A última noite

By julhakjkk

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Para Scarllet, sua vida deveria ser seguida à risca, com muitas expectativas a cumprir. Ao crescer cercada po... More

capítulo 1
capítulo 2
capítulo 3
capítulo 4
capítulo 5
capítulo 6
capítulo 7
capítulo 8
capítulo 9
capítulo 10
capítulo 11
capítulo 12
personagens <3
capítulo 14
capítulo 15
capítulo 16
capítulo 17
capítulo 18
capítulo 19
capítulo 20
capítulo 21
capítulo 22
capítulo 23
capitulo 24
capítulo 25
capítulo 26
capítulo 27
capítulo 28
capítulo 29
capítulo 30
capítulo 31
capítulo 32
capítulo 33
capítulo 34
capítulo 35
capítulo 36
capítulo 37
capítulo 38
capitulo 39
capítulo 40
capítulo 41
capítulo 42
capítulo 43
capítulo 44
capítulo 45
capítulo 46
capítulo 47
capítulo 48
capítulo 49
capítulo 50
capítulo 51
capítulo 52
capítulo 53
capítulo 54
capítulo 55
capitulo 56
capítulo 57
capítulo 58
capítulo 59
capítulo 60
capítulo 61 "what is a monster?"
capítulo 62 "truths"
capítulo 63 "incendiar"
capítulo 64 "após o incêndio."
capítulo 65 "personificação"

capítulo 13

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By julhakjkk

— Ah é? A lua mandou que ela morresse para assim dar fim ao seu sofrimento?

Faço gestos negativos com a cabeça. Não acredito que ele esteja levando tudo isso ao pé da letra.

— Você ouviu o que eu disse? — pergunto a ele, que faz uma cara feia.

— Você disse que ela morreu. Aonde ela está agora? Em um cemitério em decomposição? — estreito os olhos após ouvir. Embora sua pergunta seja um pouco mórbida.

— Não Collin. Ela está lá. — aponto o dedo para uma das estrelas. Mas especificamente para a que está próximo a lua.

Ele arregala os olhos. Parece ter finalmente entendido.

— Então ela agora é uma estrela?

— Sim.

Ele pensa por alguns segundos, antes de dizer:

— Você não acredita nessa fantasia de criança, não é?

Sem querer, acabo me ofendendo com sua pergunta. O que quis dizer com isso?

— Acredito em muitas coisas. — confesso.

Não sei ao certo se vou me arrepender de ter contado essa história a ele. Mas no momento presente, prefiro não pensar muito. Além do que, eu estou com frio, e nenhum dos tecidos que estou enrolada me protegem disso.

— Isso não passa de uma história que a sua irmã inventou de última hora para você dormir.

Sua frase me irritou profundamente. Parece que agora sim estou arrependida de ter contado.

— Ela leu essa história para mim em um livro. — corrijo-o. — Todo mundo acredita em alguma coisa irreal. Hilary por exemplo, acredita em fadas. — deixo um sorriso nascer ao me lembrar desse pensamento bobo que ela carrega.

— Hilary  diz que acredita em muitas coisas quando está bêbada. — sua insistência em me fazer parar de acreditar no que gosto me deixa irritada.

Chega a ser cabuloso como Thomas consegue ser calmo em alguns momentos, e irritante em outros.

— Não estou pedindo para você acreditar no que digo Thomas. Acredite se quiser. Como eu disse, é só uma história. — acaricio as folhas da grama.

Então ele levanta- se de onde estava.

— Bom, tenho que ir. Fique aí e morra de hipotermia.

Então sai.

Não o respondo e muito menos olho para ele. Pela primeira vez ficamos por um "longo" período juntos, sem que discutíssemos. Isso foi um grande avanço.

No dia seguinte, é sábado. Acordo pelas fortes batidas em minha porta, e quando abro, me deparo com Hilary. Suas pernas cambaleiam e estão perto de ceder. Por um momento seu corpo tomba para frente. Está obviamente bêbada.

— A minha cabeça vai explodir. — diz antes de entrar em meu quarto, deitando- se em minha cama.

Ela faz um gesto para vomitar, e sua boca enche- se de líquido.

— Hilary, aqui não. — seguro em seu pulso a puxando na direção do banheiro. Ela se ajoelha próximo ao vaso e começa a vomitar sem parar.

Quando acho que está prestes a acabar, ela continua. Aquele processo se repete durante algum tempo. Seguro seus cabelos ruivos até ela vomitar pela última vez, e encostar sob o vaso.

Ela engatinha até a pia e lava a sua boca com água. Me pergunto o que ingeriu ao ponto de estar nesse estado. Hilary caminha de volta para minha cama, deitando- se nela e rapidamente pagando no sono, enquanto se aconchega em meus cobertores.

— Tudo bem. — falo como se ela pudesse me responder. Então me deito no outro lado da cama, e apago a luz. Voltando a dormir.

Quando acordo, estou sozinha na cama. Hilary está sentando no chão assistindo um filme na Netflix. Ela percebe que acordei, então se levanta.

— Você dormiu bem mais do que eu, que estava bêbada. — resmunga se deitando na cama novamente. Ela me olha com uma expressão brava.

Antes que eu posso perguntar o que aconteceu, ela fala:

— O que fez com seu cabelo?

Esperava que ela me perguntasse tudo, até mesmo do incidente com Collin, exceto isso. Mas não sei o que dizer. Tenho que inventar uma mentira convivente o suficiente para ela. Mas sei que mesmo que eu conte com convicção minha mentira, ainda assim ela não acreditaria.

— Quis mudar o visual. — falo a primeira coisa que vem à mente. — Você gostou? — espero que isso ajude a sustentar a mentira.

— Não minta Scarllet, conheço você.

— Estou falando sério.

— Está bem, vou fingir que acredito. Mas daqui a pouco vou consertar esse estrago que fez.

Faço um gesto positivo com a cabeça. Hilary não é cabeleireira, mas sua tia que mora em Londres, sim. Ela já me contou sobre como adorava ficar horas no salão dela para aprender. Embora ela nunca tenha feito nada na prática. Mas não me importo. Qualquer coisa é melhor do que o meu cabelo agora.

— Você pode ir lavando seu cabelo, vou separar os materiais. — ela sai pelo quarto catando os objetos de cabelo.

— Que horas são? — não me lembro por quanto tempo dormi. O quarto todo está fechado e não é possível ver a luz do sol o bastante.

— São 14 horas da tarde, quase 15. Dormimos muito e acabamos perdendo a hora do almoço. — fala ao mesmo tempo que revira minha gaveta.

Eu simplesmente apaguei. Não imagino que consegui dormir até essa hora. Hilary está certa, eu dormo bem mais que ela, quando ela está bêbada. Ontem, passei a noite inteira acordada. Só fui realmente dormir às sete da manhã.

Posso sentir meu estômago doendo. Eu não como nada desde ontem de manhã. Se as coisas continuarem nesse ritmo, eu vou emagrecer ainda mais. E a próxima refeição só será a noite. Até lá, terei que me virar com biscoitos.

Hilary também deve estar faminta.

Tomo o meu banho. Demorei alguns minutos para desfazer os nós que estavam no meu cabelo. Consigo sentir falta, pela diminuição de tamanho. Ele estava quase no ombro. Hilary não iria conseguir fazer muita coisa. Algumas mechas estavam maiores que outras.

Quando me volto para o quarto, ela estava me esperando com uma cadeira, e uma mesa com vários produtos de cabelo. Escovas, chapinha, secador e uma tesoura. Tenho certeza de que todas essas coisas de cabelo, são suas.

Então aplica um dos produtos, mecha por mecha, e logo após, seca com o secador. Penteia cada fio com muito cuidado.

— Vou cortar acima do ombro. Eu estava pensando em fazer um Chanel, o que acha? Combina com seu rosto e vai apagar todo esse corte mal feito.

Qualquer coisa serve. Não me importo.

— Faça o que quiser. — murmuro.

— Está bem. Então está decidido.

Começa a pentear novamente os fios, mas dessa vez, está com a tesoura na mão. Ela ajeita minha postura, e então vai cortando delicadamente. E quando finalmente termina, separa uma mecha da frente, então deixa uma franja em minha testa. Fazia isso com muita paixão.

Provavelmente está feliz por estar finalmente mostrando seu talento. Logo depois, Hilary passa a chapinha em meu cabelo, mas não muda muita coisa.

— Uau. Eu adorei. Ficou perfeito. — comenta mas para ela do que para mim.

Então me conduz para o espelho do banheiro. Gosto do que vejo.

Hilary está rindo de um jeito bobo. Ela realmente tem muito talento. O corte está perfeito. Sem nenhuma falha. Mas já não existe nenhum resquício das mechas que antes eram azuis. Meu cabelo voltou ao seu estado natural.

— Você é linda Scarllet. Sua aparência é desejável para qualquer um. — comenta deslizando os dedos sobre os fios curtos.

Eu não sei como reagir ao seu comentário. Ela dizendo que sou linda? Gostaria de dizer: "Ah, pare. Todo mundo sabe que a amiga linda aqui é você." Mas não tenho coragem para dizer. Eu sou só a amiga sem graça que anda com a amiga sociável e cobiçada.

— Olha só como tem lábios lindos, e a cor de seus olhos.

Se Hilary continuar me dizendo essas coisas, irei ficar ainda mais sem graça.

— Prometa uma coisa para mim? — ela diz, e sinto a urgência em sua voz. — Não deixe nenhuma das vadias dessa escola falarem mal da sua aparência. A maioria delas gostaria de ter a chance de ser como você.

Sei ao quê ela está se referindo. Elena deve me odiar muito, ao ponto de falar isso para todo mundo. Hilary não estava lá quando ela fez piada de mim na frente de todo mundo. Mas sei que não precisava. Elena disse isso a toda a escola. Não estou surpresa. Só um pouco chocada.

—————-
oiii, esse capítulo foi bem curtinho msm. Mas ainda hoje posto mais.

tô amando ver vcs comentando, assim eu n sinto q estou escrevendo pra nada kkk. amo muito vcs, vcs não imaginam o quanto!!

juro q nesse final de semana vai ter muito capítulo.

SE PREPARE, QUE NO PRÓXIMO VAI VIR AQUELE BARRAQUINHO😀

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