De volta à Cabana (Disponível...

נכתב על ידי Legotosa

82.4K 7.1K 1K

Quando criança a história preferida de Megan sempre fora a chapeuzinho vermelho.E sem saber o cruel destino,a... עוד

Personagens
Epígrafe
Prólogo
Capítulo 1-Paranóica
Capítulo 2-Eu te protejo
Capítulo 3-Consequência
Capítulo 4-Olhar assassino
Capítulo 5-Não olhe para trás
Capítulo 6-A observadora
Capítulo 7 -Pequena cabana
Capítulo 8-De volta à cabana
Capítulo 9-Bem dele e o nosso...
Capítulo 10- Um acordo
Capítulo 11- Minha Megan
Capítulo 12-Fique longe dela
Capítulo 13- Recuar para atacar
Capítulo 14- Duas almas a mesma sepultura
Capítulo 16- O fruto de nossa redenção
Capítulo 17- Não ressucitará dos mortos
Capítulo 18- Último fio de esperança
Capítulo 19-Regras do jogo
Capítulo 20- Um lugar à minha espera
Capítulo 21-Espectro de mim mesma
Capítulo 22- Mercê dela e da floresta
Capítulo 23- Frio lá em cima
Capítulo 24-Maldito sorvete
Entre amor e guerra
Capítulo 25- Inferno
Capítulo 26-Monstros
Capítulo 27-Mil milhões
Capítulo 28-Sete palmos
Aviso Importantíssimo

Capítulo 15- Um de nós irá morrer

2.1K 213 29
נכתב על ידי Legotosa

Será chapeuzinho....

O silêncio que emergiu entre a floresta e a varanda escura, iluminada apenas com a luz das estrelas e da lua, acompanhada do pequeno mata-mosquito brilhante acima da minha cabeça , espantava a submercia da noite conjunta a desesperança crescente em meu peito. O motor que rugia do carro abandonava o bosque aos poucos enquanto lágrimas escorriam, mesmo que minimamente, pelos meus olhos. Esperei que o vento gélido as secasse não querendo dar importância o suficiente para o fato de limpa-las, enquanto Christopher permanecera sentado com a respiração controlada talvez esperando que eu fugisse quando seus olhos piscassem.

-Não precisa esconder suas lágrimas de mim...-comentou quebrando com toda a penumbra de pensamento que nos envolvia-Eu as sinto...-continuou esperando minha resposta, mas não veio.

Virei-me e caminhou à passos calculados em direção a porta aberta deixada por Jhon, no entanto, concedi um segundo ao seu rosto duro, marcado por expressões conflitantes de frieza, contudo, um brilho evoluia no fundo de suas íris azuladas.

-Um de nós irá morrer- prometi em um fio de voz, contido, para não parecer agudo e temeroso. Rapidamente, as mãos do homem agarram meus ombros trazendo-me em direção ao seu rosto, cara à cara, como se verificasse a veracidade de minhas palavras analizando cada centímetro de meu rosto.

-Eu duvido muito disso...-ssgundos se passaram até continuar, afroxando o aperto, se possível o brilho em seus olhos quádruplicara e um sorriso se apossou de seus lábios encobertos pela gradiosa barba-Mas confesso que, não esperava menos...-elogiou soltando-me em baque quando a porta da frente bateu contra uma brisa fervorosa e Jhon abriu-a convidando-nos a iniciar o jantar-Espero que esteja com fome...-comunicou levantando-se com seus músculos se contorcendo sobre o fino tecido de linho quadriculado.

Caminhei sob a sombra inevitável de suas costas que pairava a caminho da cozinha espaçosa o suficiente para armários suspensos em tons amarelos e eletrodomésticos pretos, ambos desgastados pelo tempo. Algumas portas sem seus puxadores davam o toque principal ao ambiente esquecido pelo tempo e uma mesa pequena ao lado de um janela com um vaso posto por lírios murchos adornava a mesa de carvalho. Jhon estava sentado em uma das laterais quando me juntei a sua frente, o vapor pairava em seu rosto bonito e refletia em seus olhos negros pela má iluminação. Um prato com o mesmo conteúdo, aquoso e amarelo foi posto a minha frente pela mãos grossas de Christopher, composta por fios ruivo que banhavam o meio de seus dedos e cobriam seus braços forte.

-Coma...-ordenou severo com um olhar misterioso enquanto repousava uma colher sobre a mobília. A fome impregnou meu estômago e ao levar o talher metálico com o líquido em meus lábios, um pequeno gemido de satisfação ficou preso entre minha garganta, contido-Gostou?-questionou me observando satisfeito, aproximando seu rosto de meus cabelos depositando um beijo com leve tom carinhoso-Jhon cozinha bem...-confessou se afastando-Só é preguiçoso o suficiente para nunca faze-lo...

-Ei!-protestou desviando a sua atenção do grandioso prato, maior do que o comum-Essa tarefa é de Antônio!-protestou olhando para o ruivo.

-Quem é Antônio?-perguntei após tomar mais um gole de sopa e dois pares de olhos simultâneos, passaram a me olhar. Com uma troca de olhar silenciosa entre ambos, Christopher prosseguiu:

-Um amigo nosso...-comentou pigarreando e voltou a se servir do caldo dando o assunto por encerrado. Seria o mesmo o homem ao qual falavam mais cedo com o policial? Talvez eu nunca soubesse por suas bocas...

O silêncio se instaurou acompanhado apenas pela sinfonia ritmada produzida pelas pontas dos galhos das árvores em protesto as correntes de vento uivantes. O talher contra a porcelana também acompanhava com batidas agudas em respeito aos raios e pingos de chuva barulhentos que se presenciava pela janela, às costas de Christopher, iluminado pela aura aroxeada que riscava os céus e as nuvens acinzentadas.

A fome parecia não querer me abandonar e assim que meu prato já estava suficientemente limpo, o ronronar barulhento reverberou pelo ambiente e Christopher lançou-me um olhar acima das pestanas ruivas. O homem levantou-se pegando meu prato e surgiu com a porcelana quente novamente pela sopa presente. O caldo agridoce banhava minha papilas degustativas e meus olhos se fechavam sob a fumegancia do vapor em apreciação. No entanto, na terceira vez, quando já tinha ganhado a atenção de Jhon em admiração e contentamento, minha visão começou a se turvar e um sorriso preguiçoso se desabroxava. Meus olhos pareciam moles o suficiente como um puré de batata, prestes a desmanchar.

-Isso é muito bom!-comentei admirada em direção ao moreno recluso e taciturno-Me pas-s-sa a receita?-questionei, mas logo lembrou-me de quem eram e o que poderiam causar-me-Não!Obrigada!-levantei em um baque disposta e preparada para fugir daquela pequena cabana sufocante com dois homens enormes, porém, meus pés traidores me traíram e deixaram que a caminhada se perdesse em um tombo entre o encontro de minhas pernas. As palmas da mão foram rápidas o suficiente para agarrar-se ao pilar com farpas de madeira que protestaram contra meus dedos macios.

Ao olhar vislumbrei três Christopher e dois Jhon me encarando confusos. As sobrancelhas do ruivo se arquearam em direção ao moreno-O que você colocou na maldita sopa?-questionou corado pela furia que apossava de suas veias.

-Um pouco de vinho...-respondeu agitado-Talvez, algumas doses do meu wiskey envelhecido?-confessou parecendo notar apenas agora. O meu estado denotava a presença de álcool passando pelas veias, deparando-se com bochechas coradas e olhar perdido. Sorriso impecável e gentil, destinado a situação desconcertante, nunca à eles.

-Porra!-anunciou levantando-se e caminhando em minha direção ao notar que escorregava aos poucos em direção ao assoalho frio, contudo, mãos fortes frearam-me-Você já ficou bêbada antes?-questionou abismado.

-Não!-respondi em meio ao um fio de voz-Não sabia que era tão legal....-confessei sorrindo levando as mãos para sua grandiosa barba e perdendo meus dedos de vista. Seus olhos se arregalaram e a doçura de meu ser, como um terrível criança fazendo algo proibido, inundou Chritopher como um dilúvio, afogando-o em um mar vicioso e deslumbrante, até se afogar. Imediatamente, se afogando. Era o que seus olhos transmitiam, ao menos. Ou fosse o álcool coadjuvante de uma mente fértil dissoadindo a realidade.

-Venha, eu vou cuidar de você...-pegou-me sob seus braços fortes em direção as escadas à cima. Minhad mãos bagunçavam os fios ruivos dele, sedosos como um tecido fino, enquanto a outra vagava pelo ar abafado do segundo andar em desenho e caminhos imaginários. Meus dedos rocharam a madeira, enroscando em alguns furos ou teias de aranha-Não repita essa experiência novamente!-repreendeu passando pelas porta do banheiro, colocando-me sob a jato gelado de água, após mexer com a temperatura do chuveiro.

-Não!-tentei sair do box e relutar contra suas mãos, com a pele arrepiada sobre a blusa, mas Christopher agarrou-me empurrando-nos, ambos, em direção a torrente que caia do chuveiro-Christopher!-murmurei quando a água inudou meus cabelos e roupas secas, fiquei na ponta dos pés pois os dedos se retraiam contra o mármore gélido-Christopher...-ofeguei desistente encostando a cabeça contra seu peito e tentando encobrir o choro que corria livre-Me solte...-murmurei contra o tecido úmido-Eu quero voltar para casa...-desabafei inconstante, me entregando a corrente que nós cercava.

-Aqui será sua casa agora...-resmungou afastando-se para longe do chuveiro com seu corpo junto ao meu, grudados. Christopher passava seu calor corporal para meu corpo enquanto esticava uma mão até um dos armário e pegava uma toalha para embolar-me trêmula-Eu serei bom para você, prometo!-confessou olhando em meus olhos, fazendo meu corpo se retesar em estado de alerta. Ele não era confiável. E eu precisava conter meus sentimentos e desmontrar o mínimo que fosse-Será como da primeira vez...-um esboço de sorriso perpetuou seu rosto.

Esmagou minhas mechas de cabelo entre os dedos tirando o excesso de água presente e começou a desabotoar os botões do blusão e mesmo que tentasse recuar, poupei esforços quando a camisa caiu ao chão e o calor da toalha aqueceu minha pele exposta. Suas mãos apertaram contra cós de minha calça jeans molhada, arrancando-a de meu corpo e deixando que ambos os tecidos caíssem ao chão.

Suas mãos agararam meu braços me conduzindo para fora do cômodo em direção a porta de seu quarto no corredor embebido em escuridão. Meus passos marcavam a madeira após, deixando-a molhada e pingos caiam do meu cabelo avermelhado. O álcool ainda estava presente no meu corpo, mas o estado de desequilíbrio físico e mental havia se dissipado com o banho glacial.

O ruivo caminhou até a cômoda em um dos cantos do quarto rústico trazendo uma de suas roupas secas-Preciso secar seu cabelo...-comentou mais para si do que para mim de qualquer forma, estava entretida em qualquer coisa que não fosse sua presença sufocante-Não quero que fique resfriada...-murmurou me estendendo o blusão e caminhando para fora do quarto-Acho que Antônio pode ter um secador de sua antiga namorada por aqui...-avisou-me-Se troque, Meg, trarei sorvete de baunilha, ainda é um dos seus preferidos?-questionou com o olhar iluminado com as mãos apertando o batente do portal.

-Uhum...-reverberei movimentando a cabeça em sinal positivo. Espera, como ela soube? Meg? Franzi a testa confusa e deixei a toalha cair vestindo rapidamente outra de suas roupas, mesmo com a calcinha encharcada pela ducha, não arriscaria perde-la de vista. Liguei um dos abajures, deixando o quarto ser inundando pela penumbra de sua luz junto a Lua adentrando as persianas. Fechei meus olhos mínimamente para poder escutar o coração retubante da floresta junto ao meu e logo, Christopher atravessava a porta com um secador e um pote de sorvete com uma colher em mãos. Por quê se importar tanto assim, oras?

-Eu não deveria estar presa ou acorrentada em um porão neste instante?-debochei enquanto ele me chamava com uma das mãos livre para perto de uma tomada a encosta da lareira-Que tipo de sequestro é esse?-argumentei caminhando.

Um suspiro seu cortou o ar e suas mãos agarram as mechas quando o secador começou a seca-las. Os cabelos ruivos chegavam a bater contra minha cintura, despontados no entanto. Christopher os manuseava com maestria, preferenciamente a parte interna que ainda respingava em seu tapete.

Alguns minutos depois, antes que eu caísse de cara ao chão, tombada pelo álcool e inebriada por sono, o barulho insistente do secador sessou-se e dissipou-se cabana à dentro-Vá para a cama...-ordenou enquanto organizava o fio do eletrônico entre os dedos.

Puxei o lençol branco e me enfiei sob ele, aquecida, enquanto o ruivo me encarava atentamente como um falcão-Você vai dormir no chão, não vai?-questionei e vi uma de suas sobrancelhas se arquearem sob o escuro que pintava alguns cantos do quarto-Quer dizer, só tem uma cama....Eu não vou dormir com um desconhecido!-apontei-Posso dormir no chão se preferir. Eu respeito os mais velhos...-ironizei sorrindo encostando-me sob a cabiceira e vendo-o caminhar em minha direção e estender o pote para pega-lo.

-Coma e fique quieta!-murmurou, tomando espaço ao meu lado, me puxando sem nenhuma dificuldade para seus braços, entre suas grandiosas pernas. Mãos grossas começaram a trançar em duas partes meus longos fios, no momento em que  eu enfiava o sorvete à boca. Quando terminou por faze-las e minha boca já estava lambuzada pelo doce cremoso, o homem misterioso e esquisito puxou meu corpo contra o seu abraçando-nos, de forma a ficar com o rosto enfiado na curvatura de meu pescoço. Descansando?

-O quê?-questionei-Christopher você não vai me comprar com meu sorvete preferido!-anunciei-Acho que eu mereço a cama...-argumentei-Você me sequestrou, agora terá que arcar com as consequência! Farei de sua vida um inferno...-prometi ouvindo-o bufar e sorrir meramente.

Seu corpo se afastou do meu e presenciei quando o abajur se apagou para o homem puxar um dos travesseiros da grandiosa cama, que caberia suficientemente três corpos,  se deitando ao chão felpudo do carpete posto.

a domadora do lobo-mau?


המשך קריאה

You'll Also Like

454 16 8
[MINHA PRIMEIRA FANFIC!!] Foram meses, meses, e meses que Morajo havia sumido de Verade... Ninguém conseguia entrar em contato com ele, ou ao menos r...
222K 7.5K 10
Acordar em um lugar escuro é ruim. Principalmente quando não dá para se mexer e nem gritar. Isso foi o que aconteceu com Alana. Nesse cativeiro, ela...
102K 6.1K 42
Um jogo perigoso, repleto de armadilhas. Uma disputa de poder, dinheiro e desejo. De um lado do tabuleiro, a delegada Priscila Caliari, do outro, a e...
11.6K 929 22
Caio é um adolescente de 17anos é vendido pelo seu pai para um mafioso muito obsessivo e frio . Mais quando ele se vem pela primeira vez o jovem f...