All You Want | Dramione

By moonletterss

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O oitavo ano em Hogwarts deveria ser o ano de Hermione. E é, mas não do jeito que ela espera. Fic ômegaverso... More

01. Em que tudo deixa de fazer sentido
02. Você não sabe o que tem até que tudo acabe
03. Você recebe o que precisa
04. Sinto o modo como você me quer
05. É apenas curiosidade
06. Em um mar de apaixonados
07. O mundo dele continuará girando
08. Então, deixe-me ir, deixe-me ir
10. O que está acontecendo?
11. Eu fico um pouco nervosa perto de você
12. Tão perto de ter você nos meus lábios
13. Eu não sei como é ser você
14. Posso te chamar de meu?
15. Talvez possamos encontrar novas maneiras de nos desfazermos
16. Eu queria ser um pouco mais amada
17. Meu coração e eu não nos damos bem
18. E como você, como você pode simplesmente ir embora?
19. Eu estive pensando demais, me ajude
20. Entenda como meu cérebro funciona
21. Todo esse sangue ruim aqui
22. Diga-me o que há em sua cabeça
23. Tudo parece certo
24. Entre nós dois
25. Quero que você seja mais feliz
26. Seja minha para sempre
27. Meu coração finalmente confia em minha mente
28. Gostos particulares
29. Você tem esse poder sobre mim
30. Eu preciso disso
31. Estou com ciúmes, sou excessivamente zelosa
32. Meu mundo é só você
33. Sinto seus lábios se mexendo
34. O único para mim é você
35. Tudo o que você quiser
36. Epílogo: Venha o que vier

09. Estou tentando acalmar minha respiração

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By moonletterss

Os olhos de Malfoy escureceram tanto que ficaram quase pretos. Ele afastou a mão do seu rosto, desceu até a sua garganta e depois a puxou para si; inclinando-se para ela e respirando profundamente contra seu pescoço.

Hermione suspirou e deixou a cabeça cair ainda mais para trás.

— Oh, porra — ele murmurou. — Pensei ter imaginado o quão perfeita você cheira.

Hermione sentiu como se estivesse prestes a se derreter em uma poça. Como se o calor da respiração de Malfoy a penetrasse. Ela podia sentir a ponta do nariz dele roçando levemente a lateral do seu pescoço e soltou um gemido baixo, agarrando suas vestes.

Ele começou a se afastar, mas Hermione se agarrou a ele como um percevejo, não o deixando ir. Ela queria tirar todas as roupas e sentir a sua pele contra a dela. Acariciou seu pescoço.

Ele era dela. Ele cheirava como ela.

Seu aperto estava aumentando, tremendo levemente. Ele rosnou contra sua pele, tremendo da cabeça aos dedos dos pés.

Ela fez uma pausa e, em seguida, pegou o queixo dele na palma da mão, levantando o seu rosto do ombro dela, estudando-o. Sua expressão estava possessiva e enfurecida.

Não enfurecido com ela, enfurecido por ela. Alguém a estava machucando e Malfoy tinha ficado quase feroz por isso. Havia uma raiva palpável ao seu redor que parecia explosiva.

Ela sabia disso – instintivamente, sabia. O Alfa dela. Ela deveria acalmá-lo e assegurá-la de que estava bem. Precisava mostrar-lhe isso.

Ela se inclinou para frente e beijou a lateral do seu pescoço. Um pequeno beijo carinhoso. Depois outro beijo, um pouco mais alto. Ele parou de tremer. Ela depositou outro beijo perto da sua mandíbula, enquanto os dedos deslizavam para baixo e afastavam a gola da sua camisa, acariciando levemente as glândulas de cheiro nos dois lados do pescoço.

Ele soltou um gemido gutural e toda a sua tensão zangada desapareceu abruptamente quando sua atenção nela se transformou de raiva protetora em desejo.

Ela se aproximou dele até que estavam pressionados um contra o outro enquanto ela lentamente continuava a depositar beijos carinhosos do seu pescoço até sua mandíbula e, finalmente, capturou seus lábios com os dela. O gosto dele... Ela gemeu. Ele imediatamente a abraçou, pegando-a e puxando-a para seu colo. Ela colocou as pernas ao redor dos seus quadris e se chocou contra ele; conseguindo sentir seu centro pressionado contra seu pênis. Os dois gemeram.

Hermione deslizou as mãos sobre os ombros e cabelos dele, puxando-o enquanto aprofundava o beijo, deslizando a língua entre seus lábios e entrelaçando-a com a dele. Ele deu um rosnado baixo de aprovação e sua língua empurrou a dela, pressionando sua boca e tomando-a. As mãos dele começaram a deslizar pelas suas curvas, acariciando-a, deslizando sob as roupas e agarrando-a possessivamente. Ela arrastou os pulsos contra ele, até o ar ficar mais denso com seus feromônios.

Os dedos dele deslizaram sobre a sua pele, provocativamente, de modo que ela se arqueou, pressionando-os juntos. Ele a esmagou contra si mesmo.

Oh, oh... Ela amava aquilo. A certeza daquilo. A força. Podia sentir os músculos dele se movendo sob o tecido de suas roupas enquanto a segurava. Em vez de se sentir assustada com a disparidade de poder físico, ela encontrou sua mente ronronando.

Ele não usaria aquilo para machucá-la. Ele apenas a agradaria e a protegeria. Um Alfa perfeito. Seu.

Hermione podia sentir seu coração batendo forte e ofegou contra sua boca enquanto ele continuava a beijá-la. Ele mordeu seus lábios. Ela afastou a mão e começou a desabotoar a blusa e afastar o tecido, encorajando-o a tirar a roupa dela. Sentia-se... reluzente.

Ela esteve desejando-o durante tantas semanas. Sonhando em tê-lo novamente. Puxou uma de suas mãos até seus seios e gemeu ao senti-lo deslizá-la sob o sutiã e os dedos brincarem com a ponta do mamilo entumecido.

Ela engasgou e arqueou as costas ainda mais.

— Alfa... — ela ofegou. — Alfa, por favor...

De repente, ele se afastou e puxou a mão de volta.

— Oh merda — ele xingou com raiva enquanto a olhava em seu colo.

Hermione piscou em confusão.

— Merlin, Granger — Malfoy disse em uma voz sufocada, passando a mão pelos cabelos, antes de olhá-la com os olhos arregalados.

Talvez... ela devesse tirar a roupa para ele.

Começou a tirar a blusa e esticou as costas para abrir o sutiã. Malfoy a observou meio atordoado até que ela começou a puxar as alças dos ombros, então de repente ele voltou à vida e agarrou suas mãos para detê-la.

— N-não — disse ele com uma voz rouca. — Não faça isso, Granger.

Hermione piscou para ele e se sentiu cheia de decepção.

— Eu não fui uma boa garota? — ela disse devagar. Ele a olhou. — Eu tentei ser boa. Tentei parecer bonita. Não me toquei. Tentei não deixar ninguém me tocar... Mas ele me lambeu mesmo quando eu disse "não". Eu posso ser boa. Posso me esforçar mais — Ela podia sentir o lábio tremendo.

— Oh, maldito inferno — disse Malfoy em aparente desespero antes de soltar as mãos dela e envolvê-la em um abraço.

Hermione derreteu-se contra ele, deleitando-se com o calor de seu corpo. Ela poderia ficar daquela forma para sempre. Suspirou em seu peito e sentiu-o descansar o queixo no topo de sua cabeça.

— Você é uma garota muito boa, Granger — disse ele com a voz rouca. — Estou muito satisfeito com você. Goldstein é um idiota e eu te ajudarei a castrá-lo mais tarde.

Então ele a soltou e a empurrou levemente para trás para que ele pudesse encontrar seus olhos.

— Mas você precisa acordar agora — disse ele, estudando o rosto dela com uma expressão preocupada. — Você não é uma submissa irracional. Goldstein te forçou. Eu sei que você não quer ser assim. Então, vamos colocar sua blusa novamente e tentar descobrir como trazê-la de volta para que você possa voltar para o seu dormitório.

— Eu gosto de estar aqui com você — Hermione protestou irritadamente.

Ele suspirou e desviou o olhar dela.

— Eu sinceramente duvido disso. Mas se você cooperar e me deixar trazê-la de volta do lugar de onde Goldstein conseguiu empurrar seu cérebro enorme e você ainda quiser ficar aqui... Bem — ele bufou — certamente eu não irei impedi-la.

Hermione fechou novamente o sutiã e puxou a blusa de volta sobre os ombros obedientemente. Malfoy abotoou sua blusa quase por inteiro, mas deixou os três primeiros botões abertos para expor suas glândulas de cheiro enquanto ele a olhava pensativo.

Ela ainda estava sentada em seu colo, olhando-o com adoração e tentando não cantarolar sobre suas lindas ​​maçãs do rosto. Ele era tão bonito e seus olhos ainda estavam escuros enquanto a olhava. Ela estendeu a mão e desabotoou um dos botões que ele havia aberto para mostrar-lhe um pouco mais do seu decote.

— Não, não, não — Malfoy disse imediatamente, abotoando-o. — Nada disso, Granger. Estou tentando pensar. Já é impossível o suficiente pensar com suas roupas no lugar. Eu nunca fiz isso antes, sinceramente não tenho idéia de como acordá-la novamente.

Ele descansou as mãos em seus ombros por um momento e olhou-a nos olhos.

— Granger, volte — disse ele. Sua voz estava baixa e o comando no tom formigou na espinha de Hermione e fez seu cérebro ficar tonto. Ela suspirou e se inclinou para beijá-lo.

Ele tentou se esquivar, mas ela agarrou seu colarinho e pressionou seus lábios aos dele.

As mãos dele estavam emaranhadas em seus cabelos um momento depois, quando correspondeu o beijo impiedosamente. Sua boca quente contra a dela. Eles continuaram se beijando até que ambos estavam ofegando.

Quando se separaram, ele pareceu se lembrar de si mesmo e se afastou, desembaraçando os dedos dos cabelos dela.

— Certo. Então, obviamente, isso não funcionou — Malfoy disse enquanto se encaravam, ofegantes. Suas bochechas estavam vermelhas e Hermione tentou beijá-lo novamente, mas ele colocou as mãos nos seus ombros e a deteve.

Ele estendeu a mão e lentamente deslizou os polegares sobre as suas clavículas, acariciando suas glândulas de cheiro. Hermione soltou um som agudo e seu corpo inteiro ficou frouxo nas mãos dele. Malfoy a pegou e a abraçou contra seu peito. Ele abaixou a cabeça e Hermione prendeu a respiração, esperando que ele a lambesse. Sua excitação fez seu pescoço latejar; dolorosamente sensível. Toda vez que ele falava ou respirava, ela experimentava um formigamento quase doloroso de antecipação em suas glândulas de cheiro. Ela estava morrendo de vontade de sentir sua língua contra elas.

Ele não a lambeu. Ele respirou fundo e de repente o quarto inteiro ficou cheio de seu perfume enquanto acariciava novamente as glândulas com os polegares.

— Granger, volte agora — disse Malfoy, sua voz ondulando no meio da névoa na mente de Hermione.

Ela deu um gemido baixo de desejo e arqueou a cabeça ainda mais, bufando de frustração.

Ela não entendia por que ele não a lambia.

— Alfa... — disse em voz baixa e suplicante.

Ele olhou nos olhos dela e suspirou, deslizando uma mão ao longo de seu pescoço e tocando-no com os lábios. Ela podia sentir a respiração dele nas glândulas e sufocou um gemido de antecipação.

Sentiu a ponta da língua dele roçar na glândula. Um tremor percorreu todo o seu corpo, enchendo-a da sensação de ser banhada em magia. Ele deu uma longa lambida e a sensação disparou imediatamente por todo o seu corpo. Seu clitóris palpitava. Ela gemeu e se chocou contra ele. Podia senti-lo se excitando através do tecido de suas calças e enroscou os dedos nos seus cabelos, segurando sua boca contra o pescoço dela.

Isso... isso... Ela poderia viver para isso. Certamente ele a foderia agora que a lambera novamente. Ele a colocaria em baixo dele e meteria seu pênis dentro dela. Ela já estava doendo de tanto o querer.

Ele gemeu e a agarrou com mais força enquanto a língua dele acariciava a sua pele e a boca chupava seu pescoço. Hermione ofegou, sentiu todo o seu corpo tremer e um calor começou a crescer como fogo em seu abdômen inferior.

Ela deslizou a mão para baixo pelo seu torso, abriu sua calça e começou a deslizar a mão para dentro. A mão dele segurando sua cintura se afastou e fechou em torno de seu pulso, parando-a. Ela sentiu o polegar roçar sua glândula de cheiro no pulso e sentiu-se afundar contra ele, mole como uma boneca de pano. Totalmente vidrada em sensação.

— Alfa. Alfa. Alfa. Por favor — ela sussurrou, tentando deslizar os quadris contra ele.

Ele soltou o pescoço dela e ela ofegou com decepção. Mas ele não se afastou, em vez disso, escondeu o rosto no ombro dela e respirou profundamente.

Ela pôde sentir uma brisa fria no local onde a boca dele estivera e seu cabelo fez cócegas em sua pele. Ela sentiu uma antecipação trêmula florescer por sua espinha mais baixa conforme esperava. Ela sentiu os lábios dele roçarem levemente a junção do pescoço e do ombro, rolou a cabeça para frente e apoiou a bochecha no ombro dele para poder respirar o seu cheiro.

Ele a segurou com força enquanto pressionava a boca contra o seu pescoço. Ela prendeu a respiração e ficou parada.

— Granger, você foi uma boa garota, mas precisa voltar agora. Volte — ele rosnou de maneira persuasiva contra sua garganta.

A vibração penetrou através da névoa diretamente na mente de Hermione.

Foi como ressurgir depois de mergulhar nas profundezas da água. Vendo a superfície brilhando no alto; nadando em sua direção enquanto ela brilhava e se movia em ondas; chegando cada vez mais perto; sentindo a mudança de pressão e, finalmente, rompendo com um suspiro.

De forma abrupta, a mente de Hermione a encontrou novamente. Era como se o mundo estivesse em câmera lenta enquanto ela absorvia o que havia acontecido.

Hermione evantou a cabeça do ombro de Malfoy e sentiu as mãos dele deslizarem imediatamente para longe dela.

Atordoada, ela o olhou e sentiu-se intensamente emocional e vulnerável enquanto se encaravam.

— Oh meu Deus — ela sussurrou.

— Granger? — ele disse com uma voz hesitante.

Ela assentiu devagar e o encarou.

— Você se lembra do que aconteceu? — ele perguntou, estudando-a.

Ela assentiu novamente e lutou contra o desejo de chorar.

— Você está bem? — ele perguntou.

Ela balançou a cabeça e olhou em volta, tentando se orientar. Eles estavam sentados no chão de uma sala de aula.

Ela mordeu o lábio e esfregou os pulsos um contra o outro, tentando se confortar enquanto processava o que havia acontecido.

Para sua surpresa, Malfoy a abraçou. Ela imediatamente se agarrou a ele.

— Não é sua culpa — ele murmurou. — Goldstein é um desgraçado por usar sua biologia contra você dessa forma.

— Ele me convidou para sair — Hermione disse com raiva. — E então, quando eu respondi que não, ele disse que eu era basicamente um convite aberto para sexo e quando eu tentei sair de perto dele, ele me forçou a ficar e disse... disse que ia me morder.

Ela estava tremendo nos braços de Malfoy. O aperto dele ficou mais forte.

— Está tudo bem. Você está bem agora — ele disse. Sua voz se adentrou em sua mente e ela parou de tremer. — Ninguém vai morder você ou fazer qualquer outra coisa que você não queira.

— Mas eles vão — disse ela e sua voz vacilou. — Está escrito em mim agora, em algum lugar fundamental onde não posso mudar. Eu mal posso dizer não. E, aparentemente, mesmo que eu diga, eles podem simplesmente me ignorar e me obrigar a cooperar.

Ela enterrou o rosto no pescoço dele. Ela sabia que estava sentada no colo de Draco Malfoy, a mesma pessoa que se recusou a olhá-la durante as últimas semanas, mas sentia que poderia começar a berrar caso ele parasse de abraçá-la.

Como ele não tinha a empurrado imediatamente, ela decidiu ficar até que o fizesse.

— Eu odeio isso. Odeio essa biologia — ela disse ferozmente.

Malfoy suspirou e a abraçou ainda mais forte.

Se ela pudesse ficar ali com ele para sempre seria o ideal, apontou seu cérebro. As mãos dele acariciavam suas costas levemente e o seu cheiro estava por toda parte mais uma vez.

— Eu não vou deixar ninguém te machucar, Granger — rosnou Malfoy. Uma das mãos dele se levantou e se enredou nos seus cachos da parte de trás da cabeça; segurando-a com firmeza. Possessivamente. A sua cabeça estava debaixo do queixo dele e ela podia ouvir o ritmo constante do seu batimento cardíaco.

Era... felicidade. Ela fechou os olhos e relaxou contra ele.

Depois de um minuto, levantou a cabeça e o encarou. Os olhos dele ainda estavam escuros e ela estendeu a mão hesitante, apoiando-a em sua bochecha e observando seus olhos ficarem ainda mais escuros.

— Obrigada — disse ela. — Obrigada por parar o Anthony. Não sei... não sei o que faria se ele me mordesse.

Ela estremeceu.

Não teria sido um vínculo permanente se Anthony a tivesse mordido, mas seria de longo prazo. O vínculo de alma exigia que ela estivesse no cio. Ser mordido por Anthony quando não estava no cio teria causado um efeito parecido com o efeito do cheiro de Malfoy nela, mas multiplicado pela décima terceira potência. Levaria meses para desaparecer.

Provavelmente duraria até seu próximo cio, quando ele poderia tentar torná-lo permanente.

— Obrigada, Malfoy — ela disse novamente e sua voz tremeu um pouco. Ela olhou nos seus olhos prateados. Apenas encontrá-los fez com que o ar parecesse estar carregado de eletricidade e ela dificilmente se lembrasse de respirar. Sentiu como se seu coração estivesse prestes a explodir.

— Você, você está...

Ela sentiu seu próprio rosto se aproximando cada vez mais do dele. Ou talvez o dele estivesse se aproximando do dela. Não tinha certeza.

Ela nunca imaginou que um contato visual pudesse fazer seu coração disparar como se tivesse acabado de correr pelo campo de quadribol. A prata dos olhos dele era como líquido, causando-lhe uma sensação de que poderia se afogar neles.

Não era como a névoa acarretada pelos feromônios, era... diferente. Não sabia como descrever.

Ela respirou profundamente e tentou desviar os olhos dos dele, mas se viu encarando a sua boca. A mão dele ainda estava nos seus cabelos e o polegar acariciava levemente sua nuca.

Hermione tentou se lembrar do que estava dizendo, mas não conseguia parar de encarar a boca dele. Seus lábios estavam separados e...

O assunto de Anthony de repente parecia estranhamente enfraquecido e insignificante; muito menos premente do que o fato de Hermione estar vivenciando sua primeira experiência totalmente consciente de estar nos braços de Draco Malfoy. O ar ao redor deles estava quase zumbindo devido a tensão que começava a girar em torno deles.

Ela se aproximou.

Certamente, se realmente a odiasse, ele não permitiria que ela se sentasse em seu colo, prometendo mantê-la segura. Ele não se importaria com sua segurança se achasse que ela era detestável e de sangue sujo. Talvez... houvesse um mal-entendido.

Seus rostos estavam quase se tocando. Ela quase podia sentir os lábios dele contra os dela.

— Malfoy...? — ela sussurrou e seus lábios roçaram os dele enquanto falava. Foi elétrico. Os dois tremeram e se aproximaram ainda mais. O seu polegar acariciou a bochecha dele e os dedos nos seus cabelos apertaram em resposta.

Beije-o. Beije-o e ele nunca deixará você, sua mente sussurrou. Ele sempre irá mantê-la segura. Ele sempre será seu.

Ela queria.

Mas ela precisava saber.

— Malfoy, você...? — Ela estava praticamente sussurrando a pergunta contra a boca dele.

A porta da sala se abriu e McGonagall entrou com vários outros professores. A varinha da diretora apontava diretamente para Malfoy.

— Sr. Malfoy, retire suas mãos da Srta. Granger imediatamente — disse Minerva em uma voz severa.

O surgimento repentino de outros fez a tensão elétrica entre eles se romper. Hermione e Malfoy se separaram e se levantaram.

— Srta. Granger, você está bem? Um retrato relatou que você foi atacada.

Os professores Vector e Dawlish foram em direção a Malfoy enquanto Minerva puxava Hermione em sua direção.

— Eu estou bem, diretora — disse Hermione, ajeitando suas roupas sem jeito.

Minerva olhou para Malfoy.

— Eu te avisei, Sr. Malfoy. Foi com extrema relutância que eu permiti que você voltasse a essa escola após suas ações no sexto ano. E agora tenho meus corredores cheios de Alfas enfurecidos, um monitor espancado e amaldiçoado na enfermaria e encontro você, mais uma vez, causando danos à Srta. Granger.

Malfoy empalideceu e Dawlish o pegou pelo braço, com a varinha apontada para a têmpora de Malfoy e começou a puxá-lo da sala de aula. Hermione olhou confusa, mas Malfoy não disse nada.

— Diretora — Hermione deixou escapar rapidamente. — Não foi Malfoy quem me atacou. Anthony me empurrou contra uma parede e tentou me morder. Malfoy o deteve.

Os professores pararam e se entreolharam.

Houve um silêncio.

— Entendo... bem, se for esse o caso, você deveria ter ido ao meu escritório e relatado imediatamente — disse Minerva, parecendo confusa ao olhar entre Hermione e Malfoy.

— Eu... eu não estava... totalmente lúcida depois — Hermione gaguejou. — Malfoy me trouxe aqui para tentar me ajudar a sair disso.

Todos os funcionários de Hogwarts olharam para Hermione com expressões de ceticismo aberto e Hermione percebeu tardiamente que, se Malfoy parecia um pouco desordenado, ela provavelmente parecia completamente caótica. Ela não usava a gravata. Sua blusa estava meio desabotoada, seu cabelo estava quase arrepiado, podia sentir um rubor nas bochechas e no peito, e seus lábios estavam claramente inchados.

— Ele não fez nada que eu não tenha iniciado — acrescentou Hermione, sentindo suas bochechas esquentarem e lutando contra o desejo de enterrar o rosto em algum lugar, de preferência no peito de Malfoy. Ela esfregou o pulso furtivamente contra o quadril.

— Bem — disse McGonagall.

Malfoy se afastou abruptamente de Dawlish soltando um som abafado, sua expressão tensa. O professor Dawlish prontamente enfiou a varinha firmemente sob a mandíbula de Malfoy para acalmá-lo.

— Sr. Malfoy, — McGonagall retrucou — controle-se! Dawlish, por favor, acompanhe o Sr. Malfoy ao meu escritório. Vou levar a Srta. Granger para resolver a situação lá fora e depois acompanhá-la à enfermaria do hospital.

— Muito bem, Minerva — o professor Dawlish disse com um aceno de cabeça enquanto continuava a usar sua varinha para cutucar Malfoy na garganta e depois começar a arrastá-lo para fora da sala de aula. Hermione olhou para Malfoy e seus olhos se encontraram em um momento repleto de eletricidade antes que ele desaparecesse na esquina, deixando Hermione com McGonagall e Professora Vector.

— Malfoy realmente não fez nada, diretora — Hermione disse novamente. — Ele não deve ser punido.

Minerva olhou para Hermione e uma expressão pensativa surgiu em seus olhos.

— Senhorita Granger, você está se apegando ao Sr. Malfoy?

Hermione sentiu um frio no estômago e olhou entre McGonagall e a professora Vector. A professora Vector tinha uma expressão cada vez mais evidente de repugnância em seu rosto enquanto ela ficava na sala de aula. Hermione percebeu que a pequena sala cheirava a sexo, apesar de que não ter havido nenhum sexo por ali.

Hermione piscou e tentou ignorar o quão frustrada ela se sentia por isso.

— N-não — disse Hermione. — É apenas... eu gostaria... — Hermione respirou fundo e fechou os olhos enquanto falava rapidamente. — Ele poderia ter se aproveitado da situação e... no estado em que eu estava... eu gostaria que ele tivesse se aproveitado. Mas ele não o fez. Ele parou.

Sua voz estava um pouco amarga ao dizer a palavra "parou".

Ela sentiu as bochechas corarem e abriu os olhos, respirando profundamente pelo nariz e olhando fixamente para o chão.

— Então, eu acho que você deveria saber que me sinto profundamente grata por ele ter vindo até mim. Se ele não tivesse aparecido naquele momento... não tenho certeza do que Anthony teria feito comigo. Malfoy deveria ser recompensado.

McGonagall continuou a encarar Hermione pensativamente durante alguns segundos antes de se levantar.

— Srta. Granger. Muito bem. Depois que Poppy a examinar, eu gostaria de ter um relato completo do que ocorreu com o Sr. Goldstein. Vamos levá-la à enfermaria do hospital e pegar um pouco de Essência de Murtisco para o seu pescoço. — McGonagall olhou Hermione de cima a baixo e pigarreou.

— Talvez você devesse abotoar a camisa.

Hermione desajeitadamente se afastou das duas mulheres mais velhas, abotoou a camisa e tentou abaixar os cabelos. Quando voltou, sentiu a diretora lançar um feitiço refrescante nela. Hermione corou novamente.

McGonagall virou-se para a porta e depois parou.

— Você deve se preparar, há uma espécie de comoção no corredor — disse a diretora antes de abrir a porta.

A "comoção no corredor" eram todos os outros alfas de Hogwarts, alguns seminus e todos gritando com raiva para os professores que continuavam agitando as varinhas para afastá-los.

Hermione olhou com espanto e se afastou nervosamente atrás da diretora.

— Todos eles apareceram por eu ter sido atacada? — disse com uma voz estridente enquanto espiava por cima do ombro da diretora.

— Aparentemente — disse McGonagall, encarando a cena na frente deles. Neville parecia estar vestindo suas vestes e uma calça, mas sem camisa ou sapatos. Vários rapazes estavam de pijama. Theodore vestia calça mas estava sem camisa. Peter estava de roupão. Todos eles discutiam com Flitwick, Slughorn, Hooch e Sprout. Até Phineas estava se escondendo contra uma parede. — Metade deles estava aqui antes da chegada dos professores.

— Não me ocorreu ter chamado todos eles — Hermione disse sem jeito.

Ela lera sobre isso em seus livros. Quando Ômegas ficam extremamente assustadas, costumam liberar uma verdadeira bomba de feromônios. Era como entrar no cio. Dado que Hermione estava livre, qualquer Alfa por perto se sentiu imediatamente levado a resgatá-la.

Isso explicava como Malfoy conseguiu se materializar do nada.

— Felizmente, seu chamado não os deixou ferozes ou teríamos sido forçados a atordoar todos. Eles estavam dispostos a permitir que os professores a procurassem, pois tinham senso suficiente para perceber que procurar por você como um grupo provavelmente não terminaria bem. Prometemos deixá-los vê-la quando a encontrássemos, então eles se comprometeram a se comportar.

— Hermione!

Neville viu Hermione espiando por cima do ombro de McGonagall e correu em sua direção, seguido por todos os outros garotos. Eles quase passaram por cima de McGonagall e da Professora Vector, amontoando-se em torno de Hermione como uma matilha de cães ansiosos.

No instante em que a cercaram, Hermione congelou; estava presa no meio deles. Ela ouviu vagamente McGonagall e o resto da equipe de Hogwarts começarem a gritar furiosamente ao longe.

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