Reencontro [Livro 2]

By sabrinaNeshama

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Lúcia e Joaquim estiveram muitos anos separados por conta dos problemas que tiveram entre as famílias dos doi... More

Conhecendo o livro
Prólogo
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❤ Agradecimentos 🤗
Curiosidades 💡
✨ A autora ✨

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By sabrinaNeshama

Lúcia:

Recebi uma ligação.

- Alô? - Falei ao colocar o telefone no ouvido.

- Alô. Aqui é o general Martin. És a esposa do soldado Christopher Miller?

- Sou sim. Aconteceu alguma coisa? - Perguntei desconfiada.

- Como sabe, os soldados foram convocados para a guerra de ocupação de terras e sinto muito lhe infomar que seu marido foi um das centenas de homens que faleceram durante este ato. Não encontramos o corpo dele, mas tudo indica que pereceu na explosão das bombas.

Soltei o telefone e fiquei muda.

- Alô? Tem alguém na linha?

Corri para meu quarto e lançando-se na cama, comecei a chorar.

Não podia acreditar que ele havia morrido e queria que fosse apenas um pesadelo.

Depois de haver chorado muito, descí e pus a água no fogo para preparar um chá de camomila para tentar ficar calma, mas foi só olhar os retratos de mim ao lado de Christopher que a tristeza voltou.

Não aguentei tamanha dor e fui para a beira da janela de meu quarto, que era um pouco alto, já que era o segundo piso da casa e fiquei olhando para baixo.

E se eu pulasse? - Pensei.

Nada mais em minha vida fazia sentido. Estava decidida, fechei os olhos e já ia pular, mas senti que alguém me puxou para dentro do quarto à tempo, gritando:

- O que deu em você?! Por que estava pendurada na sacada da janela de seu quarto?!

- Eu quero morrer! - Chorava.

- Mas por que?! O que aconteceu?!

Só conseguia chorar ali e Joaquim me abraçou.

Depois que tomei um chá, fiquei mais calma e Joaquim me perguntou:

- Estás melhor?

Balancei a cabeça em sinal de positivo.

- Que bom. Agora me diga o que aconteceu para agires daquela forma?

Suspirei e lhe respondí:

- O Christopher...

- O que tem ele?!

- Morreu na guerra! - Voltei a chorar.

Joaquim pareceu surpreso.

- Sinto muito, Lúcia.

- O pior é que eu não fui uma boa esposa pra ele enquanto estava fora!

- Me perdoe. - Ficou triste.

- Eu sou a culpada de tudo.

Joaquim ficou bravo com ele mesmo e gruniu de raiva, ficando em pé e passando a mão nos cabelos, encostamdo- se na parede.

- Tem uma coisa que nunca te contei antes. - Quebrei o silêncio.

- O que é?

- Eu... Já estive grávida do Christopher.

Joaquim assustou-se com minha revelação.

- E o que aconteceu com seu filho?

- Caí da escada e abortei.

- Lúcia... - Joaquim abaixou-se para ficar de frente à mim e  segurou minhas mãos - Isso é muito triste!

- Eu sei. Demorei anos para superar e depois disto tive medo de tentar outro filho.

- Sinto muito por isso também.

- Parece que a vida me odeia! Agora entende porquê eu queria morrer?!

- Não diga isso, agora eu estou do seu lado e prometo que cuidarei de ti. - Acariciou minha bochecha.

- Obrigada, Joaquim. Não sei o que seria de mim sem ti. - O abracei.

Uma semana se passou e Lúcia já estava melhor e até sorria às vezes. Joaquim esteve ao seu lado neste momento muito difícil que ela estava passando e deu todo o apoio.

Ele deu mais atenção à ela, a levando aos lugares bonitos, fazendo companhia e surpresas agradáveis, a amando, já que a pediu em namoro.

Mas apesar de tudo isto, seu semblante caía quando passava por uma mãe levando seu bebê no carrinho.

- Ah, Lúcia... - Joaquim segura a mão dela ao sentarem no banco. - Assim eu me preocupo contigo.

- Desculpa. - Sentiu tristeza. - É que não consigo evitar às vezes.

- A verdade é que eu te amo. E faria de tudo pra te ver feliz.

- Verdade?

- Sim. E não quero te perder novamente, por isso eu quero viver uma vida inteira ao seu lado. - Segurou seu rosto.

Ela sorriu e sentiu-se melhor.

Pedro Henrique, o irmão de Joaquim continuava a explorar o mundo, ele fez um novo amigo e o levou para casa, para sua mãe conhecê-lo:

- Mãe! Mãe! Mãe! - Entrou na sala correndo e gritando.

- O que foi, Pedro Henrique?! Por que essa gritaria toda?! - Irene veio preocupada, enxugando as mãos no avental.

- Mãe! Esse aqui é o Billy, meu novo amigo.

- Ah... Olá, Billy! Muito prazer. - O cumprimentou sorridente.

- Prazer, dona Irene. - Billy respondeu simpático.

- Ele pode almoçar com a gente hoje?

- Pode sim!

- Éhh!!

- Enquanto isso, podem ir brincar. Quando a comida estiver pronta eu aviso.

- Vamos, Billy! Quero te mostrar uma coisa! - Foram para fora.

Joaquim apareceu e os meninos quase esbrarraram-se nele.

- Ei! - Falou.

- Desculpa, Joaquim!

Eles foram para fora e Joaquim riu deles.

- Quem era o miúdo?

- Um novo amigo do Pedro.

Pedro Henrique emprestou à Billy seu caleidoscópio e eles brincaram de piratas da ilha e Irene os observou da janela.

Irene conversou com seu filho e lhe disse antes de colocá-lo na cama:

- Parece que se divertiu muito hoje.

- Muito! O Billy é muito legal!

Ela ri.

- Que bom, querido.

- Mãe?

- Sim?

- Tome. - Deu à ela sua prova de matemática.

Irene olhou a nota e se alegrou com o filho.

- Um dez? Parabéns, querido! - O abraça forte.

Por fim, eles se despedem para dormirem.

- Boa noite, mãe!

- Boa noite, meu amor. - O beijou.

Harry:

Recebi uma ligação em meu escritório.

- Alô?

- Alô, Harry! É o detetive Walter. - Disse eufórico-  Estou a te ligar para lhe dizer-te que capturamos Nicolau Rivera!

Saí correndo dalí.

- Onde está indo desse jeito, querido? - Anastácia me perguntou.

- Para a delegacia, pois encontraram quem matou meu pai! - Beijei -a rapidamente e peguei meu carro e parti para ao Departamento de Polícia.

Chegando lá, fui logo querendo falar com o detetive.

- Eu preciso falar com o detetive Walter! - Estava impaciente.

- Harry! - O delegado apareceu chamou meu nome. - Venha comigo.

Fui para o escritório do delegado.

- Então o prenderam?!

- Sim.

- E onde ele está?!

- No momento irá ficar aqui até o transferirmos para uma prisão. Juntamos todas as provas e concluímos que Nicolau foi o responsável pela morte do seu pai por asfixia.

Fiquei aliviado por terem o prendido, e também com raiva daquele que se dizia amigo de meu pai e ia o visitar.

Fui encarar Nicolau e dizer à ele tudo o que tinha a lhe dizer.

- Então tu matastes meu pai!

- Harry, isso é tudo um grande engano!

Tentava  manter-me calmo ali dentro da delegacia.

- Por que?!

- Eu já te disse que não foi eu! Tu bens sabes que Frederich e eu éramos grandes amigos...

- Não acredito em ti! Mesmo que meu pai não tenha sido o melhor homem da terra, me doeu muito o que TU fizestes com ele!

Nicolau se pôs a rir e eu estranhei sua atitude.

- Que engraçado. Agora dizes que importava-te com seu pai?

- Mas é claro!

- Por que não confessas de uma vez que a morte de seu pai foi um alívio para ti?! 

- Estás louco. É melhor eu já ir embora, pois não aguento ficar aqui ouvindo as bobagens que estás a me dizer. - Disse e foi-se.

- ISSO NÃO VAI FICAR ASSIM! EU VOU DAR UM JEITO DE SAIR DAQUI E IREI PROVAR A MINHA INOCÊNCIA! - Gritou.

Cheguei em casa inquieto e Anastácia veio falar comigo com a maior delicadeza.

- Como foi lá?

- Tive uma pequena conversa com Nicolau e tive que vir embora antes que perdesse a cabeça.

- O que vais fazer agora?

- Vou fazer de tudo para que ele permanceça preso.

Nicolau foi levado ao presídio e ele teve que dividir cela com mais dois detentos.

Com o passar do tempo, eles se deram bem, ao contrário do que aconteceu com outro preso. Os dois se odiaram e até tiveram que os separar da briga certa vez, no refeitório. 

- Parem com essa palhaçada agora! - Os carcereiros vieram.

- Este animal que veio querer me expulsar do meu lugar na mesa! - Nicolau o xingou.

- Do que me chamaste?!

- Por acaso estás surdo?

Quiseram brigar novamente e tiveram que os colocar de castigo, em salas solitárias.

Depois disto, Nicolau pediu para fazer uma ligação, já que ninguém ia o visitar.

- Alô? Sou eu, Nicolau.

Depois de haver explicado a situação ao comparça, disse com toda a raiva:

- Por isso mesmo, quero que  Harry SOFRA, pois ELE e sua família tornaram minha vida um inferno!

Seu semblante era sério e cheio de ódio. Para ele, tudo o que estava contecendo com sua vida, era culpa da família Lancelloti.

Enquanto isso...

Os filhos de Harry e Anastácia brincavam alegremente, correndo pelo jardim.

- Cuidado para não caírem, crianças! - Anastácia os advertiu.

- Fico feliz em vê-los felizes assim. - Harry disse.

- Eu também. - Sorriu.

- Vocês são tudo pra mim e tenho muita sorte de tê-los.

- Ah, Harry... Que lindo.

- Eu te amo. Não te esqueças disso.

- Também te amo.

A beijou.

Hello there!

Capítulo emocionante este, não é?

Coitada de Lúcia, perdeu sua família e revelou um segredo que não havia contado antes.

Mas ainda bem que ela tem seu amigo de infância ao seu lado, que está a apoiando nesse momento tão difícil para ela.


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