Emma P.O.V
Eu estralava meus dedos de forma descontrolada.
Estava nervosa. A parte que minha mãe havia sugerido o encontro não era realmente mentira, ela apenas havia dito para eu ir descansar, e acabei tendo a ideia de descansar com Norman.
Mesmo depois de tanto tempo, eu ainda nutria sentimentos por ele, muito fortes,mas não tinha coragem de contar a ele, sabia que como da outra vez, aquilo não iria durar, e eu não queria sair machucada como da última vez. Mas,por algum motivo eu não conseguia parar de pensar naquilo.
Maldita magia da Disney!
-Posso perguntar em qual lugar vamos jantar?-Ele me perguntou de dentro do banheiro enquanto eu me sentava no sofá de três lugares, e repleto de almofadas, e via algo sobre o parque na enorme Tv plana. O quarto de Norman, assim como os nossos eram do tamanho de um apartamento.
-Humm não-Com muito esforço eu consegui reservar uma mesa em um restaurante no começo da noite. Eu não havia conseguido encontrar nem com um garçom daquele local,mas foi só eu falar o nome de Norman que o próprio gerente veio me atender.
Bando de interesseiro.
-E por que não?-Ele deu uma batidinha na porta do banheiro.
-É supresa ora-Tentei manter a minhas mãos longe do vestido vermelho, para que ele não suasse ou ficasse engilhado. Assim que cheguei ao meu quarto, descobri que havia ficado sozinha, já que Carol e Phill haviam ficado em um quarto e meus pais em outro, não resisti e começei a explorar, encontrando um guarda-roupa repleto de peças muito bonitas, já que não haviamos trazidos malas.
Assim que passei no quarto de meus irmãos, encontrei Carol pulando com um vestido de princesa, muito bonito por sinal, que parecia ser feito de seda, segurando dois pacotes de chocolate na mão, enquanto Phill brincava com um replica enorme de um trem suiço.
-Encontramos essas coisas aqui, eram presentes para nós, tinha nossos nomes-Phill me esclareceu, comendo um pedaço de chocolate, assim que vi Carol pegar uma coroa brilhante em cima da mesinha de vidro, colocando ela na cabeça e começando a cantar:"Como ser uma princesa".
Eu sabia que tinha o dedo de Norman naquilo.
Depois que seguimos para jantar, minha mãe me puxou para um canto e me falou que era melhor ver como Norman estava. Ela havia se sentido culpada pelo que havia acontecido mais cedo, pelo marido não conseguir controlar seu temperamento, ela disse que tentaria convênce-lo a se dar bem com "meu namorado", mas eu sabia desde o começo que aquela tentativa da minha mãe, ele não poderia ignorar, Yuugo fazia tudo o que ela pedia.
Pensei que ideia do resturante seria uma boa pedida, por isso corri para tentar reservar o local e me arrumar.
-Então é a sua vez de fazer a surpresa?-Escutei Norman Saindo do banheiro e tirei os olhos da tv, para vislumbrar ele.
Norman vestia uma camiseta com dois primeiros botões abertos, por cima um blazer escuro, uma calça de linho escura, e sapatos mocacim de couro, além uma perfume amadeirado irrestível.
Respirei fundo, aspirando aquele perfume maravilhoso.
-Sente-se aqui-Apontei para o sofá e ele sentou-se do meu lado. Destampei a base e começei a passar nele, tentando encobrir o olho roxo.
-Isso é muito estranho-Ele deu uma risada sem graça.
-Estranho é você vir para um local incrível e não sair de dentro do quarto. Se fosse fazer isso teria ficado em casa-Apontei para ele, que não sairá desde que voltamos ao hotel.
-Se você ficasse comigo o dia inteiro na cama. Acho que não me importaria de ficar em casa-Ele me deu um olhar felino enquanto eu terminava de esconder algumas manchas.
-Senti muito mesmo a sua falta-Ele sussurrou,se aproximando. De repente, o clima pareceu ficar mais abafado dentro do quarto, e eu sentia sua respiração quente bater contra meu rosto. Seus olhos de safira se focaram em mim, de forma profunda e inebriante.
Danou-se!
Ele se aproximava mais e seu perfume ficava mais forte, inebriante.
Norman implantou pequenos beijos no meu pescoço e por todos o meu rosto,aspirando meu perfume, e fazendo uma trilha molhada e me deixando perto de icendiar.
Quando ele se aproximava de minha boca eu sentia a exitação chegando.
Ele passou a língua,lentamente, pelos meus lábios, e entreabriu a boca,chegando cada vez mais perto da minha
Eu o parei. Norman me olhou confuso por um momento, mas depois abaixou a cabeça, envergonhado.
-Me desculpe-Ele lamentou.
Eu o puxei pela gola da camisa, o olhando com ansiedade.
-Quem sabe depois-Sussurrei, o olhando profudamente nos olhos.
Nos levantamos, e seguimos pela porta. Ele abriu para mim e andamos pelo extenso corredor até o elevador.
Eu só esperava que Norman gostasse da supresa.
Após longos minutos de um silêncio desconfortável no elevador chegamos a recepção, o restaurante era perto, então poderíamos ir andando. O relento da noite parecia ser ignorando naquele lugar de magia, as criancas sorriam, alegres,assistindo aos personagens dançarem,os pais estavam felizes, e os casais se beijavam apaixonados. Percebi que Norman olhava para a paisagem com o olhar distante e não resisti a tocar sua mãos por alguns poucos segundos, ele pareceu despertar do transe e me olhou para mim. Pensei que estava desconfotável então rapidamente tirei minha mão e olhei para a frente vendo um casal de idosos, andando com os netos e os pais logo atrás. Dei um sorrisinho de canto, quando a garotinha acenou para mim,mas meu sorriso morreu assim que senti o toque gelado em minha mão. -Gosto assim-Norman me respondeu, pegando minha mão de volta. Olhei para ele, sentindo um formigamento no meu peito.
Andamos de mãos dadas por mais alguns minutos até pararmos em frente ao restaurante. A fachada era elegante, com portas de vidros decoradas de linhas douradas. Flores vermelhas e brancas se sustentavam sobre colunas gregas, e o nome ricamente escrito em letra cursiva se colocava em dourado sobre tábuas de carvalho. Norman abriu a porta e fez sinal para que eu entrasse primeiro, ele me seguiu e fechou a porta atrás de si. O restaurante era mais lindo por dentro do que por fora.
O lugar era inteiramente decorado com cores neutras, cada mesa tinha um arranjo de flores vermelhas, posta sobre uma toalha branca de detalhes prateados e dourados, e cadeiras de acochoamento, com cores que variavam entre o marrom, cinza e preto. Havia uma escada de mármore branco que dava para o segundo andar onde era possível ver vários casais conversando e brindando champanhe. Os garçons se vestiam elegantemente e rodavam o local com baldes de vinho e champanhe, ou algum prato. Há poucos metros da entrada havia um bar onde homens e mulheres mantinham uma conversa animada. O som de risadas preenchia o ambiente, a música classica com um toque de Jazz preenchia o ambiente e o cheiro exótico de comida quente tocava o ar, criando um ambiente agrádave aos meus olhos.
Escutei Norman assobiar ao meu lado-Senhorita Carter, estou impressionado-Norman me deu um sorrisinho de lado-As surpresas estão só começando Senhor Ratri-Dei de ombros para ele.
Andamos até a recepção onde uma mulher de cachos escuros, e maquiagem bem feita, antendia as pessoas. Infomei a reserva para ela e vi que seus olhos demoraram em Norman, e ela lhe deu um sorriso sedutor. -A reserva é no nome do senho?-Perguntou com uma voz felina. Senti uma pontada, e pigarrei baixo o puxando para mais perto de mim,enquanto ela piscava os olhos repetidamente e fazia sinal para seguirmos ela. Enquanto subiamos as escadas Norman se abaixou perto do meu ouvido.
-Isso foi ciúme que eu vi?-Perguntou susurrando no pé de minha orelha.
-Não sei do que está falando-Desviei o olhar, escutando Norman dar uma risada.
Subimos mais um pouco até chegar a uma área privada onde um vento circulava livremente, e havia uma linda vista do céu. Havia poucas mesas, algumas próximas a varanda. Havia um violinista tocando uma melodia suave e as luzes do lustre estavam mais baixas. O sereno noturno invadia o local com calma, e pareciam haver mais estrelas no céu naquele dia, do que em qualquer outro.
Um garçom chegou para nos atender, com um sorriso no rosto. E, enquanto Norman fazia os pedidos eu olhava o lago onde os barcos passavam pelo dia, mais me lembrava uma cena de a princesa e o sapo.
-Então...-Norman começou depois que o garçom saiu.
-O que está achando daqui?-Perguntou, com um sorrriso tímido.
-É divertido. Phill e Carol adoraram o presentes a proposito-Olhei de soslaio para ele, que engoliu em seco.
-Achei que dar um pequeno agrado seria bom-Desviou a vista para o lago, quando eu cruzei os braços e o encarei.
-A Carol te subornou, não foi?-Ele assentiu de leve, com os lábio tremulos.
-Ela é uma pequena golpista, pensava que Sherry sabia extorquir presentes. Mas a sua irmã está em outro nível-Dei uma risada leve, vendo que ele também me acompanhava. Um tempo depois o garçom veio até nós com um balde contendo vinho e duas taças, dizendo que a comida vinha logo em seguida.
-Vinho?-Perguntei, vendo o homem se preparar para abrir a garrada.
-Se quiser eu peço um champanhe-Ele fez menção de levantar a mão,mas eu fui rápida e peguei por cima da mesa, entrelaçando nossos dedos.
-Vinho está muito bom- Norman olhou para mim, enquanto eu ascenava para o garçom e ele nos servia. Eu girei a taça, levando-a a boca, e bebendo um pouco do vinho tinto. Senti um gostinho amargo em minha boca.
-Então, monte fugi?-Perguntei me referindo a história que contará de seus pais.
-Humm...Sim, acho que o exagero está no sangue Ratri-Ele começou a contar mais histórias sobre sua família. E eu,as vezes contava episódios sobre a exêntrica família Carter.
Estavamos tão entretidos que nem nos tocamos sobre a demora da comida, até o garçom, o qual eu descobrirá se chamar Dave, chegar nos pedindo desculpas.
O jantar correu bem, uma vez que esvazei meu segundo copo de vinho e Norman o encheu, novamente.
-Está tentando me embebedar senhor Ratri?-Perguntei, olhando diretamente em seu olhos de safira.
-Uma velha amiga já me falou que:"Quando precisa se soltar, nada melhor do que uma bebida"-Ele ainda se lembrara daquela frase.
-Então um brinde senhor Ratri-Falei, erguendo a taça e tentando fazer uma voz sedutora. O vi engolir seco, e estender a taça também.
-Um brinde senhorita Carter-Brindamos e viramos as taças logo depois.
Já passava dos 23:00 quando saímos da ala privada. Norman disse que procuraria o gerente para lhe agradecer, e pediu que eu esperasse perto da porta.
Retirei meu celular a bolsa,e mandei uma mensagem para minha mãe. Enquanto eu digitava animada, senti um perfume masculino chegar perto.
-O que uma princesa está fazendo aqui sozinha?-Um homem de barba rala, e cabelos loiros se aproximou de mim.
-Com certeza não dando moral para homem escroto-Me virei para ele que havia me encuralado contra a parede.
-Ah essa princesinha é bem valente não é mesmo-Ele deu um sorriso de escárnio, com a mão vindo em direção ao meu busto.
-Sim, e ela vai quebrar o sapatinho de cristal no meio das suas bolas, se você não sair da minha frente-Eu o empurrei e saí do restaurante encontrando o lado de fora quase vazio.
Eu respirei fundo, várias vezes, tentando assimilar o que havia acabado de acontecer. Senti uma mão gelada agarrar meu braço. Não pensei duas vezes e desferi um murro na barriga do sujeito,mas me senti culpada depois que vi Norman quase vomitar o jantar.
-Me desculpe-Me ajoelhei perto dele, que respirava com dificuldade.
-Tudo bem-Ele me confortou, embora fosse ele quem precisasse.
-O que houve? Você saiu sem me dizer-Ele olhou para mim com preocupação. Eu apenas balançei a cabeça, dizendo que estava tudo bem.
Embora desconfiado, Norman concordou comigo e seguimos de voltar para o hotel, cada um absorto em seu próprio pensamento.
Andamos pelos corredores vazios, já que uma grande parte dos visitantes já tinha ido para a cama a horas.
Norman fez questão de me deixar na entrada do meu quarto-Agradeço pela noite Emma-Ele se aproximou, deixando seu perfume se espalhar no ar próximo a mim. E depositou um beijo casto em minha bochecha. Quando norman fez menção de se afastar eu o segurei pela gola da camisa, e o puxei para mim, juntando nossos lábios em um beijo faminto.
Estava tão nervosa com a situação de mais cedo, e tão frustrada com tudo o que estava acontecendo que não medi as consequências do beijo.
Eu me separei, de forma abrupta, dele-Me desculpe-Virei, fazendo menção de entrar para dentro do quarto. Quando Norman me empurrou para dentro do quarto, agarrando a minha cintura e me prendendo contra a parede, com uma força que eu nem sabia que ele tinha, se é que ele tinha.
-Vou cobrar o que me prometeu mais cedo-Ele susurrou roucamente, deixando beijos pelo meu pescoço e me prendendo ainda mais contra a parede.
-Norman...-Eu tentava falar sem soltar um gemido, já com minhas bochechas vermelhas. Eu o segurei pelos braços, o forçando a me olhar.
-Estamos bebâdos, não quer repetir o que aconteceu da última vez-Eu olhei para o chão, antes dele atacar meu lábios de novos. Eu agarrei seu cabelos com força, enquanto nossa línguas se estrelaçavam, lutando por espaço,e o ar sumia aos poucos.
Nos separamos segundos depois, ambos ofegantes. -Tenha certeza de uma coisa minha querida...-Ele me direcionou seus olhos selvagens, encostando sua testa na minha-...É que eu estou sóbrio o suficiente para querer isso com todas as minhas forças- Ele voltou a me beijar de novo. E no meio de tantas sensações, creio ter escutado uma múscia tocando ao fundo. Me lembrava a do Elton John.
O amor poderia ter chegado naquela noite.