All You Want | Dramione

By moonletterss

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O oitavo ano em Hogwarts deveria ser o ano de Hermione. E é, mas não do jeito que ela espera. Fic ômegaverso... More

01. Em que tudo deixa de fazer sentido
02. Você não sabe o que tem até que tudo acabe
03. Você recebe o que precisa
04. Sinto o modo como você me quer
05. É apenas curiosidade
06. Em um mar de apaixonados
07. O mundo dele continuará girando
08. Então, deixe-me ir, deixe-me ir
09. Estou tentando acalmar minha respiração
10. O que está acontecendo?
11. Eu fico um pouco nervosa perto de você
13. Eu não sei como é ser você
14. Posso te chamar de meu?
15. Talvez possamos encontrar novas maneiras de nos desfazermos
16. Eu queria ser um pouco mais amada
17. Meu coração e eu não nos damos bem
18. E como você, como você pode simplesmente ir embora?
19. Eu estive pensando demais, me ajude
20. Entenda como meu cérebro funciona
21. Todo esse sangue ruim aqui
22. Diga-me o que há em sua cabeça
23. Tudo parece certo
24. Entre nós dois
25. Quero que você seja mais feliz
26. Seja minha para sempre
27. Meu coração finalmente confia em minha mente
28. Gostos particulares
29. Você tem esse poder sobre mim
30. Eu preciso disso
31. Estou com ciúmes, sou excessivamente zelosa
32. Meu mundo é só você
33. Sinto seus lábios se mexendo
34. O único para mim é você
35. Tudo o que você quiser
36. Epílogo: Venha o que vier

12. Tão perto de ter você nos meus lábios

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By moonletterss

Draco olhou para Granger e se perguntou se realmente estava entendendo a pergunta que ela havia feito. Seus olhos estavam escuros e suas bochechas coraram profundamente quando o olhou desesperada, cruzando as pernas fortemente enquanto continuava a falar.

— Você... você pode dizer não. Obviamente não é... — ela engoliu em seco — necessário para a marcação de cheiro. Não foi com isso que você havia concordado. Seria mais fácil para mim se eu soubesse onde estão os limites ou vou ficar constantemente preocupada por estar empurrando-os.

— Você está me perguntando se eu quero fazer sexo com você? — Draco disse com uma voz atordoada, tentando ignorar o desejo ardente de simplesmente tirar as roupas restantes. Ele deu um passo para trás.

O rosto de Granger ficou profundamente escarlate e ela baixou os olhos.

— Sim... — disse em uma voz diminuta.

— Eu pensei que isso fosse óbvio — disse ele, perplexo.

Granger abruptamente passou de vermelho para branco.

— Certo — disse em voz baixa. Então ela começou a tentar fechar a blusa enquanto desviava o olhar. — Bom saber. Nós... deveríamos provavelmente... escrever o que é e o que não é aceitável. Acertar tudo com antecedência. Se você não se importa. Isso seria útil para mim. Acho que vou agora, já que você tem aulas.

Draco piscou lentamente. Era bastante difícil formar pensamentos racionais, mas tinha quase certeza de que – de alguma forma – ocorreu um enorme mal-entendido de alguma espécie.

— Espere — rosnou, e então sentiu suas bochechas corarem.

Sua voz tinha o hábito misterioso de cair como um estrondo sempre que captava o cheiro de Hermione. Precisou fazer um esforço consciente para tentar manter seu tom em uma faixa normal, para que não parecesse constantemente como se estivesse rosnando para ela como um predador.

Granger o olhou bruscamente e tremeu um pouco.

— Espere — ele disse novamente em um tom mais normal. — Por óbvio, eu quis dizer que sim. Você achou que eu estava dizendo não?

Granger o olhou duvidosamente.

— Sim? — Ela disse, seu tom de voz esperançoso e seus olhos enormes enquanto o estudava. Isso lhe causou uma sensação dolorosa de puxão no peito.

— Sim — ele forçou a sair. — Eu já te disse que caso não gostasse de algo, diria a você.

— Eu sei — ela falou em um pequeno chiado e então se encolheu, curvando os ombros em volta do pescoço. — Eu só... eu não quero que você concorde com alguma coisa e depois mude de ideia. Se você não quiser, eu prefiro saber imediatamente.

Draco olhou para Granger, perplexo, enquanto ela levantava o queixo, escorregava da mesa e começava a ajeitar suas roupas e rapidamente consertar sua blusa rasgada.

— De fato — ela disse rapidamente em uma voz alta e nervosa — provavelmente deveríamos dar um tempo. Então você pode pensar sobre isso.

— O que? — Draco disse incrédulo.

— Sim. — Granger estava acenando para si mesma enquanto tentava abaixar os cabelos e evitava olhar para ele — Tempo... provavelmente seria uma boa ideia... Talvez um dia ou dois. Você pode... pode... pode me enviar uma coruja.

Draco ficou sem palavras enquanto ela continuava.

— Sim. Uma carta. E então poderemos discutir os termos, talvez em algum lugar mais ventilado como... a biblioteca. Apenas me avise; sim ou não. Você pode dizer não. Se você o fizer, eu vou... eu vou... tudo bem. Não vou continuar te pressionando nem nada disso.

Antes que Draco pudesse formular uma resposta, Granger atravessou a sala de aula e desapareceu pela porta, deixando-o em um estado de confusão total e excitação miserável.

Ele descansou a mão em uma mesa e se apoiou pesadamente nela, enquanto tentava descobrir exatamente como a situação havia passado de beijar Granger a Granger lhe pedindo para enviar-lhe uma coruja em um dia ou dois, caso quisesse fazer sexo com ela.

Ele achava que não entendia as Ômegas. Isso, ou Granger era simplesmente confusa como o inferno. De qualquer forma, ele estava dolorosamente duro e parado em uma sala de aula com o cheiro da excitação dela. Ele podia sentir o gosto no ar e isso o fez gemer de frustração. Ele chutou uma cadeira do outro lado da sala.

Por que diabos ela esperava que ele dissesse não a sexo?

Havia uma parte dele que queria caçá-la, arrastá-la para a alcova mais próxima e fodê-la, a fim de demonstrar o quão disposto ele estava.

Mas, aparentemente, o sexo não seria uma opção naquele dia. Granger decidiu que ambos precisavam de um período de... reflexão. Como se ele não tivesse passado o último mês refletindo sobre como mataria para transar com ela novamente.

Maldito inferno. Ele enterrou o rosto nas mãos e lastimou novamente.

Finalmente, depois de dedicar mais alguns minutos à tentativa de limpar sua cabeça, pegou sua mochila e se dirigiu à sala comunal da Sonserina. Tomou um longo banho gelado enquanto revia cuidadosamente toda a conversa que tivera com Granger.

A coisa toda tinha sido surreal do momento em que ela fechara a porta até o momento em que ela fugira.

Ele se sentiu extremamente tenso por estar sozinho com ela novamente. Nunca teria lhe ocorrido que ela queria ficar a sós com ele para lhe pedir que a marcasse.

Quando fechou a porta e depois o encarou, ela parecia visivelmente desconfortável; o que foi desmoralizante, mas não surpreendente.

Ela quase sempre parecia desconfortável ao seu redor, como se estivesse se preparando para algo. Era doloroso até mesmo a olhar. Uma constante repetição do momento em que ela emergira de seu cio; sua expressão mudando abruptamente de feliz, acessível e confiante, para atordoada, horrorizada e traída.

Ele havia se preparado para essa eventualidade, mas o momento ainda havia quebrado algo dentro dele.

Eles tinham acabado de fazer sexo pela última vez, ele ainda estava atado dentro dela e ela parecia... calma, relaxada e feliz, enrolada em seus braços. Então, de repente, seus olhos clarearam e ela ficou quase cinza de horror.

Ela havia simplesmente congelado e olhado para ele em silêncio durante um minuto inteiro. Então a primeira coisa que perguntou foi por que ele se importaria caso ela se machucasse.

Draco não sabia o que dizer. A pergunta o pegou tão desprevenido que ele não conseguiu encontrar palavra alguma.

Foi como ser eviscerado.

Ele percebeu naquele momento que ela ainda o via exatamente como a mesma pessoa que permitiu que ela fosse torturada em sua casa; alguém que desviara o olhar enquanto ela gritava e chorava; alguém que não fizera nada.

Esse era o tipo de pessoa que ele era para ela.

Granger não tinha testemunhado por Draco porque pensava que ele seria ou poderia ser alguém diferente. Ela o fez por Potter, sem esperar que Draco tivesse a decência de apreciá-lo. Sem esperar que se importasse caso ela se machucasse. Sem esperar que ele a protegeria.

Então ela desviara o olhar antes que ele pudesse encontrar uma maneira de responder. Eles não podiam se separar fisicamente um do outro, então ela apenas enterrou o rosto na dobra do seu braço e nem sequer conseguiu olhar para ele durante o resto da conversa. Quando Draco pediu desculpas, uma e outra vez, ela não respondeu. Como se estivesse desejando que ele se afastasse. Ela escondeu o rosto e, finalmente, Draco percebeu que ela havia adormecido.

Ele estava deitado debaixo dela se contorcendo internamente. Assim que conseguiu separar seus corpos, fugiu. Sair foi como violar seus instintos. Cada passo lhe doeu, mas não acreditava estar mental ou emocionalmente preparado para aquela conversa novamente, caso ficasse e esperasse que ela acordasse.

Ele não saberia dizer se sua devastação era uma reação biológica ou pessoal. Era difícil separar as duas coisas. De qualquer maneira, a rejeição simplesmente o incendiou.

Ele voltou aos dormitórios da Sonserina, tomou banho e tentou processar tudo, enquanto seu cérebro e hormônios voltavam à normalidade.

É claro que sim. Claro que sim. De que outra forma Granger poderia vê-lo? Ele a identificou para sua tia e depois a viu ser torturada. Ele seguiu Crabbe e Goyle até a Sala das Coisas Ocultas e tentou capturar Potter. E então, depois que eles salvaram sua vida, ele correu de cabeça para um Comensal da Morte e reiterou seu compromisso com a causa dos Comensais da Morte até que Potter, Weasley e Granger apareceram e o salvaram novamente.

Ele era covarde e egoísta e tinha todos os outros defeitos malditos que Granger e o restante do Trio não tinham. Que motivo ele já lhe deu para que ela esperasse decência de sua parte?

Então, se ele tentasse provar que ela estava errada, Granger provavelmente assumiria que fosse por ser uma Ômega. Se Draco tinha alguma esperança de mostrar-lhe que havia mudado, já era tarde demais. Ela assumiria que qualquer decência que ele demonstrasse era motivada por um imperativo biológico.

Havia uma ironia vingativa no fato de que ele – de alguma forma – havia a encontrado e transado com ela durante seu cio. E no fato de que, entre todas as mulheres do mundo, Granger se apresentou como uma Ômega.

Prove de uma fruta proibida e seja condenado para sempre.

Ele resolveu encontrá-la depois, pedir desculpas novamente e ficar o mais longe que pudesse. Procurou a professora Vector e solicitou que ele e Granger não fossem obrigados a trabalharem juntos no projeto.

Antes que pudesse se desculpar, no entanto, Slughorn o encontrara e o informara que ele era requisitado no escritório da diretora. Draco sentiu o sangue gelar em suas veias; estava tão preocupado pensando em Granger que nem sequer parou para pensar no fato de que poderia correr o risco de ser expulso.

Quando chegou ao escritório de McGonagall, ela estava impassível e ficou vários minutos olhando para ele.

Então finalmente falou:

— Você está em condicional nesta escola, Sr. Malfoy.

— Eu sei.

— Granger sofreu muito nos últimos anos e agora se vê empurrada para um dilema pessoal fora de seu controle. Estou falando com você em seu nome, porque ela temia que uma interação pessoal pudesse ser traumática.

Draco se sentiu pálido e agarrou os braços da cadeira enquanto McGonagall continuava:

— O que quer que tenha acontecido, ela não se responsabiliza por nada disso. Ela está profundamente arrependida.

— Eu sei — disse ele, olhando para longe e sentindo como se seu peito estivesse sendo esmagado sob uma pedra.

— Não sei quais são suas intenções ou motivações, mas se descobrir que você se aproveitou da natureza ou do comportamento dela de alguma forma, não serei branda. Sua expulsão será imediata.

— Compreendo.

— Eu vou dizer isso para os outros Alfas nesta escola mais tarde, mas estou lhe dizendo agora. Estou ciente de que existem círculos que consideram as Ômegas pouco mais que uma mercadoria. Espero que não seja o ponto de vista de nenhum dos Alfas desta escola. A Srta. Granger não é um brinquedo. Ela não é propriedade de ninguém. Se ela optar por aceitar a atenção de alguém, fica a seu critério e não é da conta de ninguém, apenas dela. Não deixe sua biologia induzi-lo a pensar que essa semana que passou lhe dá quaisquer direitos sobre ela. Se ela for assediada e pensar em se retirar, acho que é desnecessário dizer qual estudante eu daria preferência para continuar nessa escola.

— Claro, diretora — Draco disse em voz baixa. — Eu devo a Granger minha libertação probatória; nunca foi minha intenção fazer algo que a perturbasse.

McGonagall o estudou por um minuto em silêncio.

— Eu tenho que perguntar; como você conseguiu encontrá-la? Eu e os demais professores nos esforçamos bastante para manter sua apresentação oculta. Como você a detectou?

Draco olhou para a diretora.

— Eu não sabia que ela era uma Ômega até chegar dentro do quarto. Eu a ouvi chorando e pensei... pensei que alguém estivesse a machucando. Depois do que ela fez por mim, não pude ignorar.

A expressão de McGonagall era abertamente cética.

— Realmente? Você está afirmando que sabe como é o choro da Srta. Granger?

Os olhos de Draco caíram e ele olhou para a mesa à sua frente.

— Ela foi torturada em minha casa, diretora. Creio que jamais esquecerei esse som.

Houve um silêncio.

— Então você invadiu porque pensou que ela estava sendo atacada.

Draco assentiu apático.

— Entendo. Bem, Sr. Malfoy, você pode ir. Acredito que o almoço está sendo servido. Obrigada pelo seu tempo.

Draco se levantou e saiu do escritório mecanicamente.

Mensagem recebida.

Fique longe de Granger. Não olhe para ela. Não se aproxime dela. Não fale com ela.

Ela não quer suas desculpas.

Ele poderia fazer isso.

Ele mal se permitiu olhá-la ao chegar ao Salão Principal para almoçar, mesmo que ela fosse tão fácil de ignorar quanto uma Veela. Ela arrastava os Alfas como uma isca de pesca. O mundo inteiro ficava colorido quando estava próximo dela, a menos que ele investisse sua magia na construção de um muro de oclumência para silenciar um pouco a distração.

Ela caminhava pelos corredores cheirando a ele e seu coração sussurrava "minha".

Quanto mais perto ela estava, mais agressivamente seus instintos o instigavam em sua direção.

Ignorar Granger era quase suportável, exceto pelo fato de que Vector - a vadia - havia ameaçado tirar a designação de Granger se eles não fizessem o projeto de Aritmancia juntos. Então, Granger apareceu na sala de aula, onde ele gostava de se esconder, e depois de reiterar que jamais teria feito sexo com ele em seu juízo perfeito e que preferiria infinitamente passar sete dias chorando em agonia a ser tocada por ele, perguntou se eles poderiam simplesmente fingir que estavam fazendo o trabalho juntos.

Não deu certo. O projeto de Aritmancia foi um pesadelo colaborativo. Ele se sentava ao lado de Granger na biblioteca enquanto ela ficava cada vez mais desconfortável e ele podia sentir o cheiro de sua excitação relutante. Ela olhava suas anotações, tentando assiduamente não olhar para ele e falava sobre previsões numéricas a uma taxa de aproximadamente sete mil palavras por minuto; ficando cada vez mais chateada até se tornar devastador.

Ele tinha um desejo instintivo de reagir a ela, acalmá-la, tentar agradá-la. Um desejo inesgotável.

Alfas eram programados para cuidar de Ômegas. Era fundamental para eles, assim como o desejo de reivindicá-las. O conhecimento de que ele não poderia agradá-la, que era uma fonte de sua angústia, era completamente miserável.

Ele tentava terminar as sessões de estudo o mais rápido possível e depois desaparecia nas partes abandonadas de Hogwarts para amaldiçoar sua má sorte de ser um Alfa.

Sempre que via outro Alfa perto de Granger, o sangue rugia em seus ouvidos, e seu coração começava a rosnar "minha, minha, minha", enquanto ele lutava contra o desejo de atacar e espancar a pessoa até a morte.

A biologia alfa era simplesmente a pior.

Não era como se ele realmente gostasse dela. Antes de sua apresentação Ômega, ele apenas teve uma queda passageira por ela durante o verão, principalmente por gratidão.

Ela era, como havia dito a Theo, legal.

Em particular, ele pensara que talvez ela fosse um pouco mais do que legal. Não muito mais, no entanto.

Bonita. Talvez um pouco mais do que bonita. Inteligente a ponto de ser brilhante, ele não negaria. Não era a personalidade mais encantadora que ele já havia encontrado, mas era leal o suficiente para envergonhar o resto do mundo. Mas ele não tinha gostado dela.

Quando perdera completamente o controle, ao pensar que a ouvira ser machucada, era apenas porque... porque...

Bem. Ele gostava dela um pouco.

Nada sério, no entanto. Não era como se ele tivesse alguma intenção ou ilusão sobre persegui-la. Ele podia apreciar suas qualidades sem estar realmente interessado.

Não era culpa dele que a maioria das garotas que conhecia era menos intrigantemente acadêmica.

Pós-apresentação, pós-cio, nada disso importava.

Ele a desejava como uma droga. Ela poderia ter a mente, a personalidade e a aparência de uma parede bege e ele ainda estaria atraído por ela. E ela sabia disso.

Ele podia ver a expressão ferida e desconfiada nos seus olhos toda vez que um Alfa que nunca havia lhe dado bom-dia durante os seis anos anteriores, de repente queria participar de um grupo de estudos com ela.

Draco tinha ainda menos terreno para se apoiar do que eles.

Não havia como ela acreditar que ele estava interessado por qualquer outro motivo que não fosse sua biologia.

Então Goldstein aconteceu.

Draco não estava exatamente perseguindo Granger naquela noite. Ele acabara de perceber que ela estava na biblioteca e decidiu estudar em uma sala de aula próxima.

Por mais miserável que fosse estar perto dela, não estar perto dela era pior. Estressante. Ela passou a se esconder na Torre da Grifinória sempre que não tinha aula, então, quando ele percebeu que ela estava por perto, ficou por lá. Depois, ele só queria ter certeza de que ela voltaria para a torre em segurança, mas ela saiu correndo pelo castelo quando Filch apareceu e Draco mal conseguiu evitar ser descoberto.

Quando conseguiu descobrir onde ela estava, decidiu se aproximar furtivamente, mas foi atingido por uma bomba de hormônios aterrorizados. Ele disparou pelos corredores até encontrá-la chorando e presa na parede enquanto Goldstein a atacava.

Ele não achava que já ficara tão zangado em sua vida. O mundo inteiro ficou vermelho e ele provavelmente teria acabado matando Goldstein, mas Granger estivesse sentada no chão, chorando silenciosamente e ela era de importância infinitamente maior. Uma vez que Goldstein foi neutralizado como uma ameaça, Draco se satisfez enfeitiçando o bastardo com o feitiço não-letal mais debilitante que conseguiu pensar.

Ele não pretendia beijar Granger.

Teve uma sensação instintiva de que tinha que removê-la de sua localização atual. Então a levou até uma uma sala de aula para tentar descobrir o que Goldstein havia feito com ela. Ele não esperava que ela envolvesse seus braços e pernas ao redor dele e começasse a lambê-lo e a beijá-lo.

Então não houve muito pensamento racional durante algum tempo. Ela era tão perfeita. Era quase impossível de acreditar que aquilo acontecia apenas devido à biologia alfa-ômega típica, pois ele a tocou e sentiu que ela tinha sido feita para ele. Toda vez que os lábios dela tocavam os seus, parecia redenção. Até que ela começou a choramingar "Alfa, Alfa, por favor".

Então ele foi atingido por um horror congelante, murcho e estripado; ela não estava beijando ele, estava beijando um alfa. Ela beijaria qualquer alfa. Ela nem era Granger. Ela era apenas uma Ômega, pois o maldito do Goldstein havia sufocado Granger.

Ele se enganou. Mesmo duvidando que sua atração pudesse ser apenas um imperativo biológico, ele não conseguiu distinguir entre os dois.

Granger estava sentada em seu colo, olhando-o ansiosamente e tentando convencê-lo a transar com ela e, por gostar de ser iludido, aparentemente, ele quase se deixou acreditar que ela estava falando sério.

Quando finalmente conseguiu arrastá-la para fora do subespaço, esperava que ela fugisse. Seria como o término de seu cio; ela deixaria de confiar, relaxar e se enroscar nos braços dele, ficando traumatizada novamente.

Mas ela não fugiu imediatamente. Em vez disso, apenas continuou sentada no seu colo, olhando incerta ao seu redor e parecendo vulnerável. Sem nem pensar, ele a abraçou; o que foi estranho, pois ele não era – como regra geral – do tipo que abraçava. No entanto, em vez de empurrá-lo para longe, ela se agarrou a ele e Draco descobriu que realmente era do tipo que abraçava. Se estivesse abraçando ela.

Draco não conseguiu se soltar uma vez que a abraçou. Era Granger – Granger real e coerente – e ela estava com o rosto enterrado em seu ombro, permitindo que ele a confortasse.

Então ela o olhou e não ficou horrorizada ou atordoada. Apenas o encarou e ele nem tinha certeza se ela disse alguma coisa depois disso, porque encontrar seus olhos era quase como tocar sua magia com a dele; gerando uma onda de desejo por todo o seu corpo.

Minha. Minha. Minha.

Ele se inclinou para a frente e quase pensou que ela também havia se inclinado para ele. Estava a menos de um segundo de beijá-la quando os professores invadiram a sala de aula.

Então Granger o acobertou. Em vez de dizer que ele realmente a beijara e quase transara com ela quando mal estava lúcida, ela agiu como se tudo tivesse sido sua culpa. Talvez realmente pensasse que havia sido; ela parecia abertamente infeliz, e Draco quase se libertou do aperto de Dawlish na tentativa de tentar confortá-la.

Ele foi arrastado para longe. Quando Dawlish o cutucou em direção ao escritório da diretora, ocorreu a Draco que ele poderia muito bem ser expulso e começou a se preocupar com o que sua mãe faria caso ele fosse enviado para Azkaban. Então o pensamento desapareceu quando ele foi subitamente atingido com a certeza de que Granger estava em perigo. Draco não tinha certeza de onde o sentimento veio, mas era verdadeiro. Antes que parasse para pensar, girou repentinamente, jogou Dawlish contra uma parede e correu de volta na direção de onde viera.

Draco encontrou Granger chutando e lutando ao ser atacada por vários alfas e os professores gritando e lançando azarações. Ele p

erdeu a cabeça. Ele a agarrou e sentiu uma explosão de magia acidental sair de dentro de si enquanto a arrastava para longe. Então a empurrou para trás e rosnou "ela é minha" para todos os que estavam presentes.

Quando a cabeça de Draco ficou clara o suficiente para perceber o que havia feito, decidiu que teria preferido se Dawlish tivesse o atordoado.

Ele meio que esperou que Granger ficasse indignada.

Biologia alfa maldita. Ele mal a beijará aquela noite e passará a declarar propriedade sobre ela. Ela provavelmente iria matá-lo ou, se não o fizesse, possivelmente McGonagall ou Potter o matariam.

Granger estava visivelmente irritadiça quando se afastou dele, mas isso não o impediu de segui-la como se fosse um filhote.

À medida que a noite passava e ficou óbvio que Granger estava, por alguma razão inexplicável, encobrindo sua culpa na sessão de amassos, seu aguçado senso de autopreservação começou a formigar, imaginando que Granger pudesse ter seus próprios planos para ele.

Mesmo enxergando simpatia e virtude nela, isso não o impediu de observar também seus traços sonserinos.

A bruxa era fodidamente aterrorizante.

Draco acompanhou o Trio Dourado com muito cuidado ao longo dos anos e se considerou a par de alguns dos seus segredos mais bem guardados. Por exemplo, quando Rita Skeeter ficou em silêncio após o torneio Tribruxo, ele a localizou e descobriu que Skeeter estava sendo chantageada por Granger. Granger havia prendido Skeeter na forma de besouro e a manteve em uma jarra durante uma semana, antes de libertá-la sob ameaça de prisão em Azkaban caso a repórter intrometida sequer murmurasse algo sobre Potter, Hagrid ou ela mesma. Ele tinha quase certeza de que a chantagem de Granger era o motivo completo da entrevista do Potter no Pasquim.

Então, no quinto ano, além de desfigurar permanentemente o rosto de Marieta Edgecombe, Granger atraiu Umbridge para a Floresta Proibida e conseguiu que a Alta Inquisidora fosse capturada por um rebanho de Centauros. Draco estava bastante certo de que Granger havia feito aquilo bem ciente de que Umbridge era absolutamente aterrorizada por centauros.

Após a morte de Dumbledore, Granger voltou para casa e apagou toda a sua existência da mente de seus próprios pais antes de enviá-los para a Austrália. Os curandeiros ainda estavam tentando descobrir como reverter isso. Draco ouvira os Weasley discutindo o assunto – no que eles presumivelmente consideravam voz baixa – depois de sua sentença.

E, possivelmente o fato mais aterrorizante de todos, depois de ser torturada por Bellatrix Granger de alguma forma acabou possuindo a varinha de sua tia. Ela não apenas a usou com sucesso durante a batalha final; Granger ainda estava usando a maldita coisa devido à falta incessante de varinhas.

Toda vez que Draco via Granger usá-la durante as aulas, seu sangue gelava.

Então, no momento em que Granger o localizou após Poções – quando ele estava discutindo com Daphne Greengrass sobre sua "biblioteca" – e pediu para falar com ele "em particular", Draco começou a se preparar mentalmente para sua morte iminente.

Quando Granger fechou, trancou e encantou a porta, ele teve certeza de que seu destino estava selado. Mesmo que não fosse um destino que ela havia premeditado, ele ocorreria de qualquer forma, pois ficar em um espaço fechado com ela provavelmente resultaria nele tentando beijá-la.

Draco se preparou e ela começou agradecendo-o nervosamente. O que foi inesperado, para dizer o mínimo.

Draco continuava tentando se forçar a ficar indiferente enquanto esperava o grande "porém", o momento em que ela o lembraria que não era sua propriedade e que se ele alguma vez reivindicasse sua posse ou a beijasse novamente, ela o mataria com a varinha de sua tia e transformaria seus órgãos em ração.

Se Granger iria eviscerá-lo, preferiria que ela o fizesse logo.

Em vez disso, a conversa tomou um rumo inesperado e ela começou a corar e a perguntar se ele "pessoalmente" gostaria de beijá-la. E então ela estava propondo que ele a marcasse, dizendo que confiava nele.

Draco começou a se perguntar se tinha acabado de perder a cabeça e estava alucinando até que ela começou a explicar como não tinha proteção legal sendo uma Ômega.

Então tudo o atingiu como um balde de água gelada.

Ele era a nova Rita Skeeter de Granger.

Ela se viu em uma situação impossível e inventou uma solução usando a pessoa que mais a machucara. Ela não conseguia criar nenhuma proteção pessoal para si mesma, mas podia usar Draco como um escudo contra os outros alfas; confiante no conhecimento de que se ele ultrapassasse os limites, ela poderia jogá-lo em Azkaban. Ela estava apostando em sua biologia e no seu senso de autopreservação, acreditando que ele poderia lhe dar o que ela precisava sem cruzar uma linha.

Claro que ela "confiava" nele.

Levou alguns minutos para chegar a um acordo; tempo suficiente para Granger aparentemente concluir que sua resposta era não. E quase foi.

Exceto que... ele a queria. Fosse puramente biológico ou não.

No entanto, no momento em que as palavras saíram de sua boca, quase se arrependeu de concordar. Era profundamente desmoralizante ser "temporariamente" escolhido por uma Ômega.

Granger foi rápida em esclarecer, no caso dele ter quaisquer ilusões, que não seria um relacionamento. Nem mesmo uma amizade.

Mas naquele momento ele mal se importava. A sala em que estavam cheirava a ela; seus feromônios preenchiam o pequeno espaço e toda vez que ele abria a boca, podia praticamente provar sua excitação no ar. Desde o momento em que fechou a porta, ela estava ficando cada vez mais molhada. Ela ficou em sua frente e tentou ser sutil, mas continuava despindo-o com os olhos.

Ela poderia não gostar dele pessoalmente, mas claramente não tinha objeções quanto a seu físico.

Se isso significava que ele a beijaria, lamberia e marcaria seu cheiro nela, ele podia superar sua desmoralização e se deixar ser usado.

Draco nem se lembrava de largar a mochila e atravessar a sala. Pegou-a nos braços, presa contra a parede e começou a beijar seu pescoço.

Ela era o céu encarnado. Draco provavelmente poderia passar a vida inteira com ela envolvida nos braços e com o rosto enterrado em seu ombro. A biologia de Alfas e Ômegas era irresistivelmente potente. Estar perto dela incendiava todo o seu ser. Tocá-la era como entrar no sol. Ele não sabia que era possível sentir algo com tanta intensidade.

Granger parecia estar confusa sobre interagir fisicamente com ele; ela estava simultaneamente nervosa e ansiosa de uma maneira que provavelmente deveria ser irritante, mas que, de alguma forma, era agradável e incrivelmente atraente.

Beijá-la ela era tão fantástico que era quase irreal.

Quando inesperadamente parou a sessão de amassos e fugiu, ele concluiu que realmente não sabia o suficiente sobre Ômegas. Granger parecia ser praticamente incompreensível.

Enviar-lhe uma coruja?

Draco bateu com o punho na parede do chuveiro e xingou de frustração.

Ele havia perdido quase todas as sensações dos dedos dos pés quando sua ereção finalmente recebeu o memorando de que não haveria sexo com Granger naquele dia.

Saiu do chuveiro, tremendo e se secando. Com relação à ereção, a próxima ordem do dia seria enviar a Granger uma nota de que sim, ficaria feliz em transar com ela a qualquer momento, de qualquer maneira e na frequência em que ela quisesse.

Também precisava colocar as mãos em todos os livros sobre Ômegas que existiam. Tinha quase certeza de que Theo havia conseguido todos os textos, tratados e periódicos científicos sobre o assunto imediatamente após Granger ter entrado no salão após sua apresentação.

Depois que Draco se vestiu, ele foi até o porta-malas de seu amigo. Demorou apenas alguns minutos para remover todos os feitiços de proteção e servir-se da pilha escondida.

Enquanto Draco empurrava todos eles em sua mochila, perguntou-se se haveria outros textos sobre o assunto na biblioteca da Mansão Malfoy. Era uma tradição familiar de longa data coletar trabalhos acadêmicos obscuros. Talvez ele enviasse uma carta à sua mãe e pedisse para que ela desse uma olhada.

Ele saiu para enviar uma coruja à Granger.

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