All You Want | Dramione

By moonletterss

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O oitavo ano em Hogwarts deveria ser o ano de Hermione. E é, mas não do jeito que ela espera. Fic ômegaverso... More

02. Você não sabe o que tem até que tudo acabe
03. Você recebe o que precisa
04. Sinto o modo como você me quer
05. É apenas curiosidade
06. Em um mar de apaixonados
07. O mundo dele continuará girando
08. Então, deixe-me ir, deixe-me ir
09. Estou tentando acalmar minha respiração
10. O que está acontecendo?
11. Eu fico um pouco nervosa perto de você
12. Tão perto de ter você nos meus lábios
13. Eu não sei como é ser você
14. Posso te chamar de meu?
15. Talvez possamos encontrar novas maneiras de nos desfazermos
16. Eu queria ser um pouco mais amada
17. Meu coração e eu não nos damos bem
18. E como você, como você pode simplesmente ir embora?
19. Eu estive pensando demais, me ajude
20. Entenda como meu cérebro funciona
21. Todo esse sangue ruim aqui
22. Diga-me o que há em sua cabeça
23. Tudo parece certo
24. Entre nós dois
25. Quero que você seja mais feliz
26. Seja minha para sempre
27. Meu coração finalmente confia em minha mente
28. Gostos particulares
29. Você tem esse poder sobre mim
30. Eu preciso disso
31. Estou com ciúmes, sou excessivamente zelosa
32. Meu mundo é só você
33. Sinto seus lábios se mexendo
34. O único para mim é você
35. Tudo o que você quiser
36. Epílogo: Venha o que vier

01. Em que tudo deixa de fazer sentido

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By moonletterss

O oitavo ano em Hogwarts seria de Hermione.

Ela havia dado seis anos de estudos a Harry e Ron, e agora teria um ano só para ela. Voldemort estava morto; a maioria dos Comensais da Morte estava aprisionada; e Harry e Ron estavam treinando para se tornarem Aurores. Hermione estava voltando para a escola, onde finalmente poderia se dedicar inteiramente à sua educação da maneira que sempre desejou.

Um ano inteiro em que ela poderia se dedicar a atividades extracurriculares simplesmente porque queria; e não devido a uma necessidade premente de salvar Harry ou o mundo bruxo.

Ela podia dizer, com base em alguns dos olhares que recebia, que as pessoas estavam sentindo pena dela. Achavam que ela estava indo para a escola como uma forma de fugir ou se esconder, imaginando que havia algum tipo de cisma entre ela e seus melhores amigos. Todos os jornais estavam gritando isso, proclamando que o "Trio de Ouro" havia se desentendido e não estava se falando. A principal teoria era a de que ela e Ron haviam rompido, e Harry havia se colocado contra ela.

Isso é besteira.

Hermione e Ron mal tinham ficado juntos. Eles haviam discutido e considerado a possibilidade. Após a guerra, Hermione e Ron sentiram que precisavam de espaço para se encontrar como indivíduos antes de tentar formar um casal. Hermione decidiu que eles deveriam esperar um ano e rever a questão. Até lá, Hermione já teria concluído seu NIEMS e escolhido sua maestria e Ron teria terminado a parte mais intensiva do treinamento de auror.

Ambos teriam uma ideia melhor do que queriam.

O fato de que a maior parte do mundo bruxo esperava que eles ficassem noivos aos dezessete anos era simplesmente absurdo na opinião de Hermione. Apesar da surpreendente igualdade de gênero, a sociedade bruxa era bizarramente antiquada em alguns aspectos. Como ela estava frequentando a escola em vez de se casar imediatamente, os tablóides estavam convencidos de que devia ser porque o Trio de Ouro tinha sido destruído por algo totalmente obsceno.

A simples ideia fez Hermione zombar de si mesma e balançar a cabeça.

Ela havia passado meses morando em uma barraca com seus melhores amigos. Eles haviam salvado o mundo juntas. Ela não ia ficar permanentemente presa aos quadris deles para tranquilizar um público excessivamente curioso.

Ela não estava interessada em se tornar uma auror. Já havia travado suas batalhas e não desejava que acampamentos ou duelos fizessem parte de suas futuras carreiras.

Ela queria ter tempo para si mesma. Para estudar. Não se preocupar em manter ninguém vivo ou não expulso. Decidir o que queria fazer apenas por si mesma, por seus próprios interesses.

O oitavo ano era dela. Só dela.

Ela abraçou Harry e Ron e deu um beijo no rosto de cada um deles na Plataforma 9 ¾ antes de praticamente pular para o trem.

Encontrou um compartimento vazio, entrou apressada e pegou todos os seus livros didáticos para revisar. Ela os havia lido durante o verão, mas a reconstrução havia tornado tudo tão caótico que ela realmente não se sentia como se tivesse lido as coisas tão detalhadamente quanto gostaria.

Ginny passou por ali e entrou para cumprimentá-la, com o distintivo de monitora-chefe da escola orgulhosamente afixado em seu uniforme. Molly ficou quase histérica de lágrimas de alegria quando Ginny o recebeu.

Hermione sentiu apenas um momento de inveja por ter perdido o cargo que tanto cobiçava quando era mais jovem. Não tinha sido uma surpresa. Minerva havia visitado Hermione e discutido o assunto. Ginny e Neville haviam demonstrado qualidades excepcionais de liderança em Hogwarts sob o comando dos gêmeos Carrow, mas, por todos os motivos, o cargo deveria ter sido ocupado por Hermione no ano anterior.

Hermione recusou. Ela já estava ficando vesga ao tentar encontrar uma maneira de acomodar todas as aulas que queria fazer. Ela queria um ano acadêmico tranquilo, sem nenhum cargo de liderança.

A insígnia de monitora-chefe foi para Ginny.

Minerva ofereceu a Hermione o cargo de monitora, mas Hermione também recusou.

A viagem para Hogwarts estava bem encaminhada quando a porta de seu compartimento se abriu abruptamente e Draco Malfoy mergulhou e começou a se desiludir no banco em frente a ela.

Ele tinha acabado de desaparecer quando a porta se abriu novamente e Daphne e Astoria Greengrass espiaram para dentro.

— Granger — disse Daphne rigidamente, franzindo os lábios enquanto encarava Hermione. — Você viu Draco passar por aqui?

Hermione olhou-a por um momento.

— Eu estava lendo — disse ela.

Daphne suspirou e revirou os olhos antes de se virar para sair com sua irmã mais nova.

Hermione voltou a olhar para a página e continuou lendo seu livro de Aritmância até que os passos desapareceram sob o clique das rodas do trem. Então ela levantou os olhos e ergueu uma sobrancelha para o espaço vazio em frente a ela.

O vazio ondulou e Malfoy lentamente voltou a aparecer.

— Mentindo por mim, Granger? — disse, erguendo uma sobrancelha, suas palavras enunciadas em um lento e longo arrastar. — Eu nunca pensei que veria esse dia.

Hermione lançou-lhe um olhar aguçado. Malfoy estava consideravelmente mais alto do que ela se lembrava e ela o vira apenas três meses antes enquanto testemunhava em seu julgamento.

Ele estava também visivelmente mais musculoso; e, mesmo que ele tivesse entrado no regime de condicionamento físico mais rigoroso do mundo, isso não explicaria como ele havia crescido tanto ou por que sua voz parecia ter caído uma meia-oitava.

Ela piscou para ele repetidamente antes de se recuperar.

— Eu não menti — disse ela, erguendo o queixo. — Eu simplesmente disse que estava lendo.

— Uma mentira por omissão ainda é uma mentira — disse ele em uma voz tão baixa que parecia que estava rosnando para ela.

O corpo inteiro de Hermione esquentou.

Ela se remexeu no banco, sentindo-se repentinamente desconfortável com a presença dele. Seu pescoço estava tenso e formigava levemente.

Por que ele estava rosnando para ela?

Tinha sido muito desconcertante e irritante.

— Além disso, como você não é sequer uma monitora? — ele perguntou, olhando-a. — Eu presumi que você seria a monitora-chefe. Eu pensei que tinha sido o único despojado da minha posição. Até Pansy conseguiu manter seu status de monitora, mesmo depois de tentar entregar Potter.

Hermione corou em um tom profundo de escarlate e se contorceu sob o olhar dele. Era como se ela pudesse sentir os olhos cinzentos dele percorrendo seu corpo. Ela nunca havia se sentido tão estranhamente desconfortável perto de alguém. Ela começou a suar. Um calor inexplicável começou a florescer constantemente em seu abdome inferior ao som da voz dele.

Ela tentou ignorar o fato.

— Eu não queria nenhuma posição de liderança este ano — disse ela, com a voz estridente ao cruzar as pernas. — Tenho muitas aulas a fazer. Não é como se eu precisasse disso no meu currículo. Se alguém quiser saber por que eu não fui monitora durante o oitavo ano, sempre posso mostrar a eles minha Ordem de Merlin.

Malfoy riu e soou como chocolate e veludo aos ouvidos de Hermione. Ela praticamente podia sentir aquilo contra sua pele. Ela fez um barulho estrangulado e se amontoou no canto oposto do compartimento.

Malfoy olhou para ela com olhos estreitos.

— O que está te incomodando tanto, Granger? — ele perguntou. Hermione poderia jurar que de alguma forma sentia as vibrações do timbre dele se acumularem em sua espinha e a incendiarem.

Seus olhos se arregalaram e de repente ela se viu desesperada para se afastar dele. Algo dentro dela avisava que aconteceria alguma coisa muito séria se não o fizesse.

Ela ficou de pé e pegou sua mochila.

— Nada — ela se viu dizendo, sentindo-se sufocada. — Eu preciso ir.

Ela se virou e saiu do compartimento antes que Malfoy tivesse a chance de abrir a boca novamente.

Ela correu para o banheiro e jogou água no rosto e pescoço, tentando se esfriar enquanto procurava entender o que havia acontecido. Algo sobre Malfoy a deixara profundamente nervosa, em uma extensão que não poderia explicar.

Ela sempre se orgulhou de ter uma cabeça razoavelmente boa sobre os ombros. Ela não era o tipo de garota que corava ou ficava mal-humorada só porque achava um garoto atraente. No entanto, ela havia literalmente notado que Malfoy estava em forma, começou a se derreter em uma poça ao ouvir a voz dele e, em seguida, gritou com ele antes de fugir.

Era como se a proximidade com ele tivesse despertado alguma criatura adormecida no fundo de sua mente. Ao som da voz dele, ela começou a se agitar e a transformou em um monte de hormônios indesejados, irracionais e lascivos.

Por causa de Draco Malfoy, entre todas as pessoa.

Um asno histórico. Valentão da escola. Elitista de sangue puro que sofreu lavagem cerebral. Mesmo que ele fosse o homem mais atraente fisicamente do mundo, isso não compensaria sua ausência geral de coluna vertebral ou falta de caráter.

Suas paixões sempre tendiam a começar com o caráter em primeiro lugar e a aparência em segundo. Ela admirava Gilderoy Lockhart por suas supostas realizações. Viktor Krum por sua sinceridade e doçura.

O que não quer dizer que ela tivesse uma queda por Malfoy, de forma alguma. Ele era simplesmente atraente. Era perfeitamente normal que uma garota ocasionalmente apreciasse um homem em um nível puramente estético.

Era só isso, ela disse a si mesma com firmeza. Não havia motivo para agir de forma irritante com ele por causa disso.

Ela se endireitou, vestiu o uniforme da escola e foi procurar um novo compartimento.

Acontece que Malfoy não era o único homem do oitavo ano que havia crescido muito durante o verão. Hermione ficou com os olhos arregalados quando viu Neville Longbottom pela primeira vez. Assim como Anthony Goldstein e Theodore Nott. Havia vários outros garotos do oitavo ano, cujos nomes ela não lembrava, que também pareciam ter crescido.

De seu assento no Salão Principal, ela olhava para cada um deles, sentindo-se um pouco atônita. Embora todos os garotos tivessem admiradores óbvios, a maioria dos outros alunos não parecia tão desconcertada com isso quanto Hermione.

— Hermione, você poderia me passar o presunto? — Neville perguntou em um ronronar baixo.

Hermione quase caiu da cadeira com o som da voz dele e girou para encará—lo com a boca aberta. Ninguém mais havia olhado. Como se homens tendo vozes que vibravam o ar ao seu redor fosse uma ocorrência normal!

Neville olhou para ela confuso.

Hermione engasgou.

— O que você acabou de me dizer?

— Eu pedi o presunto — disse Neville, sua voz novamente baixa e cheia de vibrações.

Hermione ofegou e, agarrando a bandeja, ela a empurrou rapidamente na direção dele antes de se levantar.

— Eu preciso usar o banheiro — ela murmurou.

Hermione permaneceu escondida no banheiro feminino tentando se esfriar durante meia hora, antes de fugir para a segurança da biblioteca. Ela não conseguia entender o que estava acontecendo. Ela não conseguia conceber nenhuma maneira de explicar o que estava acontecendo com ela.

Por que parecia que ela era a única incomodada pelos misteriosos surtos de crescimento? Era bizarro.

Ir à biblioteca foi um ato desanimador e inútil. Não havia informações referentes àquilo nos livros sobre padrões de crescimento. Todos os livros sobre reprodução de bruxos estavam na seção restrita e ela não tinha certeza de ter curiosidade suficiente para abordar qualquer um de seus professores para obter uma permissão. Desejou ter a capa de invisibilidade de Harry.

Ela decidiu esperar um pouco. Aquilo não era urgente. Enquanto isso, ela simplesmente evitaria Malfoy, Nott, Goldstein, Neville e os outros. Ela tinha muito trabalho acadêmico para se concentrar de qualquer maneira. Não seria difícil.

Como percebeu mais tarde, foi um pouco difícil.

Quando ouvia as vozes deles pelos corredores, começava a suar. Ela mal conseguia evitar ofegar enquanto fugia. Precisou evitar a biblioteca e as áreas comuns como se houvesse uma praga.

Ela lançava feitiços de resfriamento em si mesma quando compartilhava uma aula com qualquer um deles, sentando-se no fundo da sala o mais longe possível e se abstendo de responder perguntas, porque sua voz muitas vezes saía estridente e vacilante.

Ela agia tão dolorosamente fora de si que Malfoy a encurralou após a aula de poções durante a terceira semana, depois que ela explodiu um caldeirão pela primeira vez em sua carreira acadêmica.

— O que há de errado com você, Granger? — Ele falou em uma voz baixa e exigente que fez Hermione estremecer.

Ela queria saber como seria se ele rosnasse daquele jeito contra o pescoço dela. Ela quase gemeu quando se forçou a recuar.

Ele estava tão perto que ela podia sentir seu cheiro; e ele cheirava positivamente comestível. Ela queria passar a língua pelo pescoço dele e pelos seus pulsos para descobrir se ele tinha um gosto igualmente perfeito.

— O que? — Ela se sacudiu, tentando pensar direito.

O pescoço dela estava muito sensível. Seus pulsos começaram a latejar quando ela respirou novamente.

— Nada. Não há nada de errado comigo — ela disse com força. Ela se afastou dele e esfregou os pulsos um contra o outro, tentando aliviar a tensão inexplicável.

Ele deu um passo em sua direção, respirando fundo e parou.

Seus olhos se fixaram nos dela e ele balançou a cabeça antes de sua expressão se torcer em choque. Ele colocou a mão sobre o nariz e a boca como se estivesse prestes a ficar doente.

Sem outra palavra, ele se virou e correu para longe.

Hermione ficou olhando para ele atordoada. Ela cheirou confusa sua blusa, tentando determinar o que tinha abruptamente nauseado Malfoy. Seu cheiro estava normal. Talvez levemente almiscarado, mas apenas se enterrasse o nariz nas roupas.

Malfoy era tão rancoroso. Ele provavelmente apenas fingiu aquilo para tirar sarro dela.

O rosto dela se contorceu e Hermione se endireitou, esfregando a base do pescoço onde ainda doía.

Ela foi para a biblioteca, mas quando alcançou a porta, ouviu a voz de Anthony. Ela prontamente se virou e correu para o dormitório da Grifinória.

Seu pescoço e pulsos ainda estavam formigando e sensíveis, então ela os esfregou. Era como se houvesse uma tensão que não aliviasse.

Quando chegou à torre da Grifinória, ela ergueu os ombros e caminhou até o dormitório das garotas. Ginny tinha seu próprio quarto privado porque era a monitora-chefe.

Hermione bateu suavemente e se remexeu, já se sentindo desconfortável.

A porta se abriu e Ginny sorriu para ela.

— Hermione, há algum problema? — Ginny perguntou, abrindo a porta e convidando-a a entrar.

— Ah não. Hum. Eu tenho uma pergunta — Hermione disse, entrando no quarto sem jeito. — Não sei se de alguma forma é estranho perguntar isso, mas sinto que sou a única pessoa que não sabe o que está acontecendo.

Os olhos de Ginny se arregalaram.

— Você não sabe alguma coisa? Bem, então não sei se serei de muita ajuda. — Ginny abriu um sorriso enquanto se sentava na beira da cama desarrumada.

— O... — Hermione vacilou. — Neville e alguns outros meninos do oitavo ano cresceram muito durante o verão? Sinto que sim, mas parece que sou a única pessoa confusa com isso.

O sorriso no rosto de Ginny desapareceu instantaneamente e sua expressão se tornou nitidamente cautelosa.

— Bem, eles passaram pelo surto de crescimento final — Ginny disse, em um tom distante. — Você provavelmente nunca percebeu isso acontecendo porque a maioria dos bruxos se forma antes disso.

Bem, aquilo fazia sentido. Malfoy, Neville e os outros tinham dezoito anos. Não era como se Hermione normalmente encontrasse tantos bruxos de dezoito anos.

— Isso é normal? — Hermione perguntou: — Os bruxos normalmente têm surtos de crescimento tão tarde?

— Alguns.

Hermione franziu a testa levemente.

— Harry e Rony não tiveram.

— Bem, como eu disse — a voz de Ginny parecia tensa e sua expressão era defensiva. — Alguns têm. Nem todos os bruxos passam por isso. É bem arbitrário. Bill e Charlie passaram por isso, por exemplo. Mas a maioria dos bruxos não passam e isso não os torna menos bruxos. Não é como se isso acontecesse com alguns bruxos por merecimento.

Hermione olhou para ela.

— Acho que estou perdendo alguma coisa.

— É.. — Ginny começou e depois acenou com a mão no ar. — Geralmente é uma coisa de puro sangue. Não é algo que as pessoas comentem.

— Ah — disse Hermione. As pessoas estavam intencionalmente fechando os olhos para aquela situação.

Ginny suspirou.

— Basicamente, é algo aleatório que acontece com alguns bruxos, mas geralmente não significa nada. Pelo menos, não significa nada para você, para mim ou provavelmente para ninguém que conhecemos. Ignore isso.

— Certo — disse Hermione.

Assunto mágico delicado. Ela fez uma anotação mental para abordar o assunto com muita delicadeza, se estivesse desesperada o suficiente para falar com McGonagall.

No dia seguinte, ela acordou com febre. Todo o seu corpo estava pesado, seu abdome doía e ela estava horrivelmente muito excitada. A base de seu pescoço coçava e latejava tanto que ela se sentiu tentada a esfregá-la contra a cabeceira da cama para aliviar a dor. Seus pulsos estavam parecidos. Ela os esfregou um contra o outro para tentar diminuir a coceira.

Ela apertou as coxas e tentou não prestar atenção à crescente sensação de vazio dentro dela. Era esmagador. Ela se sentia a mulher mais esquisita do mundo. Deus do céu. O que estava errado?

Ela deveria estar doente. Alguma doença bruxa que fazia seu pescoço e pulsos doerem, tornava seu corpo sensível a timbres vocais profundos e a fazia sentir que poderia morrer se não fizesse sexo imediatamente com um garoto com a maior anatomia masculina humanamente possível.

Ela reprimiu um gemido e tentou sair da cama para ir ver Madame Pomfrey. Arrastou-se até a porta e depois começou a tropeçar até a sala comunal.

— Hermione?

A voz percorreu sua espinha e ela reprimiu um gemido quando se virou e encontrou Neville olhando para ela do outro lado da sala.

— Você está bem? — ele perguntou.

Ela balançou a cabeça silenciosamente.

De repente, sentiu um desejo avassalador de se esfregar contra ele. Se ela pressionasse os pulsos contra o pescoço dele, de alguma forma tinha certeza de que a dor iria passar. Ela estava morrendo de vontade de sentir os lábios dele contra seu pescoço. Ela poderia rastejar em seus braços e seu corpo iria parar de doer.

Eles poderiam transar.

De alguma forma, ela tinha certeza de que o sexo com Neville seria alucinante.

O que? Ela piscou.

Ela balançou a cabeça bruscamente tentando limpar sua mente.

— Estou doente — disse ela, com a voz baixa e chorosa enquanto se afastava dele rapidamente e se encostava à parede. — Provavelmente é contagioso. Você deveria chamar Madame Pomfrey.

Seus pulsos doíam intensamente e seu corpo parecia tão sensível que ela começou a esfregar inconscientemente o pulso esquerdo contra o osso esterno.

De repente, a expressão de Neville mudou e Hermione pôde ver seus olhos escurecerem do outro lado da sala até que estivessem quase pretos. A expressão gentil e aberta que normalmente estava em seu rosto desapareceu. Sua expressão tornou-se predatória de uma maneira que ela achou profundamente atraente. De repente, ele estava poderoso e perigoso. A dor entre suas pernas subitamente aumentou.

Seus olhos estavam fixos em Hermione e, de repente, ele se moveu rapidamente pela sala em direção a ela.

— Venha aqui — disse ele, em voz baixa e persuasiva. Seu corpo inteiro ficou estimulado quando o calor a inundou. Ela virou-se para ele, soltando um pequeno som de lamento.

— Eu vou cuidar de você — disse ele. — Deixe-me cuidar de você.

Ela começou a alcançá-lo.

Um pensamento ocorreu a ela.

Neville estava namorando Hannah Abbott.

Um lamento saiu da boca dela quando abruptamente recuou e se aconchegou novamente, encolhendo os ombros ao redor do pescoço desesperadamente sensível.

— Não — disse ela, fechando os olhos com força.

Ela podia sentir a respiração de Neville em sua nuca e conteve um gemido.

— Deixe-me cuidar de você — ele estava murmurando e aquilo fez todo o corpo dela tremer. Ele esfregou a base do pescoço dela e ela choramingou e arqueou a cabeça sem pensar.

— Não... — ela disse, lutando para pensar.

As mãos grandes de Neville estavam em seu corpo, e ele estava se aconchegando com mais firmeza contra a nuca dela, respirando profundamente contra sua pele. Aquilo enviava chamas para seu cérebro. Ela não conseguia pensar além do desejo que a envolvia completamente.

— Ohhhhh. —Ela estremeceu. Neville estava pressionando-a contra a parede, e suas mãos estavam começando a vagar pelo corpo dolorido dela. Ela se virou, arqueando as costas e expondo a garganta de modo submisso para ele.

— Boa menina — disse ele, seus lábios roçando a pele dela. Algo dentro dela se emocionou profundamente com aquelas palavras.

Ela faria qualquer coisa. Qualquer coisa que ele quisesse. Ela o agradaria e ele cuidaria dela.

Seus pulsos estavam presos na parede da sala comunal, ela podia sentir a barba por fazer contra sua pele quando ele começou a lamber e chupar seu pescoço. Todo o seu corpo se espatifou embaixo dele.

— Mas que diabos? Oh meu Deus! — A voz horrorizada de Ginny de repente cortou o fogo e a névoa. — Estupefaça!

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