All You Want | Dramione

By moonletterss

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O oitavo ano em Hogwarts deveria ser o ano de Hermione. E é, mas não do jeito que ela espera. Fic ômegaverso... More

01. Em que tudo deixa de fazer sentido
02. Você não sabe o que tem até que tudo acabe
03. Você recebe o que precisa
04. Sinto o modo como você me quer
05. É apenas curiosidade
06. Em um mar de apaixonados
07. O mundo dele continuará girando
08. Então, deixe-me ir, deixe-me ir
09. Estou tentando acalmar minha respiração
10. O que está acontecendo?
11. Eu fico um pouco nervosa perto de você
12. Tão perto de ter você nos meus lábios
13. Eu não sei como é ser você
15. Talvez possamos encontrar novas maneiras de nos desfazermos
16. Eu queria ser um pouco mais amada
17. Meu coração e eu não nos damos bem
18. E como você, como você pode simplesmente ir embora?
19. Eu estive pensando demais, me ajude
20. Entenda como meu cérebro funciona
21. Todo esse sangue ruim aqui
22. Diga-me o que há em sua cabeça
23. Tudo parece certo
24. Entre nós dois
25. Quero que você seja mais feliz
26. Seja minha para sempre
27. Meu coração finalmente confia em minha mente
28. Gostos particulares
29. Você tem esse poder sobre mim
30. Eu preciso disso
31. Estou com ciúmes, sou excessivamente zelosa
32. Meu mundo é só você
33. Sinto seus lábios se mexendo
34. O único para mim é você
35. Tudo o que você quiser
36. Epílogo: Venha o que vier

14. Posso te chamar de meu?

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By moonletterss

Malfoy beijou levemente ao longo do seu pescoço e por cima dos ombros. Beijos suaves, intercalados com uma mordida ocasional; roçando os dentes ao longo da curva do pescoço até Hermione estremecer. A mão dele, provocando seus seios, retirou-se lentamente e enredou-se em seus cabelos, puxando sua cabeça para trás até que seu pescoço estivesse à mostra.

Ele se afastou para observá-la, seus olhos prateados brilhando, antes de abaixar a cabeça e começar a lamber suas glândulas novamente. Hermione se contorceu enquanto ofegava e segurava o tecido da sua camisa.

Seu cérebro estava em um ponto de sobrecarga. Ela mal conseguia formar um pensamento completo quando sentiu os dedos dele tocando perto de sua entrada. Alfa. Alfa. Alfa. Por favor. Sim. Por favor.

O polegar dele deslizou através de sua excitação, roçando contra a carne sensível e inchada enquanto traçava a entrada de seu sexo. De novo. E de novo. Hermione arqueou os quadris para aumentar o contato, mas os dedos de Malfoy se afastaram. Ela gemeu de frustração e ele riu contra seu pescoço.

— Você tem a boceta mais perfeita — disse ele com a voz rouca quando seus dedos a mergulharam.

O som que emergiu da garganta de Hermione foi quase animal; um gemido gutural, quando suas paredes internas se fecharam contra os dedos dele. Malfoy segurou os seus cabelos com força e levantou sua cabeça, olhando em seus olhos enquanto seus dedos se retiravam e depois afundavam novamente dentro dela.

Seus olhos se escureceram completamente. Sua expressão estava feroz e possessiva. Ela podia sentir seu pau pressionando sua coxa e friccionando contra a mesa, tentando aliviar sua própria excitação enquanto continuava a fodendo com os dedos. Hermione estava ofegante ao encontrar seus olhos, estudando-o. Era como ser banhada em fogo. O calor do seu olhar era como chamas beliscando sua pele.

Quando seu corpo agarrou os dedos dele, Malfoy sibilou entre os dentes. A língua de Hermione impulsivamente disparou e bateu contra os seus lábios. Ele a beijou com força e levou os dedos mais fundo.

Não era... suficiente. Não era ele e ela o queria.

Hermione desejava implorar. Em algum lugar selvagem de sua mente, sentia vontade de implorar. Chamá-lo de Alfa e se apresentar da forma mais submissa. Se ela abrisse as pernas o máximo que pudesse e lhe mostrasse como ele a deixara molhada e excitada, ele a foderia.

O polegar de Malfoy roçou seu clitóris e um soluço baixo foi arrancado de Hermione. Os dedos dele dentro dela pressionaram em direção a sua pélvis enquanto procurava um local específico. Quando o encontrou, ele pressionou-se contra ela, que se inclinou contra seus lábios quando seu corpo inteiro explodiu. Malfoy apenas precisou provocá-la mais algumas vezes antes que ela gozasse com um grito estrangulado.

Ele abafou com os lábios.

Ela caiu contra ele, que retirou os dedos e os levou à boca. Então ele abaixou a cabeça, pressionando alguns beijos no outro lado do seu pescoço, ocupando-se em passar as mãos possessivamente sobre cada centímetro de seu corpo.

O cheiro dele ao seu redor era positivamente viciante. Ela se permitiu se perder, acariciando o rosto contra o peito dele. Podia ouvir seu batimento cardíaco acelerado e a tensão correndo através de seu corpo.

Depois de alguns minutos, levantou a cabeça e olhou para o rosto dele.

Alfa, por favor.

Hermione não tinha certeza se ele gostaria de ser chamado de Alfa. "Malfoy" parecia mais seguro.

— Malfoy — ela começou timidamente.

— Hum?

Hermione mordeu o lábio e sua mão escorregou. Ela encontrou seu pau pressionando o tecido de suas calças. Passou os dedos ao longo do contorno e o pegou por cima de suas roupas.

No momento em que o tocou, Malfoy soltou um gemido baixo e seu corpo inteiro ficou imóvel como se estivesse petrificado. Ela passou a mão ao longo do comprimento.

Era enorme. Ela já sabia disso, mas realmente sentia que era surpreendente. Tocando-o, explorando o tamanho e sentindo-o congelar enquanto tentava se controlar, ativou algo possessivo e reivindicativo no seu peito.

Ela se sentiu... gananciosa. Mais. Meu. Meu Alfa.

Ela se esforçou para pensar com clareza enquanto continuava acariciando-o. Precisava escolher suas palavras com cuidado.

— Eu sei que você disse que não iria transar comigo aqui, mas eu consegui dizer "não" três vezes. Então, nós estabelecemos que eu sou capaz. Sendo assim, não há nenhuma razão para você ainda não poder.

A voz de Hermione lhe parecia estranha. Dócil. Suplicando. Uma parte dela ficou ofendida por isso. Mas havia uma necessidade subconsciente de levá-la a um nível que não podia controlar. Se não fosse implorar, poderia pelo menos persuadi-lo.

Ela o queria. Ela queria o pau dele enterrado dentro dela. Apenas gozar não era suficiente. Não era o que seus instintos estavam dizendo que queria; não era o que precisava.

Ela queria mais do que a atenção dele. Ela queria... ele.

— Para ser claro, você está me pedindo para te foder agora? — ele disse com uma voz intensa. Seus quadris estremeceram involuntariamente enquanto ela passava os dedos sobre a cabeça de seu pau.

Ela baixou os olhos timidamente.

— Sim.

— Eu não...

Ela o agarrou com firmeza e olhou para ele.

— Eu quero você — disse ela. Procurou em sua mente pelas palavras específicas que deveria usar. — Preciso que você cuide de mim. Não é... Não é... — ela corou levemente e baixou os olhos novamente — Não é a mesma coisa quando você não...

Era difícil explicar. Ela esperava que ele fosse capaz de entender.

— Você faz um argumento muito convincente — disse ele em voz baixa. Ela estremeceu contra seu corpo.

— Por favor — disse.

Uma das mãos dele se ergueu e se enroscou firmemente nos seus cabelos novamente, inclinando sua cabeça para trás até seu pescoço estar totalmente exposto. Ele a beijou profundamente, até que Hermione estava ofegando novamente nos seus lábios.

— Por favor — ela gemeu quando ele interrompeu o beijo.

— Apenas porque você pede tão bem — disse ele, olhando profundamente em seus olhos, como se estivesse procurando por algo. Então ela sentiu ele se abaixar e abrir as calças. Um momento depois, a pele acetinada de seu pênis roçou contra a coxa dela.

Herrmione sentiu sua pele formigar de antecipação e puxou os cabelos livres do aperto dele para olhar para baixo. Ele tinha a mão em volta do seu pau e estava acariciando-o com firmeza. Era enorme e estava completamente duro.

— Você tem certeza, Granger?

Hermione ficou tentada a implorar. Deitar-se no chão e implorar por ele. Era o que seus instintos insistiam e ela estava tão desesperada para fazer sexo com ele que se sentiu tentada a ceder. Mas se forçou a pensar com cuidado.

Poderia ser outro teste.

O pensamento a fez se sentir levemente irritada.

— Estou perfeitamente consciente de minhas decisões, Malfoy — disse ela com uma voz aguda.

Ele deu um suspiro aliviado. Teste aprovado.

Então ele gemeu.

— Eu gozei antes de vir para cá e já estava duro no momento em que você entrou na biblioteca — ele disse enquanto sua mão continuava a bombear lentamente para cima e para baixo em seu comprimento.

Ela estremeceu.

— Você não tem ideia do que faz comigo — ele rosnou contra sua orelha.

Hermione agarrou suas vestes e o puxou para mais perto, abrindo as pernas para que a cabeça de seu membro roçasse seu sexo. Ela choramingou.

— Alfa... Malfoy, me foda — ela sussurrou.

— Sim.

Ela já estava equilibrada na borda da mesa. Ele se ajustou para se alinhar nas pernas dela. Então os dois olharam para baixo e observaram enquanto ele a cutucava com a ponta de seu pau, separando suas dobras. Ele deslizou ao longo de seu sexo, roçando seu clitóris e cobrindo seu comprimento com a excitação dela antes de se afastar e empurrar lentamente. As mãos de Malfoy seguraram os quadris de Hermione, inclinando sua pélvis enquanto se afundava dentro dela.

Hermione ofegou e depois se esqueceu de respirar enquanto o observava desaparecendo dentro dela. A sensação era perfeita.

Sim. Alfa. Alfa. Por favor.

Ela podia sentir seus olhos ficando cada vez maiores enquanto observava e ele continuou pressionando ainda mais. Então deu um gemido áspero e jogou a cabeça para trás. Ela mal estava se segurando na mesa. Conseguia sentir suas paredes o prendendo, tremulando levemente ao redor dele.

— Porra... — ele gemeu.

Ele continuou a penetrando, cada vez mais fundo. Ele era tão grande. Parecia quase anatomicamente impossível que ela pudesse acomodá-lo; exceto que sabia ser capaz. Ela ofegou enquanto arqueava as costas profundamente para aceitá-la.

Ele abaixou a cabeça e beijou seus seios; ela ofegou e apertou em torno de seu pênis.

A penetração era... como se irradiasse por todo o seu ser. Como se eles estivessem no centro do universo e tudo, menos ele dentro dela, fosse apenas periférico.

Racionalmente, ela sabia, obviamente, que o pau de Draco Malfoy não era o centro do universo; que de fato não existia um centro do universo. Mas esse detalhe parecia irrelevante tendo em vista como se sentia naquele momento.

Nada deveria ser tão bom. Ela nem sabia como pensar sobre aquilo de forma coerente, tudo em que conseguia pensar era em:

— Sim. Sim. Mais... assim — Hermione murmurou as palavras repetidamente como um mantra.

Quando Malfoy se enterrou completamente dentro dela, parou com um gemido e deixou cair a cabeça no seu ombro. As mãos dele em seus quadris a seguravam com tanta força que ela suspeitava que teria hematomas. Todo o seu corpo tremia levemente, como se estivesse nos limites mais extremos do controle.

Ele respirou profundamente várias vezes.

O lado racional de Hermione recomendou ficar parada e esperar que ele se firmasse. Mas o lado instintivo – que ocupava a superfície de sua mente naquele momento – não permitiu.

Ela não o queria composto. Ela o queria possessivo. Reivindicativo. Ela queria senti-lo pegando fogo.

Ela rebolou os quadris, arrastou a língua sobre a glândula de cheiro dele e depois mordeu a pele do seu pescoço.

Ele soltou um rosnado irregular e suas mãos a agarraram com mais força quando ele se retirou e entrou novamente dentro dela sem piedade.

— Minha. Você é minha.

Sim.

Sim. Dessa forma.

As mãos dele deslizaram possessivamente pelo seu corpo enquanto a penetrava novamente. Ele envolveu seus braços em torno dela e a esmagou contra seu corpo. E ela gostou.

— Minha — ele repetiu todas as vezes em que investia. — Você é minha. Minha Ômega. Diga — ele rosnou enquanto se enterrava dentro dela.

Ele era como fogo. Suas chamas irradiavam por todo o mundo. Ele era seu ponto focal. Ele era um inferno ao seu redor, no qual ela poderia se perder.

— Sua. Eu sou sua — prometeu. Enroscou a mão no cabelo dele e levantou o seu rosto para poder estudar sua expressão com avidez.

A maneira como ele a encarava a fez se sentir como se ela fosse o centro do universo. A intensidade possessiva de seu olhar, como se a possuísse. Como se a adorasse.

Quando seus olhos se encontraram, foi como se sua magia fosse tocada pela dele. Ela ofegou e o beijou, envolvendo-se em torno dele enquanto Malfoy investia profundamente dentro dela.

— Você é tão perfeita — ofegou contra seus lábios. — Eu cuidarei de você. Eu sempre cuidarei de você. Minha. Minha Ômega.

A reação imediata de Hermione foi se emocionar com as palavras. Acreditar e se perder dentro delas.

Então ela se lembrou de si mesma. Promessas de alfa. Qualquer Alfa diria algo semelhante a ela. Isso era fundamental para a motivação deles, para seus instintos. Eles tinham que agradar as Ômegas e cuidar delas. Não havia nada de sinceridade pessoal nas palavras. Biologia.

Mesmo se não considerasse sua dinâmica com Malfoy, sabia da existência de uma espécie de regra fundamental que dizia que as garotas nunca deveriam acreditar em nada que um garoto dissesse durante o sexo. Até Hermione sabia disso.

Mas... naquele momento, ele quis dizer aquelas palavras. Draco Malfoy não diria. Mas o seu Alfa sim. Quando ele era seu Alfa, ele realmente queria dizer aquilo.

Ela permitiu-se acreditar um pouco.

— Alfa. Alfa — ela disse e se derreteu nele. Ele era poderoso, bruto e possessivo; grande e duro. Um alfa perfeito. Seu alfa. Seu.

Suas investidas foram ficando cada vez mais curtas e Hermione o sentiu crescer dentro dela até gozar. Enchendo-a ainda mais quando ela já estava cheia dele. A sensação ativou algo em seu sistema e seu orgasmo a atingiu como uma onda. Ela sentiu seus músculos agarrando-o quando se jogou em seus braços e ele a beijou.

Foi...

Intenso.

Muito emocional. Muito físico. Como se todas as partes dela estivessem se desintegrando e fossem se separar. Os dois orgasmos anteriores tinham sido como chuva de primavera e o último, um ciclone.

Tudo a atingiu. Todas as suas emoções: tristeza, frustração, estresse, raiva e incerteza, que acumulara nas últimas três semanas. Seu anseio desesperado por Malfoy e o desespero instintivo por sua rejeição.

Não havia para onde ir. Ela se retorceu nos seus braços, tentando escapar. Não conseguiu. Ele estava dentro dela, esmagando-a contra si mesmo enquanto ofegava e lhe prometia tudo.

Ela não podia escapar do que estava acontecendo. Seu orgasmo rasgara sua própria alma. As sensações e emoções continuaram crescendo e se transformando em uma onda cada vez maior. Não parava.

Ela não conseguiu se conter.

Ela começou a chorar.

Ela não conseguiu parar. Ela chorou e chorou mesmo quando seu corpo se despedaçou ao redor dele.

— Está tudo bem. Você está bem. Boa garota. Você é tão perfeita — Malfoy estava lhe dizendo, segurando-a firmemente contra ele, mesmo enquanto continuava dentro dela. Ele passou a língua pelas glândulas do seu pescoço e rosnou-lhe elogios e promessas. — Boa garota. Você é tão perfeita.

Quando ele parou de murmurar, começou a enxugar as lágrimas que Hermione ainda derramava.

— Boa garota. Boa garota. Estou tão satisfeito com você — ele disse, acariciando suas glândulas com os polegares até que seus soluços diminuíram e ela se acalmou.

Hermione sentiu seu rosto ficar escarlate quando começou a perceber o espetacular embaraço de chorar no meio do orgasmo. Malfoy nunca mais confiaria em suas habilidades de tomar decisões e jamais faria sexo com ela novamente.

— Me desculpe — Hermione disse, se contorcendo internamente enquanto tentava enxugar todas as lágrimas o mais rápido possível. Se o pênis dele não estivesse literalmente preso dentro de seu corpo, ela provavelmente teria fugido. — Oh, meu Deus, sinto muito. Não sei... não sei por que comecei a chorar.

Os olhos dele se arregalaram.

— Ah, droga. Desculpe-me. Achei que você soubesse — disse ele, levantou-a da mesa e sentou-se em uma cadeira. — É normal - para Ômegas - se já faz algum tempo que não fazem sexo.

Hermione piscou confusa e seu horror desapareceu quando ele começou a despentear seus cabelos, beijando-a na testa, sem parecer que nunca mais iria queria transar com ela.

— Eu não sabia disso — disse ela, quando as mãos dele começaram a deslizar para cima e para baixo em suas costas e acariciar seu pescoço, de modo que ela desabou frouxamente contra seu peito. Ele estava tão quente. Após o orgasmo e o choro, ela se sentiu sonolenta como um gato ao sol, deitada em cima dele; seu calor irradiando sobre ela. Desejou que estivessem vestindo menos roupas, nenhuma preferencialmente. — Nenhum dos meus livros mencionou choro. Bem... acho que disseram que era intensamente emocional e catártico, mas nenhum deles especificou que isso significava choro ao gozar.

Ela se sentiu extremamente irritada.

— Espere, você tem principalmente livros didáticos, não é? — Suas mãos vagaram até seus pulsos e ele tocou em suas glândulas. A sensação fez suas paredes internas tremerem ao redor dele e Malfoy gemeu, estremecendo levemente.

Hermione esfregou o rosto no seu ombro e começou a passar os dedos pelas suas glândulas. Ela franziu as sobrancelhas.

— Eu tenho praticamente todos os livros existentes sobre Ômegas. Bem como os trabalhos de pesquisa publicados. Não há realmente muita coisa que eu possa encontrar. A maior parte é vaga ou absurda.

— Certo. Você precisa de diários pessoais. Tenho certeza de que percebeu, Ômegas são bem reservadas, elas não divulgam muito para os pesquisadores. Provavelmente mentem às vezes, também.

Hermione escondeu o rosto contra ele, se sentindo frustrada.

— Bem, eu nem sei como encontrar diários pessoais — disse ela amargamente. — Até agora, minha única fonte principal é Molly Weasley, mas, como ela nunca se apresentou, sua experiência foi totalmente diferente. Ela conhece os aspectos sociais e as tradições de puro sangue, mas há muitos aspectos biológicos que ela não entende.

— Bem, a biblioteca Malfoy tem alguns diários pessoais — disse Malfoy lentamente. — Algumas Ômegas entraram na família por casamento ao longo dos séculos e coleção de livros é uma tradição familiar. Minha mãe me enviou alguns ontem. Um deles mencionava o choro durante o sexo, porque faz parte do processo de vínculo. Eu poderia te emprestar os diários.

O coração dela deu um pulo.

— Você poderia?

— Certamente.

— Obrigada — disse ela. — Isso... isso seria... — Malfoy ainda estava acariciando suas glândulas de cheiro. Ela não tinha certeza se ele estava ciente disso ou se era um instinto subconsciente. Estava deixando sua cabeça distraída, enquanto lutava para não adormecer em cima dele.

Você está segura. Você sempre está segura aqui.

— Legal... — finalmente conseguiu dizer. Seus dedos ainda estavam descansando contra o pescoço dele e ela deitou do outro lado enquanto seus olhos caíam. — Obrigada, Malfoy, por ser tão gentil.

Ela o sentiu rir. Vibrou através de seu corpo.

— Qualquer coisa por você.

Cansada, ela se aninhou contra ele.

Não adormeça, disse a si mesma. Não caia no sono...

Quando acordou, Malfoy estava dormindo também. A cabeça dele estava encostada à de Hermione, os braços em sua volta. Aquilo era adorável. Ela ficaria ali, feliz, até morrer. Ainda podia senti-lo dentro dela, embora o nó tivesse diminuído. Eles simplesmente não haviam se movido o suficiente para se separarem.

Ela virou a cabeça levemente e avistou um gato malhado luminoso sentado na mesa ao lado deles.

Hermione soltou um pequeno grito horrorizado e Malfoy imediatamente acordou, agarrando-a com firmeza e empurrando-a protetoramente para trás, enquanto se levantava.

O gato luminoso sacudiu a cauda, alongando-se e miando antes de olhar para eles. Hermione e Malfoy estavam ambos indecentemente vestidos.

— Sr. Malfoy, Srta. Granger, quando terminarem na biblioteca, gostaria de vê-los no meu escritório — disse o patrono-gato na voz de Minerva McGonagall.

Quando terminou de falar, o gato dissolveu-se no ar.

Houve um silêncio horrorizado.

— Porra — Malfoy finalmente disse.

— Oh, meu Deus — Hermione gemeu atrás dele, sentindo-se pronta para desmaiar de vergonha. — Oh, meu Deus.

Ela pegou a varinha da mochila e começou a arrumar as roupas às pressas; puxando o sutiã sobre os seios, endireitando a calcinha e refazendo a blusa.

Quando terminou, olhou para Malfoy, que também havia endireitado suas roupas e a encarava com uma expressão indecifrável.

— Vou dizer a ela que foi minha ideia — disse ela nervosamente. — Você não precisa se preocupar.

Ele deu um leve aceno de cabeça.

— Como diabos ela sabia? — Hermione se perguntou em voz alta, sentindo-se incapaz de parar de falar. — Quero dizer, você escolheu um corredor bem escondido, não havia como alguém vir aqui. E não consigo imaginar que os outros alfas a tivessem procurado. Ou talvez eles a procuraram. Eu não sei. Eles me confundem muito.

— Eu acho que pode ter sido eu — disse Malfoy, corando levemente enquanto enfiava vários livros em sua bolsa.

Hermione olhou para ele confusa.

— Alfas... inconscientemente criam barreiras para manter outros alfas afastados — disse ele. Hermione assentiu enquanto se lembrava dos detalhes da biologia alfa. — Pensei que estava sob controle, mas perdi o controle e esqueci.

Ele ficou vermelho e Hermione sentiu uma onda de calor no peito. Ela não achava que já tinha visto Malfoy corar antes.

Ele parecia adorável.

Beije-o, seus instintos a aconselharam. Ela tentou ignorá-los.

— Não é sua culpa — disse ela, corando levemente. — Eu quis que você perdesse o controle.

Ela se sentiu esquentar só de lembrar o momento em que ele o fez.

Aquele momento. Se pudesse repeti-lo todos os dias pelo resto de sua vida, ela repetiria. Sem sombra de dúvidas.

Ela olhou por baixo de seus cílios para Malfoy e descobriu que os olhos dele estavam escurecendo enquanto ficavam em frente um do outro. Ela deu um gemido baixo.

Hermione queria beijá-lo novamente antes que precisasse voltar à realidade.

Eles tinhan tempo para isso, certo?

Afinal, McGonagall não havia especificado que precisavam ir imediatamente após receberem a mensagem, simplesmente quando terminassem na biblioteca...

Eles não precisavam ir necessariamente naquele momento.

Hermione mordeu o lábio enquanto encarava Malfoy e pesava as opções.

Então lhe ocorreu que ela, Hermione Granger, estava pensando seriamente em ignorar uma mensagem da diretora de Hogwarts em favor de beijar um garoto.

— Nós provavelmente deveríamos ir — disse ela melancolicamente, desejando pela primeira vez em sua vida que fosse uma pessoa menos responsável. Ela temia completamente a conversa iminente.

— Deveríamos — disse Malfoy sem se mexer. Ele estava olhando para a sua boca. Quando ela o olhou, a língua dele disparou e umedeceu seus lábios.

A mente de Hermione ficou em branco.

— McGonagall disse que deveríamos ir assim que... terminarmos — disse ela em uma voz baixa, encontrando os próprios olhos presos na boca dele, imaginando se ele poderia lamber os lábios novamente.

— Sim.

— Então... — Por que sua voz estava subindo novamente?

Malfoy deu um passo em sua direção.

— Então nós iremos quando terminarmos — disse ele com voz rouca enquanto a apoiava em uma estante de livros.

— Certo — ela disse em uma voz sem fôlego quando a cabeça dele desceu.

Seus olhos eram prata derretida, como se pudesse sentir o calor deles quando o seu rosto se aproximou do dela.

Quando os lábios dos dois roçaram um no outro, ocorreu-lhe com uma pontada agridoce que Draco Malfoy deixaria uma marca vitalícia nela. Não importava para onde ela fosse a partir de seu oitavo ano, ele iria fazer parte de quem ela era. Em um nível emocional fundamental, ela se entrelaçara em torno dele como um nó górdio. Seus instintos não sabiam como considerá-lo como algo não pertencente a ela.

Ela estremeceu quando os lábios dele acariciaram os seus, sentindo a boca dele se transformar em um leve sorriso quando o joelho pressionou entre suas pernas. As costas de Hermione se arquearam enquanto o beijava e uma das mãos dele subiu e descansou na base de seu pescoço, roçando as glândulas dos dois lados.

Ela gemeu e ele aprofundou o beijo. Sua outra mão deslizou para as costas dela e a pressionou contra si mesmo.

Ela não tinha ideia de quanto tempo ficaram se beijando. Bastante tempo, suspeitava. Mais do que já havia beijado alguém em toda a sua vida. Por um momento, ela suspeitou de que iriam transar novamente, mas ele parecia principalmente preocupado com as marcas de cheiro até que o ar estava denso com seus feromônios.

Ela se sentiu literalmente encharcada.

Malfoy colocou as mãos sobre sua cabeça e lambeu o interior dos seus pulsos e os dois lados do pescoço até que ela estivesse incoerente e tremendo. Então ele lambeu cada pedaço de pele exposta que era possível sem tirar sua roupa. Ele arrastou a ponta da língua da linha do cabelo, passando por entre os olhos, até a ponta do nariz.

Ele arrastou a língua em seu pescoço em movimentos longos e lentos, até que ela estava gemendo alto e tentando soltar seus pulsos.

Quando ele terminou, ela se sentiu nas nuvens.

Alfa. Alfa. Meu Alfa. Meu. Sua mente estava cantando quase delirantemente.

Considerando que seu olfato mal era elevado em comparação com o dos Alfas, ela estava bastante certa de que estaria andando pelos corredores proclamando "sou de Malfoy" com a sutileza de um balaço no rosto.

Malfoy a beijou uma última vez, depois soltou seus pulsos e deu um passo para trás. Seus olhos estavam escuros, seu rosto predatório e presunçoso.

— Isso deve durar pelo menos um dia — disse ele com um sorriso.

— Um dia? — ela disse atordoada, deslizando pela estante quando suas pernas falharam.

— Se não, tenho certeza de que posso encontrar tempo entre as aulas para fazer novamente — disse ele em voz baixa.

Me foda, por favor, sua mente gemeu e ela quase caiu no chão.

Por que ela estava na escola? Ela e Malfoy não podiam simplesmente ir a um hotel em algum lugar e transarem para sempre?

Malfoy parecia perceber que ela mal estava lúcida. Ele a pegou pela mão antes que ela caísse e a puxou para seus braços.

— Você está bem, Granger?

— Hummmm — disse ela, enterrando o rosto no seu peito.

— Devemos ir ver a diretora agora — disse ele em uma voz séria.

Hermione se lembrou abruptamente de que haviam sido convocados; que McGonagall muito, muito provavelmente sabia que ela e Malfoy tinham acabado de fazer sexo na biblioteca. Era capaz de ouvir a conversa iminente com sua ex-diretora de casa.

"Veja, diretora, você perguntou se eu tinha alguma ideia sobre medidas preventivas para me proteger e eu concluí que o meio mais seguro é fazer sexo regularmente com Malfoy, mesmo que isso viole pelo menos quinze regras escolares diferentes".

Ela soltou um pequeno som de desespero e os braços de Malfoy a envolveram.

— Vamos agora, Granger — ele disse depois de um minuto.

Desde quando Malfoy era o responsável? Ela assentiu com resignação e se afastou dele, endireitando as roupas pela segunda vez aquela noite.

Eles escaparam da biblioteca vazia e pararam no primeiro conjunto de banheiros antes de continuar o caminho para o escritório da diretora. A gárgula riu quando entraram e o rosto de Hermione parecia estar prestes a pegar fogo enquanto subia os degraus com Malfoy logo atrás.

A expressão de Malfoy imediatamente esfriou, parecida com uma máscara, quando alcançou o topo da escada.

McGonagall estava sentada em sua mesa, cercada por papelada. Ela imediatamente deitou a pena e olhou para os dois por cima dos óculos.

— Srta. Granger, Sr. Malfoy, por favor, sentem-se.

Hermione desmoronou ansiosamente na ponta da cadeira.

— Hoje à noite, às sete horas e poucos minutos, uma barreira de repulsão forçou abruptamente todos os alunos e professores para fora da biblioteca — disse McGonagall, com uma expressão fulminante.

Hermione olhou furtivamente para Malfoy. Sua expressão era cuidadosamente neutra, mas suas bochechas estavam escarlate.

— Houve várias tentativas inúteis de neutralizá-la. Infelizmente, a magia era impenetrável, como algumas barreiras que encontrei no final do mês passado.

Hermione e Malfoy se mexeram desconfortavelmente diante do olhar implacável da diretora.

— Foi tudo minha c... — Hermione começou.

— Era minha — anunciou Malfoy. Hermione olhou bruscamente para ele.

— Estou ciente de quem era a magia — disse McGonagall, e o canto de sua boca se contraiu.

— Foi minha culpa — Hermione tratou de dizer. — Ele só fez isso porque eu pedi.

— Eu também estou ciente disso — disse McGonagall e o canto de sua boca se contraiu mais uma vez. Hermione piscou e se perguntou se ela tinha imaginado. — Por acaso, existem pequenos retratos mantidos em todas as salas de aula das masmorras.

Hermione olhou-a horrorizada.

— Eu pretendia falar com vocês dois mais cedo. Infelizmente, tinha outros assuntos dentro da escola que exigiram minha atenção imediata. No entanto, a situação na biblioteca demonstrou claramente que houve um descuido. Estou certa de que, como ex-monitores, ambos sabem que a relação sexual é estritamente proibida nas dependências da escola e pode ser motivo de expulsão.

Hermione sentiu o sangue escorrer de seu rosto e se viu segurando a mão de Malfoy.

— É tudo minha culpa — disse ela com a voz trêmula. — Sou inteiramente responsável. Malfoy... você não deveria culpar Malfoy.

— Não pretendo expulsar nenhum dos dois — disse McGonagall severamente. — Afinal, essa não é a primeira vez que vocês fazem sexo nesta escola. Como eu estava dizendo, como regra geral, as relações sexuais são proibidas. No entanto, existem certos contextos em que eu, como diretora, tenho o poder de fazer exceções aos regulamentos de Hogwarts. Srta. Granger, como Ômega, é aconselhável que você tenha um Alfa para manter sua autonomia e saúde mental. Medicamente aconselhável, de fato. Eu tenho uma carta de um curandeiro para confirmar. Também teria um efeito estabilizador no comportamento dos outros alfas aqui na escola. Portanto, você e o Sr. Malfoy podem continuar seu... contato, com o entendimento de que exercitarão a máxima discrição e que não interferirão nas atividades acadêmicas de outros estudantes novamente no futuro.

Hermione pensou que poderia estar alucinando, mas, no entanto, assentiu vigorosamente.

— Considerando a necessidade de discrição e tendo em vista os fatores biológicos únicos e suas respectivas casas, irei fornecer a vocês uma sala privada. Acredito que serão capazes de encontrá-la, pois já passaram vários dias na mesma. A senha é "destino".

Houve um silêncio aturdido depois disso. Hermione ainda segurava a mão de Malfoy e estava sentada olhando para McGonagall com a boca aberta. Malfoy parecia igualmente surpreso.

McGonagall olhou para eles com um sorriso presunçoso brincando nos lábios.

— Supondo que, sendo favorável a vocês, eu irei dispensá-los. Faltam dez minutos para o toque de recolher. Por favor, retornem aos seus respectivos dormitórios.

— Sim, diretora — Hermione disse com uma voz vacilante enquanto se levantava. — Obrigada. Obrigada.

Malfoy se levantou e sua expressão parecia calculista enquanto olhava para McGonagall.

— Obrigado, diretora. Agradeço sua consideração — ele disse.

McGonagall encontrou seu olhar.

— A Srta. Granger merece, você não concorda?

— Certamente — ele respondeu friamente.

— Boa noite, senhor Malfoy.

Hermione e Malfoy desceram os degraus em silêncio e ambos ficaram atordoados por um minuto no corredor enquanto absorviam a conversa que tiveram com a diretora.

Hermione olhou para Malfoy. Sua expressão ainda estava fechada e calculista; sua postura tensa. Talvez estivesse preocupado que o "contato" deles pudesse ser descoberto.

— Tenho certeza de que McGonagall não irá contar a ninguém — disse ela nervosamente.

— Eu ficaria surpreso se ela o fizesse — disse ele. — Ela é sempre bastante protetora com seus filhotes de leão.

Hermione corou levemente. Não era apenas favoritismo, era? Certamente McGonagall ajudaria qualquer estudante de Hogwarts em uma situação semelhante.

Por outro lado, McGonagall tinha uma tendência a assumir o pior sobre os Sonserinos.

Hermione não sabia o que dizer.

— Boa noite, Malfoy — finalmente disse, afastando-se em direção à Torre da Grifinória.

Ele a olhou com seus olhos calculistas e sorriu.

— Vejo você por aí, Granger.

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