucky. Desejou tanto por isso.

— Você vai ser um pai incrível, Buck.

— Você acha?

— Lógico que vai!

— Eu confio na sua palavra, hein?!

— Ninguém vai falar que eu vou ser uma mãe incrível? — Amelia indagou, a boca cheia de uva, e ketchup escorrendo pelos cantos dos lábios. Steve e Bucky riram.

— Quantos meses?

— Meses?! Três semanas! — Amelia riu, corrigindo-o. — Esse bebê foi feito no jatinho do Zemo.

— Ele foi?! — Bucky arregalou os olhos, surpreso.

— No jatinho do Zemo?! — Steve fez uma careta.

— A gente não controla o lugar que um bebê é concebido.

— Sim, mas em um jatinho?

— Você fez o Jonathan no banco de trás do seu carro, cara. Não nos julgue.

Amelia sorriu.

— Olha só, senhor Rogers... Quem te viu, quem te vê.

— Vai a merda os dois!

Amelia e Bucky riram. Agora só falta contar para os pais de Amy. E, depois, o resto da família caótica deles.

MISSOURI
Fazenda Barton

Na mesma tarde, Amelia e Bucky pegaram um avião para o Missouri — onde passariam o fim de semana na Fazenda. O carro estacionou de frente para a casa de campo branca, as luzes ao redor da propriedade começando a se acenderem conforme o dia ia se tornando noite.

O casal desceu do carro, pegando a única mala que haviam trago, e seguiram até a porta de entrada. Bucky puxou a porta de tela e empurrou a de madeira com detalhes em vidro.

— Ô de casa! — gritou o homem, apoiando a mão na base das costas da esposa e a empurrando levemente para dentro do calor da casa. — Clint?

— Mamãe! Papai!

O som de passos atraiu a atenção do casal, olhando para o corredor que levava para a cozinha e os fundos da casa. Laura Barton surgiu com um sorriso surpreso no rosto enquanto enxugava as mãos em um avental.

— Ué, que surpresa maravilhosa! — Laura abraçou a filha e o genro. — Clint! Crianças!

— A gente veio passar o fim de semana com vocês.

— Antes de voltarmos à rotina de trabalho... — Bucky fez uma careta cansada.

— Isso é ótimo!

— O que você está fazendo aqui?

Amelia revirou os olhos encarando o topo da escada.

— Não é da sua conta, seu fedorento. Vai dormir, vai!

— São nove da noite!

— E eu com isso?

— Ah, o amor de irmãos... Como é lindo! — Lila bateu palmas, descendo as escadas e indo até a irmã mais velha. — Você tem que ver o arco novo que o papai e mamãe me deram!

Laura sorriu e passou as mãos pela trança de Lila. A matriarca pegou as mãos das filhas e as puxou até a sala de estar, Bucky as seguindo de perto, e Cooper apenas observando do topo da escada.

— Cadê o Nate?

— Dormindo. Ele brincou a tarde inteira com um coleguinha da escola e voltou cansadíssimo, tadinho.

— Fofo! — Amelia sorriu. — E o papai?

— Estou aqui! — O homem surgiu pela porta da cozinha, limpando as mãos sujas de graxa em um pano. — Que surpresa maravilhosa!

— Ele está desde ontem tentando consertar aquele trator — Laura comentou, revirando os olhos.

Ela se sentou em uma poltrona e cruzou as pernas, os olhos fixos no marido e na filha, que se abraçaram apertado. O homem passou as mãos sujas de graxa — o que fez Laura se contorcer toda de nervoso — nos cabelos brilhosos de Amelia, sorrindo para a filha.

— Você está tão linda, querida!

Clint sentou na outra poltrona livre e apoiou os cotovelos sobre os joelhos, olhando de Bucky e Amelia, surpreso e curioso com a visita inesperada. Lila se levantou do chão e foi até a cozinha para pegar chá e biscoitos. No meio tempo, Cooper desceu e se sentou sobre o tapete, dando um nó nos cadarços de Bucky, que deu um peteleco com os dedos de metal em sua testa.

— Idiota!

— Chorão!

— Cooper pare de implicar com o Bucky — Laura comentou, bebericando de seu chá. — E então, como estão as coisas em Nova York?

Amelia e Bucky trocaram um longo olhar, o que fez Clint e Laura se entreolharem. A ruiva umedeceu os lábios procurando em sua bolsa as caixinhas de presente que haviam feito para seus pais. Na caixinha, Amelia havia colocado dois sapatinhos de lã — nunca comprou tanto sapatinho na sua vida —, e os testes de gravidez. Além disso, fez um bilhete simples, mas decorado, escrito: Oi, vovó, e Oi, vovô.

No entanto, as caixinhas não estavam em sua bolsa. Bucky pegou a bolsa de seu colo e começou a procurar dentro da mesma, tirando todos os pertences de Amy de dentro.

— O que vocês querem? — Clint riu.

— Uma coisa... Temos que entregar uma coisa pra vocês...

Laura franziu o cenho e olhou para a filha, claramente nervosa. Ela encarou os cabelos ruivos e brilhantes, a pele corada nas bochechas e os olhos castanhos. Amelia ergueu o olhar para a mãe e mordeu o lábio.

Você está grávida.

Bucky parou de mexer na bolsa de Amelia e bufou, desistindo de procurar os presentes. Ele lançou um olhar decepcionado para a sogra que fez uma careta confusa.

— Mamãe!

— O que foi, querida?

Amelia cruzou os braços, emburrada. Clint tinha os olhos arregalados, e Lila e Cooper ora olhavam para a mãe, ora para o cunhado e a irmã.

— A gente ia entregar um presentinho fofo... E aí, vocês iam ficar confusos e eu ia falar: Supresa! Estou grávida!

— Você está grá...

— Ah! Tá bom, tá bom! — Laura riu, sentindo os olhos encherem de água. Ela descruzou as pernas e engoliu seco. — Certo, ignorem o que eu disse. Vamos voltar! Vocês estavam procurando alguma coisa na bolsa...

— Você engravidou a minha irmã?! — Coop indagou, voltando a amarrar os cadarços de Bucky.

Bucky sorriu para o menino e piscou.

— Duas vezes!

O menino abriu os lábios em ultraje e deu dois chutes na canela de Bucky, que riu em meio a um gemido de dor.

— Cooper! — Laura repreendeu.

— Deixa de ser idiota! — Lila gritou, dando um tapa na nuca do irmão.

— Eu... Meu Deus... A minha pressão... — Clint murmurou, se abanando com as mãos.

Amelia fez uma careta para os irmãos, que discutiam aos seus pés. Ela sentiu Bucky acariciar as suas costas e rir baixinho. O caos da família Barton, só faltou Nate para completar.

— EU ESTOU GRÁVIDA — Amelia gritou, ao ficar de pé. — Parabéns! Vocês vão ser avós... — Ela se virou para Lila e Coop, e disse: — e vocês tios. Viva!

— Surpresa! — Bucky disse, sacudindo as mãos.

Laura foi a primeira a ir até a filha, a abraçando apertado. Clint se juntou a elas e puxou Bucky para o abraço. Finalmente, Bucky e Amy foram abençoados com outro filho. Os dois passaram noites e noites pedindo a Deus e ao Anjinho para que aquilo se concretizasse. E aconteceu. Amelia estava grávida!

— Parabéns pra vocês, papais! — Laura falou. — Essa criança vai ser muito feliz, tenho certeza disso.

— E muito amada!

— E mimada... — Cooper riu, comemorando com Lila. — Vou deixar ele brincar com todos os meus videogames.

— Eu vou deixar ela dormir na minha cama.

— Ele não vai gostar de você, e sim do titio Coop.

— Ela vai te odiar!

— Pelo amor de Deus, seus pestinhas! — Bucky resmungou. — O bebê nem nasceu ainda, tadinho.

— Ah, cala boca, seu velho gagá.

Laura, ainda em meio ao abraço, conseguiu dar um tapa na nuca do filho, que se encolheu e riu. Clint apenas dava atenção para a sua princesinha, enchendo-a de amor e carinho. Amelia sorria, retribuindo o abraço do pai e olhando para o marido — que tinha acabado de se afastar deles com as mãos na cintura.

— Quem é velho gagá, hein, seu pirralho?

Clint sentou-se na poltrona, puxando Amy para o seu colo. Laura foi até eles e se sentou sobre o braço da poltrona, e Lila aos pés do pai, deitando a cabeça no joelho dele. Igual quando as duas eram pequenas.

Eles ficaram daquele jeito, observando Bucky correr atrás de Cooper, que continuava chamando o cunhado de velho gagá. As risadas da família ecoavam pela casa. A felicidade deles ecoando por toda a Fazenda, por todo o lote e por todo bairro. Aos poucos, ecoando por todo o mundo e por toda a galáxia, porque, finalmente, tinha um novo integrante na família louca e caótica deles: o bebê Barnes.



━━━━━━ ❄️ ━━━━━━

Nota da autora: Finalmente, a segunda parte do capítulo anterior veio ai! IRRAAAAA E eu TIVE que trazer as reações do resto do pessoal, né? Principalmente, do Sam e dos pais da Amy KKKKKKKK E EU AMEI???? O Steve e a Laura já sacando antes deles anunciarem e o Samuel todo escandaloso e feliz. Tudo pra mim!!!!!

Espero que tenham gostado do capítulo, meus amores! 🥰

Vejo vocês semana que vem — se tudo der certo, amém 😂 Até mais! ❤️

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