POV Ludmilla
Naquela manhã de segunda, a negra acordou bem disposta depois de um domingo em família e da animação por uma semana que já poderia ter começado na sexta, ela tinha urgência em ver uma certa loira novamente. Ludmilla foi para a Advocacias Oliveira e se apresentou como vice-presidente e agora nova pessoa a frente da empresa.
Ludmilla: - Bom dia a todos, convoquei essa reunião de apresentação, que será breve, para falar um pouco sobre algumas idéias e o novo futuro que se inicia hoje na Advocacias Oliviera. - Ela usava um terno feminino preto, com as calças mais folgadas para que não marcasse seu membro e cabelos presos com um coque alto e elegante. - Como muitos aqui já sabem, sou Ludmilla Oliveira, filha de Renato Oliveira e a partir de hoje, vice presidente desta empresa. - Todos prestavam muita atenção, uns por admiração, outros por estarem impactados com a postura e a beleza da negra. - Todos os assuntos que forem a mim direcionados terão que passar primeiro pela minha assistente Daiane. - Apontou a amiga que estava em pé ao seu lado. - Nossa empresa tem imensa credibilidade no mercado por sermos os melhores e o meu objetivo é manter esse padrão de qualidade, conto com vocês para ser o melhor time que eu possa ter e quando eu falo time é porque embora eu esteja ocupando um cargo acima do de vocês, o seus problemas sempre serão os meus, então me coloco a disposição para o que precisarem. Bom trabalho a todos e ao longo da semana farei reuniões individuais com cada um de vocês, quero saber da dinâmica de vossos trabalhos e o que podemos melhorar em conjunto.
Todos aplaudiram o discurso da nova chefe e estimavam crescer ainda mais com uma mente jovem no comando.
Daiane: - Belo discurso Oliveira.
Ludmilla: - Obrigada Dai, eu não menti, quero alinhar essa empresa, funcionário feliz rende mais e sabe que é nisso que acredito. - A amiga sabia, Ludmilla poderia ser dura as vezes, mais sua essência paz e amor era a marca do sucesso. - Você ficará instalada em minha sala, se é minha assistente tem que estar por dentro de tudo que me envolve. Contrate uma secretária para nós, quero alguém pra organizar as agendas e reuniões internas, as externas você cuida.
Daiane: - Ok chefe. - Fez pose e soldado.
Ludmilla: - Pare de ser idiota e vamos logo pra nossa sala, quero ja revisar uns contratos contigo.
Daiane: - Pelo amor de Deus que pique é esse?
Ludmilla: - Eu preciso ocupar minha mente para a semana passar rápido.
Daiane: - Vai me contar da gatinha que conheceu?
Ludmilla: - Vamos subir que te falo tudo.
Voltaram para a sala onde ambas iriam trabalhar e Ludmilla contou para a melhor amiga como havia conhecido Brunna e do encontro proposto no próximo sábado.
Daiane: - E se ela não for?
Ludmilla: - Honestamente eu não sei, ainda nem pensei nessa possibilidade, na verdade to com medo de tomar esse tombo, prefiro trabalhar com a expectativa do sim. - A amiga olhava para Ludmilla intrigada, não era como mais uma boca que a negra queria beijar, tinha algo diferente ali.
Daiane: - Lud, você ta solteira não tem nem 1 mês e já ta produzindo um romance na sua cabeça? O que você viu nessa mulher?
Ludmilla: - Você passou tempo de mais olhando pra Fernanda e não reparou ao seu redor, mais eu te entendo, pois assim que ela entrou na balada eu fiz o mesmo, a vi dançando, bebendo, conversando, sorrindo e dançando de novo, me perdi nela sem motivo, mais ai eu fui lá, me aproximei, a tirei de perto daquele idiota e vi sua timidez, seu olhar no meu e não resisti, eu preciso saber mais dela.
Daiane: - Ta parecendo uma adolescente apaixonada. - Riu da advogada que ficou com cara de paisagem ao falar de Brunna. - Lud, aproveitando que vai voltar a ativa, vamos combinar uma coisa? Seja apenas a Ludmilla, seu sobrenome tem impacto e as vezes só aproxima quem quer tirar proveito da sua grana, foi assim com Isabelly que se apaixonou pelo seu dinheiro e não estou dizendo que todas pessoas serão iguais, mais se permita ser conhecida por quem você é como pessoa e não pelo peso de ser uma Oliveira.
Ludmilla: - Eu já tinha pensado nisso Dai, desde a conversa que tive com minha mãe, decidi que apenas aqui serei Ludmilla Oliveira e da porta pra fora vou procurar viver e ser feliz sem esse peso todo. Obrigada por sempre cuidar de mim, te amo. - A puxou para um abraço.
Daiane: - Te amo e to aqui sempre. - Soltou a negra e sorriu olhando em seus emocionados olhos. - Agora vamos trabalhar pra semana voar né? O que tem pra mim?
Ludmilla: - Analisei alguns contratos que quero que dê andamento nas assinaturas e temos 7 audiências marcadas para essa semana, então preciso de uma equipe para dar conta disso.
Daiane: - E o caso do Marcos?
Ludmilla: - Temos 3 presos e ainda muita coisa pra desenrolar, pensei sobre como agir e vamos fazer a estratégia 2x3.
Daiane: - Tem certeza?
Ludmilla: - Sim Dai, a melhor forma de tentar derrotar seu oponente é estudando quais armas ele pode usar, colocarei os 2 melhores advogados no caso e para a audiência relacionaremos os mesmos 2 e um a confirmar que no caso serei eu. Seja quem for o advogado de defesa desses marginais, só vai saber que serei eu a frente do caso na hora do tribunal, assim não haverá chance de estudarem meus métodos, ainda mais que essa justiça aqui no Brasil é falha e prefere bandido solto do que construir novas penitenciárias.
Daiane: - Seu pai ja sabe dessa decisão?
Ludmilla: - Não e nem vai, o caso é meu e eu decido como agir, vou monitorar todas as ações e aperecer como cartada final.
A amiga assentiu.
POV Brunna
Na empresa o dia estava agitado e Brunna ainda não tinha encontrado Caio e agradecia por isso, ainda assim sabia que seria inevitável o encontro.
Larissa: - Amiga? Ta com a cabeça no mundo da lua? Nem tocou no seu prato ainda!
Brunna: - Estou pensando no Caio, não queria topar ele pelos próximos meses. - Sorriu frustrada, era impossível visto que ele é filho do sr. Otávio.
Larissa: - Ele não apareceu hoje e estou dando graças a Deus!
Brunna: - Eu preciso conversar com ele seriamente, mais to sem paciência.
Larissa: - Comece a criar agora, pois ele está vindo em nossa direção. - Olhou para a entrada do restaurante e avistou Caio se aproximando.
Caio: - Oi meninas, boa tarde.
- Boa tarde, responderam uníssono.
Caio: - Brunna, podemos falar um minuto? - Olhou para Larissa como se pedisse que os deixasse a sós.
Larissa: - Vou no banheiro, volto rápido. - Piscou para a amiga e saiu deixando que conversassem, porém realmente não pretendia demorar.
Brunna: - Sente-se!
Caio: - Brunna eu preciso me desculpar por sábado, eu fui um idiota contigo, estou me sentindo péssimo. - Tentou pegar na mão da loira que recolheu rapidamente.
Brunna: - Eu realmente não pretendia ter essa conversa com você hoje... Estou muito impressionada com sua atitude, pensei que tinha respeito pela minha pessoa e pelas minhas escolhas, quando eu falo que não é porque é não mesmo.
Caio: - Eu confundi as coisas, achei que o beijo tinha significado algo pra ti.
Brunna: - E significou sim. - Caio ameaçou um sorriso esperançoso. - Você me pegou de surpresa e eu optei por corresponder, era algo que você queria a muito tempo e que mal teria em um beijo não é mesmo?
Caio: - Se signifi...
Brunna: - Eu não terminei! Pra mim ficou ainda mais claro que não dá, quero e só consigo ser sua amiga e nada mais, aliás, depois de toda aquela cena, nem sei se estou disposta a ter amizade com uma pessoa que claramente só quer que a sua vontade seja feita.
Caio: - Brunna eu tinha bebido... Eu já pedi desculpa.
Brunna: - Te desculpo Caio, mais trate por favor de tirar da sua cabeça que teremos algo, pois não vai acontecer. Não quero mais você rondando minha família e me cercando porque meu pai vai com a sua cara, caso contrário serei obrigada a contar pra eles que precisei ser defendida por uma desconhecida pois você estava sendo violento comigo.
Caio: - Também não é pra tanto! E quem vê assim até pensa que se incomodou com a defensora dos fracos e oprimidos, eu vi que você foi curtir a noite com ela.
Brunna: - Não fomos curtir nada, ela apenas me levou em casa, você literalmente acabou com a minha noite com sua grosseria e ainda que tivesse acontecido algo, o que eu faço ou não da minha vida não te diz respeito.
Caio: - Ok Brunna, eu vim te pedir desculpas, mesmo que pelo visto você não esteja tão disposta a aceitar.
Brunna: - Desculpas aceitas Caio, só por favor, me deixe em paz! - De longe avistou Larissa e agradeceu aos céus por encerrar aquela conversa com a chegada da amiga.
Larissa: - Cheguei crianças. - Sentou-se na mesa.
Caio: - Eu já vou indo, até mais meninas. - Virou-se andando em direção a saída em passos largos, sem esperar resposta.
Larissa: - Ta tudo bem amiga?
Brunna: - Nossa, uns 10kg mais leve! Encerrei as possibilidades dele comigo, e espero que ele tenha entendido.
Larissa: - Agora viramos a chavinha para a gostosona do Porsche?
Brunna: - Você ta mais empolgada que eu! - Riu para a amiga e balançou com a cabeça voltando a comer sua comida.
Larissa: - Você sabe que eu te conheço a muitos anos né? Então sabe também que eu sei que esse charme ai é pra tentar não ficar nervosa. Pare de tentar me enganar e se enganar também, se joga amiga!
Brunna: - Você não existe mesmo...
POV Caio
Caio: - Alô, grilo? Plano B imediatamente! - Se Brunna não o queria, também não viveria dias de felicidade, não quando ele tinha em mãos algo tão precioso pra ela. Em sua mente ele a teria, mais cedo ou mais tarde.
***
A semana passou a passos lentos, parece que a ansiedade de ambas trabalhou na contramão do tempo.
POV Ludmilla
Ludmilla: - E ai mãe, estou bem? - Descia as escadas pronta para a balada, usava uma calça branca e um top preto com pedras de diamante deixando sua barriga bem definida a mostra, no pé uma bota da Prada e os cabelos estavam soltos e chapado, ela ia para matar!
Silvana: - Mais que bem, está maravilhosa! Onde vai?
Ludmilla: - Vou encontrar a loira mais linda que eu já vi na vida e que desejo passar a conhecer melhor.
Silvana: - Uallll, falando assim até eu quero conhecer!
Ludmilla: - Quem sabe, vamos deixar rolar, o primeiro passo é ela não me dar um bolo hoje, torça por mim mãe.
Silvana: - Confiança minha filha, você é uma gata, ela não deixaria passar. Boa sorte! - Beijou a filha e a viu sair pela porta com um olhar preocupado, ela realmente estava insegura, e nunca tinha visto sua filha assim.
Ludmilla chegou na balada e sentou no bar, de frente pra porta, pediu uma água pois não queria que o alcool distorcesse sua atenção que aquela noite seria dedicada a loira.
Já se passavam 2hrs que ela estava ali, sabia que não tinha marcado horário e se perguntava se chegar as 20h teria sido cedo ou se 22h era tarde demais.
Ludmilla: - Ah Brunna, se você não vier, pode ter certeza que vou ficar plantada em frente ao seu prédio, mais eu vou te ver de novo ou não me chamo Ludmilla!
***
Votem, comentem e avisem dos erros.
E ai, sera que a Brunna vai ao encontro?
Bjsss