𝗗𝗮 𝗩𝗮𝗿𝗮𝗻𝗱𝗮 | Em Pari...

By Escrevacmg

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Após dizer "sim" à vontade de Deus e ser surpreendida por Sua bondade e misericórdia, mais uma vez, Ana Clara... More

Personagens
Book Trailer
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Epílogo
Considerações

Capítulo 32

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By Escrevacmg

Com a cabeça erguia e minha Boy Chanel no braço, volto à empresa que há quase dois meses não entrava. Da recepção até chegar em minha sala, por onde passo, escuto cochichos e vejo alguns sorrisos tímidos lançados a mim. Em um primeiro momento, talvez, os cochichos podem ter me incomodado. Porém a alegria de estar de volta à rotina de trabalho era superior a qualquer outra coisa.

Ao chegar em meu setor sou recebida pela grade maioria com boas vindas, palavras amigáveis e saudosas.

— Bonjour, Emma! — cumprimento minha secretária assim que a vejo chegar no local. Seus olhos se arregalam e sou surpreendia por um abraço apertado.

— Senhorita, Bianchi, sentimos sua falta! — afasta-se rapidamente, recompondo-se — Seja bem-vinda de volta!

— É muito bom estar de volta!

Agradeço e entro em minha sala, sendo seguida por ela.

— Na verdade, Emma, agora sou a senhora Carter. — ergo a mão esquerda e indico a aliança no dedo anelar.

Seus olhos brilham ao se aproximar de mim e analisar o objeto reluzente.

— Então o pequeno Roy se casou! Como o tempo voa! — comenta pensativa — Meus parabéns, de coração!

— Obrigada! Casamos há pouco mais de um mês. — suspiro observando minha sala — Então, o que temos para hoje? — alargo o sorriso.

— Para falar a verdade, não sei. — ri nervosamente — Não fazia ideia que a senhorita voltaria hoje. Mas pode deixar que eu resolverei isso agora mesmo! A senhorinha Leroy precisou ficar em seu lugar durante o tempo em que esteve fora.

— Compreendo. — sorrio sem mostrar os dentes.

Alegrava-me bastante o fato de voltar a trabalhar na Chanel. Rever Emma e os excelentes funcionários do setor de criação. Entretanto, só de lembrar que teria que voltar a olhar para a cara da minha querida parceira de trabalho, meu estômago revira.

— Ela ainda não chegou, parece que está em uma reunião, segundo sua secretária. — assinto — Pedirei à Cassia que me avise assim que a senhorita Louise retornar.

— Tudo bem. Obrigada, Emma! Você sabe dizer se o senhor Wertheimer está aqui?

— Ele acabou de chegar à empresa. — balança a cabeça em afirmação.

— Será que está em alguma reunião? — coloco-me de pé.

— Verificarei em um minuto. — abre o ipad e digita algumas coisas antes de responder — Não, ele está em sua sala agora, mas terá uma reunião em uma hora.

— Ótimo! — contorno a mesa e caminho até a porta — Venha comigo, por favor.

Como o andar do CEO da Chanel fica acima do nosso, subimos de escada mesmo.

— Bonjour, senhorita Bianchi! — a secretária de Alain se põe de pé — deseja falar com o senhor Wertheimer?

— Sim, por favor! — respondo após cumprimenta-la.

A jovem senhora, que tinha talvez a mesma idade que a Emma, liga para o chefe e anuncia nossa presença.

— A senhorita pode entrar. — sorri e abre a porta da sala para nós.

— Merci! — agradeço ao passar por ela.

— Ana! — Alain estende o braço e aponta para a cadeira a sua frente — Como está sendo o seu retorno?

— Olá, Alain! — sento-me — Cheguei há pouco. Ainda não estou por dentro do que tem acontecido na empresa.

— Sim. A Louise terá que lhe ajudar quanto a isso. — responde como se fosse algo muito natural.

— E é exatamente sobre isso que eu gostaria de conversar com o senhor. — ele me encoraja a continuar — Ela não faz ideia do meu retorno, certo?

— Correto! Assim como o restante dos funcionários. Nenhum deles sabia — encosta-se em sua cadeira de couro — Para todos que precisavam saber sobre sua ausência, você esteve fora por motivos pessoais. Como disse, precisamos manter aquele assunto em segredo para que as investigações continuassem sem problema.

— Entendo. Mas o senhor não se preocupa em como será a reação de sua filha quando souber que estou de volta?

— Ana, — faz uma breve pausa escolhendo as palavras certas — Louise é minha filha, verdade. Porém o diretor executivo da empresa sou eu. Ela trabalha para mim assim como qualquer funcionário. Quem te convidou a voltar fui eu, e ela não tem que se meter ou contestar minha decisão. — não ouso dar um pio — Além do mais, já estou ficando por aqui com suas atitudes nos últimos tempos. — indica o limite da cabeça — Ela é uma excelente estilista, extremamente competente em tudo o que faz aqui dentro. E mais uma vez repito, é a minha filha. Contudo, como CEO, não posso aceitar certas atitudes. — ele mal termina de falar e a porta da sala é bruscamente aberta anunciando a entrada de um furacão raivoso.

— O QUE AQUELA MULH... — ela para de falar assim que me vê. Sua expressão fica ainda pior revelando seu descontentamento com minha presença — O QUE FAZ AQUI?

Olho de relance para Alain antes de responder calmamente.

— Trabalhando?!

— VOCÊ NÃO É BEM-VINDA AQUI!

— Ana Clara é muito mais do que bem-vinda nesta empresa, Louise! — Alain responde no mesmo tom, mas não gritando como ela.

— Pai, você só pode ter enlouquecido! — vira-se para o senhor a minha frente, completamente desacreditada — Por acaso se esqueceu do que essa...

— Louise, é melhor se calar antes que se arrependa. — avisa com cautela, porém, com frieza na voz.

— Por quê? Irá me mandar embora? — cruza os braços na altura do peito.

— Não hesitaria! — apoia-se na mesa controlando a respiração.

Começo a ficar preocupada com sua saúde.

— Já entendi tudo! — diz petulante se aproximando do pai — O Roy já sabe? — olha de mim para ele com um sorriso escarnecedor nos lábios — Aposto que está tendo um casinho com essa daí!

Na mesma hora me coloco de pé pronta para avançar nela. Entretanto, o estalo em seu rosto me paralisa. Alain segura a filha pelo braço com força.

— Não acredito que fez isso comigo! — Louise cobre a bochecha atingida pela mão.

— Eu que não estou acreditando na mulher insolente que você se tornou! Saia já daqui!

— Isso não irá ficar assim! — aponta para mim — Seu casamento está arruinado, pode escrever isso! — suas palavras me atingem como um soco, mas logo eu repreendo internamente.

Louise sai pisando duro fechando a porta com força atrás de si.

— Ana, eu sinto muitíssimo por isso! Eu não sei o que está acontecendo com essa garota. — vendo minha falta de reação, ele caminha até mim e toca um dos meus ombros — Ana, você está bem?

— S-sim! — afasto-me um pouco dele — Acho que preciso de um ar.

— Por favor, me perdoe!

— O senhor não tem que se desculpar por nada. Se me der licença. — saio de sua sala e vou direto para o elevador. Emma fala algo comigo, mas eu ignoro — Emma, eu preciso ficar sozinha por um tempo.

Ela assente e eu pego o elevador sozinha. As lágrimas acumuladas ardem em meus olhos, mas permaneço firme. Passo pela recepção e pela primeira vez percebo a falta que as piadas de Kevin e a simpatia de Nancy me faziam. Todas estas pessoas são completamente estranhas para mim. Esbarro em algumas antes de chegar à área externa. Sentia-me sufocada.

Caminho pelas ruas parisienses sem um destino certo. Paro apenas quando sinto minhas pernas queimarem. Sento-me em um dos bancos do boulevard. Respiro fundo e olho para o céu. Minha mente não raciocinava, mas meu coração sentia. E eram muitos sentimentos ruins.

— O que estou fazendo? — sussurro para mim mesma esfregando meu rosto — Você não é o que estão dizendo sobre você! — aperto meu peito e faço uma rápida oração — Pai, por favor retira esses sentimentos terríveis do meu coração. Por favor! Minha força vem de Ti e eu sei que não estou sozinha.

Levanto do banco e apalpo o bolso da calça a fim de pegar o celular. Porém ele tinha ficada em minha bolsa, na Chanel. Sem celular, sem dinheiro, faço o caminho de volta para a empresa, a pé. Minhas pernas ainda doíam, mas era inevitável ter de fazê-lo.

Chego na empresa e vou direto para minha sala. Precisava trabalhar, ocupar a mente.

— Eu não faço ideia de onde ela pode ter ido, querido. — escuto a voz da minha secretária vinda da sala. Abro a porta e me surpreendo com a presença do meu esposo.

— Roy? — questiono chamando a atenção dos dois.

— Graças a Deus! — ele vem até mim e me envolve em seus braços — Estava ficando preocupado, mon amour!

— Preocupado? Por quê? — afasto-me com a testa franzida.

— Alain me ligou e contou tudo o que aconteceu.

— Ah! — assinto — Emma, você poderia nos deixar a sós por gentileza?

— Claro, senhorita Bianchi! Com licença. — sai nos deixando sozinhos na sala.

Roy segura meu rosto e me analisa atentamente.

— Como você está? — pergunta.

— Sinceramente, — pego sua mão e o conduzo ao sofá — eu acho que só precisava colocar minha cabeça no lugar para não pirar. Caso não fosse a atitude de Alain, eu juro que iria avançar naquela mulher, Roy! Ela foi cruel em mais uma de suas acusações contra mim, e contra o próprio pai! — respiro profundamente — Mas o Espírito Santo me fez lembrar de quem eu sou. E com toda certeza eu não preciso ficar dando ouvidos ao que o diabo mente ao meu respeito. Eu sei quem sou em Deus!

— Jesus, — Roy ergue as mãos ao céu — muito obrigada por ter me dado esta preciosidade como esposa! — empurro seu ombro com o meu.

— Bobo! — digo entre risos — Esta preciosidade ainda tem muito o que ser moldada.

— Então somos dois! — envolve meus ombros com o braço.

— Obrigada por ter vindo ver como eu estava. Isso é muito importante pra mim, meu amor! — encosto a cabeça em seu ombro.

— Estarei sempre aqui para cuidar de você. Eu te amo! — deposita um beijo demorado em minha têmpora.

— Eu também!

***

— Chegamos! — digo alto, abrindo a porta para Emily passar com sua mochila de rodinhas.

Roy estava no fogão preparando algo especial para nós. Segundo ele, quando estava na Chanel mais cedo, faria um jantar para comemorar a minha volta ao trabalho.

— O cheiro está muito bom! — Em corre para junto do irmão — posso provar? — pergunta após abraça-lo e receber um beijo na testa.

— Primeiro você pode correr para o banheiro e lavar as mãos.

— Ok! — Emily sai correndo para o banheiro social.

— Ela leva tudo ao pé da letra. — resmunga enxugando a mão em um pano — Como foi o restante da tarde? — dou-lhe um selinho.

— Foi tranquilo. Fiquei o tempo todo em minha sala até a hora de buscar a Em no ballet. — lavo as mãos, na pia da cozinha mesmo, e destampo uma das panelas — E você?

Roy encosta o corpo na ilha e cruza os braços, observando-me.

— Despois de sair do seu trabalho eu tive uma reunião e em seguida vim para casa. Precisava preparar o jantar para as mulheres da minha vida.

— Agradeço muitíssimo, — aproximo-me dele — mas sabe que poderíamos ter comido fora.

— Não seria a mesma coisa. — segura minha cintura.

Estava prestes a responde-lo quando meu celular toca. Caminho até o aparador na entrada de casa e pego o aparelho que estava dentro da bolsa.

— Sorella! Saudades! — saúdo com alegria. — Como estão as coisas?

— Oi, Aninha! Estamos bem. — sua voz parece um pouco tensa.

— Tem certeza que está tudo bem? — viro-me para Roy. O mesmo, percebendo meu rosto aflito, vem até mim.

— Sim! Sim! É só que... — silêncio.

— O que foi, Sofi?

— Precisamos conversar! — diz de uma vez.

>>>><<<<

Mano, estou tendo muitos ranços com este livro 😪 Alguém em segura porque a vontade que dá é de apertar alguns pescoços!! E Sofia com essas ligações que nos deixa tensos 😰

Até segundaaaa!!! Não esqueçam de clicar na estrelinha, por favorzinho 🙏🏼

Att.
NAP 😘

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