Um Retorno Inesperado | ✓

By abewrite

45.6K 3.3K 1.4K

Lauren Anderson tinha quinze anos quando teve que se mudar de sua cidade natal para morar em Londres e assim... More

Acervo
Capítulo 1
Capítulo 2
capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capitulo 17
Capítulo 18
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Epílogo
Agradecimentos
SUR-PRE-SA!

Capítulo 19

980 69 27
By abewrite

A aula havia terminado às três e meia da tarde, como de costume.

Encontrei meus amigos lá fora e de lá, fomos para a sorveteria. Ela estava diferente, tinham reformado.

As paredes estavam revestidas de um papel de parede com listras verticais rosa pastel, branca e verde água. O balcão estava do lado esquerdo e tinha um atendente com um avental em forma de sorvete.

Coloquei três bolas dos meus sorvetes favoritos: baunilha, morango e blueberry. Como eu senti saudade. Os sabores da Inglaterra não eram iguais, apesar de bons também.

Me sentei na mesa com um grande sorriso e saboreei a primeira bola.

— Deixa eu adivinhar. — Daniel falou olhando para o meu pote.

— Baunilha, morango e blueberry. — Todos falaram juntos.

— Que grandes amigos eu tenho. — Ri e eles me acompanharam.

— Você não pensa em diversificar os sabores, as vezes? — Julie perguntou rindo.

— Jamais! — Disse indignada.

Aqueles três sabores eram únicos no mundo. Não havia nenhum sabor digno o suficiente.

— Eu entendo, não troco meu chocolate com menta. — Daniel disse saboreando o sorvete verde com lascas de chocolate.

— Eca. — Fiz careta e ele me repreendeu.

Eu odiava menta com chocolate, com todas as minhas forças. Sabor esquisito, não faz o menor sentido a combinação. Quem criou estava fora de si.

Depois de tomarmos o sorvete, nos despedimos e partimos.

 Acordei na manhã seguinte bem animada, não sabia muito bem o por quê.

— Bom dia. — Sorri para o Daniel que me esperava em frente de casa.

Ele acenou para o meu pai que saía pela garagem e depois virou-se para mim.

Caminhamos até a casa de Bryan e Daniel ligou avisando que já tínhamos chegado, mas ele não atendeu. Tocamos a campainha e a Sra. Carlson abriu a porta com um sorriso.

— Oi Lauren, oi Daniel! — Sorriu. — Podem entrar um pouco? Bryan acordou tarde como sempre e ainda está se arrumando.

Nós entramos e nos sentamos no sofá, esperando pelo atrasado do Bryan. Sempre que ele dormia tarde, isso acontecia.

— Está de pé hoje depois da escola? — Ele perguntou e eu assenti.

— Sim! Você já está levando tudo para a escola? — Perguntei.

— Não, vamos passar lá em casa para pegar meu carro e os equipamentos. Pode ser? — Perguntou.

— Pode sim! — Sorri.

— Meu deus, gente, desculpa o atraso. Eu dormi... — Nós o interrompemos.

— Tarde. — Falamos juntos.

— É, sabemos! — Daniel riu.

Ele fez careta.

— Mãe, estou saindo! — Ele falou abrindo a porta.

— Bons estudos! — Ela gritou lá de dentro quando já estávamos na rua.

Fomos conversando até chegar lá.

Encontrei Julie e Melissa no corredor e fomos para a primeira aula do dia que faríamos juntas.

As horas passaram tão rápido que eu se quer vi.

Saí da última aula e fui direto para a saída da escola, Daniel e os outros já deveriam estar me esperando. Conversamos um pouco e nos despedimos, mas uma voz conhecida me chamou.

— Lauren!

Me virei e Jonathan vinha em minha direção. Pedi para Daniel e Bryan esperarem um pouco e fui até ele.

— Oi. — Sorri.

Ele pegou minha mão e deu um beijo, como de costume.

— Está tudo de pé para amanhã? — Ele perguntou sorrindo.

— Está sim. — Assenti.

— Ah, que bom então. Estou animado! — Sorriu e eu corei.

— Eu também! — Sorri.

Ele se despediu, dessa vez com um beijo na bochecha, acenou para os meninos e atravessou a rua para entrar no seu carro.

voltei a acompanhar os meninos que se entreolhavam.

— O que foi? — Bufei irritada.

— O que? — Bryan disse disfarçando.

— Por que tantos olhares?

— Que olhares? — Daniel perguntou confuso. — Acho que você está vendo coisas. — Riu com o nariz.

Cerrei os olhos, mas fiquei quieta. Seja lá o que fosse, eles não me diriam.

Deixamos Bryan em casa e caminhamos para casa de Daniel, em silêncio.

Eu entrei poucas vezes lá, mesmo o conhecendo desde que nasci. Ele não costumava se voluntariar para organizar eventos nela, mesmo quando era só o nosso grupo.

A casa dele era enorme. Provavelmente, duas vezes maior do que a minha, que classificava como uma casa média.

Ele abriu a porta e me deu espaço para entrar.

— Quanto tempo eu não venho aqui. — Falei olhando o lustre de cristal que tinha na grande sala. Ele não estava aqui da última vez que vim, há quatro anos, talvez?

— Pode ficar a vontade, eu só vou no meu quarto pegar as coisas que iremos precisar. — Coçou a nuca e subiu as escadas.

Eu iria ficar na sala, mas me bateu a curiosidade de ver como que estava o quarto dele depois de tanto tempo. Da última vez, o quarto tinha paredes azuis marinho com posteres de bandas e filmes por todo lado, também tinha um abajur de T-rex perto da cama e uma escrivaninha completamente bagunçada do lado do guarda-roupa. Além de umas prateleiras de livros de terror e suspense junto com uma coleção de bonecos de super heróis.

Subi as escadas e virei a primeira porta a direita, no momento em que ele estava tirando sua calça jeans, já sem camisa.

Me virei com o susto.

— Desculpa... — Sussurrei ainda de costas. Senti minhas bochechas queimarem.

Ele pareceu rir com a minha reação.

— Tudo bem, já pode virar.

Me virei, sem graça e ele já estava com outra blusa e abotoando uma bermuda jeans.

Olhei o quarto, agora completamente diferente de como vira pela última vez. As paredes estavam brancas, tinha apenas três posteres na parede e uma guitarra vermelha que ocupava o espaço em cima da cama. A mesma escrivaninha agora estava perfeitamente arrumada, mas as prateleiras de livros ainda estavam lá junto com os bonecos. 

— Uau, quando você disse que havia mudado, não achei que tinha levado tão a sério. — Zombei sentando em sua cama de colchas pretas.

— Pois é. — Riu. — Como ele estava da última vez que viu?

— As paredes ainda eram azuis. — Ri.

— Quarto dos meus quinze anos. — Suspirou. — Bons tempos! — Riu abrindo a última gaveta da escrivaninha.

— Não sabia que tinha aprendido. — Falei olhando para a guitarra.

— Entrei algumas semanas depois de você viajar. Queria...ocupar minha cabeça com alguma coisa. — Sorriu amarelo com uma câmera na mão.

— E você toca bem? — Sorri imaginando como ele tocava.

Guitarras combinavam com o Daniel.

— Não sei, mas eu toco. — Deu de ombros rindo.

— Então, um dia quero ouvir. — Sorri.

— O que? Eu tocar? — Ele virou-se com a testa franzida e eu assenti.

— Ah, não, não. Eu não toco para qualquer um. — Ele zombou e eu fiz uma careta.

Depois que ele terminou de pegar tudo, descemos a escada novamente, assim que seu pai entrou pela porta.

Sua expressão relaxada, ruborizou-se.

— Daniel? Sabe que horas são? Você já deveria estar arrumado para o está... — Ele parou de falar assim que me viu.

Lhe dei um sorriso sem graça.

— Lauren? Que surpresa você aqui! — Sorriu simpático e veio em minha direção.

Apertei sua mão e sorri novamente.

— Olá, Sr. Campbell, bom te ver! — Disse tímida.

— Vamos? — Daniel disse ao meu lado, mais baixo do que o normal.

— Onde vocês vão? — Ele perguntou.

Olhei para o Daniel que parecia pensar no que falar. Mas, com medo de que começassem uma briga alí, tomei a frente.

— Nós temos um trabalho muito importante para fazer da escola. O Daniel me pediu para que fosse no fim de semana para não perder o estágio, mas era a única hora disponível na agenda do local. — Sorri simpática.

Ele olhou para Daniel que apenas concordou. Havia uma tensão bem grande alí.

— Entendi. — Suspirou. — Não precisa se preocupar, eu te cubro por lá. — Ele disse concordando.

Daniel não esboçou nenhuma expressão, apenas assentiu e abriu a porta.

— Até mais, Sr. Campbell. — Acenei e ele fez o mesmo antes de atender o celular que tocava.

Saímos de lá e fomos até a garagem para pegar o carro do Daniel. Ele continuava em silêncio, parecia confuso e pensativo ao mesmo tempo.

Quando paramos no sinal vermelho, resolvi perguntar a ele sobre o que tinha acontecido.

— Está tudo bem? — Perguntei o olhando. — Fiz alguma coisa errada?

— Não... — Sussurrou olhando para o nada. — Você não fez nada, não se preocupe. — Sorriu me olhando nos olhos. — Obrigada por aquilo. — Coçou a nuca, sem graça.

— Não tem de quê. — Sorri e ele assentiu ainda pensativo.

— Com você ele foi tão compreensivo, nem parecia a mesma pessoa. — Suspirou voltando a andar com o carro.

Não sabia muito bem o que dizer, então achei melhor ficar quieta. Droga, por que eu sou tão ruim em dar conselhos?

Ficamos na estrada por pelo menos uma hora até chegarmos em frente a grande mansão com um aspecto colonial.

Ele parou o carro em frente a um portão preto e falou nossos nomes ao guarda que estava na guarita ao lado. Ele assentiu e liberou o portão para nós.

Desci do carro e coloquei meus óculos de sol. Olhei para aquela casa enorme e me senti no século dezenove novamente.

Logo na entrada tem um grande chafariz com anjos esculpidos ao redor, além de várias árvores e um desenho enorme feito de arbustos como decoração. Em seguida, tinha uma escadaria com um tapete vermelho e no topo uma grande porta de madeira rústica.

— Vamos começar daqui da entrada, que tal? — Perguntei me posicionando um pouco à frente da porta.

Ele assentiu e pegou a câmera para gravar.

Ajeitei meu cabelo e minha roupa para que saísse tudo direito e peguei a cola que tinha feito para gravar o que deveria falar. Li umas três vezes antes que ele começasse a gravar.

— Ai, estou nervosa. — Ri dobrando o papel.

— Relaxa, finge que está sozinha. — Sorriu apontando a câmera para mim.

Meio difícil, convenhamos.

Respirei fundo e comecei a falar enquanto ele filmava.

Assim que terminei, uma mulher de meia idade, muito bem vestida, nos chamou para que pudéssemos ver a casa. Eu fiz perguntas a ela sobre a história da mansão e anotava tudo em um pequeno caderno. Assim que ela terminou, disse que poderíamos ficar à vontade para fazer o documentário e se retirou.

Chegamos em uma grande sala de jantar onde tinha pratos e talheres arrumados em uma larga mesa, junto com velas. Toda a sala tinha quadros enormes de pintura com molduras douradas, além de uma escultura de mármore no canto da sala.

O lugar era lindo e bem aconchegante.

— Que incrível! — Disse encantada.

Toquei nas cadeiras almofadadas com um tecido vermelho. Estavam bem preservadas.

— Deveria ser difícil conversar com alguém aqui. — Ele disse rindo.

Gargalhei.

Ele correu até a outra ponta da mesa e virou-se para a minha ponta. Falou alguma coisa que não deu para ouvir com a câmera na mão.

— O quê? — Gritei fazendo o som ecoar pela sala.

— Eu perguntei se a vossa alteza, poderia, por obséquio, passar a jarra de suco real! — Falou mais alto dessa vez.

Nós gargalhamos.

— Jarra de suco real? — Questionei rindo enquanto ele voltava para perto.

— Foi a primeira coisa que eu pensei. — Deu de ombros.

Resolvemos gravar a segunda parte naquela sala. Dessa vez, era Daniel o responsável por falar sobre o local. Peguei a câmera de sua mão e apontei para ele que coçou a nuca sem graça. Também gravamos na cozinha real e na sala de música onde tinha apenas um piano de madeira e dois violinos. Depois, nos direcionamos ao quarto principal, onde Donald Frankwood passava todas as noites.

Sua cama era gigantesca com cabeceira almofadada com tecido de couro vermelho, toda sua madeira era folheada à ouro e tinha quatro hastes que seguravam o voil de ceda dourada em volta da cama que tinha sua colcha de cetim e uma dúzia de travesseiros.

— Imagina dormir nisso todos os dias. — Ele disse se aproximando.

— Um sonho de princesa. — Brinquei e ele balançou a cabeça rindo.

— Será que podemos deitar? — Perguntou olhando ao redor.

— Com certeza, não. — Disse óbvia.

No quarto também tinha um penico do lado da cama, dois manequins com as vestimentas que eles usavam para dormir e um grande tapete vermelho com bordado dourado que preenchia quase todo o cômodo. Além dos demais móveis em tom marfim com detalhes dourados.

Era a vez de Daniel explicar, então peguei a câmera e apontei para ele já gravando, mas, o mesmo se sentou na cama e se espreguiçou.

— Daniel! — O repreendi. — Sai daí! — Disse olhando para os lados com medo de alguém nos expulsar.

— Grava aí, vai ser uma forma legal de apresentar. — Disse se arrumando.

Olhei para os lados e apontei a câmera para ele novamente.

— Anda logo! — Revirei os olhos.

Comecei a gravar e ele falou o que estava em seu roteiro.

Depois de mais algumas horas gravando vídeos e tirando fotos, paramos para descansar na parte de trás da mansão. Era a parte mais linda de todo o terreno.

Era um jardim gigantesco com vários tipos de flores que formavam uma espécie de labirinto e no meio havia uma grande escultura do fundador.

Sentamos na escadaria que dava para o jardim, parecida com a que tinha na entrada.

— Trouxe comida. — Disse abrindo minha mochila e pegando uma torta que minha mãe tinha comprado no Duck's no dia anterior.

— Você é a melhor! — Ele falou com os olhos brilhando.

— Eu sei, eu sei! — Sorri convencida e ele revirou os olhos.

Peguei os dois garfos que tinha trazido junto com a torta e entreguei um a ele que fez questão de pegar o primeiro pedaço.

Deliciamos a torta em silêncio, depois nos deitamos no chão da escadaria para descansar. Era final da tarde e os pássaros já cantavam.

— Então, como está indo com o Jonathan? — Ele perguntou olhando para o céu.

— Bem. Somos bons amigos. — Respondi sincera.

Não é como se tivéssemos começado alguma coisa.

— Ele parece estar bem interessado. — Pontuou de forma estranha. — E você?

Boa pergunta, mas que eu não sabia responder e nem sei se queria.

— Ele é um cara legal, bem divertido. — Desconverssei sem saber o que falar.

Ele riu.

— Não foi isso que perguntei. — Se levantou e olhou para mim com as sobrancelhas arqueadas.

Bufei e me sentei novamente.

— Não sei dizer porque estamos nos conhecendo ainda, mas talvez. Um grande talvez. — Passei a mão pelo cabelo, pensativa.

Eu não tinha pensado muito sobre isso, sobre ele.

Ele assentiu e pegou suas coisas.

— Vamos? Temos que filmar a última parte. — Estendeu a mão para me ajudar e eu aceitei.

As mãos dele eram macias e suaves, eram boas de tocar.

— Vamos gravar aqui no jardim. É um bom lugar, não acha? — Perguntei olhando o espaço.

Vi que ele não estava me respondendo então me virei para ver o que fazia e estava com a câmera na mão, já filmando.

— Daniel! — Repreendi e ele gargalhou.

Cruzei os braços e esperei que ele abaixasse a câmera, mas ele não o fez.

— Ok, mandona, vamos lá! — Fez careta.

Me preparei e ele começou a gravar. Tivemos que refazer três vezes a mesma parte para que eu conseguisse gravar o que eu tinha que falar.

O sol já estava se pondo quando terminamos, deixando o jardim com um aspecto dourado incrível.

— Aqui é muito lindo! — Apreciei mais uma vez aquele cenário.

— Vamos tirar foto da estátua para colocar no trabalho, o que acha? — Perguntou tirando foto de todo o local.

— E se nos perdemos dentro do labirinto? — Ri com a possibilidade.

— É pequeno, vai ser fácil encontrar a saída! — Revirou os olhos me puxando para dentro da trilha.

Andamos por dois minutos até encontrar o meio do labirinto com a estátua. Ela era maior do que parecia.

Tiramos muitas fotos com ela e voltamos.


Hoje o dia tinha sido bem divertido e leve, logo com quem eu menos imaginava que seria. Estávamos tendo uma ótima convivência e eu gostava disso.

Saí do carro e ele me acompanhou até a porta de casa.

— Hoje o dia foi ótimo, não acha?! — Sorri.

— Com certeza, não precisei ir para o estágio. — Deu de ombros e eu gargalhei.

— Só por isso? — Cruzei os braços.

— Sim, tem mais alguma coisa? — Provocou e eu cerrei os olhos.

— Você passou o dia inteiro com a melhor pessoa que você poderia passar. — Brinquei e ele gargalhou.

— Acho que você está andando muito comigo mesmo, está ficando bem convencida. — Franziu a testa.

— Então, você concorda! — Ri.

— Concordo com o quê? — Disse confuso.

— Que eu sou a melhor pessoa que você poderia passar o dia. — Sorri orgulhosa.

— Concordo. — Sorriu, me surpreendo. — Dentre os piores, você é a melhor. — Completou abrindo mais o sorriso enquanto o meu foi se esvaindo por completo.

Ele começou a gargalhar. Ficou assim por longos segundos até que resolvesse parar.


— Você é péssimo! — Revirei os olhos, irritada.

— Tinha que ver a sua cara, eu não resisti! — Zombou.


Bufei e me virei para entrar.

Como ele podia passar de uma ótima companhia para um idiota tão rápido?!

— Tchau. — Disse seca colocando a chave na porta.

— Ei! — Ele me chamou, mas não dei ouvidos. — Lauren, para de ser sem graça! — Riu.

Quando eu ia abrir a porta, ele puxou a maçaneta de volta e a fechou.

— O que é? — Levantei uma sobrancelha e ele deu uma risadinha.

— Está brava de verdade?

Seria estranho se eu dissesse que sim. Ele perguntaria o motivo e eu não saberia responder. Nem eu sei o motivo, só estava.

— Não. — Menti e ele cerrou os olhos.

— Não é o que parece.

— Que seja. — Tentei abrir a porta novamente.

Dessa vez, ele colocou seu braço entre um batente e outro, impedindo a minha passagem. O olhei de testa franzida e ele esboçou um pequeno sorriso no rosto.

— Para de drama, Anderson.

A forma que ele me chamou pelo sobrenome me fez sentir algo estranho dentro do estômago. Algo que não sei explicar, mas sei que não deveria sentir.

— Eu tento deixar bem claro o que penso sobre você. — Falou sem quebrar o nosso contato visual, me deixando nervosa.

Do que ele estava falando? O que ele pensava sobre mim?

— Até amanhã! — Se despediu.

Distanciou-se da porta, liberando a passagem e partiu para o carro.

Eita atrás de eita!

Oi, oi, amores, não demorei tanto dessa vez, viu?!

3500 palavras não é fácil minha gente, to cansada, mas valeu a pena hein?! Me diz o que acharam desse capítulo, comentem bastante!

As vezes, o que uma garota precisa, é de um Daniel Campbell na vida, concordam?

Até o próximo, beijinhos!

Continue Reading

You'll Also Like

3.6K 321 53
Quando Nathalia Hall vai pra LA e descobre que seu irmão é um mafioso e acaba se apaixonando pelo amigo dele 1 temporada Começo: 25/09/2022 Fim:04/11...
2.7K 240 7
Essa é uma short fic baseada no clipe da música Perfect do Ed Sheeran... "But you heard it, darling, you look perfect tonight" Onde Sina e Noah eram...
243K 11.8K 78
Tudo ia bem na vida de Sienna Campbell, até um intercambista Canadense chegar e fuder com tudo, deixando-a confusa e trazendo sentimentos diferentes...
153K 8K 48
📍ʀɪᴏ ᴅᴇ ᴊᴀɴᴇɪʀᴏ, ᴄᴏᴍᴘʟᴇxᴏ ᴅᴏ ᴀʟᴇᴍᴀᴏ "dois corações unidos num sentimento, novinha e guerreiro em um só fundamento..."